Buscar

Osteomielite

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Osteomielite
INSTITUTUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
BAHIA
Equipe 2
Turma: 2016.1
Disciplina: Patologia (RAD 260)
Docente: Jacqueline Gurjão
Discentes: Cleane Quadros, Lília Alves, Marcos Alexandre, 
Mateus Conceição, Renilson Amaral e Zamíola Reis. 
Introdução
Hipócrates e Galeno conheciam a produção, no tecido ósseo inflamado de partes necrosadas (os sequestros) e já nessa altura praticava-se a sua ablação.
Pasteur anuncia em 1880, no caso de uma osteomielite, “um organismo semelhante ao organismo do furúnculo”.
Alexander Rodet (1814-1884) faz a comparação de experiências tanto da Academia das Ciências de Paris quanto da Faculdade de Lyon.
Colzi, em 1889, mostram que, para chegar ao osso, a via de acesso é a sanguínea.
Introdução – HISTÓRICO
LANNELONGUE e ACHARD retiram ao estafilococo as propriedades de agente específico da osteomielite e consideram que o ponto de partida da osteomilite é, medular.
WILENSKY na América, emitem a teoria de embolia séptica, de que a infecção óssea seria apenas um fenómeno secundário (é o que atualmente se aceita para as osteomielites hematogénicas agudas) do foco infeccioso primário à distância.
LAURENCE e col, em 1943, vão iniciar o tratamento da osteomielite aguda. pela simples imobilização gessada e antibioterapia.
Introdução – HISTÓRICO
JOSEP TRUETA Método de tratamento de feridas cirúrgico imediato, limpeza da ferida, desbridamento, drenagem com gaze seca e imobilização gessada.
A doença não específica o organismo causador que pode ser bactérias, microbactérias ou fungos nem a origem da doença: piogênica ou granulomatosa. Essa infecção óssea pode ser aguda, subaguda ou crônica.
Introdução – HISTÓRICO
Introdução – classificação
Infecções Endógenas (osteomielites hematogénicas) - é aquela causada por microrganismos que já estavam presentes no organismo hospedeiro, sendo, portanto uma auto-infecção. 
Infecções Exógenas (osteites pós-operatória e pós-traumática) - Quando deixam o seu sítio normal e migram para um novo local no Corpo humano. (Ex. Cirurgias, perfurações).
 Infecções dos tecidos moles resultam mais comumente de uma solução de continuidade na pele levando a introdução direta de agentes infecciosos. (Ex. Celulites)
A incidência anual de osteomielite é de 8 em 100 000, nos países desenvolvidos. Verifica-se um gradiente decrescente na incidência desde os implementos de medidas de higiene.
População pediátrica do sexo masculino, com menos de 2 anos e crianças entre os 8 aos 12 anos.
No Brasil, ela afeta com mais frequência indivíduos imunodeprimidos, idosos, pessoas com outras doenças de base e pacientes pós-operatório.
Introdução – EPIDEMIOLOGIA
Osteomielite Hematogênica Aguda
Osteomielite Hematogênica Aguda
Sintomas Sistêmicos
Alterações Radiológicas 
Duração <10 Dias 
 Episodio prévio 
Crônificação
Quanto ao Germe
 Staphilococos aureus
Streptococos
Salmonelas 
Eschiriquia coli 
Pseudomonas 
Proteus 
Hemophilus 
Brucella 
Osteomielite Hematogênica Aguda
Fatores de Risco
Idade
Sexo
Traumatismo
Localização
Nutrição deficiente
Foco
Diabetes.
Pacientes em hemodiálises
Abuso de drogas
Penetração no Organismo
Aparente:
Foliculite
Furúnculo
 Ferimentos infectados
Inaparente:
 Vias aéreas 
Penetração no Organismo
Aparente:
Foliculite
Furúnculo
 Ferimentos infectados
Inaparente:
 Vias aéreas 
10
Disseminação no Organismo 
Evolução Local
Fixação no Osso
Osteomielite Hematogênica Aguda
Patogenia 
Osteomielite Hematogênica Aguda
Quadro Clinico 
Vômito 
Calafrios
Convulsões
Temperatura Elevada
Pulso Rápido 
Leucocitose Alcança 30.000 
Cefaleia
Espasmos Musculares
Dor
Limitação de Movimento
Tumefação
Friabilidade
Impotência Funcional 
Extremidade em Semi-Flexão
Osteomielite Hematogênica Aguda
13
Diagnóstico Clinico 
Diagnóstico Laboratorial 
Hemocultura
Punção Óssea
Biopsia 
Hemograma 
Osteomielite Hematogênica Aguda
Diagnóstico Por Imagem 
Raio X 
Cintilografia 
Ressonância 
Magnética 
Tomografia 
Ecografia 
Osteomielite Hematogênica Aguda
Artrite Séptica 
Complicações 
Fratura Patológica
Luxação Patológica
Anquilose
Disseminação para tecidos moles 
Abscesso de BRODIE
Osteomielite Hematogênica Aguda
Osteomielite Hematogênica Aguda
Antibioticoterapia de Urgência 
Antimicrobianos
Local 
Cirúrgico 
Tratamento
Osteomielite hematogênica Crônica
Via de disseminação;
Pós Osteomielite Hematogênica Aguda e/ou tratamento ineficiente .
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
Presença de microrganismos 
Fagócitos liberam enzimas que lisam o osso
Supuração dificulta o fluxo sanguíneo
Necrose/sequestro
ETAPA CRONICA – Sequestro e invólucro
Morte do osso/tecido de granulação
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
ETAPA CRONICA – Sequestro e invólucro
Reparação
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
Quadro Clinico 
Durante o período de inatividade não existem sintomas;
Osso é deformado, a pele é escura, fina, fibrosada e desnutrida. 
Qualquer lesão na pele produz uma ulceração de difícil cicatrização. 
Os músculos são fibrosados e levam a contratura da articulação. 
A recidiva caracteriza-se por dor difusa que agrava-se a noite. 
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
Diagnóstico Laboratorial
Isolamento do agente por cultura do aspirado ósseo 
Punção articular
Secreção da ferida cirúrgica e materiais de debridamento cirúrgico
Hemocultura
Proteína C reativa 
Hemograma 
Dosagem da alfa-glicoproteína ácida
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
Diagnóstico por Imagens
Radiografia óssea (lesões evidentes entre o 10° e o 14° dia do início da doença)
Tomografia Computadorizada
Ressonância Magnética
Ultrassonografia da lesão (investigar coleções mais profundas e orientação para punção diagnóstica).
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA CRÔNICA
Tratamento
Pacientes geralmente requerem antibióticos, bem como de cirurgia para reparar qualquer dano ósseo. 
Osteomielite pós-traumática
Ao contrário da osteomielite hematogênica que é uma doença geral com manifestações locais, a osteomielite pós-traumática é uma afecção localizada.
Podem ser classificadas em:
 OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA AGUDA
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA CRÔNICA
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
PÓS TRAUMÁTICA AGUDA
SEM LESÃO ÓSSEA 
Infecção sem ferimentos, em hematomas, em necrose de pele e tecidos moles por ação mecânica, térmica ou química. 
A osteomielite da falange distal que surge de uma paroníquia (infecção da pele que rodeia a unha) subcutâneo após um traumatismo sem importância.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
PÓS TRAUMÁTICA AGUDA:
COM LESÃO ÓSSEA
Sem Osteossíntese:
Por lesão direta: um ferimento que atinja o osso e provoque uma osteomielite.
Pode instalar-se em lesões ósseas provocadas por: objetos contusos, perfurantes, transfixantes.
No osso atingido, altera-se a vascularização e aumenta a possibilidade de infecção.
No manuseio de fraturas expostas com exposição cirúrgica.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
 OSTEOMIELITEPÓS TRAUMÁTICA AGUDA:
COM LESÃO ÓSSEA
Com Osteossíntese:
Pós cirúrgica: Ocorre após o tratamento cirúrgico de uma fratura fechada com o uso de osteossíntese(exemplo uso de placa metálica).
Principais condições favoráveis :
 Grandes descolamentos 
 Materiais estranhos 
 Tecidos lesados 
Osso desvitalizado 
Hematomas.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
TRATAMENTO -ANTIBIOTICOTERAPIADE URGÊNCIA 
PÓS TRAUMÁTICA AGUDA:
Princípios da terapêutica antibiótica:
1. Selecionar a droga com maior probabilidade de ser efetiva com o mínimo de efeitos colaterais
2. Administrar a droga por uma via apropriada durante o tempo suficiente para erradicar ou controlar a infecção.
3. Acompanhar o paciente estreitamente quanto a uma resposta clínica
e bacteriológica e tolerância a droga
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
TRATAMENTO -ANTIBIOTICOTERAPIADE URGÊNCIA 
PÓS TRAUMÁTICA AGUDA:
4. Modificar a posologia quando as circunstâncias indicarem.
5. Descontinuar a droga quando a infecção estiver erradicada ou controlada, quando a resistência emergir in vitro ou in vivo, ou quando aparecerem efeitos colaterais intoleráveis
6. Usar medidas terapêuticas adjuntas, incluindo drenagem ou remoção de materiais estranhos, sempre que necessário.
7. Obter estudos de acompanhamento, inclusive as culturas apropriadas, depois que o tratamento termina
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
TRATAMENTO -LOCAL
Uma infecção é acompanhada por um aumento do edema e por isso a elevação do membro é apenas uma medida lógica.
Imobilização, principalmente no pós operatório torna-se fundamental até que os sinais clínicos regridam, evitando-se assim uma expansão da infecção.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
TRATAMENTO -CIRÚRGICO
Método de drenagem: 
 A incisão não deve ser feita diretamente sobre o metal. 
 Colher material para exame bacteriológico
Desbridamento cuidadoso. Excisar todo material necrosado
Lavar abundantemente a ferida 
Fechamento é uma opção já que existe a tendência crescente de aplicar em seguida o metodo de Compère 
 Estabilizar a fratura infectada com fixadores externos ou gesso após a retira do material de síntese. 
 Colar de gentamicina (adição de antibióticos ao polimetilmetacrilato mantendo sua atividade bactericida)
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
TRATAMENTO -CIRÚRGICO
Método de Compele (irrigação aspiração fechada)
É o método da Irrigação e aspiração contínua
Realizamos uma janela óssea. 
Limpamos o canal medular. 
Em cada extremidade realizamos dois orifícios, por onde colocamos
drenos, um de entrada e um de saída. 
O periósteo, a musculatura e a pele são fechadas. 
Através da sonda de entrada, lavamos com soro fisiológico. 
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
(Antibiograma: Exame feito após o isolamento e a cultura de determinado germe, para verificar quais os antibióticos ativos contra ele).
TRATAMENTO -CIRÚRGICO
Colar de gentamicina
Numerosos antibióticos podem ser incorporados ao polimetilmetacrilato mantendo sua atividade bactericida. Eles liberam antibióticos em alta concentração nos líquidos e tecidos circundantes. As concentrações locais são mais altas que as administrações parenterais. Embora os resultados iniciais sejam promissores, sua eficácia ainda não foi firmemente comprovada.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
Pode ser em consequência de uma forma aguda tratada de forma incorreta, ou um germe de pequena virulência em que o quadro clínico passa despercebido.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
TRATAMENTO DAS OSTEOMIELITES PÓS TRAUMÁTICAS CRÔNICAS
Os procedimentos cirúrgicos são variáveis e habitualmente contribuem para melhores resultados. 
É importante lembrar que o exudato é formado sob pressão, o que compromete ainda mais a circulação e espalha a infecção. 
As paredes escleróticas agem como uma barreira, impedindo o acesso do antibiótico. 
Para a cura da infecção é necessário a remoção do sequestro, do tecido de granulação infectado, da escara e do invólucro.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
CIRÚRGICA
Consiste na remoção do sequestro ósseo e ressecção de todo o osso infectado e tecidos desvitalizados. 
A remoção de grandes quantidades de tecidos pode levar a instabilidade óssea e grande espaço morto.  Esse manejo requer especialistas.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
Proceder a antibioticoterapia após antibiograma
Método de Compele (irrigação aspiração fechada)
Colar de gentamicina. 
Ressecção segmentar
Ele consta primeiramente de uma excisão de todo segmento ósseo infectado.
Após esta fratura é estabilizada com um fixador externo tipo Ilizarov. Procede-se, então, ao transporte ósseo para corrigir o segmento ósseo excisado.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
Método de Papineau:
Os três estágios do protocolo incluem:
Desbridamento de tecido necrótico ou infectado
Enxerto ósseo esponjoso (crista ilíaca) e cobertura de tecido mole
Cicatrização por segunda intenção.
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
Estabilização com fixadores externos
OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA
MEDICAMENTOS
Os antimicrobianos devem ser administrados nunca menos que quatro a seis semanas para atingir níveis aceitáveis de cura.
A suspensão dos antibióticos específicos deve passar pela avaliação clínica e laboratorial do paciente (exp.: seriado do VSG e proteína C reativa).
Germe infectante, local em que a doença se apresenta e hospedeiro vão definir a conduta do tratamento medicamentoso.
CONCLUSÃO 
1
Os sinais/sintomas são agudos?
-Aparecimento recente ou rápido
-Evidência de resposta inflamatória sistêmica
Existe alguma base que leve a suspeita de osteomielite?
Ferida profunda ou crônica sobre um sítio ósseo.
Osso exposto ou palpável em uma ferida.
Ferida que não cicatriza.
Sinais ou Sintomas sistêmicos de infecção sem causa evidente.
Febre ou dor em paciente com dispositivo metálico no osso
Exames de imagem anormais.
Não e a radiografia é negativa
Sim, algumas
Possivelmente não é osteomielite
Tratar quaisquer distúrbios não infecciosos e considerar a repetição da radiografia de 2 a 4 semanas
Não 
Avaliar os aspectos clínicos: 
- Há achados de infecção sistêmica ? – Há presença de fistulas ou sequestros? 
Tratamento imediato:
Estabilizar o paciente ( hemodinâmica, metabolismo)
 Iniciar terapia antibiótica 
 Cirúrgico (ortopédico), consulta quando indicado.
Solicitar exames diagnósticos:
-Radiografia, para procurar evidências de destruição óssea.
- Considerar a realização de IRM ou Cintilografia com radionuclídeo.
Sim
Realizar avaliação diagnostica imediata:
- Obter Hemoculturas
- Solicitar Radiografia 
- Considerar outros exames de imagem, culturas profundas.
 
Os sinais/sintomas são agudos?
-Aparecimento recente ou rápido
-Evidência de resposta inflamatória sistêmica
1
2
3
Decidir o tratamento definitivo:
Instituir terapia antibiótica guiada por cultura,
 Realizar o seguimento de quaisquer complicações que requeiram cirurgia.
 
Obter consulta cirúrgica,na maioria dos casos.
Monitorar a resposta ao tratamento 
Determinar o(s) patógeno(s) causal(is):
Obter cultura de tecido mole, se houver infecção clinica.
 Considerar a cultura de amostra de osso.
Profissionais e pacientes precisam concordar quanto às metas do tratamento:
Empírico(inicial),seguido de terapia antibiótica definitiva(guiada por cultura)
 Desbridamento cirúrgico de ressecção conforme indicado.
2
3
Referências 
BURRI, Caius, Osteomielite Pós-Traumática. Editora Manole: São Paulo, 1982. 
Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa, Osteomielite.Rio Grande.2009.
Lipsky BA, Berendt AR. Osteomyelitis. ACP Medicine. 2010;1-20. 
AMERICAN ACADEMY of ORTHOPAEDIC SURGEONS:“Orthopaedic knowledge update“, edição de 1966, chapter 27 ”Infection”
2- “Clinical ortopaedics and related research”: Number 96, October 1973.
Referências 
Neves J. Método de Papineau Uma opção válida no tratamento da osteomielite e/ou pseudartrose infetada. Rev. Port. Ortop. Traum. vol.22 no.4: Lisboa dez. 2014

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando