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Resumo de estudo Tipos de Estacas Estacas são importantes e comuns elementos de fundação utilizados para transmitir as cargas atuantes na superfície a uma certa profundidade do solo. São utilizadas em obras tanto de pequeno porte (onde temos as chamadas "brocas") como as de grande porte. Diversos tipos de estacas estão presentes no sistema e dependem, basicamente, da metodologia de execução, intensidade da carga, tipo de terreno onde se localiza etc. A transição da carga do pilar às estacas é feita por blocos de fundação. Estes blocos, dependendo de suas dimensões (altura especialmente), podem ser tratados como rígidos e/ou flexíveis. Algumas das características do módulo de estacas são: •As cargas que chegam no topo da estaca são transmitidas ao solo através do atrito lateral da estaca e resistência de ponta; •As estacas podem ter a forma circular e/ou quadrada; •Possibilidade de se definir blocos Rígidos ou Flexíveis; •Possibilidade de inserção de vigas entre os blocos de fundação para efeitos de travamento; •Possibilidade de introdução de vigas de enrijecimento nos blocos flexíveis; Interação Solo - Estrutura Basicamente, as estacas transmitem os esforços atuantes para o solo através de 2 formas: 1 - Pelo atrito lateral que acontece ao longo do fuste que chamamos de resistência de fuste. 2 - Pelo apoio da ponta no solo que chamamos de resistência de ponta. Quando o solo é muito fraco, a gente vai aumentando o comprimento da estaca para ganhar mais superfície de fuste. Em alguns casos, a estaca pode atingir comprimentos bem grandes. Tipos de Estacas Segundo Luciano Décourt, as estacas usuais no Brasil podem ser classificas em duas categorias: Estacas de deslocamento Estacas escavadas a) ESTACAS DE DESLOCAMENTO são aquelas introduzidas no terreno através de algum processo que não provoca a retirada do solo são as: - Estaca pré-moldada de concreto; - Estaca metálica; - Estaca de madeira; - Estaca tipo Franki; b) ESTACAS ESCAVADAS são aquelas executadas “in situ” através de perfuração do terreno por um processo qualquer, com remoção de material, com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante. - Estaca tipo Strauss; - Estaca trado rotativo; - Estaca hélice contínua; - Estacas-Raiz; As estacas pré-fabricadas de concreto são peças similares a pilares e cravadas no terreno por meio de bate-estaca. Fazem parte da categoria estacas de deslocamento, pois não retiram solo ao serem instaladas e, geralmente, chegam prontas ao canteiro. estacas pré-fabricadas de concreto possuem características que variam conforme o fabricante, tais como: material (traço do concreto e tipo do cimento), bitola (dimensão básica), método fabril (concreto armado ou protendido), seção (formato e preenchimento) e armadura. De concreto simplesmente armado ou protendido, as estacas podem conter aditivos e pinturas especiais. São comercializadas em comprimentos que variam entre 4 m e 12 m. "Quando existe a necessidade de comprimentos maiores, podem ser emendadas", orienta Maria Fernanda Zotto de Almeida, engenheira civil parceira da Construtora Baggio. Estaca Pré-moldada de concreto Método Executivo: O estudo prévio do solo é fundamental para evitar problemas durante a execução, rochas não detectadas durante a prospecção e que impedem a penetração das estacas. A cravação deve seguir as orientações contidas no projeto de fundações, que deve contemplar a locação das estacas, as características geométricas de cada seção, os comprimentos estimados, as cargas de projeto e as faixas de peso dos martelos a serem utilizados. Os bate-estacas movimentam-se sobre rolos metálicos ou esteiras e são constituídos, basicamente, por chassi metálico reforçado ou por máquina hidráulica (semelhante à escavadeira), por sistema de guinchos e cabos de aço, torre metálica rígida para acoplamento de martelos hidráulicos a diesel ou do tipo queda livre e motor. Nesse equipamento o engenheiro deve verificar se a torre está retilínea, aprumada (desvio máx. 1:100) e com altura compatível com o comprimento das estacas. Também deve observar se capacete, cepo e suplemento estão em bom estado e compatíveis com a bitola da estaca. Por fim, se o peso do martelo é compatível com o peso das estacas (relação mínima 1:0,75 e peso mínimo de 2.000 kg). A cravação cessa apenas quando atingidos os critérios de parada previamente estabelecidos, tais como nega para dez golpes, repique ou comprimento mínimo, conforme explica Neves. Aplicações: Seu uso é mais comum em terrenos cuja camada resistente encontra-se em grande profundidade e abaixo do nível d'água. Entretanto, é preciso considerar as características da vizinhança, pois, caso existam edificações suscetíveis a vibração, a técnica pode não ser viável. As Estacas Metálicas são utilizadas obras de fundações profundas, consiste no fornecimento e cravação, devidamente dimensionados para as seções das estacas e profundidade a serem atingidas no projeto de fundações. São constituídas por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, devem resistir à corrosão pela própria natureza do aço ou por tratamento adequado. Caso seja necessário, podem ser emendadas, mas as emendas deve resistir a todas solicitações que possam ocorrer durante o manuseio, a cravação e o trabalho da estaca. Estaca Metálica Método Executivo: O equipamento de cravação será dimensionado de forma que consiga levar a estaca a encontrar uma resistência de ponta a sua penetração, oferecida pelo solo, indicando a presença de camada resistente para o seu apoio, mas sem acarretar danos ao perfil. O equipamento é o Bate Estaca, sendo constituído por torre, base e martelo. Aplicações: Sua principal vantagem está no fato de se prestar a cravação em quase todos os tipos de solo, permitindo uma fácil cravação, com baixa vibração e uma grande capacidade de carga, muito utilizada para contenções com perfil pranchado, sendo esta, uma solução muito econômica e ideal para execução de subsolos. Estaca de Madeira Método Executivo: As estacas de madeira nada mais são do que troncos de árvore (os mais retos possíveis) cravados no solo com bate-estacas de pequenas dimensões e martelos leves. As estacas de madeira enquadram- se na categoria das estacas de deslocamento, caracterizadas por sua introdução no terreno através de processo que não promova a retirada de solo. A cravação das estacas pode ser feita por percussão, prensagem ou vibração, e a escolha do equipamento deve ser feita de acordo com o tipo, dimensão da estaca, características do solo, condições de vizinhança, características do projeto e peculiaridades do local. A cravação por percussão é o processo mais utilizado, utilizando-se para tanto pilões de queda-livre ou automáticos. Aplicações: Antes da difusão da utilização do concreto, elas eram empregadas quando a camada de apoio às fundações se encontrava em profundidades grandes. Os tipos de madeira mais usados são eucalipto, aroeira, ipê e guarantã. A madeira tem duração praticamente ilimitada quando mantida permanentemente submersa. Entretanto, quando submetida à variação de nível d’água apodrece por ação de fungos aeróbios que se desenvolvem no ambiente água-ar. Por isso, a durabilidade das estacas de madeira está condicionada a privá-la de um desses fatores; como no solo é praticamente impossível obter um meio completamente seco, o fator a eliminar é o ar. Entre as atuais obras brasileiras com fundações em estacas de madeira pode-se citar o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, construído em 1905. Estaca tipo Franki Método Executivo: Executado noBrasil pelo menos desde os anos 1940, esse método consiste na produção de estacas de concreto armado com base alargada, e com tubo que pode ser posteriormente recuperado, obtida pela introdução de material granular ou concreto por meio de golpes de um pilão. Assim como as demais estacas moldadas no local, a Franki permite atingir o comprimento desejado, podendo chegar a grandes profundidades. Além disso, a existência da base alargada aumenta a capacidade de carga da estaca. Aplicações: A técnica é indicada quando a camada resistente está em profundidades variáveis. Também pode ser aproveitada em terrenos com pedregulhos ou pequenos matacões relativamente dispersos. Contudo, não é recomendada para execução em terrenos com matacões quando as construções vizinhas não podem suportar grandes vibrações, e em terrenos com camadas de argila mole saturada. As limitações dessa tecnologia dizem respeito à vibração do solo durante a execução, podendo atrapalhar e até danificar construções vizinhas. A cravação pode provocar o levantamento das estacas já instaladas devido ao empolamento do solo circundante que se desloca lateral e verticalmente. Além disso, a estaca danificada pode ter sua capacidade de carga prejudicada ou perdida devido à ruptura do fuste ou pela perda de contato da base com o solo de apoio. Por causa dos impactos gerados na vizinhança, essa tecnologia é cada vez menos utilizada em grandes centros urbanos. Quadro Resumo – Comparativo Estacas Pré-Fabricadas Estaca tipo Strauss Método Executivo: Elas são executadas por escavação mecânica por meio de balde-sonda ou piteira, com uso parcial ou total de revestimento recuperável, e posterior concretagem. O processo de execução inicia-se com a abertura de um furo no terreno com um soquete para colocação do primeiro tubo (coroa). Em seguida, aprofunda-se o furo com golpes de sonda de percussão. À medida que o tubo desce, rosqueia-se o tubo seguinte até a escavação atingir a profundidade determinada. O concreto é, então, lançado e apiloado com o soquete. Após a concretagem, colocam-se barras de aço de espira para ligação com blocos e baldrames na extremidade superior da estaca. Aplicações: Essa técnica é usada principalmente em locais confinados, terrenos acidentados e interior de construções existentes com o pé-direito reduzido. Pode ser utilizada também em locais com restrições a vibrações. Esse tipo de tecnologia possui limitação quanto ao nível do lençol freático. Também apresenta dificuldade para escavar solo mole de areia fofa por causa do estrangulamento do fuste. São moldadas in loco com 25 cm a 55 cm de diâmetro. Em comparação com as estacas Franki, as Strauss têm capacidade de carga menor. Uma estaca com 25 cm de diâmetro, por exemplo, pode suportar até 20 t. Já um elemento de 38 cm chega a suportar 40 t. Por outro lado, o equipamento utilizado é leve e de pequeno porte, facilitando a locomoção dentro da obra e possibilitando a montagem do equipamento em terrenos de dimensões reduzidas. Trado Helicoidal Método Executivo: Uma vez instalado e nivelado o equipamento, posiciona- se a ponta do trado sobre o piquete de locação e inicia-se a perfuração. Quando a haste é totalmente helicoidal, a perfuração prossegue até a cota projetada e inicia-se a retirada da haste sem girar. Aproximadamente a cada 2 m, a haste é girada no sentido contrário ao da perfuração e, com o auxílio de uma pá, o solo é removido entre as lâminas. Quando somente um trecho da haste é helicoidal, a operação é repetida várias vezes antes de se atingir a cota prevista em projeto. Quando a cota de projeto é atingida, podese iniciar a concretagem da estaca após o apiloamento do fundo. No caso de estacas armadas, após o apiloamento do fundo, a armação é posicionada no furo antes do lançamento do concreto. Aplicações: A escavação com trado sem lama bentonítica é indicada para obras de pequeno porte e para solos com boa resistência, para garantir que a escavação permaneça estável durante a inserção da armação e da concretagem. Trata-se de uma evolução da broca, mas em vez da escavação manual, é utilizado um trado mecânico. Com isso, torna-se possível atingir profundidades maiores, porém, ainda acima do nível da água. A vantagem dessa solução reside na grande mobilidade e produção do equipamento e na ausência de vibração. Além disso, permite a amostragem do solo escavado, possibilita atingir a profundidade desejada e determinada em projeto e pode ser executada bem próxima às divisas. Estaca hélice contínua Método Executivo: Uma vez atingida a profundidade de projeto, o concreto é bombeado por dentro do trado a partir da cota de ponta da estaca. O trado é, então, sacado simultaneamente ao bombeamento de concreto. O método exige a colocação da armação após a concretagem. Para controlar a pressão de bombeamento do concreto, o sistema possui instrumento medidor digital que informa todos os dados de execução da estaca. As principais desvantagens dessa técnica estão relacionadas ao porte do equipamento, que necessita de áreas planas e de fácil movimentação. Além disso, por causa de sua elevada produtividade, a execução exige central de concreto no canteiro de obras. De forma geral, a solução é competitiva financeiramente quando há um número mínimo de estacas a se executar para compensar o custo com a mobilização do equipamento. Dependendo da profundidade da estaca, do diâmetro da hélice, do tipo e resistência do terreno e do torque do equipamento, é possível executar de 150 m a 400 m de estacas por dia por esse método. Aplicações: Indicada para obras que demandam rapidez, ausência de barulho e de vibrações prejudiciais a prédios da vizinhança, a estaca tipo hélice contínua pode ser executada em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático. É uma solução técnica e economicamente interessante para obras nas quais há um grande número de estacas sem variações de diâmetros, em função da produtividade alcançada. As estacas tipo hélice contínua também podem ser executadas abaixo do nível d'água. Cada vez mais utilizadas em áreas urbanas, as estacas tipo hélice contínua monitoradas são produzidas a partir da perfuração do terreno por meio de um trado helicoidal contínuo, que retira o solo sem desconfinamento. Método Executivo: A perfuração se processa com um tubo de revestimento e o material escavado é eliminado continuamente por uma corrente fluida (água, lama bentonítica ou ar) que, introduzida por meio do tubo, reflui pelo espaço entre o tubo e o terreno. Estaca Raiz Aplicações: Por conta da ausência de vibrações e de descompressão do terreno propiciadas pelo processo de perfuração, a estaca-raiz é indicada em casos como reforço de fundações, fundações de obras com vizinhanças sensíveis a vibrações ou poluição sonora, ou em terrenos com presença de matacões, rocha ou até mesmo concreto. São estacas escavadas com perfuratriz, executadas com equipamento de rotação ou rotopercussão com circulação de água, lama bentonítica ou ar comprimido. Dependendo do equipamento utilizado, as estacas podem ser executadas em ângulos diferentes da vertical (0° a 90°). A estaca-raiz foi desenvolvida na Itália, no final da década de 1950, tendo como função básica o reforço de fundações. No entanto, os desenvolvimentos da técnica executiva e dos conhecimentos da mecânica dos solos permitiram aumentar, com segurança, a capacidade de carga e a produtividade desse tipo de estaca. A NBR 6.122:2010 - Projeto e Execução de Fundações fixou a obrigatoriedade de realizar um número mais alto de provas de carga quando se usam estacas- raiz. Na sequência, coloca-se a armadura e concreta-se à medida que o tubo de perfuraçãoé retirado. A execução desse tipo de estaca compreende a seguinte sequência: perfuração auxiliada por circulação de água, instalação da armadura, preenchimento do furo com argamassa, e remoção do revestimento e aplicação de golpes de ar comprimido. Método Executivo: A diferença entre a estaca tipo hélice contínua e a Ômega está, basicamente, na configuração da haste de perfuração. Na primeira, as pás perfazem toda a haste, de modo que, com a rotação, a terra deslocada na perfuração seja transportada pelos sulcos metálicos até a superfície do terreno. Nas estacas Ômega, as pás se concentram apenas na região da ponta da haste. Estaca Ômega Aplicações: Por não gerar ruídos nem vibrações, as estacas Ômega têm sido opção para obras em bairros sujeitos a programas de restrição de ruídos. No que se refere à profundidade, é possível executar por essa técnica estacas de até 28 m de profundidade, dependendo do equipamento, torque e diâmetros a serem utilizados. Tecnologia relativamente recente no mercado, poucas são as empresas que oferecem esse sistema no Brasil. Com a rotação do eixo, o volume de terra é transportado até um nível da haste projetado para compactá-lo contra a parede do furo. Todo o processo é monitorado por sensores ligados a um computador colocado na cabine do operador. De execução semelhante à hélice contínua monitorada, as estacas Ômega permitem o deslocamento lateral do terreno sem o transporte de solo à superfície, resultando numa melhora do atrito lateral. Os diâmetros disponíveis iniciam com 270 mm, e depois de 320 mm a 620 mm. São estacas executadas sem molde por perfuração no terreno, com auxílio de um trado de pequeno diâmetro. Método Executivo: A execução é manual, normalmente feita pelo próprio pessoal da obra. O trado utilizado possui quatro facas, formando um recipiente acoplado a tubos de aço galvanizado. À medida que prossegue a escavação, os tubos vão sendo emendados. A perfuração é feita por rotação e compressão do tubo, seguindose da retirada da terra que se armazena dentro do trado. O furo é posteriormente preenchido com concreto apiloado. Broca Aplicações: As estacas-broca são indicadas para obras de pequenas dimensões que exigem baixa capacidade de carga (até 5 tf). Além disso, só podem ser executadas acima do lençol freático. Como limitações, essa tecnologia resulta em estacas sem garantia de verticalidade. Também implica risco de introdução de solo no concreto durante o enchimento. É importante evitar a utilização desse sistema em argilas moles saturadas, a fim de evitar possíveis estrangulamentos no fuste da estaca. Mas as estacas tipo broca apresentam também algumas vantagens. A principal delas é não provocar vibrações durante a sua execução, evitando, desta forma, danos nas estruturas vizinhas. As brocas também podem servir de cortinas de contenção para construção de subsolos quando executadas de forma justaposta. Método Executivo: A sequência executiva das estacas-barrete pode ser dividida em quatro etapas principais. Primeiro, coloca-se a guia (que tem o papel de guiar a ferramenta de escavação), completando com lama o volume escavado. Uma vez atingida a profundidade prevista, coloca-se a armadura e a bomba de submersão para a troca de lama usada por nova. Em seguida, é realizada a concretagem submersa com concreto plástico. Terminada a concretagem, procede-se ao aterro da parte superior e ao arrancamento da guia. A produtividade varia em função do tipo de solo e condições do terreno, mas como referência, é possível executar 50 m de estacas-barrete por dia com uma espessura de 40 cm. A lama bentonítica utilizada no processo é um fluido resultado da mistura de água e bentonita que cumpre o papel de estabilização de paredes das escavações. A bentonita é uma argila que, em presença de água, forma uma película impermeável (cake) sobre uma superfície porosa, como é o caso do solo, sem se misturar ao concreto. Estaca Barrete Aplicações: As estacas-barrete são indicadas quando é necessário atravessar camadas de grande resistência.x Com seção retangular, as estacas-barrete são escavadas com uso de lama bentonítica, executadas com equipamentos de grande porte, como o clam-shell e hidrofresas. A técnica, de rápida execução, permite atingir profundidades de até 70 m, bem como executar a estaca em praticamente todos os tipos de terreno, com nível de água ou não, e atravessar matacões. Método Executivo: A execução de uma estaca injetada moldada no solo compreende as seguintes fases: 1) Escavação do furo com equipamentos mecânicos apropriados de pequenas dimensões; 2) Colocação da armadura; 3) Moldagem do fuste. A injeção deve ser feita de maneira a garantir que a estaca tenha a carga admissível prevista no projeto. O consumo de cimento da calda ou argamassa injetada deve ser no mínimo de 350 kgf/m³. A resistência estrutural do fuste deve ter um fator de segurança mínimo à ruptura de 2, calculada em relação às resistências características dos materiais. Já a capacidade de carga deve ser verificada experimentalmente, por meio de provas de carga à compressão e ou tração. Quando utilizadas estacas injetadas com diâmetros iguais ou menores que 20 cm atravessando espessas camadas de argila mole, deve ser considerado o efeito de flambagem na estaca. Estaca Injetada Aplicações: Dentre as suas aplicações, destacam-se a estabilização de encostas, o reforço de fundações, a execução de fundações em terrenos com blocos de rocha ou antigas fundações, e a execução de fundações em obras offshore. As estacas injetadas são aquelas produzidas a partir da injeção sob pressão de produtos aglutinantes, normalmente calda de cimento. Elas podem ser executadas com maiores inclinações (0º a 90º), apresentar resistência de fuste superior, se comparada aos demais tipos de estaca com mesmos diâmetros, e resistir a esforços de compressão e tração, desde que convenientemente armadas. Método Executivo: Nesse caso, a escavação mecânica e a concretagem submersa são precedidas da cravação de camisa metálica por meio de martelo vibratório na maior parte das vezes. Como limitações, esse tipo de fundação requer um amplo canteiro de obras para equipamentos e tanques de armazenamento de lama e depósito de solo escavado. O nível do lençol freático muito alto ou lençol com artesianismo podem dificultar a execução, principalmente quando em camadas de areias finas e fofas. Nos últimos anos, a introdução de equipamentos mais modernos e compactos permitiu ampliar o campo de aplicação desse tipo de estaca em substituição a soluções como estacas cravadas pré-moldadas, metálicas e tubulões pneumáticos. O método pode ser usado em qualquer tipo de terreno, para executar estacas inclinadas e para a construção de cortina de contenção com estacas espaçadas ou secantes. Estacas escavadas de grande diâmetro (estacões) Aplicações: Indicados para uso em obras sujeitas a cargas elevadas, os estacões são escavados mecanicamente, normalmente com emprego de lamas bentoníticas, e têm seção circular, normalmente com diâmetros entre 0,7 m e 2,5 m. O comprimento das estacas é bastante variável, atingindo até 70 m. Essa tecnologia permite a inspeção do solo à medida que se escava, oferece rápida execução e pouca vibração, podendo ser executada junto a construções existentes. Além disso, as estacas escavadas de grande diâmetro podem ser construídas em presença de lâmina d'água, o que ocorre em obras marítimas e em construção de pontes. Quadro Resumo – Comparativo Estacas Escavadas http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao- construcao/146/artigo299192-4.aspx http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/GF05-Funda%C3%A7%C3%B5es- Profundas-Estacas-Sem-Desloc.pdfhttp://blog.construir.arq.br/estaca-madeira/ http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao- construcao/163/estacas-pre-fabricadas-execucao-deve-seguir-itens-previstos- no-projeto-338061-1.aspx
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