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Direito Constitucional I

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO BRASILEIRO
Princípios Estruturantes
Princípio Republicano; 
Princípio Federativo; 
Princípio da Indissolubilidade do Pacto Federativo;
Estado Democrático de Direito; 
Princípio da Separação dos Poderes. 
1- Princípio Republicano
Está disposto no Art.1º da CF/88 e está expresso na denominação do Estado. 
Expressa que a forma de governo é a República e não Monarquia. Teve início em 1889 e se constitui de uma cláusula que não é pétrea. 
A República possui algumas características, tais como: representatividade dos governantes, alternância de Poder (temporariedade) e responsabilidade dos governantes (civil e penal). 
2- Princípio Federativo 
Está disposto no Art.1º e 4º da CF/88. A forma de Estado é Federativa e não unitária. 
Diferente do Princípio Republicano, este é cláusula pétrea.
Conceituando Federação, podemos aferir que é um governo central ao lado de governos regionais, dotados de autonomia, com ideais comuns.
Prevê, objetivamente e subjetivamente o respeito à autonomia constitucionalmente conferido a cada ente. 
3- Princípio da Indissolubilidade
Também está disposto no caput do Art.1º da CF/88. Este reconhece o Município como ente federado. 
Em palavras, este princípio quer dizer que é inadmissível qualquer pretensão de separação de um Estado-membro, do Distrito Federal ou de algum dos Municípios da Federação, em vista que inexiste o direito de secessão. 
4- Estado Democrático de Direito
Previsto no caput do Art.1º da CF/88 e tem como fundamentos:
I- A soberania; 
II- A cidadania; 
III- A dignidade da pessoa humana;
IV- Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V- O pluralismo político. 
5- Princípio da Separação dos Poderes
Disposto no Art.2º da CF/88: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
A divisão dos poderes consiste em confiar à cada ente uma das funções governamentais (legislativa, executiva e jurisdicional) a órgãos diferentes. 
Tal princípio foi sugerido por Aristóteles, Locke e Rousseau, mas divulgado e definido por Montesquieu. A separação dos poderes está presente também na Constituição dos EUA de 1787 e no Art.16 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Atribuições 
LEGISLATIVO: Propõe leis, emendas à Constituição, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. É exercido pelo Congresso Nacional , composto pela Câmara de Deputados e pelo Senado Federal. 
EXECUTIVO: Direção da administração federal. Sanciona, promulga e veta leis. Coloca programas de governo em prática. É exercido pelo (a) Presidente da República, que também pode propor leis e emendas, e pelos Ministros do Estado. 
JUDICIÁRIO: Garante direitos e resolve conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Zela pelo cumprimento da Constituição e dá a palavra final em questões que envolvam normas. É exercido pelo Supremo Tribunal Federal, órgão máximo, e outros Tribunais. O STF compõe-se de 11 Ministros escolhidos pelo Presidente da República. 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
É um princípio de valor moral e espiritual inerente à pessoa humana, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do Estado Democrático de Direito. Possui também, aspectos jurídicos, que está previsto no art.1º, III, da CF/88. É o princípio basilar do Sistema Jurídico. 
Possui um núcleo axiológico de constitucionalismo contemporâneo, que é o valor constitucional supremo. 
A dignidade da pessoa humana passa a surgir a partir da 2º Guerra Mundial em alguns países ocidentais, como contraponto às atrocidades do nazifacismo e no Brasil foi incluída em 1988 como contraponto às atrocidades da ditadura militar.
Aspectos e valores jurídicos
Caráter jurídico: a positivação da dignidade confere valor jurídico a um valor originariamente moral. É o reconhecimento de que o Estado existe para o homem e não o contrário. 
Não é um Direito e sim uma qualidade intrínseca a todo ser humano. 
É um meio de imposição aos poderes públicos ao dever de respeito, proteção e promoção dos meios necessários a uma vida digna. 
No Art.4º, II, da CF/88 também diz: “prevalência dos Direitos Humanos” com relação às relações internacionais. 
A Declaração Universal da ONU, também fortalece tal princípio, deixando-o explícito em seu art.1º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dotados de razão e consciência, devem agir uns para com os outros em espírito e fraternidade”. 
Características da Dignidade da Pessoa Humana
Irrenunciável; 
Inalienável; 
Impossibilidade de uma pessoa ser titular de uma pretensão a que lhe seja concedida a dignidade. 
Eventual relativização; 
Sentido histórico-cultural. 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
HABEAS CORPUS: Instrumento para garantir o direito de locomoção, ou seja, direito de ir e vir, evitando-se assim, a prisão abusiva ou arbitrária. 
HABEAS DATA: Garante ao cidadão o direito de acesso às suas informações pessoais e retificação de dados, sendo este o principal objetivo do habeas data.
MANDADO DE SEGURANÇA: Serve para proteger direito líquido e certo, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público. É um direito onde não há dúvidas. 
MANDADO DE INJUNÇÃO: Através desse instrumento podemos recorrer, caso não tenhamos como gozar de um direito fundamental por falta de norma regulamentadora, ou seja, quando a lei for omissa.
AÇÃO POPULAR: Remédio importante e simples, é uma garantia constitucional do cidadão, que o faz ser fiscal do bem comum. Exemplo: parques públicos , praças, lugares históricos...
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO
Prevista no Art.18 da CF/88 e diz: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
Características da Federação Brasileira
Formada pela união de entes políticos autônomos com personalidade jurídica de Direito Público; 
Descentralização político-administrativa fixada pela CF.;
Federalismo cooperativo (atribuições): Art.23 e 24 da CF/88; 
Cláusula pétrea: Art.60, §4º, I;
Federalismo tripartido: União, Estados e Municípios; 
Representação pelo Senado; 
Participação das vontades parciais na vontade geral; 
Estados legitimados para ADI e ADC: Art.103, IV e V (A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF e o Governador de Estado ou do DF. 
Disposições sobre a Organização Político-Adm
ART.18, §1º, CF: “Brasília é a Capital Federal”. 
ART.18, §2º, CF: “Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar”. 
ART.18, §3º, CF: “Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plesbicito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”. 
ART.18, §4º, CF: “A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plesbicito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
DOS BENS DA UNIÃO
Os bens a União estão dispostos no Art.20 da CF/88 entre os incisos I à XI, dentre os mesmos, podemos citar: 
I- Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
II- As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras...
III- Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado...
IV- As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,excluídas, destas, as que contenham sede de Municípios...
V- Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
VI- O mar territorial; 
VII- Os terrenos da marinha e seus acrescidos; 
VIII – Os potenciais de energia hidráulica; 
IX- Os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X- As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI- AS terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
COMPETÊNCIA DA UNIÃO
A competência da União está disposta no Art.21 da CF/88 e possui XXV incisos dispondo acerca da competência da União. 
Veja alguns deles: 
I- Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; 
II- Declarar a guerra e celebrar a paz; 
III- Assegurar a defesa Nacional; 
VII- Emitir moeda; 
X- Manter o serviço postal e correio aéreo nacional; 
XIII- Organizar e manter o Poder Judiciário, o MP do DF e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 
XXIV- Organizar, manter e executar inspeção do trabalho;
DOS ESTADOS FEDERADOS
Disposto no Art.25 da CF/88 – “Os Estados organizam-se e regem pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição”. 
A competência dos Estados é residual, mas se pode afirmar que não lhe foram atribuídas algumas competências exclusivas, como as disposta nos §§2º e 3º do Art.25 da CF/88. 
DOS BENS DOS ESTADOS
Elencadas no Art.26 da CF/88: 
I- As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
II- As áreas, as ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; 
III- As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
IV- As terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
DEPUTADOS ESTADUAIS
Art.27 da CF/88: “O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara de Deputados e, atingido o número de trinta de seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
O mandato tem duração de 04 (quatro) anos. É conferido ao deputado estadual a função de legislar, no campo das competências legislativas do Estado, definidas pela Constituição. Inclusive, pode propor, emendar, agravar, revogar e derrogar leis estaduais, tanto ordinárias como complementares, elaborar e emendar a Constituição Estadual, julgar anualmente as contas prestadas pelo Governador do Estado, criar comissões parlamentares de Inquérito, além de outras competências. 
GOVERNADOR DO ESTADO
No Brasil, tem um mandato de quatro anos, sendo eleito através do sistema de sufrágio universal. É eleito o candidato que tiver 50 por cento dos votos mais um; caso contrário, os dois candidatos mais votados disputam o segundo turno. 
Governador é o cargo político que representa o poder da administração estadual e a representação do Estado em suas relações jurídicas, políticas e administrativas, defendendo seus interesses junto à Presidência e buscando investimentos e obras federais. Detém a autoridade máxima do poder executivo em uma província, distrito ou estado de uma federação.
Na Constituição, está prevista no Art.28. 
COMPETÊNCIAS PARA JULGAMENTO DOS GOVERNADORES
Crimes comuns:
Superior Tribunal de Justiça – STJ (Art.105,I,”a”)
Crime de responsabilidade: 
Tribunal Especial (05 deputados e 05 desembargadores) 
Presidido pelo Presidente do TJ (Art. 78 Lei nº 1.079/50)
DOS MUNICÍPIOS
Art.29, CF/88: “O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
I- Eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos;
II- Eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder...
III- Posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de Janeiro do ano subsequente ao da eleição; 
IV- Para composição das Câmaras Municipais, serão observados os limites.... 
DO DISTRITO FEDERAL
Disposta no Art.32 da CF/88:
“O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição”. 
§1º- Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Disposta no Art.37 da CF/88: 
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte...”
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
A característica determinante da administração direta é a sua composição: o órgãos públicos pertencentes a ela estão ligados diretamente ao poder executivo federal, estadual ou municipal. Neste sentido, estes órgãos de fato integram essas pessoas federativas (Federação, Estados e Municípios) e são responsáveis imediatos pelas atividades administrativas do Estado. Além disso, não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa, uma vez que seus orçamentos são subordinados às esferas das quais fazem parte.
Como exemplo de órgãos da administração direta pode-se citar os ministérios do governo federal, as secretarias dos estados federativos e dos municípios.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
Já a administração indireta é caracterizada por entidades que possuem personalidade jurídica própria, possuindo portanto, patrimônio, autonomia administrativa e orçamento específico para seus fins e de responsabilidade de gestão. Os exemplos correntes são as autarquias, as fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Cada uma dessas entidades, por sua vez, possui algumas características próprias.
Autarquias
As autarquias são serviços autônomos, instituídas por lei e portadoras de personalidade jurídica própria, bem como patrimônio e receita. Seu objetivo é executar atividades típicas da Administração Pública, que por motivo de otimização da funcionalidade, requerem uma descentralização da gestão administrativa e financeira. O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a Agência Nacional de Saúde (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) representam autarquias no serviço público nacional.
Fundações Públicas
As fundações públicas possuem personalidade jurídica de direito público, que não visam lucro e criadas em para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público. Também possuem autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e tem em sua fonte de financiamento os recursos da União e demais fontes. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) representam fundações públicas.
Empresas Públicas
As empresas públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio e capital exclusivo da União, criadas para a exploração de atividade econômicas que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. Um exemplo de empresa pública é a Caixa Econômica Federal.
Sociedades de Economia Mista
Por fim, existem as sociedades de economia mista, que são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da AdministraçãoIndireta. São portanto, controladas pelo Poder Público. O Banco do Brasil e a Petrobras são, provavelmente, os maiores exemplos no caso brasileiro.
PRINCÍPIOS EXPRESSOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Necessidade de Concurso Público: Art.37, II. 
Licitação: Art.37, XXI. 
Teto no serviço público para remuneração e subsídios: Art.37, X e XI. 
Não cumulatividade de cargos: Art.37, XVI. 
Participação democrática do usuário: Art.37, §3º. 
Responsabilidade objetiva: Art.37, §6º. 
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Supremacia do interesse público sobre o privado. 
Princípio da finalidade.
Princípio da razoabilidade. 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Improbidade administrativa é o designativo técnico para conceituar corrupção administrativa, ou seja, o que é contrário à honestidade, à boa-fé, à honradez, à correção de atitude. O ato de improbidade, nem sempre será um ato administrativo, poderá ser qualquer conduta comissiva ou omissiva praticada no exercício da função ou fora dela. Neste sentido a Lei 8.429 /92, também conhecida como Lei do "colarinho branco", dispõe que:
“Art5º: Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano”. 
Modalidades de Improbidade Administrativa
Na Lei 8.429 /92 há as seguintes modalidades de atos de improbidade:
1) enriquecimento ilícito (art. 9º)
2) dano ao erário (art. 10)
3) violação à princípio da Administração (art. 11)
Consequências da improbidade administrativa
Dispõe o Art.37, §4º da CF/88: 
“Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma da gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A autonomia das entidades federativas pressupõe repartição de competências legislativas, administrativas e tributárias, sendo, pois, um dos pontos caracterizadores e asseguradores do convívio no Estado Federal.
Distribuição de competência por predominância de Interesse
ENTE FEDERATIVO
INTERESSE
União
Geral
Estados-Membros
Regional
Municípios
Local
Distrito Federal
Regional +Local
PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Vide art.44 da CF/88. Cada legislatura terá duração de quatro anos.
Poder Legislativo é aquele que tem num país a tarefa de legislar, ou seja, fazer as leis. 
Os estados brasileiros também possuem o Poder Legislativo (composto pelos deputados estaduais), assim como os municípios (composto pelos vereadores). 
Além de fazer as leis, cabe aos integrantes do Poder Legislativo aprovar ou rejeitar as leis propostas pelo Poder Executivo, fiscalizar, entre outras atribuições. 
No Brasil, os integrantes deste poder são eleitos pelo povo, através de eleições diretas.
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO PODER LEGISLATIVO
SÃO FUNÇÕES TÍPICAS: 
-Legislar; 
-Fiscalização do Poder Executivo. 
SÃO FUNÇÕES ATÍPICAS: 
-Natureza executiva: dispor sobre sua organização (férias e licença de seus servidores). 
-Natureza jurisdicional: o senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art.52,I, CF). 
PRINCÍPIO DE INDELEGABILIDADE
Este princípio quer dizer que as atribuições (funções) asseguradas para determinado Poder (órgão) não poderão ser delegadas para outro Poder (órgão). 
Exceção: expressa previsão no texto da Constituição como exemplo de Leis Delegadas (art.68). 
ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO
PODER LEGISLATIVO FEDERAL
É BICAMERAL = Congresso Nacional. 
1-Câmara dos Deputados (representa o povo)
2- Senado (representa os estados)
LEGISLATIVO DOS DEMAIS ENTES
É UNICAMERAL. 
1-Estados= Assembleia legislativa
2-Distrito Federal= Câmara legislativa
3-Municípios= Câmara de vereadores
CÂMARA DOS DEPUTADOS
A câmara dos deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Cada Território elegerá quatro deputados. 
Compete privativamente à Câmara dos Deputados (art.51, CF): 
I- Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente, o Vice e os Ministros de Estado;
II- Proceder à tomada de contas do Presidente, quando não apresentadas ao Congresso Nacional...
III- Elaborar seu regimento interno; 
IV- Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços...
V- Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art.89, VII, CF/88.
CONGRESSO NACIONAL
É o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções do poder legislativo, quais sejam, elaborar/aprovar leis e fiscalizar o Estado brasileiro (suas duas funções típicas), bem como administrar e julgar (funções atípicas).
O Congresso é bicameral, logo composto por duas Casas: o Senado Federal (integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal) e a Câmara dos Deputados (integrada por 513 deputados federais, que representam o povo). O sistema bicameral foi adotado em razão da forma de Estado instalada no País (federado), buscando equilibrar o peso político das unidades federativas.
No Congresso Nacional são estabelecidas bancadas/frentes parlamentares em torno de agendas temáticas que defendem. Destacadamente, os congressistas estão agrupados em cinco delas: da bala ou "policial", evangélica (Frente Parlamentar da Evangélica), ruralista (Frente Parlamentar da Agropecuária), sindical e "LGBT"
ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
Sanção do Presidente da República; 
Sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
Plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado.
Fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
Planos e programas nacionais, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
Incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas...
Transferência temporária da sede do Governo Federal;
Concessão de anistia; 
Organização administrativa, judiciária, do MP e da DPU e dos Territórios. 
Criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
Criação, extinção e transformação de cargos, empregos...
Matéria financeira, cambial e monetária...
Moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. 
Fixação dos subsídios dos Ministérios do STF.
Telecomunicações e radiodifusão. 
SENADO FEDERAL
O Senado Federal é a câmara alta do Congresso Nacional do Brasil e, ao lado da Câmara dos Deputados, faz parte do Poder Legislativo da União. É composto por 81 senadores (3 por Estado). A eleição é através do sistema majoritário (art.46, CF). O mandato de cada senador pode durar 8 anos, sendo renovados 1/3 ou 2/3 a cada 4 anos. 
A competência do Senado é com relação a assuntos de interesse da República e estão elencados no art.52 da CF/88. 
COMPETÊNCIA DO SENADO
Compete privativamente ao Senado Federal (art.52, CF): 
Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estados e comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica;
Processar e julgar os ministros do STF, membros do CNJ e do Conselho Nacional do Ministério Público;
Aprovar previamente, por voto secreto a escolha de: magistrados, ministros do TC, governador do território, procurador geral da república...
Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF;
Elaborar seu regimento interno;
Dispor sobre sua organização, funcionamento, política, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para a fixação de remuneração...
DENTREOUTROS...
IMUNIDADES PARLAMENTARES
São prerrogativas que asseguram aos membros de parlamentos ampla liberdade, autonomia e independência no exercício de suas funções, protegendo-os contra abusos e violações por parte do poder executivo e do judiciário.
ART.53, Caput, CF: “Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
OBS: O diploma vale em qualquer local desde que no exercício do mandato.
PRERROGATIVA DE FORO ESPECIAL: (ART.53, §1º, CF): 
“Os deputados e senadores, desde a expedição de diploma, serão submetidos a julgamento perante o STF”. 
IMUNIDADE FORMAL OU PROCESSUAL 
(ART.53, §2º AO §5º)
Não poderão ser presos, salvo em flagrante de 
crime inafiançável. 
PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I- Emendas à Constituição;
II- Leis complementares; 
III- Leis ordinárias; 
IV- Leis delegadas;
V- Medidas provisórias; 
VI- Decretos legislativos; 
VII- Resoluções
PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO
Os procedimentos legislativos podem ser de 3 tipos:
1- Ordinário: é o comum, mais demorado, para elaboração de leis ordinárias e leis complementares. Não tem prazo para terminar
2- Sumário - é aquele marcado pelo regime de urgência (vide art. 64, §§ 1º e 4º).
3- Especiais - estabelecidos para elaboração de emendas constitucionais, leis financeiras, delegadas, medidas provisórias, resoluções e decretos legislativos.
ESPÉCIES NORMATIVAS DO PROCESSO LEGISLATIVO
Emendas Constitucionais
Leis complementares;
Leis Ordinárias;
Medida provisória;
Lei delegada;
Decreto legislativo; 
Resoluções; 
Lei orçamentária. 
1- Emendas à Constituição
Trata-se de alteração das normas constitucionais através de um Processo Legislativo especial e mais dificultoso. Deve ter aprovação da maioria qualificada, vide art.60, CF: 
I- de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; 
II- Do Presidente da República; 
III- De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
2- Leis Complementares
No direito, lei complementar é uma lei que tem, como propósito, complementar, explicar e adicionar algo à constituição. A lei complementar diferencia-se da lei ordinária desde o quórum para sua formação. 
A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao STF, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos (ART.61, caput, CF). 
ART.69, CF: “As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta”. 
3- Leis Ordinárias 
A lei ordinária é um ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais e abstratas. Embora as leis sejam definidas, normalmente, pela generalidade e abstração ("lei material"), estas contêm, não raramente, normas singulares ("lei formal" ou "ato normativo de efeitos concretos").
4- Medida Provisória 
A Medida Provisória (MP) é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. Seu prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período. Se não for aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua publicação, a MP tranca a pauta de votações da Casa em que se encontrar (Câmara ou Senado) até que seja votada. Neste caso, a Câmara só pode votar alguns tipos de proposição em sessão extraordinária. Depois de aprovada na Câmara e no Senado, a Medida Provisória - ou o projeto de lei de conversão - é enviada à Presidência da República para sanção. O presidente tem a prerrogativa de vetar o texto parcial ou integralmente, caso discorde de eventuais alterações feitas no Congresso. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de MP que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. As normas sobre edição de Medida Provisória estão no artigo 62, CF. 
5- Lei Delegada 
É uma lei equiparada à lei ordinária. A competência para a sua elaboração é do Presidente da República, desde que haja pedido e delegação expressa do Congresso Nacional. A delegação é efetivada por resolução, na qual conste o conteúdo juntamente com os termos do exercício desta atribuição.
A lei delegada tem restrições e não pode ter como seu objeto, por exemplo, as seguintes matérias: 
Atos de competência exclusiva do Congresso Nacional; 
Matéria reservada a lei complementar; 
Legislação sobre planos plurianuais; 
Diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Algumas especificações estão no ART.64 e 68 da CF. 
6- Decreto Legislativo
Regula matérias de competência exclusiva do Congresso, tais como: ratificar atos internacionais, sustar atos normativos do presidente da República, julgar anualmente as contas prestadas pelo chefe do governo, autorizar o presidente da República e o vice-presidente a se ausentarem do país por mais de 15 dias, apreciar a concessão de emissoras de rádio e televisão, autorizar em terras indígenas a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de recursos minerais.
É um ato normativo de competência exclusiva do poder legislativo com eficácia análoga a de uma lei.
7- Resoluções
A resolução geralmente tem efeitos internos, e é usada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado federal para regular atos de sua competência exclusiva. Também pode ser usada pelo Congresso Nacional em atos de sua competência, caso em que a aprovação, excepcionalmente, será bicameral, com a promulgação feita pelo Presidente do Senado Federal. É usada para referendar nomeações políticas, fixar alíquotas de tributos, suspender com efeitos erga omnes lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, autorizar ao Executivo a elaboração de lei delegada (nesse caso, será feita pelo Congresso Nacional), etc..
8- Lei Orçamentária 
O Orçamento da União é um planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público federal no período de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. O Poder Executivo é o autor da proposta, e o Poder Legislativo precisa transformá-la em lei.
Todos os projetos das leis orçamentárias - PPA, LDO e LOA - têm autoria do presidente da República. No Congresso Nacional, eles são alterados e votados, primeiramente, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que é composta por deputados e senadores. Em seguida, os projetos seguem para serem votados em sessão plenária conjunta do Congresso.
Depois de aprovado, o projeto do Orçamento volta ao Executivo para a sanção pelo presidente da República, transformando-se em lei. A partir desse momento, inicia-se a fase de execução, que é a liberação das verbas.
ART. 70 e seguintes da CF/88. 
PODER EXECUTIVO
O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo
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ELEIÇÃO E MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado (art.77, §1º, CF). 
Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta dos votos, não computados os em branco e os nulos (art.77, §2º, CF). 
PODERES E ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Com visto anteriormente, o poder executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
De acordo com o art. 84 da CF, compete privativamente ao Presidente da República: 
Nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
Iniciar o processo legislativo;
Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis;
Vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
Decretar oestado de defesa e o estado de sítio; 
Decretar e executar a intervenção federal
DENTRE OUTROS...
RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ART.85, CF: São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem conta a CF e, especialmente contra:
I- A existência da União;
II- O livre exercício do poder legislativo, judiciário e do MP...
III- O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV- A segurança interna do País;
V- A probidade administrativa;
VI- A lei orçamentária;
VII- O cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da câmara dos Deputados, será submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
MINISTROS DE ESTADO
Ministro de Estado é o título dado a um cargo político do Poder Executivo que responde diretamente ao Presidente da República. A um ministro, compete dar rumo estratégico às áreas de interesse da nação, como educação, saúde, cultura, trabalho ou transportes. Eles podem ser eleitos ou indicados por um presidente ou monarca. No Brasil, os ministros são nomeados pelo soberano ou governante vigente. A partir de 15 de novembro de 1889, foi proclamada a República, e desde então, o presidente do Brasil é quem faz a indicação para o cargo de ministros de Estado. Fazem parte da administração pública direta no âmbito da União.
ART.87, CF: Os ministros de estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 
21 anos e no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo Único: COMPETÊNCIA DOS MINISTROS DE ESTADO. 
CONSELHO DA REPÚBLICA
O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, sendo que as suas manifestações não terão, em hipótese alguma, caráter vinculatório aos atos a serem tomados pelo Presidente da República (art. 89, caput , da CF). O Conselho da República se reúne quando convocado pelo Presidente da República, sendo por este último presidido. 
ART. 89, CF: 
O conselho da República é órgão superior de conduta do Presidente da República, e dele participam: 
I- O Vice-Presidente da República;
II- O presidente da câmara dos deputados;
III- O presidente do Senado Federal;
IV- Os líderes da maioria e da minoria na câmara dos deputados;
V- Os líderes da maioria e da minoria do Senado Federal;
VI- O Ministro da Justiça;
VII- Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados. 
ART.90, CF.
Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I- Intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II- As questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
É órgão de consulta convocado e presidido pelo Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático. De acordo com o art. 91, CF, deles participam: 
I- Vice-Presidente da República;
II- Presidente da câmara dos deputados;
III- Presidente do Senado Federal;
IV- Ministro da Justiça;
V- Ministro de Estado de defesa;
VI- Ministro das relações exteriores;
VII- Ministro do planejamento; 
VIII- Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. 
Sua organização e o funcionamento são regulados pela Lei nº 8.183/91, competindo-lhe, nos termos da Constituição: opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, assim como sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; propor os critérios e as condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; e estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
PODER JUDICIÁRIO
O poder judiciário é um dos três poderes clássicos previstos pela doutrina e consagrado como poder autônomo e independente de importância crescente no Estado de Direito. Esta parte está prevista no Capítulo III, Seção I, Art.92 e seguintes da Constituição Federal de 1988. 
Estrutura do Poder Judiciário
ART 92, CF/88
São órgãos do Poder Judiciário:
O Supremo Tribunal Federal;
O Conselho Nacional de Justiça;
O Superior Tribunal de Justiça;
Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
Os Tribunais e Juízes do Trabalho;
Os Tribunais e Juízes Eleitorais;
Os Tribunais e Juízes Militares;
Os Tribunais e Juízes dos Estados e do DF, Território;
FUNÇÕES E PODERES DO PODER JUDICIÁRIO
A função típica do Poder Judiciário é a jurisdicional, ou seja, julgar aplicando a lei a um caso concreto, que lhe é posto, resultante de um conflito de interesses. O Judiciário, porém, como os demais Poderes do Estado, possui outras funções, denominadas atípicas, de natureza administrativa e legislativa. 
MAGISTRADOS
ART.93, CF: “Lei Complementar, de iniciativa do STF, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observando os seguintes princípios: 
Ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto;
Promoção de entrância para entrância; 
Acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento;
Previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados;
DENTRE OUTROS
ART.95, CF/88: “Os juízes gozam das seguintes garantias:”
I- Vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício ...
II- Inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art.93, VIII; 
III- Irredutibilidade de subsídio...
Parágrafo Único: Aos juízes é vedado: 
I- exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; 
II- receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III- dedicar-se à atividade político-partidária;
IV- receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas...
V- exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo ou aposentadoria ou exoneração. 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
Composição: 11 Ministros. 
Investidura: O Presidente da República escolhe e indica nome parar compor o STF, devendo ser aprovado pelo Senado Federal, pela maioria absoluta (art.101, §Único) 
Requisitos para ocupar cargo de Ministro do STF: 
Brasileiro Nato;
Ter mais de 35 anos e menos de 65 anos; 
Ser cidadão em pleno gozo de direitos políticos;
Ter notável saber jurídico e conduta ilibada. 
Competência do STF
ART. 102, CF/88
Originária; 
Recursal Ordinária;
Recursal Extraordinária
I- Processar e julgar originariamente: ação direta de inconstitucionalidade, infrações penais comuns do Presidente, crimes de responsabilidade do Ministro de Estado..., Habeas corpus, litígio entre estrangeiro ou organismo internacional, causas e conflitos entre a União e os Estados, extradição solicitada por Estado estrangeiro, DENTRE OUTROS. 
II- Julgar, em recurso ordinário: habeas corpus, mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção, e o crime político. 
III- Julgar, mediante recurso extraordinário: contrariar dispositivo da Constituição, declarar inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgar válida lei local contestada em face da lei federal, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. 
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ
Composição: 33 Ministros (art.104, CF/88). 
Investidura: Os Ministros serão nomeados pelo Presidente, após serem sabatinados pelo Senado Federal e aprovados por voto da maioria absoluta. 
Requisitos para o cargo: 
Ser brasileiro nato ou naturalizado; 
Ter mais de 35 e menos de 65 anos;
Ter notável saber jurídico e reputação ilibada. 
Composiçãodos Ministros: 1/3 de Juízes dos TRF; 1/3 de Desembargadores dos TJ; 1/6 de advogados e 1/6 de membros do MP. 
Competência do STJ
ART. 105, CF/88: 
Originária; 
Recursal ordinária; 
Recursal especial. 
I- Processar e julgar originariamente: crimes comuns de governadores de Estado e do DF..., mandados de segurança e habeas data contra ato do Ministro do Estado, Habeas Corpus, conflitos de competência entre quaisquer tribunais, homologação de sentença estrangeira e a concessão de exequatur às cartas rogatórias, DENTRE OUTROS.
II- Julgar, em recurso ordinário: habeas corpus decidido em uma só instância, mandados de segurança decidido em uma só instância, contrariar tratado ou lei federal, DENTRE OUTROS.
III- Julgar, em recurso especial: contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência, julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal, der lei federal interpretação divergente a que lhe haja atribuído outro tribunal....
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS
Composição dos TRF’S: No mínimo 07 juízes, nomeados pelo Presidente, devendo ser observada a regra do “quinto constitucional” do art.94, CF. 
Requisito para o cargo: 
Ser brasileiro nato ou naturalizado; 
Ter mais de 35 e menos de 65 anos. 
ART.108, CF: Compete aos TRF’S processar e julgar originariamente: os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos da Justiça Militar e do Trabalho, realizar revisões criminais, mandados de segurança e o habeas data contra o ato do próprio Tribunal ou Juiz Federal, habeas corpus, conflitos de competência entre juízes. 
Competência dos Juízes Federais
Causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas;
Causas entre Estado estrangeiro e Município;
Causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro;
Crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União;
Crimes previstos em tratado ou convenção internacional;
Causas relativas aos direitos humanos;
Habeas corpus, em matéria criminal de sua competência; 
Mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal;
Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves...
Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro;
Disputa sobre direitos indígenas. 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST
Composição: 27 Ministros togados e vitalícios; 
A competência do TST está prevista na Lei nº 7.701, de 21 de Dezembro/1988. Alguns deles são: 
Conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos TRT e estender ou rever suas próprias sentenças normativas;
Homologar as conciliações celebradas nos dissídios coletivos de que trata a alínea anterior;
 julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas;
DENTRE OUTROS
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO E JUÍZES DO TRABALHO
Composição: Mínimo de 07 Juízes. 
Disposto no Art. 115, CF/88. 
§2º: Os Tribunais regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
Art.116, CF/88: 
Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
Composição: 07 membros, escolhidos: 
I- mediante eleição, por voto secreto; 
II- por nomeação do Presidente da República...
Parágrafo Único (art.119): o Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e Vice Presidente dentre os Ministros do STF, e o corregedor eleitoral dentre os Ministros do STJ. 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
ART.120, CF: “Haverá um TER na capital de cada Estado e no DF”.
§1º- Os TER compor-se-ão: 
I- mediante eleição, por voto secreto
De dois juízes dentre os desembargadores do TJ; 
De dois juízes, dentre os juízes de direito, escolhidos pelo TJ.
II- De um juiz do TRF com sede na capital do Estado, ou não havendo juiz federal escolhido, qualquer caso escolhido pelo TRF respectivo. 
III- Por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STJ. 
§2º - O TER escolherá seu Presidente e Vice dentre os desembargadores.
ALGUNS PONTOS A SER ANALISADOS DO TRIBUNAL ELEITORAL 
Os juízes são inamovíveis; 
São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariem a Constituição; 
Os juízes servirão por no mínimo dois anos;
Estas e mais outras disposições estão elencadas no art.121, parágrafos 1º e seguintes. 
TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Composição do Superior Tribunal Militar: 15 Ministros Vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado. 
De acordo com o ART.124 da CF, à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. 
Parágrafo Único: a lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar. 
TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Os Estados organizarão sua Justiça observando os princípios da CF. A competência dos Tribunais será definida na Constituição do Estado. O Tribunal de justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, afim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários (ART.125, §7º, CF/88). 
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Como órgãos temos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO;
ADVOCACIA PÚBLICA;
DEFENSORIA PÚBLICA. 
MINISTÉRIO PÚBLICO
(Do art. 127 à 130-A). 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO: 
Unidade;
Indivisibilidade;
Independência Individual. 
ABRANGÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Conforme ART.128, CF: 
I- O Ministério Público da União, que compreende: 
O Ministério Público Federal; 
Ministério Público do Trabalho;
Ministério Público Militar;
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
II- Os Ministérios Públicos dos Estados. 
ALGUNS PONTOS PARA SABER
Chefe do MP da União = Procurador Geral da República. 
Destituição do Procur.Geral = Iniciativa do Presidente da República precedida de autorização do Senado. 
Os MP dos Estados formaram lista tríplice dentre integrantes de carreira e a destituição se dá por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo. 
GARANTIAS DOS MEMBROS DO MP
De acordo com o Art. 128, §5º, I, CF, vemos os seguintes incisos:
Vitaliciedade (após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado) 
Inamovibilidade (salvo por motivo de interesse público, mediante decisão de órgão colegiado competente do MP) 
Irredutibilidade de subsídio. 
VEDAÇÕES
ART. 128, §5º, II, CF: 
Receber, qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; 
Exercer a advocacia; 
Participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 
Exercer atividade político-partidária;
Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DO MP
Elencados no ART.129, CF: 
Promover, privativamente, a ação penal pública; 
Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública;
Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social;
Promoção a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados.
Defender judicialmente os direitos e interessesdas populações indígenas; 
Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência; 
Exercer o controle externo da atividade policial;
Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial; 
Exercer outras funções que lhe forem conferidas. 
MP TRIBUNAL DE CONTAS E CONSELHO NACIONAL DO MP
Aos membros do MP junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. 
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Composição: 14 membros
Mandato: 2 anos (admitida uma recondução)
Competência: controle da atuação administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.
ADVOCACIA PÚBLICA
A Advocacia-Geral da União é a instituição que , diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial ou extrajudicialmente. 
Chefe: Advogado-Geral da União (livre nomeação pelo Presidente)
Ingresso: classes iniciais far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. 
DEFENSORIA PÚBLICA
A instituição pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção de direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados (ART.134, CF).

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