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Estudo para a prova de penal 23/03/2018 LEI DAS Contravenções Penais 3688/41 A lei das contravenções penais é uma infração, de menor potencial ofensivo, é aquela contravenção penal de prisão simples ou multa. A prisão simples é prevista na lei de contravenções penais como pena para condutas descritas como contravenções, que são infrações penais de menor lesividade. O cumprimento ocorre sem rigor penitenciário em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime aberto ou semi-aberto. Somente são admitidos os regimes aberto e semi-aberto, para a prisão simpleS A pena de multa, também conhecida como pena pecuniária, é uma sanção penal (não é tributo), consistente na imposição ao condenado da obrigação de pagar ao fundo penitenciário determinada quantia em dinheiro, calculada na forma de dias-multa, atingindo o patrimônio do condenado. CRIME X CONTRAVENÇÃO PENAL Crime: Crime é aquela infração penal apenada com reclusão ou detenção, a cumulativamente com multa ou não. Contravenção penal: é aquela contravenção penal de prisão simples ou multa. Distinção: O que distingue é a natureza da pena e não a sua quantidade, e muito menos a natureza da própria infração e sim se é praticado com grave ameaça ou não. Reclusão: crime Detenção: crime Prisão simples: contravenção penal Lei de tóxicos ‘’ SUI GENERIS ’’ Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. § 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. - A interpretação desse dispositivo deve ser sistemático e não literal. ‘’Damásio’’ - posicionamento literal: não é mais crime. Pois o crime de porte de drogas para uso próprio, somente contém no preceito secundário penas alternativas. NÃO é crime porque não prevê reclusão e nem detenção, mas também NÃO é contravenção penal, porque não tem prisão simples e nem multa é uma INFRAÇÃO PENAL SUI GENERIS. ‘’SUI GENERIS’’ : Infrações penais ‘’ sui generis’’ são aquelas que não recebem penas previstas para os crimes e para as contravenções . Não tem distinção na lei sobre a quantidade de drogas, o que se leva em consideração são os indícios. O que o agente irá fazer. Conceito de infração penal de menor potencial ofensivo: São consideradas infrações penais de menor potencial ofensivo, todas as contravenções penais e os crimes, cuja a pena máxima abstratamente prevista não exceder 2 anos. Para considerar menor potencial ofensivo leva em consideração a quantidade da pena abstratamente prevista. OBS: NÃO há distinção ontológica entre crime e contravenção penal, as duas são fatos típicos e ilícitos. INFRAÇÃO PENAL: FATO TÍPICO ILÍCITO ELEMENTOS DO FATO TÍPICO: CONDUTA / RESULTADO / NEXO CAUSAL/ TIPICIDADE. O carácter da contravenção penal é preventivo. É uma prevenção, ao antecedente para prevenir o consequente. Pune – se a contravenção para prevenir o crime. ART 1º LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS Princípio da legalidade: art 1º do cp/ art5 º xxxix da cf. - não há contravenção penal sem lei anterior o defina sem prévia cominação legal. PRINCÍCIO DA ANTERIORIDADE da lei penal: ART 1 º O princípio da legalidade tem dois subprincípios : anterioridade e reserva legal. A reserva legal restringe a competência é só a UNIÃO. É extrema relevância para assegurar aos indivíduos proteção ante o poder do Estado, ente dotado de atribuições e funções que lhe conferem força coercitiva na estrita medida em que esta é utilizada para alcançar o bem da coletividade ou do povo. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL: ART 2º A lei penal não retroagirá salvo para beneficiar o réu. Regra: não retroage Exceção: salvo para beneficiar o réu. ATIVIDADE DA LEI PENAL - PUBLICAÇÃO: NASCIMENTO DA LEI - REVOGAÇÃO: MORTE DA LEI - IRRETROATIVIDADE: NÃO VOLTA PRA TRÁS - ULTRAATIVIDADE: MESMO SENDO REVOGADA A LEI OS SEUS EFEITOS PERMANECEM. LEI MAIS BENÉFICA: ELA DA BENEFÍCIO, PODE SER PARCIAL OU TOTAL. DEPENDE DO MOMENTO COMO IRÁ SER APLICADO A LEI MAIS BENÉFICA. TEORIA DA ATIVIDADE : ART 4 º Teoria da atividade na qual o que importa é o momento da conduta (omissiva ou comissiva) delituosa, pouco importando em que momento se deu o resultado. Isso importa para verificar a imputabilidade Potencial da consciência da ilicitude inexigibilidade TEORIA DA UBIQUIDADE : ART 6 º Teoria da ubiquidade é o lugar do crime ERRO DE TIPO: É a falsa percepção da realidade. É o erro que incide sobre o elementares do tipo penal incriminador, elementares do tipo penal permissivo, dados acessórios da figura típica. O erro de tipo, que pode ser classificado em essencial ou acidental: Essencial: O erro de tipo essencial atua nos elementos constitutivos do tipo, ou seja, o Art. 121 do Código Penal afirma que homicídio é “Matar alguém”. Portanto, se alguém mata uma pessoa durante uma caçada achando que era um animal, pode-se dizer que substituiu “alguém” do tipo penal por “animal”, causando um erro sob os elementos que constituem o crime (surge o “Matar animal”). O agente agiu com dolo, pois queria matar, mas não “alguém” e sim um “animal”. Dessa feita, deve ser analisado se o erro cometido pelo autor era evitável ou inevitável, circunstâncias estas que irão definir a punição ou não do infrator. O primeiro significa que o erro não poderia ser evitado. De uma ou de outra maneira, o crime seria cometido. Nessa situação, exclui-se o dolo E culpa. Já por outro lado, na segunda hipótese, o erro aconteceu, mas poderia ser evitado pelo agente. Aqui, exclui o dolo, MAS incide a forma culposa, se prevista em lei. (sempre afasta o dolo). Desculpável: afasta a culpa Indesculpável: responde por culpa, se houver previsão. Acidental: acidental, que difere do essencial, pois neste caso NÃO exclui o dolo, uma vez que o agente atua com vontade e consciência. Exemplo típico é o agente que furta uma televisão de 32 polegadas, quando visava subtrair outra de 42 polegadas. É evidente que ele atuou dolosamente, mas incorreu em erro sobre o objeto (error in objeto). Nesta esteira, o erro acidental pode ser classificado em erro sobre o objeto, erro sobre a pessoa, aberratio ictus( erro na execução do crime), aberratio criminis ou delicti, e aberratio causae (denominados crimes aberrantes) Aplicam-se as causas excludentes de ilicitude - Legitima defesa - Estado de necessidade - Exercício regular de direito - Estrito cumprimento do dever legal APLICAM-SE AS CAUSAS DE EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE - Imputabilidade - inexigibilidade de conduta adversa - potencial consciência da ilicitude APLICAM-SE AS REGRAS DE CONCURSOS DE CRIME Formal: Pena aumentada. 1 conduta = 2 ou + resultados. Aumenta 1/6 a ½. Material: Somatória de penas 2 ou + = 2 ou + Crime continuado: Pena aumentada. 2 ou + = 2 ou +. Aumenta 1/6 a 2/3. Art 2 º: territorialidade A lei brasileira aplicada as contravenções penais que ocorrerem dentro do território brasileiro - Territorialidade pura ou absoluta - Não se aplica a extraterritorialidade Art 3 º voluntariedade: dolo ou culpa Perde essência diante da teoria finalista da ação. OBS: Contravenção Penal Culposa - Todo crime é doloso, só sera culposo se tiver expressa na lei. Art 4 º tentativa - Não se pune tentativa de contravenção penal por questão de politica criminal Art 5 º penas principais PRISÃO SIMPLES MULTA OBS: regime penitenciário Estabelecimento prisional Trabalho facultativo : pena não excede 15 dias OBS: ART 10: tempo de cumprimento de pena de prisão simples 5 anos. Art 9: revogado pela lei 9268/96= art 51CP Art 7 º REINCIDENCIA Será considerado reincidente: Considerado por contravenção, prática nova contravenção, no Brasil. Considerado por crime, no Brasil ou exterior comete novo crime. Considerado por crime praticado no exterior comete nova contravenção. Não será considerado reincidente: Considerado por contravenção cometida no exterior, prática nova contravenção no Brasil. Considerado por contravenção, pratica novo crime Art 8 º erro de direito Erro desculpável: perdão judicial ART 21 CP: erro sobre ilicitude do fato. Obs: erro de proibição. Se o erro for desculpável, o agente será isento de pena ou seja será absolvido. Art 11 º sursis penal - Prazo de 1 a 3 anos Simples Especial: Reparar o dano quando possível. Etário : idade 7 anos Humanitário : razoes de saúde Objetivo: é ate 2 anos Subjetivo : Não reincidente doloso, só multa Circunstâncias pessoas favoráveis Art 13 º MEDIDA DE SEGURANÇA - Regras do CP - Súmula 527 STJ - Arts 12, 16, 14: revogados pela parte geral do CP. Art. 17. Ação penal A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício. • Competência: Justiça comum estadual (art. 109, IV, CF). Juizados Especiais Criminais. • Súmula 38 do STJ - Compete a justiça estadual comum, na vigência da constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da união ou de suas entidades. • Lesões Leves e culposas: pelo art. 88 da Lei n. 9.099/95 as lesões leves e culposas, que são infrações mais graves do que as contravenções penais, exige representação para propositura da ação penal. Neste sentido, o STF firmou posicionamento que a contravenção de vias de fato (art. 21) também exige representação. Art 19 º porte de arma Pena: prisão simples 15 dias a 6 meses ou multa ou ambas acumulativamente. - arma imprópria: produto que tem determinado destinação e finalidade com inerente potencial lesivo. - arma imprópria: Se for arma de fogo é o estatuto de desarmamento da LEI 1826/03 § 1 º Causa de aumento de pena * 1/3 A 1/2 - Condenado por sentença irrecorrível : pode ocorrer tanto no crime ou contravenção; se o agente for condenado por sentença irrecorrível por violência contra pessoa é reincidente. - Violência contra a pessoa: dolosa, deve ser dolosa se for culposa não gerará. § 2 º Figuras equiparadas Pena: prisão simples de 15 dias a 3 meses ou multa Alíneas ‘’a’’: lei penal em branco ‘’b’’: dolosa: permite deixar previstas no tipo: manejar a arma se apodere da arma. ‘’c’’: deixa tomar cautelas necessárias distinção Sujeitos : ativos qualquer pessoa Passivo: coletividade: detentor do sujeito passivo Objetividade jurídica: integridade jurídica: segurança pública É o pronto acesso a arma ‘’ pegar fogo’’ ( portar: prontacessibilidade a arma) Tipo penal objetivo: trazer consigo ( arma de qualquer uma é crime) Elemento normativo: fora da casa – fora das dependências dessas. Tem que trazer a arma fora de casa, é normal. Sem licença da autoridade Não há lei nenhum tipo de decreto que traga algum tipo de permissão porte de arma imprópria Art 21º Vias de fato Praticar vias de fato contra alguém Pena: Prisão simples , 15 dias a 3 meses ou multas se o fato não constitui crime – trata de uma norma subsidiária expressa, é aplicado como um soldado de reserva’’ Objetividade jurídica: integridade física. Sujeito ativo : qualquer pessoa Sujeito passivo: qualquer pessoa determinada Tipo penal objetivo: ‘’ PRATICAR’’ - vias de fato : é a intenção do agente por circunstancias alheias não consegue atingir o resultado naturalístico, são lesões ligeiras que não deixam vestígios ex: puxão se deixar lesão corporal, incide a tentativa. ¨¨ com lesão corporal tentada: é possível tentativa de lesão corporal ? sim o problema é aferir a gravidade da lesão, na dúvida lesão leve tentada Elemento subjetivo: dolo Questão processual ART 88, LEI 9099/95 Exige representação corporal leve dolosa e lesão corporal culposa, Lesão leve: a vítima tem que autorizar . Todas as ações penais publicas e condicionais para contravenções penais exceto vias de fato. Art 61º Importunação ofensivo ao pudor Pena: multa Objetividade jurídica: pudor publico ‘’ bons costumes’’ Sujeitos ativo: qualquer pessoa Passivo: qualquer pessoa Tipo penal objetivo : importunar- constranger Elemento normativo lugar público ou acessivo ao público, pois se for local privado não caracteriza essa figura Em local privado pode caracterizar perturbação da tranquilidade – art 65 Importunação art 61 LCP Contravenção penal Estupro 213 CP Crime Violência ou grave ameaça Hediondo Importunação art 61 LCP Vítima determinado Ato obsceno 233 CP Coletividade Importunação art 216 Contravenção Penal Assédio sexual Art 216 A, CP Crime Exige vinculação de subordinação , o S.A deve ser hierarquicamente superior ao S.P a fim de obter favores sexuais. Lei de interceptação telefônica * LEI 9296/96 - Regulamentou o inciso XXI, art 5 CF Diferenças : Interceptação telefônica : é a gravação de voz realizada por terceiros sem que a pessoa saiba, ou seja grava- se a comunicação sem a ciência delas. É regulamentada pela lei 9296/96 Gravação clandestina: É aquela realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro. Vale como prova ? DEPENDE dos bens jurídicos. Não prevê e nem exige autorização judicial Escuta telefônica: É aquela feita por terceira pessoa com o conhececimento dos interlocutores. Não precisa de autorização. OBS: CORRESPONDÊNCIA DO PRESO ENCOMENDA (PODE APREENDER) NÃO É CORRESPONDECIA, NÃO PODE SER APREENDIA SIGILO TELEFÔNICO: é o registro de ligações realizadas, só se tem o registro, não tem a comunicação / INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: é a gravação de voz NÃO CARACTERIZA QUEBRA DE SIGILO TELEFÔNICO, OS REGISTROS DE CHAMADAS RECEBIDOS NO APARELHO CELULAR DO RÉU. EX: polícia para e vê os registros telefônicos do cidadão, isso não caracteriza quebra de sigilo telefônico ART 1 Interceptação telefônica : - investigação criminal: processo penal Essa prova só vale para cpp, se for cível é ilegal. - autorização judicial: clausula de reserva de jurisdição. Não pode interceptação telefônica sem autorização judicial - juiz compete para ação principal : autorização do juiz Teoria do juízo aparente Parágrafo único Extensão da interceptação para : - fluxo de comunicação de sistemas de informática e telemática – é inconstitucional 1 posição 2 situações de sigilo : é constitucional : correspondência , fluxo de comunicação ( dados, telegrafia e telefonia) 2 posição: 4 situaçoes correspondência, dados, telegrafia, e telefonia. O Art 5 inc 12 da cf é inviolável, correspondência, dados, telegrafia, telefonia, salvo no ultimo caso conforme a lei. ART 2 Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; investigação criminal II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; investigação III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. OBS: encontro fortuito de provas relativas a um fato delituoso diverso daquele que é objeto de investigação, porem o fato de ser investigado não é uma certeza. 1 grau: há conexão 2 grau: não há conexão
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