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1 Política e Finanças na República Velha

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1 
POLÍTICA E FINANÇAS NA REPÚBLICA VELHA 
 
1. OS REGIMES POLÍTICOS 
. democracia de elites da República Velha (1894-1930) 
. centralização autoritária (1930-1945) 
. democracia liberal instável (1945-1964) 
. centralização autoritária (1964-1984) 
. democracia liberal estável (1985- ...) 
 
1.1. A DEMOCRACIA DE ELITES DA REPÚBLICA VELHA 
(1894-1930) 
. 1% da população com direito a voto 
. política dos governadores 
 . partidos republicanos estaduais apóiam governo federal 
 . governo federal apóia fraude de seus aliados 
 . governadores controlam toda a bancada 
 . loteamento de todos os cargos públicos federais 
 . não há reeleição 
 . candidato à sucessão definido pelos caciques estaduais 
 . mito da “política do café-com-leite” 
 
 2 
2. AS FINANÇAS NA REPÚBLICA VELHA 
2.1.CÂMBIO 
. tipos de mercados cambiais: 
 . flutuação livre (= “limpa”): não intervenção 
 . fixo: governo dita a taxa e 
 . compra excessos de oferta e aumenta reservas 
 . usa reservas para suprir excessos de demanda 
 . fixa cotas: contingenciamento 
 . flutuação “suja” – intervenção do BACEN como comprador/vendedor 
 . bandas estreitas e largas 
 . Padrão-Ouro (vide abaixo) 
. tipos de taxas de câmbio: 
 . poder de compra de 1 unidade da moeda nacional sobre uma divisa 
 . preço de 1 unidade de uma divisa em moeda nacional 
. determinantes do saldo do Balanço de Pagamentos na República Velha: 
 . entrada de divisas determina oferta 
 . exportações 
 . entrada de capitais de risco e de empréstimo 
 . saídas de divisas determina demanda 
 . importações 
 . despesas com serviços 
 . saída de capitais de risco e de empréstimo 
 . remessa de lucros e do serviço da dívida 
. determinação das pressões sobre a taxa de câmbio na República Velha 
(nenhuma equação resiste a teste) 
 . função do saldo BP em relação à oferta interna de moeda e expectativas 
 
. atratividade do Padrão-Ouro resultava da inexistência de arbítrio sobre a oferta 
de moeda (i.e. de política monetária) 
 
 
 3 
. o Padrão-Ouro segue 3 regras simples: 
 . cada país fixaria o valor de sua moeda em ouro – i.e. sua taxa de câmbio 
 . livre conversibilidade ouro-moeda assegurada por reservas em ouro ou 
dividas 
 . livre movimentação internacional de ouro 
 
. Funcionamento do Padrão-Ouro: 
 . superávit BP -> entrada líquida de ouro -> expansão dos meios de 
pagamento -> baixa taxa de juros -> fuga de capitais e ^ investimento 
^ demanda interna -> ^ preços domésticos em relação aos 
importados -> ^ imports e redução exports -> déficit comercial -> fim 
do superávit BP 
 
. déficit BP -> saída líquida de ouro -> redução dos meios de pagamento -> alta 
da taxa de juros -> atração de capitais externos e redução do 
 investimento -> redução da demanda interna -> redução dos preços 
domésticos em relação aos importados -> redução de imports e ^ 
exports -> superávit BP 
comercial -> fim do déficit BP 
 
. o resultado é sempre o equilíbrio do BP 
 
. Problemas derivados da adoção do Padrão-Ouro por economias primário- 
exportadoras: 
 . dependência de poucos produtos tornava economia vulnerável a choques 
de preços 
 . elevadas dívidas externas tornavam saldo comercial fosse insuficiente 
para equilibrar BP, exigindo: 
. entrada de capitais ou 
. desvalorização cambial 
 
 4 
. logo eram vulneráveis a flutuações nas economias centrais, cujas 
recessões reduziam importações e fluxos de capitais para periferia 
. necessidade de manter reservas elevadas, ainda assim muitas 
vezes insuficientes -> desvalorização cambial 
 
. Brasil: depreciação cambial gerava crise nas finanças federais: 
 . receitas fixas (imposto de importação calculado sobre câmbio fixo) 
 . despesas crescentes (divisas para serviço da dívida) 
 . consequência: preocupação generalizada com estabilização cambial 
 . na época isto era sinônimo de padrão-ouro 
 . lei de 1846: paridade de 27 pence por mil réis (cerca de 10 mil réis por 
libra) 
. atingir a paridade exigiria: 
. forte apreciação cambial 
. grandes reservas 
. instituição financeira forte bastante para impedir especulação 
cambial 
 
2.2. LIMITES DA POLÍTICA ECONÔMICA NA REPÚBLICA VELHA 
. vulnerabilidade a 2 tipos de choques exógenos 
 . flutuação do preço do café, função de: 
 . no curto prazo: clima determina produtividade do cafezal -> oferta 
 . no longo prazo: plantios anteriores 
 . grau de prosperidade da economia mundial -> demanda 
 . flutuação no fluxo de capitais externos, função: 
 . da prosperidade da economia mundial 
 . das expectativas quanto ao Brasil 
 . problema: crise no café pode provocar fuga de capitais 
 
 
 
 5 
. instrumentos à disposição do governo brasileiro: 
 . ajustes fiscais (limitados) 
 . receita da União é inflexível e indeterminada 
. depende do imposto sobre exportações 
 . ajuste se resume à redução das despesas 
 . políticas monetária, cambial e de defesa do preço do café, sujeito às 
restrições: 
 . do Sistema Financeiro Internacional 
 . da Política dos Governadores 
. política cambial 
 . 2 regimes cambiais: 
 . normal: câmbio flutuante 
. com emissões controladas pelo Tesouro ou BB 
 . política monetária determina a taxa de câmbio 
. padrão-ouro (câmbio fixo e pol. monet. passiva) em 1906-14 
e 1927-30 
 . Caixas de Conversão e de Estabilização com quase 
monopólio 
 . compra de divisas a valor fixo usando “notas de 
 estabilização” 
 . taxa tem que estar muito próxima da de mercado para 
 impedir arbitragem 
. adotado quando se espera aumento do saldo de 
divisas e não se quer valorização cambial 
 
 
 
 
 6 
2.3. FASES DA POLÍTICA MONETÁRIA NA REPÚBLICA VELHA 
 
2.3.1) O Encilhamento e a anarquia (1889-1897) 
. Antecedentes: 
 . trabalho livre elevou demanda por moeda (K de giro) 
 . represamento crônico da oferta monetária, buscando paridade legal de 
1846 
 . atrofia dos bancos 
 . debate eterno quanto ao regime monetário 
 . metalistas – lastro metálico para manter estabilidade da moeda 
 . papelistas – emissão no valor necessário para atender demanda 
por moeda -> privilegiam crescimento econômico 
. República: ascensão do papelista Rui Barbosa 
 . crise: em janeiro de 1890 havia menos papel-moeda que em 1878 
 . resposta: crédito para quem precisar 
. lei bancária de 1890: 3 bancos emissores regionais, lastreados em títulos 
públicos 
 . atendimento à demanda reprimida por crédito 
 . fazendeiros: novos cafezais e assalariamento 
. lei das SA: simplificação 
. lançamento de ações 
. crédito para aquisições 
. valorização de papéis sem correspondência com rentabilidade da firma 
. especulação desenfreada e crash 
. desvalorização cambial (51% em 1891, 24% em 1892): 3 causas 
 . expansão monetária desenfreada (mais de 100%) 
 . crise argentina (quebra do Baring Brothers): efeito Orloff -> fuga de 
capitais 
 . desconfiança na política econômica brasileira 
 . queda de Rui em 1891, sucedido por ministros fracos 
 . final de 1891: Floriano fecha Congresso 
 7 
 . 1892: falência da Cia. Geral das Estradas de Ferro do Brasil 
 . 1893: Revolta da Armada e fim do Encilhamento 
. consequências da desvalorização cambial: 
 . queda das importações -> queda da arrecadação federal 
 . dificuldade para pagamento do serviço da dívida 
 . ^ preço interno do café 
 
. piora após 1893: queda do preço externo do café. 
 . crise da dívida externa 
 . de 1894 a 1898 há diversas tentativas de refinanciamento 
 . exigência: saneamento das finançaspúblicas 
 . impossibilidade de estabilização: ^ gastos militares 
. nova piora em 1896 e 97: maturação dos cafezais plantados no Encilhamento 
 . aumento da safra -> queda do preço externo 
 . máxima depreciação cambial (só superada em 1922) 
 
3.2) O Funding Loan (1898-1906) 
. Joaquim Murtinho e Leopoldo Bulhões 
. consolidação e refinanciamento da dívida externa 
. suspensão de amortizações por 13 anos e 3 de carência para juros 
. aumento da arrecadação: tarifa-ouro na alfândega 
. contrapartida: política monetária contracionista 
 . corte drástico nas despesas federais – entre 1897 e 1902: 
 . queda de 44% nos gastos de consumo 
 . queda de 66% nos investimentos 
 . entre 1898 e 1906: redução de 54% da oferta de moeda 
 . preços caíram 30% 
 . crise bancária (falência de metade dos bancos) e recessão 
 . consequência: valorização cambial (acentuada pelo ^ exportações da 
borracha) 
 . aumento das importações 
 8 
 . alívio para importadores e para o governo 
 . prejuízo para cafeicultores (purga do produtor marginal) 
. após 1903: reerguimento econômico promovido pelas obras públicas no Rio de 
Janeiro 
 . transportes e Avenida Central 
 . financiado com empréstimos externos (só pressionou orçamento após 
1907) 
 . expansão urbana, crise rural. 
 
3.3) A Caixa de Conversão (1907-1913) 
. monetização do saldo do BP 
 . dependia crucialmente da entrada de capitais 
. faliu antes do início da guerra, em função da fuga de capitais causada por: 
 . queda do preço da borracha a partir de 1910 
 . ação anti-truste do governo dos EUA gerou temor de que estoques de café 
tivessem que ser vendidos antes do momento ótimo 
. encolhimento da oferta de moeda trouxe recessão antes da guerra 
 
3.4) A I Guerra 
. gera crise: 
. queda nas importações e exportações 
 . queda da arrecadação estadual e federal: crise fiscal 
 . exportações caíram relativamente pouco 
 . importações continuaram baixas 
. queda na entrada de divisas -> fim do padrão-ouro 
 . grande emissão de notas inconversíveis 
 . alívio da crise de liquidez 
 . atendimento às necessidades de gasto dos governos 
 . incapacidade de pagar serviço da dívida -> crise externa 
. soluções para a crise 
 . externa: Segundo Funding Loan em 1914 
 9 
 . suspensão das amortizações até 1917 
 . câmbio caiu de 20 a 25% e estabizou-se 
 . interna: reforma fiscal de 1915 
 . ampliação da base tributária: imposto de consumo 
. redução do déficit: manutenção de despesas baixas 
. aumento da dívida pública para: 
 . cobrir atrasados 
 . ampliar crédito do BB para redesconto 
 . sobretudo para manter liquidez nas capitais quando 
colheita retirava papel-moeda. 
. liquidez teve efeito anti-cíclico: subst. imports.

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