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Biossegurança Introdução Infectologia Visão Histórica 2018

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BIOSSEGURANÇA
INFECTOLOGIA: Visão Histórica 
 
As condições sanitárias da Europa Medieval provocaram a maior e a mais trágica das epidemias na história: a Peste Bubônica, mais conhecida por Peste Negra. Ela foi a responsável pela morte de milhões de pessoas no século 14. Historiadores estimam que um terço da população do continente não resistiu ao poder letal da bactéria Yersinia Pestis.
Becos cobertos de lama, sujeira, lixo, animais mortos - as condições eram subumanas na Europa Medieval. Tanta falta de higiene e saneamento dava origem a ratos e pulgas, os grandes transmissores da bactéria da Peste Negra. Mesmo tendo ocorrido há séculos, os especialistas alertam: a vigilância deve ser constante.
Em 1546, Fracastoro ( 1478-1553), defende a teoria de que certas doenças se transmitiam através de corpúsculos que ele denominou de semente da moléstia 
(A era Microbiológica)
Robert Hooke (1635-1703) Com o microscópio deu importante contribuição ao estudo da estrutura das células, devendo-se a ele a origem deste termo. 
Antoni van Leeuwenhoek (1632-1723) Observou o que ele denominou “animálculos” (microorganismos) presentes em simples gotas de água obtidas em diversos locais. Com esta observação e muitas outras também do domínio do microscópio, ele tornou-se no primeiro investigador a desenhar descrever bactérias e protozoários, formas de vida até então nunca vistas. 
Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865) e a queda na mortalidade materna após a lavagem das mãos antes dos partos.
Florence Nightingale (1820-1910) – baixou incidência de infecção hospitalar com medidas de higiene e limpeza. Descrição de procedimentos de cuidados relacionados aos pacientes e ao ambiente, com a finalidade de diminuir os riscos da infecção hospitalar. Provavelmente constituiu-se na primeira referência à vigilância epidemiológica.
Joseph Lister (1867) – tratou os ferimentos cirúrgicos com fenol, reduzindo a infecção hospitalar. 
William Stewart Halsted (1852 – 1922). A invenção das luvas cirúrgicas
Louis Pasteur (1822-1895) – derrubou a teoria da geração espontânea e desenvolveu a técnica de pasteurização. 
Robert Koch (1843-1910) – demonstrou que uma doença infecciosa específica é causada por um microrganismo específico.
Ainda no século XIX que Von Pettenkoffer apontou a existência da suscetibilidade individual e a influência do ambiente para o desenvolvimento
das doenças.
Febre tifóide e a  Identificação de portador são:
Mary Mallon nasceu na Irlanda do Norte em 1869 e emigrou sozinha para os Estados Unidos em 1883.
BRASIL: Oswaldo Cruz (1872-1917)
Febre amarela – A guerra contra o mosquito. 
O advento dos antimicrobianos
Paul Ehrlich (1854 – 1915) O criador da quimioterapia”
Descoberta do salvarsan: medicamento utilizado para o tratamento da sífilis provocou o desenvolvimento da pesquisa para obtenção de novas substâncias e da indústria químico-farmacêutica.
 Homem (hospedeiro)
Microrganismo Antimicrobiano
Gerhard Domagk (1895 – 1964): Efeitos antibacterianos das sulfonamidas.
Alexander Fleming (1881 - 1955): Descobridor da penicilina.
Nos últimos 40 anos, houve o advento da biotecnologia, possibilitando ao homem o desenvolvimento de técnicas de manipulação de microrganismos.
A Era Genética
Técnicas de engenharia genética e de Biologia Molecular;
A APLICAÇÃO DESSAS TÉCNICAS LEVOU À 
NECESSIDADE DO DEBATE DE NATUREZA ÉTICA E DE BIOSSEGURANÇA, TEMAS FUNDAMENTAIS NA ÁREA DA SAÚDE 
Década de 1970 – Primeira discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade. Desde então o conceito de biossegurança vem sendo cada vez mais difundido e valorizado.
Em fevereiro de 1975 foi realizada uma reunião de 140 cientistas norte-americanos e estrangeiros realizada no Centro de Convenções de Asilomar, localizado em Pacific Grove, Califórnia. Esta reunião científica decorreu da proposta de moratória nas pesquisas que envolvessem manipulação genética, feita em 1974, por um grupo de pesquisadores. Esta sugestão foi publicada simultaneamente nas revistas Nature e Science. Em abril de 1974, esta moratória foi discutida e implantada em uma reunião científica realizada no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Nesta ocasião ficou decidido que o Comitê Assessor para DNA recombinante (RAC), que havia sido criado em 1974, seria o responsável pela elaboração das diretrizes de Asilomar para a segurança dos experimentos com DNA recombinante. Este documento ficou pronto em 23 de junho de 1976.
A reunião de Asilomar é um marco na história da ética aplicada à pesquisa, pois foi a primeira vez que se discutiu os aspectos de proteção aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se realiza o projeto de pesquisa.
Legislação Brasileira
No Brasil – A primeira legislação que poderia ser classificada como de biossegurança foi a resolução nº1 do Conselho Nacional de Saúde, de 13 de junho de 1988.
Lei 8.974 de 05/01/1995: Estabeleceu um mecanismo de controle das atividades de engenharia genética.
Revogação da Lei 8.974 pela lei 11.105 de 24/03/2005.
Alguns dos pontos mais polêmicos da lei 11.05/2005: Liberação da pesquisa, cultivo, armazenamento dos organismos geneticamente modificados. Liberação do uso de embriões humanos para pesquisas de células-tronco, utilizando apenas o material que estiver congelado há três anos.
Biossegurança ou segurança biológica refere-se à aplicação do conhecimento, técnicas e equipamentos com a finalidade de prevenir a exposição do trabalhador, laboratório e ambiente a agentes potencialmente infecciosos ou biorriscos. Obs: Vale a pena salientar aqui que embora alguns autores coloquem segurança biológica, é importante ter em mente que a idéia mais abrangente é segurança da vida. Não é só da biologia. São todas as ações que facilitam a segurança da vida.
Princípios de Biossegurança 
Basicamente, existem três mecanismos de contenção:
Técnicas e Práticas de Laboratório, Equipamentos de segurança, Design do Laboratório.
Princípios de Biossegurança 
O mais importante elemento de contenção, refere-se à aplicação das práticas e técnicas do Laboratório.
Os trabalhadores devem receber treinamento e atualizações constantes em relação às técnicas de biossegurança.
Cada laboratório deve desenvolver seu próprio manual de biossegurança.
Os equipamentos de segurança são barreiras primárias de contenção, visando proteger o trabalhador e o ambiente laboratorial;
O design do laboratório é importante na medida que proporciona uma barreira física capaz de proteger o trabalhador dentro do laboratório, contribuindo tanto para a confiabilidade dos experimentos realizados como para a proteção da saúde humana e do meio ambiente.
Educação em Biossegurança 
A falta de cultura prevencionista tem sido o principal obstáculo para as pessoas agirem com precaução nos locais de trabalho;
Estes fatores ampliam-se por ignorância e dificuldade de compreensão, aceitação e cumprimento das medidas preventivas;
Muitos trabalhadores têm sido admitidos sem treinamento e passam a exercer funções sem estarem familiarizados com os procedimentos dos serviços, contribuindo para o aumento do risco nas atividades;
Os trabalhadores da área de saúde devem ter as noções, hábitos e cuidados necessários para não contraírem enfermidades ocupacionais, sofrerem algum acidente ou contaminarem os pacientes, área de trabalho ou os colegas;
A educação à biossegurança deve começar pelas escolas, que precisam urgentemente oferecer aos estudantes conceitos de biossegurança;
Em virtude de o fator humano ser a principal causa de acidentes em laboratórios, o maior esforço deve ser concentrado na sua educação;
A melhor proteção que podemos oferecer ao trabalhador é a informação e treinamento, pois de nada valerá uma parafernália de equipamentos de proteção, se estes forem incorretamente empregados;
As normas de biossegurança confiáveis e aplicáveis são consideradas
pré-requisitos para os investimentos privados em biotecnologia e áreas afins, e, mais recentemente, vêm sendo adotadas para a obtenção de bolsas;
Biosseguridade: Estabelecimento de um nível de segurança de seres vivos por intermédio da diminuição do risco de ocorrência de enfermidades em uma determinada população pelo uso deliberado de um agente biológico.
No Brasil observa-se que o termo biosseguridade vem sendo utilizado apenas para assuntos relacionados à saúde animal.

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