Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 1/19 Artículo en PDF Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Red de Revistas Cie Artigos Originais AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM E NUTRITIONAL EVALUATION OF SENIOR: A B LA EVALUACIÓN NUTRITIVA DE LAS PERSONA BIBLIOGRÁFICO Foi objetivo deste estudo discorrer sobre a avaliação nutricional do idoso u base de dados bibliográficas LILACS. Foram encontradas 24 referências, sen de prevalência. Dos trabalhos investigados, 9 foram realizados no Sudeste b verificou-se que os idosos têm apresentado maior prevalência de sobrepeso Percebeu-se a necessidade do reforço de políticas públicas que favoreçam m dos idosos e o acesso às informações preventivas, tendo em vista a melhoria PALAVRAS-CHAVE : Avaliação nutricional; Idoso; Literatura de revisão. The aim of this study was to research about the senior’s nutritional evalua the bibliographical data LILACS. 24 references were found, being 11 scientif Of the investigated material, 9 were accomplished in the Brazilian Southea verified that the seniors have presented larger overweight prevalence and o 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 2/19 Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 60-70, jan./abr.2007 60 verified that the seniors have presented larger overweight prevalence and o noticed the need of reinforcement of public policies which may favor moni access to the preventive information having in mind the improvement of h KEYWORDS : Nutrition assessment; Aged; Review literature. El objetivo de este estudio fue disertar sobre la evaluación nutritiva del anc la base de datos de LILAC Se encontraron 24 referencias, siendo 11 art[icul De los trabajos investigados, 9 fueron hechos en el Sudeste brasileño. Sobre personas mayores han presentado predominio de sobrepeso y obesidad, necesidad de reforzar la política pública para favorecer monitorado sobre e a las informaciones preventivas teniendo en cuenta la mejora de su calida PALABRAS CLAVE : Evaluación nutricional; Anciano; Literatura de revisión 1 Enfermeira. Mestre em Nutrição. Especialista em Nutrição Humana. Professora da Facu Universidade de Pernambuco (UPE). Rua das Graças, 277/1302. Bairro: Graças. CEP: 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Especialista em Gerontologia pela SBGG. Profe Universidade Federal do Rio Grande (FURG/RS). 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 3/19 INTRODUÇÃO Atualmente um dos maiores desafios para a huma- nidade é o enfrentamento das necessidades decorrentes do envelhecimento populacional, fenômeno que vem sendo observado em todos os países, inclusive nos menos desen- volvidos, pelas conseqüências que acarreta tanto no campo social como no econômico 1 . Até o ano de 2020, a popula- ção mundial deverá crescer 80%, enquanto que o percentual de idosos deverá crescer 160% 2 . O aumento do segmento dos idosos tem sido favorecido pela redução das taxas de natalidade/fecundidade e maior expectativa de vida, alte- rando a tradicional pirâmide populacional e transforman- do a velhice numa questão social 2,1 . No Brasil, projeções demográficas indicam que em 2025 os idosos ocuparão o sexto segmento de maior núme- ro de pessoas, serão 32 milhões de indivíduos com mais de 60 anos 3,4 . A esperança de vida ao nascer é outro fator res- ponsável pelo aumento nos anos de vida. Em um país com profundas desigualdades sociais, este crescimento gera impacto epidemiológico, trazendo desafios importantes para o sistema de saúde, determinando maior predominância de Doenças Crônica Não-Transmissíveis (DCNT), as quais requerem tratamento de maior custo, maior tempo de aten- ção à saúde, tecnologias de maior complexidade, equipa- mentos mais caros, necessidade de acesso aos medicamentos e profissionais especializados 5 . A saúde e a longevidade estão diretamente relacio- nadas ao estado nutricional e hábitos alimentares. Um es- tado nutricional equilibrado favorece a saúde física e emocional, prevenindo ou atrasando o aparecimento das identificaçã saúde geral afetivas e f ação, são id são implem sidades co O o ção nutricio informaçõe de aliment REVISÃO O idoso n No so de enve de sua din declínio do diminuição mento, fez associada adulta que crescimen O e Cada pesso derando su rais, tais c como saúd Eco como aque 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 4/19 Rev. RENE. For , p p doenças mais freqüentes no decurso do processo de enve- lhecimento 6 . A avaliação do estado nutricional é importante para o diagnóstico da saúde e nutrição, favorecendo orientações educativas e dietéticas, como também o monitoramento de intervenções terapêuticas. Assim, ressalta-se a importância de estudos sobre nutrição, enfatizando o estado nutricional de idosos, sendo um tema de relevância não só à Nutrição, mas também à Enfermagem, considerando que na Gerontologia, os profissionais que integram a equipe gerontológica, aplicam a avaliação multidimensional, glo- bal ou ampliada aos idosos, nela contendo: dados gerais de q trabalho. M balhando p aposentare pacitados p Os ram hoje c missor no da estética de. Do pon social, com nificação nu tico, no qu Artigos Originais Refletir sobre a questão do idoso implica necessaria- mente na discussão de políticas sociais de valorização do ser humano, entendendo o homem como resultado de sua histó- ria de vida e de seu processo de inserção na sociedade 9 . O ser humano idoso precisa estar ciente dos seus direitos de cidadão. De acordo com o texto da Lei 8.842/ 94, a Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para pro- mover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade 10 . tui um dos derando q mento de d alimentação O envelh adequada A n alimentos 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 5/19 Mesmo com as políticas públicas voltadas à velhice, observa-se uma ineficácia do poder público em assumir o seu papel de favorecer ações sobre o envelhecimento. Por outro lado, também os movimentos comunitários, apre- sentam-se ainda tímidos, em relação a divulgar as questões relacionadas aos direitos dos idosos 7 . Tais ações necessi- tam ser melhor trabalhadas considerando que, por exem- plo, algumas famílias têm sido incapazes de garantir a manutenção de idosos com altos níveis de dependência em seu domicílio 11, 12 . No imaginário social a velhice sempre foi pensada como uma carga econômica para a família e a sociedade. O gasto econômico da atenção à população idosa é calcula- do como três vezes mais alto que o da população geral. Para o Estado há despesas com aposentadoria, pensões e assistência à saúde com o aumento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) 8 . Neste sentido, o aumento do segmento dos idosos determina novas demandas para os serviços de saúde. As- sim, é importante que os profissionais de saúde conheçam as peculiaridades funcionais do envelhecimento, sabendo discernir entre o envelhecimento normal e patológico 13 . É importante procurar meios de garantir qualidade de vida para aqueles que já envelheceram ou estão no pro- cesso deenvelhecer, e isto implica diretamente na tarefa de manutenção da autonomia e independência. Os idosos de- sejam e podem permanecer ativos e independentes por tan- to tempo quanto for possível, se o apoio adequado lhes for proporcionado. Os idosos encontram-se potencialmente em risco não apenas porque são velhos, mas porque o proces- so de envelhecimento os torna vulneráveis à incapacidade, que pode ser produto de condições do meio físico, social e vida 15 . A a nutenção e/ envelhecim preparar e Na se uma má cias econô particularm ria, da dep interior de lidade de v babilidad associados O p nutriciona à idade. Da ção reduz, quando as Transmissí dem acele recuperaçã As f mentação in atividade fí lenta ocor as para a m apatia, imo mento inad lidade do p contribuir A n ção e desas 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 6/19 Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 60-70, jan./abr.2007 62 q p p ç , de questões afetivas 14 . Neste sentido, a alimentação consti- ç condições e do envelhecimento promove alterações anatômicas, fisio- lógicas e psicológicas no organismo, com repercussões so- bre as condições de saúde e nutrição 19,20 . Dentre as modificações que ocorrem no trato gastrintestinal que podem afetar o estado nutricional dos idosos, destacam-se: diminuição do apetite e da sensação de sede, alterações do gosto e do olfato, problemas dentários, diminuição da secreção salivar, problemas de deglutição, dificuldade de absorção das gorduras, diminui- ção da secreção de ácido clorídrico por atrofia gástrica, diminuição da produção de enzimas digestivas e da capaci- dade de absorção intestinal 21,22 . No processo de envelhecimento considerado normal ocorrem alterações fisiológicas e biológicas que afetam a alimentação e a nutrição do idoso, dentre elas: aumento do tecido adiposo; redução da massa muscular; redução da água corporal total; perda de paladar e olfato; diminuição na pro- dução de pepsina e do ácido clorídrico, com diminuição na ingestão de alimentos e na absorção de vitamina B12, ferro e outras substâncias. O tipo de alimentação do idoso pode in- fluenciar tanto no aparecimento de doenças como na deter- Avaliação alimentar A n versais, po e conserva de em gran tando de n adequação prazer de so. Daí é p interferir n As n minuem n declínio na dade física com o dec pessoas a p mens e 1.9 Os proporção 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 7/19 Rev. RENE. For p ç minação de sua gravidade, justificando-se a preocupação com o padrão alimentar e com o conhecimento das alterações nutricionais que ocorrem no envelhecimento 23 . As alterações na função do trato gastrintestinal po- dem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos idosos. As disfunções mais comuns são: xerostomia, disfagia, gastrite, úlcera péptica, diverticulite, hemorróidas, hérnia de hiato, doença da vesícula biliar, cirrose e hepatite 21 . Na velhice, iniciam-se alterações na composição corporal, com perda da massa magra e aumento no tecido adiposo. No entanto, embora as perdas de peso corpóreo nos idosos sejam esperadas elas devem ser investigadas. A desnutrição na população idosa brasileira, em seguimento ambulatorial, é de cerca de 20% e entre os idosos hospita- lizados esta porcentagem salta para 60% 23 . Outro fator que podemos observar como compro- metedor de uma boa alimentação é a dificuldade de mastigação e deglutição. Os idosos se engasgam com facili- dade com o uso dos alimentos pela diminuição da motilidade digestiva por perda da acuidade neuromuscular. Espasmos, refluxo digestivo e dor podem ser conseqüentes da dilata- ção da porção inferior do esôfago 16 . p p ç forma de f cessita ser complexos lipídeos re diárias, dev vez que est importante Em normopro de alto val dos também rar a função constipação de vitamin consumo d cálcio, fósfo ses elemen Pro idosos cos de peso 25 . vimento de dificultar o Artigos Originais 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 8/19 Investigação efetuada com um grupo de 283 idosos, residentes em zona urbana de São Paulo, estratificado por nível socioeconômico em três regiões do município, utili- zando o método de freqüência de alimentos para conhecer o padrão alimentar do grupo analisado, mostrou que no grupo de alimentos energéticos, mais de 90% dos idosos ingeriam feculentos, arroz, pão e macarrão; porém, apenas o arroz e o pão eram utilizados diariamente. Quanto ao grupo de alimentos protéicos, 70% ou mais dos idosos in- vestigados consumia feijão, carne de boi, aves, leite e ovos, entretanto, no consumo diário, existia uma diferenciação entre as regiões analisadas. Dos reguladores, mais de 85% dos idosos tinham por hábito consumir frutas, verduras folhosas e legumes, mas, ao se avaliar o consumo diário, verificou-se que a prática era maior na região de melhor nível socioeconômico. Foi concluído na investigação que os idosos apresentam o mesmo padrão alimentar de outros grupos populacionais quanto aos alimentos energéticos, porém, diferem quanto aos protéicos e reguladores 23 . Atitudes simples, como: servir as refeições em local agradável, limpo, arejado, mobiliário adequado e piso não derrapante e espaço de fácil circulação; sentar o idoso con- fortavelmente à mesa em companhia de familiares, amigos ou outras pessoas; disciplinar e fracionar o consumo de alimentos estabelecendo horários; oferecer refeições atra- tivas e saborosas, usando temperos naturais, evitando abu- so do sal; promover um contraste de cor entre os utensílios e a toalha da mesa, são condutas que proporcionam ao idoso mais prazer com a alimentação 20 . No contexto dos hábitos alimentares, vale ressaltar a importância de um programa de estímulo do autocuidado. Para que o idoso possa se manter como guardião de sua das à saúde cognitivas, referido. S sões o esta parâmetros A av por meio d Os conven e emprega Os não con em relação de técnicas Os exames fís impedância compreen computado compartim partir da m pesagem h de de cada do indivídu estimando gordura e uma anális Em tivo de ide entes, dest alteração d gastrintesti da metaból tos, histór 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 9/19 Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 60-70, jan./abr.2007 64 a a que o doso possa se a te co o gua d ão de sua própria saúde ele precisa ter acesso a orientações educativas sobre medidas de promoção à saúde e a nutrição. Avaliação nutricional em idosos por meio da antropometria A Avaliação Geriátrica Abrangente (AGA), também denominada avaliação multidimensional do idoso é um processo diagnóstico multidimensional e interdisciplinar, tendo como principais dimensões: dados gerais de identifi- cação, dados familiares, dados sociais, questões relaciona- tos, stó laboratoria e para con hematológi transferrin dosagens s nas. O mét medir a m renças de c As m zadas na a tura, peso, cutâneas 23 . Podem ser utilizadas para estimar a altura em idosos, a altura dos joelhos, envergadura do braço, hemi- envergadura e aferição da massa corporal 4 . A interpretaçãodos resultados da antropometria nos idosos pode apresentar dificuldades em razão das mudan- ças da composição corporal que ocorrem com a idade, como: diminuição da massa muscular, perda de estatura, mudança na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo, alterações na compressibilidade e elasticidade dos tecidos que poderão afetar a precisão das medidas, sobretudo relacionada às pregas cutâneas. Outra dificulda- corpóreas t é feita com severa, 16 = desnutri sobrepeso Ent sobrepeso ciados a vá de massa m IMC estão a obstrutivos 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 10/19 sob etudo e ac o ada às p egas cutâ eas Out a d cu da de para uma boa aferição da estatura é a falta de equilí- brio, impedindo a manutenção da posição em pé por algum tempo. Por esses fatores, recomenda-se precaução no uso das medidas antropométricas, por conta da possibilidade de erros nas interpretações dos resultados 4 . A estatura mantém-se praticamente inalterada até os quarenta anos de idade e, a partir daí, há evidências de redução de estatura de cerca de um a dois e meio cm por década, sendo mais acentuada nas idades mais avançadas. Essa redução de estatura é resultante das modificações que ocorrem com o envelhecimento da coluna vertebral. A al- tura precisa ser medida utilizando-se antropômetro verti- cal ou estadiômetro para adultos, medido em centímetros. Os idosos necessitam ficar com os pés juntos, descalços, com o corpo erguido em extensão máxima e a cabeça ere- ta, olhando para frente, com as costas e a parte posterior dos joelhos encostados ao antropômetro 4 . O peso é uma das medidas mais simples de ser rea- lizada. Propõe-se que seja usado na relação com a altura, compondo o Índice de Massa Corpóreo (IMC), também conhecido como Índice de Quetelet, cuja formula é o peso em quilogramas dividido pela estatura em metros e elevada ao quadrado 23 . Apesar de ser defendido por alguns autores existem limitações no uso do IMC, por não indicar a composição corporal. Há, porém, vantagens no uso desse método como indicador do estado nutricional em estudos epidemio- lógicos, pela facilidade de obtenção e interpretação dos dados sem necessitar de padrões de comparação 28 . Os limites de eutrofia recomendados pela Organiza- ção Mundial de Saúde, em 1995, para a população idosa estão entre 18,5 a 24,9 Kg/m 2 , em razão das alterações obst ut vos que o parâ atualmente incidência Além desenvolvi risco nutri (ASG), Min Atividades vários itens antropome e autoperc METODO O e senvolvido tecas da Un publicações utilizando- idosos, na tura Latino (LILACS). A B de 1980, p por bibliot milares de No controu-se os anos de Do conjun três monog encontrad 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 11/19 Rev. RENE. For estão entre 18,5 a 24,9 Kg/m , em razão das alterações encontrad Artigos Originais gos publicados em periódicos, em decorrência da facilida- de de obtenção das cópias impressas. Dos onze artigos investigados, quatro foram publi- cados nos últimos cinco anos, havendo uma predominân- cia do estado de São Paulo como local de publicação. Das fontes de publicações dois artigos foram publicados na Revista Brasileira de Nutrição Clínica. Quanto aos procedimentos éticos, este trabalho foi dispensado dos protocolos exigidos por comitê de ética, uma vez que se trata de um estudo de bases de informações de fontes secundárias disponíveis em bibliotecas públicas. ALGUNS RECORTES DOS ARTIGOS INVESTIGADOS Cinco dos artigos investigados foram baseadas em estudos bibliográficos 27,32,33,34,35. Este tipo de estudo, ca- racteriza-se pela sistematização de informações obtidas em publicações: livros, revistas, jornais, ou seja, materiais aces- síveis ao público em geral 36 . Os estudos bibliográficos são de grande valia, considerando o teor analítico sobre temas, a exemplo dos trabalhos descritos neste estudo. As dificuldades para o reconhecimento das doenças hábitos alim ingesta de entendemo tamente o lipossolúv corpóreos hidrossolúv nas, neces ência, send direcionad Tor em idosos tipo de ava de problem ção nutricio processos podem-se vos, desco car interve a avaliação suscetíveis res sociais 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 12/19 Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 60-70, jan./abr.2007 66 As dificuldades para o reconhecimento das doenças na velhice existem principalmente porque algumas carac- terísticas das enfermidades nesta fase de vida são diferentes de outras faixas etárias, na mesma doença 33 . Precisamos considerar que a população de idosos é muito heterogênea e pode incluir desde uma pessoa muito saudável, com 60 anos, como outra já muito debilitada, aos 90 anos. Por isso que a abordagem dos variados problemas de saúde dos idosos requer a atuação de uma equipe interdisciplinar, favorecendo uma avaliação das áreas psíquicas, clínica, fun- cional, nutricional e social. A avaliação nutricional necessita ser realizada pela equipe gerontológica e considerando-se dois níveis: o risco nutricional, avaliado com uma anamnese nutricional; o grau de desnutrição, observando-se os dados antropométricos, como peso, altura, índice de massa corporal, prega cutânea, circunferência abdominal e do braço; complementando-se com exames laboratoriais, tais como albumina, colesterol e contagem de linfócitos 33 . É importante fazer um diagnóstico da hipoavitami- nose precocemente, ainda que, em alguns estágios da avalia- ção, sinais clínicos não estejam presentes. Investigar os res sociais nômico, co importante Estu ção brasilei três inquéri nais, houv aumento d O idoso ap profissiona ção mais co determina e investiga postos par (MAN), po avaliação cl nutriciona tegrante da Foi dos nacion nutriciona ve redução sobrepeso e obesidade na população adulta e idosa. A ava- para a col 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 13/19 sobrepeso e obesidade na população adulta e idosa. A ava liação da gordura abdominal, por meio da mensuração da circunferência da cintura ainda vem sendo pouco utilizada em estudos populacionais. Apesar de representar um im- portante fator de risco para DCNT, como: diabete, doenças cardiovasculares e câncer de mama 32 . Em estudo 37 realizado com base nos dados da Pes- quisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN-1989), referen- te à população idosa com 60 anos ou mais, utilizando-se o IMC como indicador do estado nutricional e outras variá- veis, foram encontradas prevalências de magreza (IMC<18,5) e sobrepeso (IMC =/>25), respectivamente de 7,8% e 30,4% em homens e 8,4% e 50,2% em mulhe- res, mais elevada que na população adulta jovem. A magre- za foi mais freqüente nas mulheres nas faixas mais avançadas em áreas rurais das regiões Centro-Oeste e Nordeste. Nos homens: Sudeste; nas classes de menos renda, menos esco- laridade e pior qualidade de moradia. O sobrepeso foi prevalente em mulheres, em áreas urbanas das regiões Sul e Sudeste; nos grupos de maior renda, maior escolaridade e melhor qualidade de moradia. Partindo de dados de avaliação antropométrica de adultos não jovens, Abranches et al (2003), utilizando-se do IMC, com informaçõesfornecidas pela Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV), realizada pelo IBGE em 1996/97, chegaram às mesmas conclusões, ou seja, de que a prevalência conjunta de sobrepeso e obesidade na popula- ção brasileira é maior no sexo feminino; mais da metade das mulheres são das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, com idade entre 50 e 69 anos. Seis dos artigos em estudo foram de estudos trans- versais ou estudos de prevalência, quatro com base de da- dos primários 39,,40,41,42 e dois utilizaram dados secundários para a col antropomé antropomé forte com mais avanç valor obtid Na por meio d Instituição verificado desnutrido lidade. Qu ingesta ins minerais c Em internados SP, e tamb micronutri séricos def C e B 2 42 . Ain ingestão en tre os idos Foi coloca espaço ent ção, em mé o envelhec mais lento velmente p tão realiza substituind no compo tam a adeq 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 14/19 Rev. RENE. For dos primários e dois utilizaram dados secundários 37,38 . Estudos transversais são investigações quantitativas que descrevem um corte no fluxo histórico das variáveis de in- teresse, evidenciando as características apresentadas em um dado momento 43 . Em um dos estudos 40 foi verificado que aferições diretas de dados antropométricos podem apresentarem-se alteradas por conta da falta de equipamentos ou pela im- possibilidade de locomoção dos idosos. Foram investiga- dos 50 idosos em atendimento ambulatorial e foi verificado que o idoso, muitas vezes apresenta, limitações orgânicas tam a adeq em risco d Out contribui p trientes diz de nutrien que prov lipossolúv excreção de ganho pon ção de zinc Artigos Originais complexo B (tiamina); os diuréticos que influenciam na perda ponderal, diminuição da salivação e no aumento da excreção de cálcio, potássio, magnésio, sódio, cloro, zin- co, entre outros. A maior concentração das publicações, ou seja, nove dos artigos investigados foram originárias do Sudeste Bra- sileiro, com predominância no estado de São Paulo. Esse aspecto revelado na análise é compatível com a organiza- ção institucional da ciência e tecnologia no Brasil. A con- centração dos grupos de pesquisa e pesquisadores brasileiros se concentra no Sudeste, que detinha 48,8%, em 2002, dos pesquisadores por titulação Outras desigualdades regio- ção de enfe brasileiros intervençõe cessidade acesso aos de sobrepe lidade de v REFERÊN 1. Queiroz Mundo 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 15/19 pesquisadores por titulação. Outras desigualdades regio nais também são observadas e relativas à concentração de recursos financeiros, formação de recursos humanos em graduação e pós-graduação 44 . CONSIDERAÇÕES FINAIS O levantamento de informações sobre avaliação nutricional em idosos, publicadas na base de dados biblio- gráficas LILACS, acessadas em 24.03.2005, evidenciou a opor- tunidade do estudo com base em onze artigos científicos. Quanto à avaliação nutricional de idosos foi possível perceber a necessidade da vigilância nutricional e do acom- panhamento do consumo alimentar por este segmento, não só relacionado à ingesta dos macronutrientes, como tam- bém a dos micronutrientes, tais como minerais, destacando- se cálcio, ferro e zinco e vitaminas, como: A, E, C e B 2. Ressalta-se a importância da avaliação multidimen- sional para os idosos, uma vez que favorece a atuação de uma equipe interdisciplinar gerontológica, facilitando a identificação de problemas de saúde do idoso relacionados com a área clínica, nutricional, social, psíquica, funcional e outras. Em relação à avaliação antropométrica foi mostra- do nos estudos com base em amostras representativas da população brasileira, que nas duas últimas décadas os ido- sos apresentaram uma maior prevalência de sobrepeso e obesidade, sobretudo no sexo feminino, sendo mais da metade das mulheres das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, com idade entre 50 e 69 anos. Estes dados mostram a importância do aprofunda- mento de estudos interdisciplinares, incluindo a participa- Mundo 2. Ramos L FRG. P sudeste Rev Saú 3. Frias LA popula 4. Coelho M posição envelhe 5. Florenti ciais e Frank A lo: Athe 6. Berger L aborda p. 215- 7. Sobral B Arq Ge 8. Minayo pologi FIOCRU 9. Pacheco idoso . 10.Pereira popula Textos 11.Chaimo de idos ca 199 12. Bru depres 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 16/19 Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 60-70, jan./abr.2007 68 te como geradores. Rev Rene 2006 jan./abril; 7(1): p.35-42. 13.Jacob Filho W. Envelhecimento e atendimento domicialiar. In: Duarte YAO, Diogo MJD. Atendimento domiciliar: um enfoque gerontológico. São Paulo: Atheneu; 2000. p.10-31. 14.Veras R, Caldas CP. 10 anos um modelo de cuidado inte- gral para a população que envelhece. Rio de Janeiro: UnATI; 2004. 15. Benedet AS, Bub MBC. Manual de diagnóstico de enfer- magem. Uma abordagem baseada na teoria das necessi- dades humanas e na classificação diagnóstica da NANDA. 2ª. ed. Florianópolis: Bernúncia; 2001. 16.Araújo L, Bachion MM. Diagnósticos de enfermagem do padrão mover em idosos de uma comunidade aten- dida pelo Programa de saúde da Família. Rev Esc Enf USP 2005; 39(1):53-61. 17.Veras RP, Ramos LR, Kalache A. Crescimento da popu- lação idosa no Brasil: transformações e conseqüênci- as na sociedade. Rev Saúde Pública 1988 jun; 21(3):225-33. 18.Smeltzer SC, Bare BG. Tratado de enfermagem médico- ú d d b 26.Ruipére magem 27.Acuña K tos e id leira. 48(3): 28.Anjos L Estatur adultos dez; 26 29.Meneze ção clín riatria Janeiro 30.Costa E sos da diária e Paul En 31.Prado S ciment 7(2):8 32.Batista indicad 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 17/19 Rev. RENE. For cirúrgica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. 19.Santos SCS. Enfermagem gerontogeriátrica: reflexão à ação cuidativa. São Paulo: Robe; 2001. 20. Campos MTFS, Monteiro JBR, Ornelas APRC. Fa- tores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso . Rev. Nutr. Campinas, set./dez. 2000, 13(3): 157-165. 21.Roach S. Introdução à enfermagem gerontológica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p. 242-55. 22.Águila AMB, Dores SMC. Importância da avaliação das condições nutricionais do idoso. Rio de Janeiro: Revinter; 1994. p. 73-5. 23.Najas M, Pereira FAI. Nutrição. In: Freitas EV. et al. Tra- tado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. cap.101, p. 838-45. 24.Harris NG. Nutrição no envelhecimento. In: Mahan LK, Stump SE. Alimentos, nutrição e dietoterapia. São Pau- lo: Roca; 2002. cap.13, p. 276- 98. 25.Barcelos MFP, Pereira MCA. Nutrição nas diversas fases de vida. Lavras: UFLA FAEPE; 2002. indicad leiros. 33.Cunha U Bras M 34.Oliveira cos e d 16(2): 35.Lombil multidi Clin. Q 36.Tobar F conselh e inform 37.Tavares ção idos sobre S blica 1 38.Abranc de sobr te do B 49(2): Artigos Originais 39.Campos MTFS, Monteiro JBR, Castro TG, Viana, EC. Correlação entre diferentes parâmetros de avaliação do 42.Vannuc MRDL 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS:UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 18/19 Correlação entre diferentes parâmetros de avaliação do estado nutricional de idosos. Rev. Bras. Nutri. Clin. Vi- çosa, 2001; 16(1):1-5. 40.Galisa MS, Pustiglione M. Critérios de avaliação antropométrica em geriatria – um estudo comparativo. Mundo Saúde 1997 jul./ago; 21(4):199-203. 41.Gaudenzi EM, Silva IS, Carvalho MFA, Araújo MPN, Fohr ML, Regis SM. . Avaliacäo do estado nutricional de ido- sos residentes no abrigo D. Pedro II – Salvador. Rev Baiana Saúde Pública 1991 jan./dez; 1(1/4):85-97. MRDL. e B2, d dos. Re 43.Almeid metodo Epidem 527p. c 44.Neves C MSA. e PES; 20 25/03/2018 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO http://www.redalyc.org/html/3240/324027956008/ 19/19 Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 60-70, jan./abr.2007 70
Compartilhar