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Epidemiologia Introdução

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EPIDEMIOLOGIA
		
		O termo epidemiologia podemos conceituá-lo como:
 “ ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e constituindo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de rotina, em consonância com as políticas de promoção da saúde ( Rouquayrol, 1989) 
		A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais.
Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade.
		
		A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o conhecimento disponível, adequando-o às realidades locais.
Se quisermos delimitar conceitualmente a epidemiologia, encontraremos várias definições; uma delas, bem ampla e que nos dá uma boa idéia de sua abrangência e aplicação em saúde pública, é a seguinte:
		"Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde." (J. Last, 1995)
		Essa definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem alguns princípios :
		Estudo: a epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus fundamentos no método científico.
		Freqüência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a freqüência e o padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A freqüência inclui não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa população. O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental importância para o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre diferentes populações. 
		O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: do tempo (tendência num período, variação sazonal, etc.), do lugar (distribuição geográfica, distribuição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, etc.).
		Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença. Com esse objetivo, a epidemiologia descreve a freqüência e distribuição desses eventos e compara sua ocorrência em diferentes grupos populacionais com distintas características demográficas, genéticas, imunológicas, comportamentais, de exposição ao ambiente e outros fatores, assim chamados fatores de risco. Em condições ideais, os achados epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a implementação de medidas de prevenção e controle.
		Aplicação: a epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o estudo a respeito de um assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a implementação de ações dirigidas à prevenção e ao controle. Portanto, ela não é somente uma ciência, mas também um instrumento.
		Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objetivo final a melhoria das condições de saúde da população humana, o que demonstra o vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assistência integral à saúde.
Análise da situação de saúde
		A análise epidemiológica de indicadores demográficos e de morbi-mortalidade com o objetivo de elaborar os chamados "diagnósticos de saúde" é uma prática antiga em nosso meio.
A PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
	Acuña & Romero salientam que a pesquisa epidemiológica é responsável pela produção do conhecimento sobre o processo saúde-doença por meio de:
	estudo da freqüência e distribuição das doenças na população humana com a identificação de seus fatores determinantes;
	avaliação do impacto da atenção à saúde sobre as origens, expressão e curso da doença.
		As aplicações mais freqüentes da epidemiologia em saúde pública são*:
descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural;
identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentam maior risco de serem atingidos por determinado agravo;
prever tendências;
avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das populações;
testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção, assim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos de saúde na comunidade.
		A saúde pública tem na epidemiologia o mais útil instrumento para o cumprimento de sua missão de proteger a saúde das populações. A compreensão dos usos da epidemiologia nos permite identificar os seus objetivos, entre os quais podemos destacar os seguintes:
Objetivos da epidemiologia*:
identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde;
entender as causas dos agravos à saúde;
definir os modos de transmissão;
	definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde;
	identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças;
	estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde;
	estabelecer medidas preventivas;
 auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde;
	prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde.
Relação Doença X População
		
		O estudo e entendimento da relação de uma doença com uma população é essencial para poder tomar-se condutas no objetivo de diminuir os danos desta doença na população, não só no presente mas tbém no futuro. 
		Uma doença pode estar presente em uma população das seguintes formas:
	- não estar presente
	- presente em casos esporádicos
	- presente em níveis habituais
	- presente em níveis acima dos habituais
Vítimas da epidemia de tifo numa sepultura em massa num campo de concentração em Bergen-Belsen, tirada pelo Exército Britânico.
Endemia
		Entende-se por endemia de um determinado agravo à saúde a situação na qual sua freqüência e distribuição, em agrupamentos humanos distribuídos em espaços delimitados, mantenham padrões regulares de variações num determinado período, ou seja, as oscilações na ocorrência das doenças correspondem somente às flutuações cíclicas e sazonais.
		É A OCORRÊNCIA DE UM NÚMERO “NORMAL OU ESPERADO” DE CASOS DE UMA DOENÇA NUMA COMUNIDADE OU REGIÃO.
QUÊM?
		ONDE?
			QUANDO?
	
EPIDEMIOLOGICAMENTE
	
	HIPERENDEMIA significa a transmissão intensa e persistente
	HOLOENDEMIA um nível elevado de infecção que começa a partir de uma idade precoce e afeta a maior parte da população exemplo: a malária em algumas regiões do globo. 
	HIPOENDEMIA: significa uma transmissão baixa e pouco persistente
		As doenças endêmicas são aquelas doenças infecciosas que afetam de forma permanente ou em determinados períodos a uma região. 
		Dois índices definem se uma doença se converte em endêmica.
		
		O índice de Prevalência (que mede o número de pessoas afetadas pela doença ou que podem ser afetadas). 
		O índice de Mortalidade (as que morrem ou vão morrer pela doença).
 
		No caso se estes dois índices forem altos e a existência da doença se prolongue no tempo, uma doença passa a denominar-se endêmica. 
		Por tanto, pode-se entender por endêmica uma doença que persiste durante um tempo determinado num lugar concreto e que afeta ou pode afetar a um número importante de pessoas. 
	Exemplo: Hanseníase,Malária, Dengue, Chagas , Leishmaniosis, tuberculose, leptospirose, Tracoma...
	
	UMA ÁREASERÁ ENDEMICA QUANDO
considerada como uma área geográfica reconhecidamente de transmissão para uma determinada doença.	
EPIDEMIA
		Nos momentos em que essas variações aumentam de forma irregular, temos uma epidemia, que pode ser definida como: a ocorrência de um claro excesso de casos de uma doença ou síndrome clínica em relação ao esperado, para uma determinada área ou grupo específico de pessoas, num particular período de tempo
	
		EPIDEMIA: É A OCORRENCIA DE DOENÇA EM GRANDE NÚMERO DE PESSOAS AO MESMO TEMPO
		É UMA ALTERAÇÃO, ESPACIAL E CRONOLOGICAMENTE DELIMITADA, DO ESTADO DE SAÚDE-DOENÇA DE UMA POPULAÇÃO, CARACTERIZADA POR UMA ELEVAÇÃO PROGRESSIVAMENTE CRESCENTE, INESPERADA E DESCONTROLADA DOS COEFICIENTES DE INCIDÊNCIA DE DETERMINADA DOENÇA, ULTRAPASSANDO E REITERANDO VALORES ACIMA DO LIMIAR EPIDEMICO PREESTABELECIDO.
EPIDEMIA
		É A OCORRÊNCIA DE UM NÚMERO “EXAGERADO OU INESPERADO” DE CASOS DE UMA DOENÇA NUMA COMUNIDADE OU REGIÃO.
QUEM?
		ONDE?
			QUANDO?
				PORQUÊ?
ORIGEM DA EPIDEMIA
	
	FONTE COMUM: OS INDIVÍDUOS SUSCETÍVEIS SÃO SIMULTANEAMENTE EXPOSTOS A UM FOCO DE INFECÇÃO
	POR CONTAGIO: A DOENÇA É TRANSMITIDA DE PESSOA A PESSOA E O AUMENTO INICIAL DO NÚMERO DE CASOS É MAIS LENTO.
Tipos de Epidemias
	Epidemia Explosiva (ou por fonte comum):
	Há um aumento expressivo no número de casos, em um curto período de tempo, sendo compatível com o período de incubação da doença. A fonte é única (ex. intox. alimentar, por água)
CRITÉRIO: ALTA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO
	
	Epidemia Progressiva (ou de contato):
	Ocorre um aumento gradativo de casos, mas a fonte de infecção não é única, sendo representadas por exposições sucessivas e em cadeia
	Mista: p.ex. febre tifóide (Salmonella typhi) 
	CRITERIO: EXISTENCIA DE TRANSMISSAO DIRETA
Epidemia Lenta
	CRITERIO: BAIXA VELOCIDADE DE PROGRESSÃO PARA ATINGIR A INCIDENCIA MAXIMA.
	A VELOCIDADE E LENTA 
	A OCORRENCIA É GRADUALIZADA
	PROGRIDE DURANTE UM LONGO TEMPO
Epidemia Por Fonte Comum
	CRITÉRIO: TRANSMISSÃO INDIRETA POR VEÍCULOS
	INEXISTENCIA DE UM MECANISMOS DE TRANSMISSÃO HOSPEDEIRO – HOSPEDEIRO OU PESSOA - PESSOA
Epidemia Por Fonte Pontual
	CRITERIO: EXISTENCIA DE FOCO DELIMITADO
	A EXPOSIÇÃO SE DÁ DURANTE UM CURTO INTERVALO DE TEMPO E CESSA, NÃO SE TORNANDO A REPETIR.
	FREQUÊNCIA COM QUE DETERMINADO GRUPO DE INDIVIDUOS É EXPOSTO À FONTE DE AGRAVO EM ESTUDO.
Epidemia Por Fonte Persistente
	
	CRITERIO: EXISTENCIA DE FOCO CONTINUADO
	A FONTE TEM EXISTENCIA DILATADA
	A EXPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO PROLONGA-SE POR UM LARGO LAPSO DE TEMPO.
Endemia X Epidemia
		As epidemias podem ser conseqüência de exposição a agentes infecciosos (em indivíduos susceptíveis), substâncias tóxicas, à carência de determinado(s) nutriente(s) e até a “situações de risco”
		Podem evoluir por períodos que variam de dias, semanas, meses ou anos, não implicando, obrigatoriamente, a ocorrência de grande número de casos, mas um claro excesso de casos quando comparada à freqüência habitual de uma doença em uma localidade. (Ex malária)
Surto Epidêmico
	
		Ou simplesmente surto, é uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício, bairro, etc.
	Ex.: “Maria Tifosa” (cozinheira portadora de salmonella typhi, EUA)
Pandemia
		
		É a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações, podendo passar de um continente a outro.
		Trata-se de um processo de massa limitado no tempo mas ilimitado no espaço.
	
Sazonalidade
		O perfil dos agravos à saúde numa população pode ser constante durante o ano, mas pode também apresentar marcadas oscilações de freqüências durante o ano, o que denomina-se variações sazonais
		Várias doenças infecciosas possuem sazonalidade em relação a estações do ano (p. ex. épocas de chuva)
		Outros agravos podem apresentar sazonalidade em relação a outros fatores como períodos de festas, feriados, períodos de colheitas agrícolas.
		Então, para se ter a variação habitual de um agravo deve-se construir seu Diagrama de Controle.
Vigilância Epidemiológica
		A descrição do comportamento das endemias e elaboração de seus diagramas de controle são funções de grande importância da vigilância epidemiológica, sendo necessário para isso a efetiva notificação, por parte dos profissionais de saúde, dos casos (confirmados ou suspeitos) de agravos passíveis de surtos ou epidemias
		Ao identificar precocemente uma epidemia (ou uma suspeita) torna-se possível diminuir os danos da doença na população através de várias medidas de controle (isolamento, quarentena, atenção aos contactantes) e profilaxia (quimioprofilaxia), além de medidas de prevenção de novas epidemias (vacinação, melhorias sanitárias, controle de vetores, campanhas educacionais, etc)

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