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Definições de Moral e Ética

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Moral vs Etica 
A moral é individual. A ética é pensar junto, de maneira coletiva, os princípios que queremos respeitar.
A ética está longe de ser uma tabela pronta porque estamos a todo momento diante de novos desafios.
A palavra ética começou a ser muito usada enquanto outra entrou em declínio: a moral. A impressão é de que uma foi substituída pela outra e que parecem sinônimos. Mas não são.
A moral é aquilo que o indivíduo não faria de forma alguma, o que o impediria de determinada conduta. A moral não tem a ver com o externo, é uma questão de consciência. Você como avaliador único e último de sua conduta.
Uma sociedade rigidamente dirigida pela moral seria diferente. Não haveria tanta necessidade de segurança e controles externos uma vez que, cada um seria suficientemente lúcido para definir os limites da própria ação.
Ética é uma iniciativa da inteligência coletiva que zelando pela melhor convivência diagnostica os valores e identifica as condutas.
A ética relacional não se traduz em uma tabela de pode ou não pode. Mas sim por meio de uma disposição permanente da inteligência em que há chances iguais de felicidade para todos que interagem num mesmo espaço. No campo filosófico, seria a avaliação da relação do que sentimos e fazemos. É fazer triunfar a vontade kantiana sob o desejo.
A ética é mais do que uma disposição individual de conduta. É uma preocupação coletiva, o uso coletivo da inteligência que busca as condições mais harmoniosas de convivência, ou condições mais justas. É uma disposição para pensar que deve ser de todos para nas múltiplas situações identificar as condutas que poderíamos chamar de intoleráveis.
Na perspectiva da ética como atividade de pensamento para encontrar a melhor forma de viver e de conviver, não existe nada fora da ética. Não existe a-ético, antiético, ou coisa que o valha. Existem, por sua vez, diversas éticas. Éticas boas e ruins. Baseadas em valores construtivos ou destrutivos. O que acontece, então, é que cada pessoa faz escolhas o tempo todo. Talvez por falta de termos uma extensa formação moral, não nos demos conta nem das escolhas que fazemos nem dos seus valores subjacentes. Mas ambos existem o tempo todo.
A má ação moral pode acontecer quando a sensação de utilidade for apreciada como mais benéfica do que a honestidade de uma ação. Muitos filósofos vão argumentar que a desonestidade nunca é útil, pois é danosa ao maior número, necessariamente, mas quando as pessoas pensam para agir, podem acabar percebendo uma falsa utilidade na maldade e optar por ela.
A perspectiva de não ser julgado pelo mundo ou pelos outros liberta os mais sombrios desejos. Nossos verdadeiros valores são aqueles que nós aplicamos quando não há nenhuma perspectiva de vigilância ou punição.
Ética é a ciência que estuda a moral.
A ética só existe no coletivo”. Ou seja, ela só faz sentido na convivência e no reconhecimento do outro. Seja com um, dez, centenas, um país.
A Ètica é um conjunto de valores e princípios de avaliação de conduta que não existe se não for plural.
A normas morais nada mais são do que um zelo pelo convívio social. Basta imaginar um cidadão que mora sozinho num apartamento. Ele tem protocolos de conduta de uma pessoa que vive só. Até que passa a compartilhar o espaço com alguém. Rapidamente ele percebe que tem de parar de fazer parte das coisas que fazia. A partir do momento que passa a conviver, ele tem de impor um limite à sua conduta. Essa normatização, que ocorre no convívio de duas, cinquenta, ou cinquenta mil pessoas é que se chama ética.
“Sempre me intriguei como as pessoas conseguiam ficar duas, três horas sem sair da água para urinar. Pensava que eu tinha algum problema prostático. Até que li uma pesquisa canadense que constatava que havia 70 litros de urina em cada piscina”, diz Barros Filho.
“As pessoas condenam as outras a conviverem com seus excrementos simplesmente para não terem o desconforto de sair da água”, diz ele. Eis o ponto que explica por que muita gente tem dificuldade de incorporar a ética em sua rotina: “Ética pressupõe desconforto e maturidade.” A piscina, diz o professor, é uma alegoria: muitas pessoas fazem o que for preciso para ter vantagem. Ainda que coloquem em risco a vida de outros. Mas o professor Barros Filho faz um alerta. Numa sociedade onde as práticas mais corriqueiras são desrespeitadas, a civilização fracassou. Talvez por isso a ética começou a ser tão discutida por aqui. “O mundo está vivendo a crise da transição num cenário turbulento de ambiguidades que leva a diferentes leituras éticas simultâneas.

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