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Noções de Prevenção a Incêndios SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 614.841.3 32 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Noções de Prevenção e Combate a Incêndios – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Prevenção de incêndio. 2. Incêndio - combate. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 4 Unidade 1 | Prevenção e Combate a Incêndios 5 1 Fontes, Classificação e Métodos de Extinção de Incêndios 7 1.1 Métodos de Extinção de Incêndio 8 1.2 Classificação de Incêndios 9 1.3 Classes de Incêndio e Extintores Apropriados 10 2 Inspeção dos Extintores 13 3 Medidas de Prevenção 13 Glossário 14 Atividades 15 Referências 17 Unidade 2 | Procedimentos de Emergência e Primeiros Socorros 18 1 Procedimentos de Emergência 20 1.1 Procedimentos em Caso de Queimaduras 20 1.2 Procedimentos em Caso de Parada Cardíaca 21 1.3 Procedimentos em Caso de Parada Respiratória 23 2 Noções de Primeiros Socorros 24 2.1 As Primeiras Providências 25 2.1.1 Isolamento e Sinalização do Local do Acidente 25 2.1.2 Acionamento de Recursos 25 2.1.3 Cuidados com a Vítima 26 Glossário 27 Atividades 28 Referências 30 Gabarito 31 4 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Noções de Prevenção e Combate a Incêndio! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 2 unidades, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! Unidades Carga Horária Unidade 1 | Prevenção e Combate a Incêndios 10 h Unidade 2 | Procedimentos de Emergência e Primeiros Socorros 10 h 5 UNIDADE 1 | PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 6 Unidade 1 | Prevenção e Combate a Incêndios d Você já presenciou ou viu na TV algum incêndio ou princípio de incêndio? Como você descreve as reações das pessoas envolvidas? Há etapas diferentes no desenvolvimento do incêndio? Como os incêndios são comumente combatidos? É muito importante reconhecer as classes de incêndios e suas causas para aprendermos a combatê-los de maneira correta. Nesta primeira unidade, apresentaremos noções de prevenção e combate a incêndio. Você deverá estar preparado para reconhecer as causas de um incêndio, sua classificação e os meios de extinção, uma vez que acidentes chegam sem aviso e podem acontecer a qualquer momento durante a operação do transporte rodoviário de cargas. Para essas situações, precisamos estar conscientes de que existe uma maneira diferente de agir para cada tipo de incêndio. Vamos lá? 7 1 Fontes, Classificação e Métodos de Extinção de Incêndios Para prevenir ou extinguir um incêndio, é importante entender a natureza do fogo, assim como seus elementos essenciais. Há, também, a necessidade de conhecer se as condições em que esses elementos se apresentam são propícias para o início de uma combustão. Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química simples e, para que ela se efetive, é necessária a presença de quatro elementos: combustível, comburente, ignição e reação em cadeia. Para Pereira (2009) e Pereira e Popovic (2007), eliminando-se um dos quatro elementos do tetraedro, encerra-se a combustão e, consequentemente, o foco de incêndio. Os elementos do tetraedro são: Tetra = quatro. Tetraedro = figura geométrica espacial formada por quatro triângulos equiláteros. • Combustível: é o material oxidável (sólido ou gasoso) capaz de reagir com o comburente (em geral o oxigênio) em uma reação de combustão; • Comburente: é o material gasoso que pode reagir com um combustível, produzindo a combustão; • Ignição: é o agente que dá início ao processo de combustão, introduzindo na mistura combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária; e • Reação em cadeira: é o processo de sustentabilidade da combustão, pela presença de radicais livres, que são formados durante o processo de queima do combustível. 8 Para Silva (2012) e Vieira (2011), as causas de incêndio são muito variadas. Alguns materiais, em temperatura ambiente, podem pegar fogo com uma simples faísca. Outros, no entanto, necessitam de aquecimento prévio para que entrem em combustão. É importante conhecer as fontes de ignição, responsáveis por iniciar uma combustão. Dentre as fontes de ignição mais comuns, destacam-se: • Fontes de origem térmica: fósforos, cigarros, fornos, soldadura, recipientes a gasolina, óleo ou outros; • Fontes de origem elétrica: interruptores, disjuntores, aparelhos elétricos defeituosos, eletricidade estática; • Fontes de origem mecânica: chispas provocadas por ferramentas, sobreaquecimento devido à fricção mecânica; e • Fontes de origem química: reação química com libertação de calor, reação de substâncias auto-oxidantes. 1.1 Métodos de Extinção de Incêndio Entre os métodos comumente utilizados para a extinção de incêndio, principalmente na atividade do transporte rodoviário de cargas, deve-se ter em mente os seguintes: • Resfriamento: consiste no lançamento de água no local em chamas, provocando seu resfriamento com o objetivo de eliminar o “calor” do tetraedro do fogo; • Abafamento: consiste em impedir que o oxigênio participe da reação, abafando o fogo. Extinguimos o incêndio se retiramos o “oxigênio” do tetraedro do fogo; e • Isolamento: nesse método, separamos o combustível dos demais componentes do fogo, abrindo uma trilha para que o fogo não passe, impedindo a formação do tetraedro. 9 1.2 Classificação de Incêndios Os incêndios podem pertencer a diferentes classes, conforme descrito a seguir: • Classe A: fogo em combustíveis comuns que deixam resíduos, sendo que o resfriamento é o melhor método de extinção. Exemplos: fogo em papel, madeira, tecidos; • Classe B: fogo em líquidos inflamáveis. Os materiais queimam em superfície e em profundidade. Nesse caso, o abafamento é o melhor método de extinção. Exemplos: fogo em gasolina, óleo e querosene; • Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados, sendo que o agente extintor ideal é o pó químico e o gás carbônico. Exemplos: fogo em motores transformadores, geradores, computadores; • Classe D: fogo em metais combustíveis, sendo que o agente extintor ideal é o pó químico especial. Essa classe requer agentes extintores específicos. Exemplo: fogo em zinco, alumínio, sódio, magnésio; • Classe E: fogo em material radioativo. Essa classe requer isolamento imediato da área. Contate imediatamente o corpo de bombeiros (telefone 193). Exemplo: fogo em produtos perigosos radioativos; e • Classe K: fogo em óleo e gorduras em cozinhas. O abafamento é o melhor método de extinção. 10 1.3 Classes de Incêndio e Extintores Apropriados Para cada classe de incêndio, existem extintores apropriados para combatê-los. Veja a Tabela 1 a seguir. 11 Tabela 1: Tipos de extintores e sua utilização Fonte: adaptado de Cardo, 2015. Tipo de Extintor Classificação Capacidade UtilizaçãoPó químico para veículos A, B e C 1kg e 2kg Rompa o lacre, aperte a alavanca e direcione o jato para a base das chamas Espuma mecânica A e B 10 litros Puxe o pino de segurança, retire o esguicho e acione o gatilho direcionando o jato para a base das chamas Pó químico seco B e C 1, 2, 4, 6, 8, 10 e 12kg Abra o registro do propelente, puxe o pino e empurre o esguicho devidamente; por fim, acione o gatilho direcionando o jato para a base das chamas Água pressurizada A 10 litros Abra o registro do propelente, puxe o ino e empurre o esguicho devidamente. Retire-o do porta-esguicho e acione o gatilho direcionando o jato para a base das chamas Gás carbônico CO2 B e C 6kg Retire o pino e acione o gatilho direcionando o jato para a base das chamas 12 f De acordo com a Resolução Contran no 157/2004: • Camioneta, caminhonete e caminhão com capacidade de carga útil até seis toneladas: devem portar um extintor de incêndio, com carga de pó químico seco ou de gás carbônico, de (1) um quilograma. • Caminhão, reboque e semirreboque com capacidade de carga útil superior a seis toneladas: devem portar um extintor de incêndio, com carga de pó químico seco ou de gás carbônico, de 2 (dois) quilogramas. De acordo com a Resolução ANTT no 420/2004: Qualquer unidade de transporte, se carregada com produtos perigosos, deve portar extintores de incêndio portáteis e com capacidade suficiente para combater princípio de incêndio: (i) do motor ou de qualquer outra parte da unidade de transporte (conforme previsto na legislação de trânsito); e (ii) do carregamento, caso o primeiro seja insuficiente ou inadequado. De acordo com a Resolução Contran no 556/2015, ficou facultado o uso do extintor de incêndio, para automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada, do tipo e capacidade constantes da Tabela 2 do Anexo da referida Resolução. Contudo, continua obrigatório o uso do extintor de incêndio para caminhão, caminhão- trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros. É preciso identificar o tipo de incêndio que se vai combater, antes de escolher o agente extintor ou equipamento adequado. Verifique sempre o rótulo dos extintores. Eles devem conter no mínimo: 13 • Data de validade: o extintor deve estar dentro do prazo de validade; • Lacre de segurança: certifique-se de que o lacre esteja intacto; • Conformidade Inmetro: veja se o extintor possui o selo do Inmetro; e • Condições gerais do extintor: o extintor não pode estar amassado, não pode ter ferrugem e outros danos. 2 Inspeção dos Extintores Como medida de segurança, a frequência recomendada para inspeção é mensal ou sempre que houver uma suspeita de problema. As verificações a serem feitas são as seguintes: • Localização correta dos aparelhos (ver se todos estão nos compartimentos certos); • Facilidade de acesso (não podem estar em compartimentos trancados); • Lacres de carga, pinos de segurança e etiquetas de registro de inspeções e • Possíveis danos causados por quedas, pancadas ou choques. 3 Medidas de Prevenção g Pode-se dizer que a prevenção a incêndios é o conjunto de medidas adotadas com o objetivo de evitá-los. Assista a um pequeno documentário sobre incêndio de um caminhão de cargas, disponível no link a seguir, para que você discuta com seus colegas. www.youtube.com/watch?v=d3ZupIqM9T4 14 Para Moura (1989) e para manter o desempenho operacional propagado por Lambert (2008), o profissional do transporte rodoviário de cargas deve estar ciente de que existem diferentes formas de prevenção de incêndio. Entre elas, destacam-se: • Manter sempre a manutenção adequada do seu veículo; • Cuidar das instalações elétricas do veículo; • Transportar adequadamente produtos e materiais; e • Não se expor e não expor os demais em situações de vulnerabilidade que possam resultar acidentes e incêndios. Resumindo Combustão ou fogo é o resultado de uma reação química de quatro elementos: combustível, comburente, ignição e reação em cadeia. São várias as causas de incêndios e eles podem pertencer a diferentes classes. Saber identificar o tipo de incêndio ajuda na escolha do agente extintor ou equipamento adequado para o combate ao fogo. É preciso que o profissional do transporte rodoviário de cargas esteja sempre atento à conduta de prevenção de incêndios. Glossário Ignição: sistema que aciona o motor de um veículo pela inflamação comandada da mistura combustível; estado de corpos ou materiais em combustão viva. Vulnerabilidade: aquilo que é mais suscetível de ser danificado ou magoado, prejudicado ou destruído. 15 a 1) O fogo em material radioativo constitui incêndio de: a. ( ) Classe A. b. ( ) Classe B. c. ( ) Classe C. d. ( ) Classe E. 2) É o método de extinção de fogo que consiste no lançamento de água no local em chamas, provocando o abaixamento da temperatura com o objetivo de eliminar o “calor” do tetraedro do fogo: a. ( ) Abafamento. b. ( ) Resfriamento. c. ( ) Isolamento. d. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. Atividades 16 3) Entre as formas de prevenção de incêndios, podemos citar, exceto: a. ( ) Manter sempre a manutenção adequada do seu veículo. b. ( ) Cuidar das instalações elétricas do veículo. c. ( ) Transportar carga com qualquer tipo de extintor de incêndio. d. ( ) Não se expor e não expor os demais em situações de vulnerabilidade que possam resultar acidentes e incêndios. 17 Referências ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Disponível em: <http:// www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015. CARDO, A. Atualização em transporte rodoviário de cargas. Brasília, 2015. CONTRAN. Resolução nº 157, de 22 de abril de 2004. Disponível em: <http://www. denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2015. ______. Resolução nº 556, de 17 de setembro de 2015. Torna facultativo o uso do extintor de incêndio para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2015. LAMBERT, D. M. Supply Chain Management: processes, partnerships, performance. USA: SCM Institute, 2008. MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: IMAM, 1989. PEREIRA, A. G. Segurança contra incêndios. Rio de Janeiro: LTR, 2009. PEREIRA, A. G.; POPOVIC, R. R. Tecnologia em segurança contra incêndio. Rio de Janeiro: LTR, 2007. SILVA, A. K.; FERNANDES, A. Tecnologia de prevenção e primeiros socorros ao trabalhador acidentado. [S.l.]: AB Editora, 2012. VARELLA, D.; JARDIM, E. C.Primeiros socorros: um guia prático. São Paulo: Claro Enigma, 2011. VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011. 18 UNIDADE 2 | PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA E PRIMEIROS SOCORROS 19 Unidade 2 | Procedimentos de Emergência e Primeiros Socorros d O que você vê na figura acima? De acordo com a figura, o que você imagina ter acontecido e o que está acontecendo neste momento? Você já passou por algo parecido envolvendo queimaduras, parada cardíaca ou respiratória? Qual foi sua atitude? Compartilhe sua experiência. Nesta segunda unidade, mostraremos como realizar os procedimentos de emergência básicos, tais como nos casos de queimadura, paradacardíaca e parada respiratória. Nas noções de primeiros socorros, serão apresentadas as primeiras providências a serem tomadas: isolamento e sinalização da área do local do acidente, acionamento de recursos e cuidados com a vítima. A ideia não é que você se torne um profissional de resgate e salvamento, mas uma pessoa preparada para realizar os procedimentos básicos em uma situação de emergência. 20 1 Procedimentos de Emergência De acordo com Silva (2012) e Varella e Jardim (2011), há vários procedimentos de emergência para os quais profissional do transporte rodoviário de cargas deve estar preparado. 1.1 Procedimentos em Caso de Queimaduras As queimaduras são classificadas em graus, e possuem os sintomas conforme abaixo: • 1o Grau: lesão das camadas superficiais da pele; vermelhidão; dor local suportável; não há formação de bolhas; • 2o Grau: lesões das camadas mais profundas da pele; formação de bolhas; desprendimento de camadas da pele; dor e ardência; locais de intensidade variável; e • 3o Grau: lesão de todas as camadas da pele; comprometimento dos tecidos mais profundos, até o osso. Realize as seguintes ações: • Deite a vítima; • Coloque algo sob os pés da vítima, de modo a manter o resto do corpo em posição mais baixa; • Lave com água a área queimada; • Passe vaselina líquida esterilizada sobre a área queimada; 21 • Cubra a área queimada com gaze ou com a fralda de pano existente na caixa de primeiros socorros; • Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido para beber (de preferência água, mas nunca bebidas alcoólicas); e • Coloque um pano limpo sobre a superfície queimada, enfaixando frouxamente. e No caso de queimaduras graves, acionar a ambulância e o hospital, e transportar a vítima o mais rapidamente possível. g Assista ao conselho do Dr. Dráuzio Varella, disponível no link a seguir. www.youtube.com/watch?v=xZu5cKpW_sI 1.2 Procedimentos em Caso de Parada Cardíaca Se a vítima estiver respirando, significa que seu coração continua batendo, mesmo que não se consiga ouvir a sua pulsação. A reanimação deve ser aplicada somente quando ocorrer uma parada cardíaca, pois esta técnica pode interferir no ritmo do coração ou fazê-lo parar de vez. 22 g A compressão faz com que o sangue saia do interior do coração, sendo lançado nas artérias, que vão nutrir os tecidos de oxigênio. Ao ser suspensa a pressão, o coração se enche de sangue novamente, proveniente das artérias, por sucção. Assista ao pequeno documentário disponível no link a seguir. http://corpodebombeiros.sp.gov.br/emb5/?p=2970 Proceda da seguinte forma: • Acione imediatamente a ambulância e o hospital. Nesses casos, realize imediata massagem cardíaca, acompanhada de respiração boca-a-boca; • Coloque a vítima de costas sobre uma superfície dura e plana; • Coloque a sua mão sobre a parte inferior do externo, e a outra sobre a primeira mão. Coloque apenas as palmas das mãos, sem que os dedos toquem o tórax; • Encolha os ombros; • Aplique pressão com bastante vigor, para que se abaixe o externo de 3 a 4 centímetros; • A seguir, solte; • Não altere a posição das mãos; • Repita o movimento 60 vezes por minuto, ritmado com a mesma compressão; • Para cada 15 compressões, aplique 2 respirações boca-a-boca a cada intervalo (se houver 2 pessoas socorrendo, aplique 1 respiração a cada 5 compressões); • Sinta o pulso da vítima a cada 4 ciclos completos de compressões e respirações; • Interrompa a compressão do coração assim que puder sentir a pulsação da vítima; e • Continue com a respiração boca-a-boca assim que a vítima voltar a respirar. 23 g Veja como realizar a respiração boca a boca no link disponível a seguir. www.youtube.com/watch?v=v7GMJ28kwgI 1.3 Procedimentos em Caso de Parada Respiratória Para esse tipo de emergência, realize os seguintes passos: • Acione imediatamente a ambulância e o hospital; • Inicie prontamente a respiração de socorro pelo método boca-a-boca; • Deite a vítima de costas, com os braços estendidos ao longo do corpo; • Afrouxe-lhe a roupa, deixando livre o tórax, o pescoço e o abdômen; • Desobstrua as vias aéreas superiores (boca e garganta), retirando algum corpo estranho, dentadura, secreções e puxando a língua para a sua posição de descanso. Utilize para isso uma toalha ou par de luvas de látex existente na caixa de Primeiros Socorros; • Suspenda a cabeça da vítima pelo pescoço, com uma das mãos e com a outra mão na testa, incline bem a cabeça da vítima para trás; • Aperte as narinas com os dedos (polegar e indicador) da mão que estiver na testa, a fim de, quando se soprar, evitar que o ar escape pelo nariz; • Encha os próprios pulmões de ar; • Cubra a boca da vítima com a sua própria, de forma a não deixar o ar escapar; • Sopre até ver o peito da vítima expandir. Se isso não ocorrer, ou se escutar algum ruído na garganta, pode haver algum corpo estranho preso. Retire-o com os dedos, colocando a vítima de lado ou de cabeça para baixo, dando leves palmadas nas costas; 24 • Solte o nariz e afaste sua boca da vítima, para permitir que o ar saia de seus pulmões; • Repita o processo em torno de 16 vezes por minuto, até a vítima voltar a respirar espontaneamente e bem; e • Se necessário, troque de pessoa para realizar a respiração, sem alterar o ritmo. 2 Noções de Primeiros Socorros Primeiro socorro é o tratamento imediato e temporário, prestado a alguém, em caso de acidente ou mal súbito, com a finalidade de manter as funções vitais da vítima e evitar o agravamento da situação, até se obter assistência médica. Você sabe o que é prestar os primeiros socorros? Prestar os primeiros socorros é: • Avaliar a situação como um todo, no local do acidente; • Chamar a ajuda da Polícia, do Corpo de Bombeiros e dos hospitais; • Sinalizar o local do acidente, garantindo a segurança e evitando novos acidentes; e • Dar o primeiro atendimento à vítima de um acidente, tendo consciência de que você não é um profissional de saúde. O seu objetivo ao prestar os primeiros socorros é tomar providências rápidas para evitar que outros acidentes aconteçam e que não se agrave o estado de saúde da vítima. 25 2.1 As Primeiras Providências 2.1.1 Isolamento e Sinalização do Local do Acidente Isolar e sinalizar o local, não permitindo que pessoas ou veículos se aproximem. 2.1.2 Acionamento de Recursos Dependendo da extensão do evento, você deverá entrar em contato com as autoridades informando o ocorrido, por meio dos seguintes telefones que servem para qualquer cidade do Brasil: Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) e SAMU (192). Para facilitar as providências de socorro, é necessário dar algumas informações: • Local exato do acidente; • O(s) tipo(s) de combustível(is) ou produtos perigosos, caso existentes; • Os veículos envolvidos; • O número de vítimas; e • Outros fatores agravantes. 26 2.1.3 Cuidados com a Vítima São necessários provimentos básicos nas diversas situações de emergência, podendo variar de acordo com o estado da vítima. Para verificação das condições gerais da vítima, proceda da seguinte forma: • Verifique se a vítima respira e a sua pulsação; • Observe o estado de consciência; • Teste a sensibilidade corporal: toque ou belisque partes do corpo da vítima, enquanto pergunta se ela sente onde você está tocando ou beliscando; • Verifique a capacidade de movimentação da vítima: peça para a vítima mexer devagar os dedos das mãos e dos pés. Depois, os braços e as pernas. Pergunte se ela sente alguma dor no pescoço ou na coluna. Se houver suspeita de fratura, não movimente a vítima; • Na hora de verificar os sinais vitais, converse com a vítima, procurando tranquilizá- la; • Façaperguntas e observe se as respostas são lógicas. Pergunte como aconteceu o acidente, o nome dela, o telefone; • Se o acidente for violento ou se a vítima tiver recebido alguma pancada forte ou sofrido uma queda, ela deve permanecer imóvel, mesmo que não apresente qualquer dificuldade de movimentação; • Certifique-se de que a vítima não apresenta fratura na coluna antes de movimentá- la. Sensação de formigamento e dormência nos membros pode indicar lesão ou fratura na coluna. 27 Resumindo Conforme foi apresentado nesta unidade, tratamos dos procedimentos de emergência e as noções de primeiros socorros. Já se sabe que isolar e sinalizar o local do acidente é importante, a fim de não permitir que pessoas ou veículos se aproximem. Os seguintes telefones são de extrema importância para socorros em todo território nacional. Tenha-os sempre contigo: Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) e SAMU (192). A ideia não é que você se torne um profissional de resgate e salvamento, mas uma pessoa preparada para realizar os procedimentos básicos em uma situação de emergência. Glossário Agravante: que aumenta a gravidade de um ato ou situação. Expandir: fazer ficar mais extenso ou mais amplo; alargar; ampliar; estender. 28 a 1) Vítima com lesões das camadas mais profundas da pele; formação de bolhas; desprendimento de camadas da pele; dor e ardência; locais de intensidade variável. Tal queimadura é de: a. ( ) 1o Grau. b. ( ) 2o Grau. c. ( ) 3o Grau. d. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 2) No acionamento de recursos, em caso de acidente, é necessário dar algumas informações, exceto: a. ( ) Local exato do acidente. b. ( ) O(s) tipo(s) de combustível(is) ou produtos perigosos, caso existentes. c. ( ) Os veículos envolvidos. d. ( ) A cor do cabelo da vítima. 3) Em caso de acidente, devem-se ter os seguintes cuidados com a vítima, exceto: a. ( ) Verificar se a vítima respira e a sua pulsação. b. ( ) Observar o seu estado de consciência. c. ( ) Levantar e chacoalhar a vítima para que ela desperte. d. ( ) Testar a sua sensibilidade corporal. Atividades 29 4) Ao iniciar o socorro à vítima inconsciente de um acidente de carro, o motorista que socorre deve: a. ( ) Soltar o cinto de segurança para facilitar a respiração e a retirada imediata da vítima de dentro do carro. b. ( ) Avaliar se há presença de fratura cervical puxando seu pescoço. c. ( ) Testar o nível de consciência da vítima dando tapinhas ou jogando-lhe porções de água gelada no rosto. d. ( ) Manter a vítima aquecida para que não perca o calor de seu próprio corpo. e. ( ) Oferecer bebida ou alimento para a vítima. 30 Referências ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Disponível em: <http:// www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015. CARDO, A. Atualização em transporte rodoviário de cargas. Brasília, 2015. CONTRAN. Resolução nº 157, de 22 de abril de 2004. Disponível em: <http://www. denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2015. ______. Resolução nº 556, de 17 de setembro de 2015. Torna facultativo o uso do extintor de incêndio para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2015. LAMBERT, D. M. Supply Chain Management: processes, partnerships, performance. USA: SCM Institute, 2008. MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: IMAM, 1989. PEREIRA, A. G. Segurança contra incêndios. Rio de Janeiro: LTR, 2009. PEREIRA, A. G.; POPOVIC, R. R. Tecnologia em segurança contra incêndio. Rio de Janeiro: LTR, 2007. SILVA, A. K.; FERNANDES, A. Tecnologia de prevenção e primeiros socorros ao trabalhador acidentado. [S.l.]: AB Editora, 2012. VARELLA, D.; JARDIM, E. C. Primeiros socorros: um guia prático. São Paulo: Claro Enigma, 2011. VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011. 31 Gabarito Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Unidade 1 D B C - Unidade 2 B D C D Apresentação Unidade 1 | Prevenção e Combate a Incêndios 1 Fontes, Classificação e Métodos de Extinção de Incêndios 1.1 Métodos de Extinção de Incêndio 1.2 Classificação de Incêndios 1.3 Classes de Incêndio e Extintores Apropriados 2 Inspeção dos Extintores 3 Medidas de Prevenção Glossário Atividades Referências Unidade 2 | Procedimentos de Emergência e Primeiros Socorros 1 Procedimentos de Emergência 1.1 Procedimentos em Caso de Queimaduras 1.2 Procedimentos em Caso de Parada Cardíaca 1.3 Procedimentos em Caso de Parada Respiratória 2 Noções de Primeiros Socorros 2.1 As Primeiras Providências 2.1.1 Isolamento e Sinalização do Local do Acidente 2.1.2 Acionamento de Recursos 2.1.3 Cuidados com a Vítima Glossário Atividades Referências Gabarito
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