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Trabalho Realismo e Idealismo

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A teoria do conhecimento, se interessa pela investigação da natureza, fontes e validade do conhecimento. Tem a necessidade de explicar o mundo dando lhe um sentido e descobrindo lhe as leis ocultas, é tão antiga como o próprio Homem. 
	A teoria do conhecimento tem por objetivo buscar a origem, a natureza, o valor e os limites do conhecimento, da faculdade de conhecer. Nos últimos séculos tem se dado a importância crescente aos domínios do conhecimento e da ciência.
	Ao analisarmos o Conhecimento podemos verificar a relação entre o sujeito conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e objeto conhecido (a realidade, o mundo, os inúmeros fenômenos), sendo estes dois pontos fundamentais para a concepção das duas correntes, que são o realismo e o idealismo.
	O realismo vem do latim res (coisa), podemos conceituar essa corrente como a orientação ou atitude espiritual que implica uma preeminência do objeto, dada a sua afirmação fundamental de que nós conhecemos coisas. Em outras palavras, é a independência ontológica da realidade, ou seja, o sujeito em função do objeto.
	O realismo é subdividido em três espécies. O realismo ingênuo, o tradicional e o crítico.
	O realismo ingênuo, também conhecido como préfilosófico, é aquele em que o homem aceita a identidade de seu conhecimento com as coisas que sua mente menciona, sem formular qualquer questionamento a respeito de tal coisa. É a atitude do homem comum, que conhece as coisas e as concebem tais e quais aparecem.
	Já o realismo tradicional é aquele em que há uma indagação a respeito dos fundamentos, há uma procura em demonstrar se as teses são verdadeiras, surgindo uma atitude propriamente filosófica, seguindo a linha aristotélica.
	Por último, podemos citar o realismo cientifico, que é a linha do realismo que acentua a verificação de seus pressupostos concluindo pela funcionalidade sujeito - objeto e distinguindo as camadas conhecíveis do real como a participação – não apenas criadora – do espírito no processo gnosiológico. Para os seguidores desse pensamento, conhecer é sempre conhecer algo posto fora de nós, mas que, se há conhecimento de algo, não nos é possível verificar se o objeto – que nossa subjetividade compreende – corresponde ou não ao objeto tal qual é em si mesmo.
	O Idealismo surgiu na Grécia Antiga com Platão, também denominado de idealismo transcendente, onde as ideias representam a realidade verdadeira, da qual seriam as realidades sensíveis, meras copias imperfeitas, sem validade em si mesmas, mas sim enquanto participam do ser essencial. O idealismo de Platão reduz o real ao ideal, resolvendo o ser em ideia, pois como ele já dizia, as ideias são o sol que ilumina e torna visíveis as coisas.
	Para a Teoria do Conhecimento o idealismo imanentista e o mais importante, que afirma que as coisas não existem por si mesmas, mas na medida e enquanto são representadas ou pensadas, de maneira que só se conhece aquilo que se insere no domínio de nosso espírito e não as coisas como tais, ou seja, há uma tendência a subordinar tudo às formas espirituais ou esquemas. No idealismo, que é a compreensão do real como idealidade (o que equivale dizer a realidade como espírito), o homem cria um objeto com os elementos de sua subjetividade, sem que algo preexista ao objeto (no sentindo gnosiológico).
	Segundo Kant, o Fenomenalismo é a doutrina segundo a qual não conhecemos as coisas como são em si, mas como se nos apresentam. Para o fenomenalismo há coisas reais, mas não podemos conhecer a sua essência. Kant, ainda procurou conciliar o realismo com o idealismo, onde o fenomenalismo coincide com o realismo quando admite coisas reais; mas coincide com o idealismo quando limita o conhecimento à consciência, ao mundo da aparência, do que resulta prontamente a impossibilidade de conhecer as coisas em si. v
	O realismo crítico parte do pressuposto de que o conhecimento de um objeto se faz através dos sentidos. O que estes captam é a própria coisa e não sensação ou processos fisiológicos pelos quais captam. A sensação é sempre "sensação do objeto". Tal sensação é específica aos sentidos com que se capta um objeto e, portanto, tal não se faz de maneira holística, integrada, mas específica e determinada. A realidade existe objetivamente independente da percepção e da observação que temos dela.
	As diversas concepções filosóficas sobre a compreensão do conhecimento humano e as correntes do pensamento jurídico daí emergentes, cada uma a seu modo, impregnadas de influências e contingências específicas, trazem para o plano do conhecimento a visão do que é o Direito, e todas elas deram - e dão - contribuições inequívocas para a evolução do estudo e da percepção dos fenômenos jurídicos.

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