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Gabarito Reinaldo

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Questão 17) Descreva o protocolo básico de ajuste das contas externas.
O protocolo básico de ajuste das contas externas envolve, basicamente, os diferentes caminhos que os países podem optar para ajustar seu balanço de pagamentos. A primeira escolha a se fazer é se o país deixará que esse ajuste ocorra de forma automática, ou se ele atuará efetivamente para fazer esse ajuste. O ajuste automático pode ser feito através de uma política de preços externos (regime de câmbio flexível), preços internos(regime de cambio fixo) ou via renda. 
No primeiro, as reservas internacionais do governo não precisam se alterar, pois o mercado de títulos se encarregará de igualar oferta e demanda e o câmbio é que será o responsável pelo ajuste das contas externas.
No segundo, seja via padrão ouro ou dolarização, há a idéia de que os superavitários(deficitários) influenciarão na quantidade de moeda em circulação que, por sua vez, acarretarão em perda(ganho) de competitividade dos produtos domésticos e isso equilibrará o BOP pelo ajuste entre importações e exportações. 
Obs: Segue abaixo uma explicação detalhada de David Hume acerca desse ponto. 
Noterceiro caso, considera-se que, dado um nível de exportações constante, um nível de importações que depende positivamente da renda, um nível de investimentos constante e um nível de poupança que depende positivamente da renda, o modelo dirá que o saldo do BOP será igual ao nível que iguala o saldo em conta corrente (S-I) e o saldo em conta comercial (X-M). O ajuste deverá ser feito pelo governo, dessa forma, nas variáveis exógenas, ou seja, que não são função da renda tendo em vista que um ajuste no investimento gera um efeito negativo no BOP e um ajuste nas exportações gera um efeito positivo nos mesmos. É importante dizer que tanto um quanto o outro possui multiplicadores distintos e, dessa forma, tem impactos de proporções diferentes sobre o BOP.
Se o país resolver fazer um ajuste induzido, ele poderá optar por realizar uma mudança no nível de gastos, uma mudança na composição dos mesmos ou realizar controles diretos. É importante salientar que o segundo e o terceiro dependem da “musculatura” do país, ou seja, da sua influência internacional (ex: quantidade de reservas, países de importância bélica, sedes de multinacionais, etc). 
No primeiro, o país opta por um ajuste recessivo em que diminui as importações via redução dos gastos públicos e do investimento (queda no consumo). Esse é o principal mecanismo defendido por instituições como o FMI por exemplo. 
No segundo, o país tenderá a mexer nos seus níveis de exportação e importação para o ajuste no BOP e isso dependerá da análise das elasticidades das curvas de oferta/demanda por importações e oferta/demanda por exportações e da absorção da renda nos ajustes de preços. 
 Os controles diretos nada mais são do que a intervenção direta nas principais esferas ligadas ao comércio mundial de bens e serviços, que são as esferas comercial, produtiva, tecnológica, monetária e financeira. No entanto, como dito acima, só países bem poderosos conseguem realizá-los, pois os mesmos possuem “armas” que permitem fazer com que os demais países aceitem as suas decisões e não tenham por onde escapar. 
Brinde:
 O mecanismo de ajuste automático do balanço de pagamentos é explicado por David Hume no século XVIII. Hume argumentava que o equilíbrio do Balanço de pagamentos resultaria automaticamente dos efeitos monetários e cambiais de um superávit ou um déficit nas transações comerciais do país, desde que o governo não determinasse a taxa de câmbio. No primeiro caso, um superávit do Balanço de pagamentos teria como conseqüência o aumento das reservas de moeda estrangeira. O aumento das reservas leva a um aumento da base monetária(quantidade de dinheiro disponível na economia para consumo). O aumento da capacidade de consumo da população tem como conseqüência o aumento dos preços internos(inflação), o qual reduz a competitividade internacional dos produtos nacionais tendo em vista os seus concorrentes estrangeiros. A maior inflação doméstica irá causar uma apreciação cambial. Dessa forma o superávit obtido seria transformado em apreciação cambial que ocasionaria no aumento das compras e diminuição das vendas externas equilibrando, dessa forma, o balanço de pagamentos. 
Em contraste, um déficit do Balanço de pagamentos provocaria a perda de reservas internacionais, o qual teria impacto direto sobre a quantidade de dinheiro em poder do público. O ajuste das contas externas resultaria deflação: a queda d preços domésticos levaria ao aumento da competitividade internacional dos bens e serviços ofertados pelo país e por conseguinte, ao aumento das vendas externas e à redução das compras de produtos estrangeiros. Menor inflação doméstica do que no resto do mundo resulta e depreciação cambial. 
Minha resposta:
O protocolo básico de ajuste das contas externas estabelece as possíveis saídas para os problemas nas contas externas. Primeiro deve-se escolher entre um ajuste automático e um ajuste induzido. 
Dentro do primeiro deve-se escolher entre um ajuste via preços externos, ou seja, via um câmbio flexível com uma taxa diária de zeragem do mercado; preços internos, que é basicamente um ajuste via câmbio fixo lastreado em algo, como padrão-ouro, euro ou dólar, onde déficits e superávits no balanço de pagamento seriam acertados com transferências, no caso, de ouro, euros ou dólares, que elevariam ou diminuiriam constantemente os preços internos baseado na variação da quantidade de moeda, aumentando ou diminuindo competitividade e assim equilibrando o balanço de pagamentos. 
Dentro do segundo deve-se fazer uma escolha sobre onde o ajuste será induzido, no caso, dentro da composição de gastos, no nível de gastos ou nos controles diretos. O primeiro se subdivide em enfoque elasticidade e enfoque de absorção; o segundo se subdivide em enfoque monetário, enfoque FMI e enfoque de equilíbrio de portfólio. O terceiro se subdivide em 5 tipos de controle: na esfera comercial, produtiva, tecnológica, financeira e monetária.
O seu funcionamento básico é que, não servindo ao país certo final de ramo, pode-se voltar ao último nó (ou qualquer outro nó, embora o último nó preveja ações mais similares que nós mais distantes) e tentar uma solução via outro ramo. Por exemplo, se um controle direto na esfera comercial não dá certo, pode-se tentar na produtiva, ou voltar e tentar pelo nível de gastos no enfoque do FMI, ambos ajustes induzidos.
18)O que se entende por ajuste automático do balanço de pagamentos?
Ajuste automático do balanço de pagamentos é um dos dois tipos de ajuste de contas externas previstos pelo protocolo básico. Dentro dele deve-se escolher entre um ajuste via preços externos, preços internos ou via renda. 
O primeiro funcionaria via um câmbio flexível com uma taxa diária de zeragem do mercado com as reservas internacionais do país inalteradas. Entretanto, deve-se ter em mente a existência de trade-offs entre inflação, investimento, instabilidade e expectativas, muito embora esse tipo de ajuste automático traga como grande ponto positivo o fato de entregar um maior grau de liberdade para políticas macroeconômicas, efeito do tipo de câmbio escolhido.
Já o segundo tipo é basicamente um ajuste via câmbio fixo lastreado em algo, como padrão-ouro, euro ou dólar, onde déficits e superávits no balanço de pagamento seriam acertados com transferências, no caso, de ouro, euros ou dólares, que elevariam ou diminuiriam constantemente os preços internos baseado na variação da quantidade de moeda, aumentando ou diminuindo competitividade e assim equilibrando o balanço de pagamentos. Por exemplo, supondo vigência do padrão-ouro, os déficits e superávits seriam acertados através de transferências de ouro, em que, supondo não-esterilização (oferta de ouro corresponde à variação da quantidade de moeda), preços constantes nos outros países e comércio como único componente do BOP, seriam o bastante para o bom funcionamento do sistema. Nas versõesde dólar ou euro, substitui-se o ouro pela moeda estrangeira escolhida, o que significa perda da senhoriagem e reduzido grau de manobra da PF, muito embora o funcionamento seja similar.
O tipo de ajuste automático via renda opera através da manutenção da renda de equilíbrio, no caso de uma economia fechada: YE=C+S=C+I, no caso de uma aberta com governo, (S-I)=(X-M). Ela prevê câmbio fixo e funciona através de ajustes automáticos via multiplicadores.
19)Discuta o enfoque de elasticidade para o ajuste do balanço de pagamento?
O enfoque da elasticidade faz parte da escolha pelo ajuste induzido, mais especificamente do ajuste induzido via composição dos gastos. A essência desse enfoque é o uso política comercial (tarifas e medidas não-tarifárias num contexto de protecionismo vs. liberalização) e política cambial (no caso, um regime de câmbio administrado) na tentativa influenciar o consumo via mudanças na demanda, mais especificamente no nível de importações e exportações.. Ele se utiliza das variações de preços externos em relação à uma renda interna permanente do ponto de vista das elasticidades demanda, prevendo que seja feito uma desvalorização cambial de modo a estimular a exportação e desestimular a importação, incentivando assim a produção doméstica de substituição de importados. Ela é, assim como o enfoque da absorção, uma mudança na composição de gastos.
Ele considera o nível geral de preços constante, a variação de preços relativos como decisão de governo e o BOP consistindo apenas na balança comercial. Uma desvalorização no câmbio melhora as contas externas, porque ela aumenta a oferta das divisas estrangeiras e diminui sua demanda interna.
Assim, o efeito da desvalorização cambial sobre o BOP depende das elasticidades das curvas de demanda de exportação, demanda de importação (quão mais inelásticas, menor é o efeito da desvalorização cambial), oferta de exportação e oferta de importação.
Segundo a condição de Marshall-Lerner, Esx=Esm= infinita (ofertas são perfeitamente elásticas).
Após a indução da política, temos o que chamamos de curva J, uma resposta do saldo comercial à desvalorização cambial:
Ela prova que num curtíssimo prazo a desvalorização pode provocar o efeito inverso, pois a condição de marshall-lerner existiria somente em prazo mais longos, indicativos de uma rigidez na nova fixação de preços e quantidades demandadas e ofertadas. Ela indica, portanto a existência de um hiato do efeito competitividade em relação ao efeito termos de troca.
Em relação ao câmbio flexível, o déficit inicial no BOP causa depreciação cambial que agrava a descendente, o que novamente deteriora o BOP.
20) Discuta o enfoque de absorção para o ajuste do balanço de pagamento?
	A necessidade de se ajustar o balanço de pagamentos se dá quando o mesmo apresenta um saldo deficitário, ou seja, a quantidade de divisas que sai do país é superior à quantidade que entra.
	Uma das maneiras de se ajustar o balanço de pagamentos, visando torná-lo superavitário, é pelo enfoque absorção, o qual tem de ser usado de forma simultânea com o enfoque elasticidade. Ela é, assim como o enfoque da elasticidade, uma mudança na composição de gastos.
	O enfoque elasticidade prevê que seja feito uma desvalorização cambial de modo a estimular a exportação e desestimular a importação, incentivando assim a produção doméstica de substituição de importados.
Y = C + I + G + X – M	
	A variação da absorção interna é devido à variação da renda (efeito renda) e da desvalorização cambial (efeito preço), que podemos equacionar em ∆TB = (1 –a)∆Y -∆D, com ΔD sendo o efeito sobre a absorção direta, e “a” a propensão marginal a absorver.
	Com o aumento de X e diminuição de M, tende-se a elevar a renda da população juntamente com o consumo, o que acaba voltando a forçar um aumento das importações, caracterizando assim um efeito “Crowding-Out”, ou efeito vazamento (há uma diminuição das importações seguida por um aumento da mesma, porém em menores proporções, o que leva a um resultado final inferior ao inicial). 
	Há 3 efeitos sobre o BOP via renda real: efeito dos recursos ociosos, em que a desvalorização leva a variações nas exportações, renda e importações, que, se as elasticidades forem favoráveis, surtem efeito no TB (trade balance); efeito termos de troca, que dependendo das elasticidades podem piorar o BOP pela queda da renda real via piora dos termos de troca; e efeito alocação de recursos, que reduz distorções na alocação (protecionismos e controles de capitais), melhor alocando-os, que gera maior eficiência e maior renda real com aumento da competitividade internacional.
	Há também 3 efeitos sobre o BOP via absorção direta: canal monetário, em que a desvalorização leva à inflação, terminando num aumento da taxa de juros e queda do investimento e do consumo que reduzem a absorção interna; dreno fiscal, onde a inflação progressiva aumenta a receita tributária sem aumento de gastos, o que gera superávit do governo, reduzindo A; e o efeito distributivo, em que a inflação gera redistribuição da renda de trabalhadores para capitalista, que possuem maior propensão a poupar, reduzindo A.
21) Discuta o enfoque monetarista para o ajuste do balanço de pagamento?
	O enfoque monetarista para o ajuste do BOP é uma mudança no nível dos gastos, ou seja, mudanças nos níveis de gastos públicos e investimento, visando alterar o consumo pela renda via produção, com fim de diminuir a importação. Ele foca no equilíbrio global do BOP com argumentos que desequilíbrios nele são causados por excesso de crédito e que excesso de oferta de moeda em relação à demanda exige ajuste que viria pelo excesso de demanda por mercadorias no exterior e saídas de capitais (compras de ativos no exterior).
	Ele possui diversos pressupostos: taxa de câmbio fixa ou administrada, existência de pleno emprego, renda real de pleno emprego, nível de preços constante, taxa de juros constante, demanda por moeda como função estável da renda nominal, inexistência da esterilização, inexistência de barreiras ao movimento de capitais, neutralidade em relação ao risco, vigoração da PPP, velocidade de circulação da moeda constante, importações como função da renda nominal, demanda por moeda e crédito dependentes da renda nominal e que desequilíbrios no BOP sejam essencialmente monetários.
	Possui como equação: ∆R = ∆B -∆A, ou seja, variações nas reservas internacionais são iguais às variações na base monetária menos o crédito doméstico. Assim, um déficit no BOP significa que ∆B>∆A, ou seja, seria fruto de um desequilíbrio entre oferta e demanda por moeda.
	Uma queda nos juros aumenta o investimento, consumo e as importações, ou aumenta a saída de capitais gerando déficit do BOP.
 
Aumento no crédito doméstico (A1 => A2) oferta monetária aumenta (L1=>l2) [L2 – L1 = A2 – A1] Novo ponto E’ (temporário) onde a oferta de moeda é maior que a demanda (L2 > L1) gera déficit no BOP reservas caem (R1=>R2), oferta monetária retorna para L1, novo ponto de equilíbrio, também de longo de prazo (C).
Se quiser, se pode também colocar a versão do FMI: Há a versão do FMI para esse enfoque, onde além dessa mecânica há boa dose de senso comum, com decisões objetivas e negociadas, onde os instrumentos vão muito além das variáveis monetárias (PF, Política cambial, privatização, reforma, liberalização, etc), onde se é pregado um modelo de economia aberta, liberalizada e altamente privatizada (“Estado Mínimo”), como foco no serviço do passivo externo.
22) Discuta o enfoque de portfólio para o ajuste do balanço de pagamento?
Os pressupostos deste modelo são que os agentes são avessos ao risco, que ativos financeiros externos e domésticos não são substitutos perfeitos, visto que existem vários tipos de riscos, como o risco cambial, risco político, risco de crédito, além de diferenças de liquidez e de legislações. Dessa forma, os aplicadores passam a exigir um prêmio de risco: spread = i – i* + ∆ê. Outros pressupostos importantes são que estrangeiros não retém ativos monetários dopaís e o financiamento do déficit de cada país é feito com títulos denominados na moeda do país em questão. E que PCJ não funciona e o foco deve ser na PNCJ (i=i* +Δê)
O argumento geral do enfoque de equilíbrio de portfólio é o déficit público causa um aumento da dívida pública, e isto aumenta a percepção do risco dos agentes em relação aos títulos do governo, e com isso os investidores internacionais realizam ajustes nos seus portfólios de ativos, causando um fluxo de saída de capitais (o rendimento diferencial esperado - Φ - apresenta uma variação positiva, Φ= rt–rt* –êo, onde r taxa de juro nominal no Brasil; r* taxa de juro nominal nos EUA; êo taxa esperada de variação). Simetricamente, observa-se uma expansão da oferta de títulos no exterior que promove uma variação negativa no Φ), de tal forma que o déficit na conta financeira do balanço de pagamentos é a conseqüência imediata. De fato, nestas circunstâncias, um aumento da taxa de juros ou uma desvalorização cambial surgem como as medidas em face da necessidade de elevação do prêmio de risco.
Se for observado uma desvalorização cambial, no âmbito do modelo, verifica-se uma queda no risco, tendo por base a noção de que, de fato, haverá uma redução das expectativas em relação a desvalorizações futuras. Entretanto, há de se destacar que esta mesma valorização cambial acaba levando a um efeito positivo de riqueza sobre os residentes (∆W), que se repercute por meio de uma maior demanda pelos títulos do país (–∆Φ); simetricamente, haverá um efeito riqueza negativo sobre não-residentes, que se repercute através de uma menor demanda por títulos nacionais.
O ajuste de portfólio depende, portanto, da política fiscal em relação ao déficit público; que ao causar uma elevação da percepção do risco pelos agentes requer uma ação via política monetária, com elevação da taxa de juro ou via intervenção no mercado de câmbio, atuando com uma desvalorização da taxa de câmbio. 
Ajuste automático dos mercados de ativos implica que ajuste na conta financeira é mais rápido que na conta corrente do BOP e o prêmio de risco depende dos estoques de diferentes ativos (dívida pública) nos países.
Portanto, ela é uma relação entre fluxos de capitais internacionais (BOP) e ajustes nos estoques de ativos (portfólios), com os desequilíbrios do BOP causados por aumentos da dívida pública.
23) Discuta a questão dos controles diretos para o ajuste do balanço de pagamentos.
OBS1: apesar da questao pedir para discutir controles diretos, os slides do reinaldo sobre esse tema sao voltados principalmente para os controles de capitais, um tipo de controle direto. Portanto , na questao abaixo tem uma analise geral sobre os controles diretos e uma analise detalhada sobre os controles de capitais.
OBS2: o livro abordava essa questao de maneira completamente diferente, por tanto, se escolher fazer ela na prova, pergunte pro reinaldo exatamente o que ele quer nela, uma visao mais geral ou um detalhamento dos controles de capitais!
Os controles diretos representam o terceiro tipo de ajuste induzido do balanço de pagamento, sendo os outros dois o ajuste por meio da composição de gastos e do nível de gastos. Podemos dividir esse tipo de ajuste em quatro esferas: Comercial, cujo os instrumentos são tarifas e medidas não tarifarias (impostos e subsídios); Produtiva, na qual critérios de desempenho, acesso ao mercado e tratamento nacional são os instrumentos; tecnológica, tendo como instrumentos direitos a propriedade, pagamentos e avaliação de contratos; e por último a mais importante, a esfera monetário-financeira, cujos principais instrumentos são os controles cambiais e de capitais (detalhado no final da questão). 
	Nos dias de hoje, os controles diretos são usualmente preteridos em relação aos outros tipos de ajuste induzido, sendo caracterizado como um tipo de ajuste ineficaz por frequentemente interferir na operação do mecanismo do mercado, enquanto que os outros ajustes se dão através do mercado (visão de ineficiência extremamente influenciada pelo movimento de liberalização financeira atual). Apesar da maioria da comunidade de economistas compartilhar esta visão de que os controles diretos (especialmente sobre capitais) são danosos ou inócuos, existem muitas vozes discordantes, que apontam para a fragilidade dos argumentos teóricos em favor da liberalização e da inconclusividade dos estudos empíricos que tentam mostrar que a remoção de controles de capital aumenta a prosperidade econômica ou o bem- estar das sociedades.
	Portanto, com base na visão econômica dominante, temos que esse tipo de ajuste geralmente só é adotado nos casos onde as políticas mais genéricas tardam muito a fazer sentir seus efeitos, quando tais efeitos são incertos ou quando esse problema afeta apenas um dos setores da economia. Nesses casos, as nações podem fazer uso de controles diretos como medidas temporárias para atingir objetivos específicos. Ou seja, apesar de os controles diretos terem abrangência em todas as esferas, cada caso é um caso e deve ser tratado individualmente. É importante lembra também, que não só para os controles diretos, como também pra as outras politicas monetárias se tornem realmente eficazes, é necessária grande dose de cooperação internacional (por exemplo a imposição de uma quota de importação, por parte de uma nação, pode resultar em retaliação por parte das nações afetas, caso as mesmas não tenham sido consultadas e não concordem com tais medidas), exatamente pela possibilidade de retaliações ou sanções.
	A seguir segue uma análise dos controles diretos na esfera financeiro-monetária, mais especificamente sobre os controles de capitais:
	Os controles de capitais possuem basicamente duas razões para serem usados: 
	- Em primeiro lugar temos a gestão macroeconômica, onde os controles diretos podem ser usados para ajustar o balanço de pagamento, ajustar as finanças públicas, para gerar uma acumulação de capital e para combater o fluxo de capital especulativo
Em segundo lugar, os controles diretos podem ser usados para promover o desenvolvimento, onde seu uso pode ser voltado para controlar o passivo externo (com a intenção de reduzir a vulnerabilidade externa);como ferramenta para promover a internacionalização do excedente econômico; tendo como efeito social o combate a desigualdade de riqueza e renda (perversidade da politica monetária restritiva); como foco político a redução da prática de hedge e da propensão ao risco dos grupos dominantes e também como foco institucional o combate a corrupção e ao tráfico.
	É importante apontar que apesar de os controles diretos possuírem um enfoque abrangente, o controle de capitais não é uma Panaceia, isto é, não servem de remédio para todos os males e é referente somente a entrada e saída de capitais. Portanto deve se ter em mente que os controles diretos abrangem todas as esferas, mas devem ser tratados com pragmatismo, onde cada caso deve ser tratado de maneira especifica.
 	Como diretrizes dos controles de capitais temos: 
-reservas internacionais elevadas, mantidas a nível estratégico ( múltiplo do nível ótimo e nível crítico);
- evitar desalinhamento cambial
-Desdolarização da dívida pública
- Controle sobre o passivo externo dos agentes privados
- Minimizar endividamento externo dos setores público e privado.
Por fim, as condições internas para que o controle de capitais ocorra são: 
- A existência de vontade política, com pressões dos setores dominantes.
- Estratégica firme de ajuste externo e de desenvolvimento.
- Capacidade de mobilização de recursos internos para financiamento
- Capacidade operacional (governança)
- Institucionalidade robusta para evitar risco moral
Já as condições externas para a sua realização são:
Acesso a recursos de longo externos, confrontando assim curto e longo prazo
Arranjos internacionais, através de entidades como FMI, OMC (policy space)
 Acesso ao mercado de bens de capitais devido à possibilidade de retaliação/sanção
24) Faça um exercício de ajuste simultâneo(externo e interno) com o
modelo de Swan.
	O diagrama de Swan foi feito para explicar os desequilibrios internos e externos causados
por rigidez estrutural, choques internos ou externos ou políticas inadequadas, CONSIDERANDO
UMA TAXA DE CAMBIO ADMINISTRADA, e leva em consideração a existência de um equilíbrio
interno - que é definido como uma situação na qual a produção real alcançou ou está próxima ao
seu potencial ou nível de capacidade e a taxa de inflação é baixa e não apresenta aceleração - e
externo - definido como uma posição da conta corrente que pode ser sustentada por fluxos de
capital em condições compatíveis com as perspectivas de expansão da economia, sem que se
recorra a restrições ao comércio ou aos pagamentos, de modo que o nível de reservas internacionais é adequado e relativamente estável, ou, simplificadamente, saldo nulo no balanço de pagamentos.
	Tanto o equilíbrio interno como os externos dependem de duas variáveis fundamentais: o nível da demanda interna real e a taxa de câmbio real; que, por sua vez, refletem as condições econômicas subjacentes e as políticas macroeconômicas.
	Representamos a curva de equilibrio interno (IB) negativamente inclinada em um gráfico
que contrapõe Gastos Reais e Taxa de Câmbio Real (R$/US$), pois um aquecimento na demanda interna com o aumento dos gastos causará uma pressão inflacionária a não ser que se valorize a taxa de câmbio para diminuir o consumo dos bens nacionais e crie um teto de preços de produtos importados que freie os aumentos internos. A curva de equilibrio externo (EB) é positivamente inclinada já que um aquecimento na demanda interna real, mantidas as demais condições, deteriorará o saldo da conta corrente, a menos que seja compensado por uma desvalorização da taxa de câmbio real.
	A intersecção das duas curvas determina o nível da demanda interna real e da taxa de câmbio real no qual a economia alcança o equilíbrio interno e externo simultaneamente, ou seja, qualquer ponto fora deste representa um desequilibrio específico a ser corrigido com políticas
macroeconômicas. Mudanças na taxa de câmbio nominal não serão necessárias em qualquer
momento, podendo ser substituída por políticas fiscais e monetárias que visem aquecimento /desaquecimento da demanda e ajuste de preços internos para o ajuste da Taxa de
Câmbio Real (de preços relativos).
Temos os quatro desequilibrios como na figura, estes são:
- Inflação com superávit em conta corrente;
- Inflação com déficit em conta corrente;
- Recessão com superávit em conta corrente;
- Recessão com superávit em conta corrente.
(E* é o ponto de equilibrio)
	O exercício consiste em determinarmos as políticas necessárias (entre fiscal, monetária e
cambial) para restaurar-se o equilibrio.
A - Recessão com déficit: Política Fiscal expansionista e política monetária restritiva, pois
para recuperar-se da recessão é necessário um aumento nos gastos e aquecimento da demanda
interna, porém a taxa de câmbio real se verifica sobrevalorizada, logo combinamos a política fiscal com uma política monetária restritiva que visa a restaurar a relação de bens internos e externos. O aquecimento da demanda com uma taxa de câmbia valorizada aumentará também a demanda por bens exportáveis e importáveis (tradable) e a política monetária visa a segurar a demanda por esses bens para que a balança comercial volte ao seu ponto de equilibrio. Note que também pode ser utilizada uma política cambial que desvalorize a taxa NOMINAL.
B - Recessão com superávit: Política Fiscal expansionista e política fiscal de valorização da
taxa nominal. Expansionismo fiscal para aquecer a economia e em contrapartida uma valorização da taxa nominal para equilibrar a Taxa Real. Também pode-se utilizar uma política monetária
expansionista que elevaria a demanda por bens tradable para equalizar os preços relativos.
C - Inflação com superávit: Política Fiscal restritiva e política monetária expansionista. Para
desaquecer a economia elevando a demanda por bens tradable e equalizando a Taxa de Cambio Real.
D - Inflação com défict: Este desequilibrio é mais específico e temos 3 possíveis casos em
que ele ocorre: quando a Taxa de Cambio Real está subvalorizada (D1), sobrevalorizada (D3) ou no nível de equilibrio (D2).
D1: Política Fiscal restritiva e política monetária restritiva, para segurar o preço dos bens
internos em detrimento dos externos, ou política cambial de valorização da taxa nominal.
D2: Política Fiscal restritiva e políticas monetárias e cambiais não são necessárias, pois a
taxa de cambio real está no patamar ótimo.
D3: Política Fiscal restritiva e política monetária expansionista, para elevar o preço dos bens
internos em detrimento dos externos, ou política cambial de desvalorização.
Minha resposta: 
O modelo de Swan é um modelo ajuste interno, ou seja, nível de demanda e emprego tão alto quanto o compatível com a estabilidade de preços, e externo, ou seja, balanço de pagamentos em equilíbrio (saldo zerado da balança comercial). Ele prevê uma taxa de câmbio administrada como instrumento de política de ajuste dos gastos. A curva do equilíbrio interno (IB) é uma reta negativamente inclinada, onde abaixo dela possuímos escassez de gastos ou recessão e acima dela possuímos excesso de gastos ou inflação, o que significa que o equilíbrio interno viria ao operarmos sobre a curva. A curva do equilíbrio interno é uma reta positivamente inclinada, onde acima dela o país apresenta superávit e abaixo dela déficit, o que também significa que o equilíbrio vem ao se estar sobre a reta. Os eixos em ambos os casos são taxa real de câmbio (eixo y) e gastos reais (eixo x), e o equilíbrio interno e externo aconteceria no ponto em que estivéssemos sobre ambas as curvas, ou seja, onde elas se cruzam.
Tomando o exemplo brasileiro podemos estipular com bastante certeza que nos encontramos com inflação, logo, acima da curva de equilíbrio interno, e em relação à superávit ou déficit, pelos últimos resultados brasileiros podemos estipular que o Brasil se encontra no ponto D (embora, ao se considerar que o modelo leva em conta a balança comercial, em certos períodos poderíamos alocar o Brasil no ponto C). Portanto, o ponto no gráfico onde nos encontraríamos seria acima da curva IB (inflação) e abaixo da EB (déficit). Para ajeitarmos o equilíbrio interno devemos, portanto gerar uma política fiscal restritiva. Para ajeitarmos o equilíbrio externo, podemos operar com política monetária, nesse caso uma PM restritiva e em relação à política cambial, uma de desvalorização (queda da taxa de câmbio real). 
Devemos, entretanto ficar atentos à possíveis contradições entre as políticas de equilíbrio interno e as de externo. No caso, a de equilíbrio interno deve ser uma PF restritiva, o que não condiz com uma desvalorização, ou seja, uma contração nos gastos do governo não condiz com uma queda da taxa de câmbio, uma anularia a outra e faria o nível de gastos continuar acima do de equilíbrio, resultando em inflação. Nesse caso específico, a política monetária é a melhor opção, já que uma restrição na oferta monet não poria a PF restritiva em cheque, por ainda permitir que o nível de gastos caia.
Além da boa escolha do instrumento, deve-se ter cuidado ao estipular onde no gráfico se encontra o ponto D. Partindo de 3 possíveis D (D1, D2 e D3), onde muda as políticas para equilíbrio interno, sendo as políticas monetária e comercial, respectivamente e em ordem de casos: restritiva e valorização, neutra e neutra (a taxa de câmbio se encontra no patamar ótimo), e expansionista e desvalorização. O último ponto apresentaria inconsistências no uso das duas políticas para o equilíbrio externo.
Questão 25 à 27) Basicão do Mundell-fleming:
	O modelo mundell-fleming, também conhecido como uma extensão do modelo IS-LM adicionando uma curva de BP, ou seja uma economia aberta com governo. As curvas IS-LM fazem parte do modelo dos Keynesianos da síntese neoclássica, com a curva IS dizendo respeito ao equilíbrio no mercadode bens, sendo negativamente inclinada em relação à taxa de juros, e a curva LM dizendo respeito ao equilíbrio no mercado monetário, sendo positivamente inclinada em relação à taxa de juros.
	Em termos matemáticos, a curva IS se representa por y=α(A+br), onde α é um parâmetro relacionado à propensão marginal a consumir, A são os gastos autônomos e b é a sensibilidade juros da demanda por investimento. A curva LM se representa pela equação r=(1/h)(ky-M/P), onde h é a sensibilidade juros da demanda por moeda e k é a sensibilidade renda da demanda por moeda.
	A curva BP relacionaria juros e renda, se utilizando do saldo na conta capital e financeira numa relação com M-X, onde por uma relação de curvas diferentes, se chega à curva de BP, positivamente inclinada (0<a<+∞).
	O equilíbrio interno vem sobre o encontro das curvas de mercado de bens e serviços e a do mercado monetário, e o equilíbrio externo vem sobre a curva de BP.
 	Seus pressupostos são: Recursos Ociosos, Retorno constante de escala, Salário monetário fixo, Poupança e tributação: f (renda), Saldo comercial (TB): f (Y, e), I = f (r), Md = f(Y, r), país pequeno: não afeta a renda mundial.
	Nele, podemos traçar quatro curvas de BP, dependendo do grau de mobilidade de capital: ele pode ser perfeito (com a curva horizontal), imperfeito forte (com a curva inclinada, ainda menos que a curva LM), imperfeito fraca (com a curva inclinada e mais ainda que a LM), ou sem mobilidade de capital (curva vertical).
	Podemos fazer 3 tipos de exercícios: de Política Fiscal, de Política Monetária e de Política Comercial (determina qual curva se mexe). Cada um usando dois tipos diferentes de câmbio: Fixo ou Flexível (determinada como a BP reage). E podemos fazer cada um deles para cada tipo diferente de curva BP: mobilidade perfeita, imperfeita forte, imperfeita fraca ou sem mobilidade de capitais. Isso nos dá um total de 24 respostas possíveis para cada combinação de variáveis.
25) Faça um exercício de Mundell-Fleming com política monetária.
Supondo mobilidade finita de capitais (razoável elasticidade-juro da curva BP) podemos fazer dois tipos de exercícios:
a ) Câmbio fixo: (ineficaz)
Uma política monetária expansionista (ex: compra de títulos pela autoridade monetária ou até mesmo emissão), faz com que haja um aumento da oferta de moeda na economia. Com isso, mais recursos estarão disponíveis e isso trará como consequência uma diminuição dos juros, porque o “preço do dinheiro” estará menor. Se pensarmos pela ótica dos bancos que tiveram seus títulos comprados, os mesmos terão mais recursos para serem emprestados e essa “abundância” também contribuirá para a redução dos juros.
Essa redução nas taxas de juros afetará dois setores da economia: o setor financeiro e o setor real. Dado que as taxas de juros diminuíram, os investidores internacionais estarão menos desejosos de aplicar seu dinheiro nesse país em análise. Isso implicará em uma saída de capitais da nação pela via financeira. Por outro lado, uma redução nas taxas de juros estimula a economia interna, pois aumenta a renda interna e propicia a realização de investimentos (crédito se torna mais barato). Quanto maior for a franja de tomadores insatisfeitos nessa economia em análise, ou seja, quanto maior for o número de pessoas desejosas de investir, mas que não tinham conseguido pelas altas taxas de juros, maior será o efeito sobre a economia. Podemos inferir também que a conta corrente irá piorar, pois, como visto, uma parcela dessa renda incremental será destinada ao consumo de bens e serviços estrangeiros, ou seja, um aumento das importações. 
Esses dois efeitos, a saída de capitais financeiros e a piora na conta corrente farão com que o Balanço de pagamentos Geral piore.
Tendo em vista que estamos num regime de câmbio fixo, déficits no balanço de pagamentos terão como conseqüência a venda de reservas para compensar esse buraco no BP. Se essas perdas forem recorrentes, pode-se ameaçar o regime cambial, pois se chegará a um nível crítico de reservas e não se conseguirá ancorar o câmbio no nível estipulado. 
O resultado dessas vendas de reservas é a retirada, por parte do Governo, de moeda doméstica da economia. Isso fará com que a oferta monetária caia e os juros voltem a subir. Conclui-se que a política monetária é ineficaz, pois os ganhos obtidos anteriormente foram perdidos.
 LM se desloca sobre a curva IS e depois volta a sua posição original.
B ) Cambio flexível: (muito eficaz)
Da mesma forma que o exercício “a”, uma política monetária expansionista irá acarretar em um aumento da oferta de moeda na economia. Esse aumento também fará com que os juros caiam pelos mesmos motivos apresentados acima. Os investidores internacionais vão deixar de aplicar recursos aqui e a conta financeira apresentará uma piora. Por outro lado, haverá um estimulo da economia e haverá um aumento nos níveis de renda e de investimento. Da mesma forma, haverá uma piora da conta corrente, pois parte desses recursos obtidos será destinado à compra de produtos importados. (Até aqui aparecem os mesmos resultados da letra a )
Como consequência do déficit do Balanço de Pagamentos (saída de capital financeiro e piora da conta corrente), haverá uma depreciação cambial, pois, a taxa de câmbio restabelece o equilíbrio no balanço de pagamentos ao equilibrar oferta e demanda por divisas.
Uma depreciação cambial fará com que as exportações aumentem (preço do produto doméstico no exterior se torna mais barato) e as importações diminuam ((X-M)>0). A conta corrente vai melhorar por causa disso e somado ao efeito anterior gerado pela queda nas taxas de juros, a renda vai aumentar mais ainda (sem surtir o efeito do aumento das importações por causa da anterior desvalorização cambial). Conclui-se que a política monetária, nesse caso, é mais eficaz.
LM0 -> LM1: Decorrente da inicial expansão monetária.
IS0 -> IS1: Decorrente de um maior nível de gastos da economia
BP0 -> BP1: Decorrente de uma melhora no BP. Tendo em vista que no E2 (ponto de equilíbrio 2) não houve grande alteração no nível de juros (não há grande saída de capitais financeiros) e um efeito significativo(+) da conta corrente provocando melhora do BOP.
26) Faça um exercício de Mundell-Fleming com política fiscal.
Política Fiscal com Câmbio Fixo:
 1º) Política Fiscal Expansionista, ou seja, gastos do governo aumentam e/ ou os impostos caem.
 2º) Taxa de Juros aumentam (No modelo IS-LM quando há uma expansão dos gastos do governo a IS se desloca para cima e “força” a LM para baixo, o equilíbrio após esses deslocamentos gera uma taxa de juros maior) e produção e renda aumentam.
 3º) Como conseqüência do aumento da taxa de juros, mais capital entra no país e como conseqüência do aumento da produção e renda, a conta-corrente piora (lembrando que como as importações são função da renda dos residentes, um aumento de renda gera um aumento nas importações gerando uma piora na conta-corrente).
 4º) A situação geral do BoP pode melhorar, porque a piora na conta-corrente é mais lenta que o ingresso de capitais.
 5º) Melhorando a situação do BoP a oferta de dinheiro aumenta para defender a taxa de câmbio fixa (lembrando que é necessário ter reservas grandes para manter uma taxa de câmbio fixa e não comprometer o BoP). (deslocamento da LM para baixo)
 Conclusão: A política fiscal é eficaz se comparada a política monetária e menos eficaz se comparada a política comercial.
Política Fiscal com Câmbio Flexível:
 1º) Política Fiscal Expansionista, ou seja, gastos do governo aumentam e/ ou os impostos caem.
 2º) Taxa de Juros aumentam e produção e renda aumentam.
 3º) Como conseqüência do aumento da taxa de juros, mais capital entra no país e como conseqüência do aumento da produção e renda, a conta-corrente piora
 4º) A moeda corrente pode se valorizar 
 5º) A expansão da renda é reduzida
 Conclusão: A política fiscal não é eficaz com câmbio flexível
Faça um exercício de Mundell-Flemingcom política comercial.
Adotaremos, assim, mobilidade finita (razoável elasticidade juros da BP).
	Pode-se adotar uma política comercial através do protecionismo, onde as mudanças de preços relativos leva ao aumento das exportações e substituição de importações, o que gera dois efeitos: Produção e renda aumentam, o que significam subida dos juros, esta subida implica na entrada de capitais externos gerando por fim uma melhora da conta financeira; e melhora da balança comercial através do multiplicador de comércio exterior TB, estando implicada aqui a condição de marshall-lerner. (curvas IS e BP se deslocam para a direita)
	Agora entram as especificidades de cada tipo de câmbio:
Câmbio Fixo: A oferta de dinheiro aumenta para defender o câmbio fixo (deslocamento para a esquerda da curva LM), o que indica uma alta eficácia da política comercial
Câmbio Flexível: A maior entrada de capitais gera valorização cambial, o que leva à queda das exportações e aumento das importações e queda da renda, o que nos indica uma ineficácia da política comercial nesse caso. (as curvas voltam à suas posições originais)
28) Faça Distinção entre sistema monetário internacional e sistema financeiro internacional.
 A expressão sistema monetário internacional se refere ao conjunto de regras e convenções que governam as relações financeiras entre os países. Elas formam o aparato industrial que mantém as relações entre as diversas economias. Os atores do SMI são Governos (Tesouros, bancos centrais) e o FMI. SMI é o conjunto de acordos, regras, e instituições que regulam os pagamentos feitos e recebidos para transações realizadas entre fronteiras nacionais.
Essas normas referem-se em geral a dois aspectos – a conversão de uma moeda a outra e o padrão monetário adotado. A conversão de uma moeda a outra está associada aos padrões de ajuste das taxas de câmbio, os preços relativos das diversas moedas (diversas possibilidades como sistema de taxa fixa à taxas totalmente flexíveis). Os padrões monetários são definidos, por sua vez, pela natureza dos ativos de reserva (reservas em espécie, valor intrínseco, ou fiduciárias).
A eficiência de um sistema monetário não é um fim em si mesmo, seu objetivo é viabilizar a fluidez das relações econômicas entre países, maximizando os ganhos com comércio e os benefícios derivados dos movimentos de capital.
Podemos ainda destacar como características do SMI:
Mecanismo de ajuste: Natureza do ajuste dos desequilíbrios no BOP vão depender se o sistema é Padrão-ouro (câmbio fixo), Câmbio flexível, Administração do câmbio e Controles diretos. Padrão de Reserva, Natureza do ativo que é referência para valor das moedas, liquidação dos déficits, Ouro, Divisas-chave (libra, dólar, euro) ou DES (Direito Especial de Saque). A integração, Comércio e fluxos de capitais e Multilateral, plurilateral e bilateral. Gerenciamento: 
- Sem intervenção governamental (automático): Câmbio fixo ou Câmbio flexível, 
- Regulado (liquidez e ajuste): Arranjos monetários (FMI), Arranjos financeiros (Banco Mundial)
O sistema financeiro internacional é uma tentativa de conciliar três objetivos contraditórios: conversibilidade das moedas a uma taxa fixa; mobilidade dos capitais; interesses nacionais e regras internacionais. Sua função é a de facilitar o comércio e o investimento internacionais, mas principalmente transferir capital para onde for mais lucrativo; é o movimento de capitais privados (produtivos e financeiros) que domina o SFI. Os atores do SFI são: Bancos internacionais, Instituições financeiras não bancárias, Agências nacionais de financiamento desenvolvimento e comércio exterior e Organismos multilaterais de financiamento.
Podemos destacar como as grandes diferenças entre o SFI e o SMI com o fato que o SMI está ligado ao sistema de taxas de câmbio, mecanismo de ajuste, liquidez internacional enquanto o SFI está ligado ao objetivo de facilitar processo de ajuste, financiar crescimento econômico, financiar transações comerciais e realizar negociações diferentes moeda.
Minha resposta:
O sistema monetário internacional e o sistema financeiro internacional se diferenciam em vários aspectos, como funções e agentes. O SMI funciona como um sistema de taxas de câmbios, como mecanismo de ajuste, e proporcionador de liquidez internacional, atuando como um conjunto de acordos, regras, práticas e instituições que regulam os pagamentos feitos e recebidos para transações realizadas entre fronteiras nacionais, enquanto que o SFI facilita o processo de ajuste, financia o crescimento econômico e transações comerciais, e realiza negociações em diferentes moedas. Os principais atores do SMI são os Bancos centrais, dentre esses com o FED e o BCE aparecendo como protagônicos, e os Tesouros nacionais, sendo o Tesouro americano e os tesouros europeus alguns com destaque, enquanto que os Bancos internacionais, instituições financeiras não-bancárias, agências nacionais de financiamento, desenvolvimento e comércio exterior, e organismos multilaterais de financiamento são os principais atores do SFI.
29) No que se refere ao FMI, discuta: origem, funções e principais problemas.
Os Acordos de Bretton Woods criaram o Fundo Monetário Internacional(FMI). Com essa criação pretendia-se estabelecer as condições para tratar das questões relacionadas ás finanças internacionais e á retomada do desenvolvimento. O FMI iniciou suas atividades em 1947 e conforme o acordo inicial, foram atribuídas 2 funções para ele: prover os países membros de um código de conduta internacional e zelar pelo seu cumprimento.
O sistema pelo qual caberia o fundo zelar foi desenhado a partir das experiências traumáticas com flutuações de taxas de câmbio no período entre as duas guerras mundiais, que estimularam movimentos de desvalorização competitiva e levaram de fato à redução do volume de comércio internacional. Assim, o FMI estava centrado na manutenção da estabilidade das taxas de câmbio; na provisão de liquidez (quando necessário); em promover a cooperação monetária internacional; em auxiliar na correção dos desequilíbrios da BOP; em assistir no estabelecimento de um sistema multilateral de pagamentos; e em facilitar o crescimento equilibrado do comércio multilateral. Portanto, dado todos esses objetivos, podemos agrupá-los em 4 funções básicas: de cooperação, regulação, consultiva e financeira.
Os países membros do FMI adotaram como compromisso a manutenção de suas taxas de câmbio em relação ao dólar norte-americano variando em uma margem de 1% dos níveis estabelecidos, embora o mecanismo contemplasse a possibilidade de variações mais pronunciadas, caso justificadas, por meio da compra e venda de divisas: para variações maiores do que 1% e menores do que 10% o FMI deveria ser informado, mas não poderia rejeitar; já para variações maiores do que 10% os países dependiam da aprovação do Fundo.
A segunda função do FMI era atuar como provedor de liquidez. Desde a sua criação, as operações financeiras do Fundo eram feitas exclusivamente em ouro e nas moedas nacionais dos países membros. As linhas básicas de atuação do FMI estão centradas em 7 tipos de facilidades de crédito:
Acordos Stand-by: destinados a corrigir desequilíbrios no setor externo dos países.
Extended Fund Facilities: fonte de crédito de longo prazo para lidar com desequilíbrios externos
Structural Adjustment Facility: destina-se a países de baixa renda com problemas recorrentes de Balanço de Pagamentos.
Compensatory and Contingency Financing Facility: fornecer crédito para países com dificuldade no BP derivados de queda nas relações de troca
Enbanced Structural Adjustment Facility: criada para apoio á facilidade.
Buffer Stock Financing Facility: financiar a amortização de capital
Oil Facility: permite ao FMI receber empréstimos de exportadores e petróleo e emprestá-los a países deficitários.
Os principais problemas do FMI são: desembolsos condicionados e condicionalidades como, por exemplo, liberalização, reforma financeira e tributária, privatização e flexibilizaçãodo mercado de trabalho.
30)No que se refere ao sistema de Bretton Woods ,discuta:origem,lógica de funcionamento e ruptura.
	O sistema Bretton Woods consiste num conjunto de medidas acordadas em uma conferência realizada na cidade de Bretton Woods (EUA) no ano de 1944. Tal encontro contou com a participação de delegados de 45 países não-comunistas e tinha como objetivo reformar o sistema monetário internacional. Portanto, o sistema consistiu em iniciativas para lidar com desequilíbrios externos dos diversos países participantes e na definição do aparato institucional, visando prover liquidez e financiar o desenvolvimento econômico, como por exemplo o FMI e o Banco Mundial. Os principais mecanismos de ajuste eram a taxa de câmbio fixa, a taxa ajustável, política monetária, política fiscal, alguns controles e o FMI. Já o padrão de reservas era o ouro, o dólar e a libra, mas também havia a conversibilidade das principais moedas a partir de 1958.
	Em relação à institucionalidade criada em Bretton Woods podemos destacar a criação do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e do GATT. A criação dessas instituições visava criar condições para tratar das questões relacionadas às finanças internacionais e a retomada do desenvolvimento.
No período do imediato pós guerra havia duas áreas monetárias (área do dólar e da libra esterlina), moedas que eram utilizadas como meios de pagamento internacional. Esse sistema, sobretudo a dependência em relação à libra, mostrou-se inadequado na medida em que os países europeus recipientes dos dólares derivados do Plano Marshall passaram a tentar superar o caráter bilateral dos acordos monetários do pós guerra. Em 1950, os países europeus adotaram a União Européia de Pagamentos, por meio do qual os débitos e créditos de cada país europeu com seus parceiros eram saldados com base na posição liquida de cada país ao final de cada período. Ou seja, o que interessava agora não era mais a posição bilateral, mas o saldo das diversas transações intra-européias.
Um sistema multilateral de pagamentos internacionais só passa a existir de fato a partir do momento em que os agentes tem acesso via mercado às quantidades desejadas de divisas. Em 1958, os possuidores de uma moeda passaram a poder adquirir outras moedas por meio de operações de mercado. Além disso, pós 58, não apenas moedas de diversos países se tornaram conversíveis entre si, via operações de mercado como também a conversibilidade do dólar em ouro(US$35 por onça de ouro).Os países que faziam parte do sistema de Bretton Woods aceitaram o fato da conversibilidade oficial implicar que suas reservas de divisas fossem mantidas sob a forma daqueles ativos aos quais eles pretendiam converter suas moedas nacionais.
As regras básicas para política cambial no período Bretton Woods estavam centradas em critérios associados à atuação do FMI: os países membros deveriam manter suas paridades dentro de uma faixa de mais ou menos 1% em torno dos valores acordados e desvalorizações acima de 10% necessitavam de autorização prévia do FMI. Isso refletia o enfoque adotado pelo Fundo de que desequilíbrios temporários do Balanço de Pagamento deveriam ser financiados por reservas do país e desequilíbrios persistentes deveriam ser solucionados com políticas monetárias e fiscais restritivas. Apenas quando os desequilíbrios fossem fundamentais é que se deveria recorrer à desvalorização cambial.
A década de 60 foi caracterizada pela desconfiança e relação ao dólar: a recuperação das economias europeias, associada à expansão do mercado de Eurodólares e aos investimentos norte-americanos no exterior causaram frequentes déficits de Balanço de pagamentos por parte dos EUA; o financiamento via emissão para a Guerra do Vietnã, o programa espacial e esforço relacionado à Guerra Fria provocaram pressão inflacionária que reforçou a tendência ao desequilíbrio externo; a oferta de ouro não aumentou de forma proporcional à demanda, gerando pressão no mercado desse metal.
Os problemas no funcionamento do sistema podem ser atribuídos ao chamado Dilema de Triffin, na medida em que a expansão da liquidez internacional dependia do déficit do Balanço Operacional de Pagamentos dos EUA,o que provoca uma perda de credibilidade do dólar. Isso se tornou evidente em 1971, quando as reservas americanas de ouro cresciam lentamente enquanto que as emissões cresciam mais rapidamente para financiar o déficit. Então, diante da possibilidade do Fed não honrar a conversibilidade, ocorreu uma corrida para o ouro, porém ele não tinha condições de honrá-la. .A solução segundo Triffin seria um regime de câmbio flexível,com elevação do preço do ouro e a criação de um banco central universal e uma moeda única.
As condições para a convertibilidade oficial, estabelecidas originalmente no sistema Bretton Woods, esgotaram-se em agosto de 71, quando foi suspensa a convertibilidade do dólar em relação ao ouro e esgotaram-se subseqüentemente em relação à convertibilidade entre dólar e outras moedas. Então, podemos atribuir o colapso do sistema Bretton Woods à perda de confiança no dólar,perda da hegemonia dos EUA,desequilíbrio estrutural do Balanço Operacional de Pagamentos americano,pressão crescente sobre as reservas dos EUA,recusa dos superavitários de valorizarem suas moedas e fluxo especulativo contra o dólar. 
31) No que se refere à crise global de 2008-09, discuta: causas, conseqüências e políticas de ajuste.
Podemos analisar a crise global de 2008-09 segundo três tópicos centrais: causas, consequências e políticas de ajuste. 
Essa crise teve origem no problema de solvência relacionado originalmente no mercado imobiliário norte-americano. A crise global de 2008-09 foi o reflexo da liberalização excessiva da fase de globalização monetário-financeira do SMI (1985-2008). No período da globalização, houve uma onda crescente de um movimento pró-desregulamentação, liberalização e internacionalização, totalmente sem planejamento. Com isso, houve uma impensada expansão do crédito americano que permitiu pessoas pegarem financiamentos sem terem condições de honrarem. Empréstimos imobiliários eram securitizados, isto é, transformados em títulos. Esses foram vendidos para investidores. Por esse problema de solvência no mercado imobiliário, a crise se alastrou para outros diferentes setores da economia, o que gerou perdas econômicas consideráveis no mercado financeiro não só americano, mas no europeu e no resto do mundo.
Além disso, a situação se agravou a partir da elevação dos preços das commodities internacionais, com destaque para o petróleo e os alimentos. Com isso, ocorreu uma pressão inflacionária, por assim dizer, um fenômeno praticamente global nessa época. Isso porque não há, no horizonte de curto e médio prazo, soluções para desequilíbrios nos mercados mundiais de petróleo e outras commodities.
As consequências da crise internacional sobre cada país dependem da interação de um conjunto de fatores: natureza e extensão dos mecanismos de transmissão (contágio e choques); capacidade de resistência de cada país (fragilidades e vulnerabilidades) frente às pressões, fatores desestabilizadores e choques externos; o policyspace e as respostas de políticas de ajuste.
As áreas de fragilidade e vulnerabilidade são: econômica, financeira e política. Na área econômica, houve impactos na crise sobre o crescimento econômico, pressão inflacionária, grandes castigo sobre as finanças públicas e uma deterioração das contas externas. Na área política, houve impactos na estabilidade dos governos, e grandes impactos sociais. Na área financeira, criou-se bolhas, houve descompasso entre ativos e passivos correlatos, um grande endividamento externo, e grandes impactos no câmbio.
Assim, podemos constatar que a situação econômica internacional se encontra com graves problemas financeiros, desaceleração da produção e pressão inflácionária. Houve uma significativa deterioração da economia em 2008, e uma melhora quase que desprezível em 2009. Todas as regiões (exceto África) sofreram umadesaceleração do crescimento em 2008.
A América Latina sofreu graves consequências: as projeções de crescimento econômico em 2008-2009 foram muito desfavoráveis, e a América Latina apresenta o processo mais marcante de desaceleração econômica (muito pela grande dependência e vulnerabilidade externa). Além disso, também sofreu com uma generalizada pressão inflacionária, o que reduz o grau de liberdade das políticas macroeconômicas tradicionais para impulsionar o crescimento econômico.
O processo de ajuste macroeconômico nos Estados Unidos causou grande repercussão no conjunto da economia mundial via comércio internacional. Os Estados Unidos desvalorizaram o dólar e desaceleraram a economia. Isso reduziu o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos americano, mas o resto do mundo experimentou situação menos favorável da conta corrente do balanço de pagamentos. A América Latina e o Caribe passaram de uma situação de superávit para uma situação de déficit. Na América Latina, alguns países interromperam e até mesmo reverteram o processo de liberalização, enquanto outros o têm aprofundado ainda mais.
Portanto, podemos perceber sinais de importantes mudanças na política econômica dos Estados Unidos, com a reversão do foco. O combate a inflação parece retomar o papel protagonista. Expectativas são no sentido de elevação da taxa de juros, o que reforça a percepção de deterioração da conjuntura internacional, com maiores risco de turbulências nos sistemas financeiros e monetários internacionais.
É importante também chamar atenção que, a crise mostrou os problemas da liberalização, o que vem gerando agora uma onda de re-regulamentação e até estatização, ou seja, o mundo posiciona-se hoje com o pensamento totalmente inverso, em certas partes do mundo, ao proposto pela tal fase da globalização.

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