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ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA PORCENTAGEM DE MATERIAL PULVERULENTO NA AREIA NATURAL E NA AREIA ARTIFICIAL

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Arthur Viana de Oliveira
ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA PORCENTAGEM DE MATERIAL PULVERULENTO NA AREIA NATURAL E NA AREIA ARTIFICIAL
Palmas – TO
2018
Arthur Viana de Oliveira
ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA PORCENTAGEM DE MATERIAL PULVERULENTO NA AREIA NATURAL E NA AREIA ARTIFICIAL
Relatório elaborado e apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Tecnologia do Concreto do curso de Engenharia Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Orientador: Prof. D.Sc Fábio Ribeiro
Palmas – TO
2018
INTRODUÇÃO
Material pulverulento é o material da granulometria que passa na peneira #200(75µm de abertura da malha) a importância da determinação da porcentagem desse material nos agregados miúdos e graúdos se dá pela importância de modificar as propriedades do concreto no sentido de não proporcionar uma boa liga.
Uma grande quantidade de material pulverulento como, por exemplo, o silte e pó fino, prejudicam a hidratação do cimento pois devido a sua finura e grande área superficial necessitam de mais água para molhagem de todas as partículas aumentando consecutivamente a relação água/cimento e diminuindo a resistência do concreto (NEVILLE, 1982).
Um fator nocivo ao concreto ou argamassa é a quantidade de material pulverulento, limitado em no máximo 5% da massa total do agregado miúdo, segundo a NBR NM 46 (ABNT, 2003). O material pulverulento, quando presente em grande quantidade, aumenta a necessidade de água para uma mesma consistência. Os finos de certas argilas propiciam maiores alterações de volume, intensificando suas retrações e reduzindo sua resistência (BASILIO, 1995).
A falta de um melhor controle tecnológico dá-se a uma interpretação equivocada de que o agregado é considerado inerte e não afeta as propriedade do concreto. Entretanto a considerável influência que os agregados podem exercer na resistência, trabalhabilidade e durabilidade, demonstram a importância que exercem, merecendo uma maior atenção na sua seleção. (METHA e MONTEIRO, 2008)
Adjacente ao exposto se torna necessário a determinação do teor de material pulverulento nos agregados de acordo com a norma NBR NM 46:2003, para uma melhor qualidade dos materiais que compõem o concreto, assim uma melhor qualidade na obra.
O método que será utilizado permite determinar, por lavagem, a quantidade de material mais fino que a abertura da malha da peneira de 0,075mm presente nos agregados da amostragem.
OBJETIVOS
O objetivo deste ensaio é determinar por meio da NBR NM 46:2003 a porcentagem de material fino ou pulverulento contido nos agregados miúdos (Pó de brita e areia natural). O material pulverulento é constituído de partículas de argila (menor que 0,0025mm) e silte (0,0025 a 0,006mm). Geralmente são encontrados em maior quantidade nas argilas.
PETRUCCI fala em seu livro “Concreto de Cimento Portland”, que a argila, reduzida a pó muito fino, contribui para preencher os vazios da areia e influi para que o cimento envolva melhor os grãos de areia, ligando-os mais fortemente entre si. Porém se a argila forma uma película envolvendo cada grão e não se separa durante a mistura sua ação é altamente prejudicial, ainda que se encontre em pequenas proporções.
Com o resultado do ensaio é visto se elas podem ou não ser usadas na construção civil, para que não haja nenhuma inconveniência na construção durante sua vida útil.
EQUIPAMENTOS
Balança;
Peneira (75 µm (0,075 mm));
4 beckers;
Estufa;
1000g de areia natural (foi dividida em dois recipientes com 500g cada);
1000g de areia artificial (foi dividida em dois recipientes com 500g cada);
2 espátulas (usado para mexer os recipientes com agregado e água, durante o ensaio).
Areia Natural e Artificial
Fonte: Google Imagens
Becker
Fonte: Thinkstock
Balança de Precisão
Fonte: Google Imagens
 
Espátula
Fonte: Google Imagens
Estufa
Fonte: Google Imagens
Peneira #200
Fonte: Google Imagens
METODOLOGIA
Para a determinação da Porcentagem de material pulverulento na areia natural e areia artificial de acordo com a NBR NM 46:2003 foram usadas duas amostras de cada tipo de areia. As amostras estavam secas e com 500g em cada Becker. Com os exemplares apropriadamente despejados nos recipientes, foi adicionado água até cobrir toda a porção, para que assim seja possível agitar as amostras até o material pulverulento fique em suspensão, de imediato escoar a água de lavagem sobre as peneiras, colocadas em ordem de diâmetro crescente, de baixo para cima, neste ensaio a peneira usada foi a #200, adicionar uma segunda quantidade de água ao recipiente, agitar e verter novamente a água sobre a peneira, isso será repetido até que a água de lavagem fique clara, comparando-se visualmente a sua limpidez com uma água limpa, após esse procedimento retornar todo o material retido na peneira para o Becker, dessa forma transportar os beckers para uma estufa, lembrando que este procedimento é necessário para as duas amostras de areia natural, assim como de areia artificial. 
Excepcionalmente neste ensaio os procedimentos da média das massas finais das areias foram divididos pelo professor da disciplina, onde um grupo ficou com uma amostra de cada areia e outro grupo ficou com mais uma amostra de cada areia.
Após os beckers deixados na estufa é necessário esperar 24 horas para que os agregados possam secar e assim determinar a massa restante, a qual com o auxílio da fómula será possível o cálculo do teor de material pulverulento do agregado e assim o resultado.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após determinada a massa restante em cada um dos beckers é realizada a média dos resultados da areia artificial e da areia natural, neste ensaio foram usadas duas amostras para cada areia (O mínimo permitido pela norma NBR NM 46:2003), dessa forma as médias foram:
Areia Natural:
Grupo 1: 494,3g – Massa restante;
Grupo 2: 494,5g – Massa restante;
Média da massa restante: 494,4g
Areia Artificial:
Grupo 1: 435,5g – Massa restante;
Grupo 2: 441,1g – Massa restante;
Média da massa restante: 438,3g
Após a determinação das médias faz-se o cálculo do teor de material pulverulento nas médias das amostras com o uso da fórmula: 
Areia Natural:
Areia Artificial:
Logo o teor de material pulverulento na areia natural da amostragem é 1,12% e o teor de material pulverulento na areia artificial da amostragem é 12,34%.
A norma estabelece para o agregado miúdo um teor máximo de 3,0% para concreto sujeito ao desgaste superficial, e 5,0% para outros concretos, com isso afirmamos que o agregado miúdo que apresentou um resultado igual a 1,12% estando então dentro do limite permitido pela norma, e neste caso o mesmo pode ser utilizado tanto para concreto sujeito ao desgaste superficial como para outros concretos.
Já o agregado miúdo que apresentou um resultado igual a 12,34% estando fora dos limites da norma, e neste caso não pode ser utilizado em nenhum tipo de concreto. Neste caso o que poderia ser feito é tentar equilibrar essa porcentagem com um agregado que possui uma taxa menor de material fino ou pulverulento, ou seja, unir dois agregados para formar um terceiro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Material pulverulento é o material da granulometria que passa na peneira #200(75µm de abertura da malha) a importância da determinação da porcentagem desse material nos agregados miúdos e graúdos se dá pela importância de modificar as propriedades do concreto no sentido de não proporcionar uma boa liga. Pois, conforme citado anteriormente os materiais pulverulentos em alto teor diminui a aderência do agregado a pasta ou argamassa, prejudicando de forma direta a resistência mecânica e a trabalhabilidade do concreto.
Por isso, ao se comprar uma areia ou brita é preciso ficar atento a essas impurezas, e o melhor jeito de determinar se esses agregados poderão ser usados ou não, no concreto é o ensaio.
No geral, o ensaio de determinação do teor de materiais pulverulentos nos
agregados foi realizado com sucesso e assim ressaltamos a grande importância do mesmo para que não venha comprometer a qualidade do concreto.
REFERÊNCIAS
PETRUCCI, Eladio G.R Concreto de Cimento Portland, Vol. Único. 14 º Edição. Editora Globo, 1982.
BASILIO, E. Santos. Agregados para concreto ET 41, ABCP 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 46. Determinação do Teor de Materiais Pulverulentos nos Agregados. Rio de Janeiro, 2003. 
MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto, Microestrutura, Propriedades e Materiais. 3ª Edição. IBRACON. São Paulo, 2008.
NEVILLE, Adam M. Tad. S. G. Propriedades do Concreto. São Paulo, PINI, 1982.
ANEXOS

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