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Transporte Consciente: Transportando Pessoas com Necessidades Especiais SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 656.02.2-056.26:502 17 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Transporte Consciente: Transportando Pessoas com Necessidades Especiais – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Transporte de passageiros - aspectos ambientais. 2. Motorista. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 4 Unidade 1 | Passageiros com Necessidades Especiais 5 1 Necessidade Especial 7 2 Atendimento às Diferenças e Especificidades dos Usuários 8 3 Dicas Básicas de Cuidados com os Passageiros 9 Glossário 12 Atividades 13 Referências 14 Gabarito 16 4 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Transporte Consciente – Transportando Pessoas com Necessidades Especiais! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 1 unidades, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! Unidades Carga Horária Unidade 1 | Passageiros com Necessidades Especiais 10 h 5 UNIDADE 1 | PASSAGEIROS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 6 Unidade 1 | Passageiros com Necessidades Especiais d Muitos passageiros apresentam necessidades especiais que devem ser atendidas para que eles, assim como os demais, possam utilizar da melhor forma possível os sistemas de transporte. Você sabe o que é uma necessidade especial? As pessoas com deficiência possuem necessidades especiais para o transporte? Quais outros passageiros podem apresentar necessidades especiais? O objetivo deste curso é promover uma conscientização acerca das dificuldades que determinados passageiros enfrentam no uso do transporte coletivo. Há muitas pessoas com necessidades especiais que precisam de deslocamentos diários, deparando-se, então, com toda sorte de dificuldades. A seguir vamos entender quem são e como devem ser atendidos e tratados os passageiros que apresentam algum tipo de necessidade especial. 7 1 Necessidade Especial Até o final do século XX, eram chamados de portadores de deficiência as pessoas que apresentavam perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, com incapacidade para o desempenho de atividades dentro do padrão considerado normal. Além dos portadores de deficiência, eram incluídas para fins de atendimento especial as pessoas com mobilidade reduzida, ou seja, aquelas que não possuem deficiência, mas sim, dificuldade de locomoção. Um exemplo claro são as pessoas idosas. Já no começo do século XXI, novos termos foram adotados. O Decreto nº 5.296/2004 definiu como pessoa com deficiência aquela que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade, considerando as seguintes categorias de deficiência: física, auditiva, visual, mental e múltipla. O Decreto nº 5.296/2004 define, ainda, quem são as pessoas com mobilidade reduzida: aquelas que, não se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiência, tenham, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva de mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção. Estão incluídas nessa categoria: pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, gestantes, lactantes e pessoas com criança de colo. g A Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Consulte o que diz a lei disponível no link a seguir. http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/lei10098.pdf 8 2 Atendimento às Diferenças e Especificidades dos Usuários Apesar de fazermos parte de grupos sociais, possuímos características próprias que nos diferenciam uns dos outros. Na vida em sociedade, o motorista de transporte de passageiros precisa perceber as características dos usuários do seu serviço, pois as pessoas têm diferentes jeitos de ser e de viver. Assim, para manter uma boa convivência com as pessoas, é importante conhecer e respeitar as diferenças individuais, que são divididas em: sociais, físicas, psicológicas, culturais e religiosas. Em diversas situações, o condutor deverá estar preparado para auxiliar pessoas com deficiências ou outras restrições de mobilidade. Nessas categorias não se enquadram apenas os deficientes físicos! Como vimos, a pessoa com deficiência é aquela que possui limitação ou incapacidade permanente para o desempenho de algumas atividades e se enquadra nas seguintes categorias de deficiência: física, mental, sensorial, orgânica e múltipla. Como exemplos, podemos citar algumas delas: as pessoas que utilizam cadeira de rodas, com possuam Síndrome de Down, deficientes visuais ou pessoas submetidas a tratamentos de doenças e com dificuldade de locomoção. Não podemos nos esquecer de que também apresentam necessidades especiais as pessoas idosas, gestantes, pessoas que passaram por cirurgia recentemente, com criança de colo, obesas, crianças, dentre outras. Todas essas pessoas apresentam restrições em sua mobilidade, dificultando o acesso ao transporte público e suas condições gerais de mobilidade. A pessoa com restrição de mobilidade é aquela que apresenta, por qualquer motivo, dificuldade de se movimentar, reduzida flexibilidade, coordenação motora e percepção. 9 3 Dicas Básicas de Cuidados com os Passageiros Pessoas que pertencem a uma mesma faixa etária costumam apresentar algumas características semelhantes. Por exemplo, os adultos tendem a ser menos agitados que jovens e adolescentes, enquanto os idosos e crianças necessitam de atenção redobrada ao se deslocarem. Por esse motivo, o motorista deve estar especialmente atento às situações de embarque e desembarque de pessoas idosas e crianças, pois esses passageiros apresentam mais dificuldade de subir e descer dos ônibus. Fique atento, também, aos usuários com deficiência, e conte com a ajuda do cobrador e dos ajudantes nos terminais para auxiliar esses passageiros. O motorista poderá alcançar melhores resultados no tratamento e relacionamento com os usuários do serviço se ele tiver conhecimento de alguns aspectos que interferem no comportamento das pessoas. Fique atento para perceber as características de cada passageiro e suas necessidades específicas. Procure dar informações e esclarecimentos a todos os usuários. É importante lembrar que muitas pessoas no Brasil não são alfabetizadas e não conseguem ler o número da linha nem o itinerário. E cumpra corretamente os horários, o itinerário e as paradas programadas. Usuários que não conhecem a região ou que não podem ler as placas podem ficar confusos. Cuidados gerais: • Fique atento aos assentos preferenciais, pois muitos passageiros não sabem que eles estão reservados para as pessoas que realmente necessitam; • Dirija com cuidado, evitando acelerações ou desaceleraçõesbruscas que possam causar acidentes; e • Sempre que possível, auxilie as pessoas com deficiência ou outras necessidades específicas quando perceber dificuldades no tratamento prestado pelos demais passageiros. Pessoas idosas e crianças: • Tenha paciência para esclarecimentos sobre as informações pedidas; 10 • Saiba que o idoso tem direito a andar gratuitamente nos ônibus por meio da utilização do passe livre. Nos casos de viagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais, verifique a legislação local; • Seja paciente durante o embarque das crianças: muitas vezes, elas estão carregando material escolar e não podem se segurar; • Não permita que crianças façam a viagem com a cabeça ou mãos para fora da janela, ou em pé no banco; • Pare o veículo o mais próximo possível da calçada, facilitando o embarque e o desembarque dos passageiros, especialmente de idosos e crianças, pois o primeiro degrau do veículo pode ser alto para eles; e • Lembre-se de que a Lei nº 12.899/2013 assegura a prioridade e a segurança do idoso nos procedimentos de embarque e desembarque no transporte coletivo. Alguns municípios possuem uma lei complementar que permite o desembarque de idosos fora dos pontos de parada. Isso é permitido pois muitos idosos não podem caminhar distâncias longas. Pessoas que apresentam alguma deficiência: • Auxilie o embarque e o desembarque dos deficientes em cadeira de rodas ou com apoios, mesmo quando houver elevadores e rampas. Eles precisam de auxílio para subir e para equilibrar-se; • Fique atento aos demais deficientes físicos, sensoriais, mentais ou orgânicos que apresentem alguma dificuldade para embarque, desembarque ou para deslocamento interno no veículo; • Dispense maior atenção. Não exponha a deficiência da pessoa de forma que ela fique constrangida; • Acomode os equipamentos de locomoção utilizados pelo deficiente físico; e 11 • Se necessário, os passageiros com deficiência ou restrição de mobilidade devem descer pela porta da frente (pagam a passagem, o cobrador gira a catraca e o passageiro desce pela porta da frente). Pessoas obesas ou com excesso de peso: • Se essa pessoa apresentar dificuldades para se locomover sozinha, o condutor deverá auxiliá-la; • Se o passageiro não apresentar condições de entrar no veículo sozinho, é necessário ajudá-lo; e • Se a pessoa não conseguir passar pela catraca, o mais adequado é que desça pela porta da frente (ela paga normalmente a passagem e o cobrador gira a catraca). Mulheres gestantes: • Auxiliá-las para entrar e sair do veículo, se necessário; e • Dependendo do mês de gestação, as grávidas não conseguem passar pela catraca (pagam a passagem, o cobrador gira a catraca e a gestante desce pela porta da frente). Resumindo Devemos considerar as deficiências física, mental, sensorial, orgânica e múltipla. Além disso, é importante estar atento a todos que apresentem outros tipos de necessidade, como as pessoas idosas, crianças, gestantes, analfabetos etc. Tratar bem o passageiro é uma forma de garantir que você seja bem tratado. Quando um passageiro com deficiência ou qualquer outra necessidade específica se sente bem, ele terá mais vontade de ser gentil com o condutor, o cobrador e os demais passageiros. As relações e a boa comunicação melhoram o ambiente durante a viagem no transporte de passageiros e proporcionam uma maior qualidade ao serviço. Lembre-se de que o transporte é um direito do cidadão, e de que todos merecem ser atendidos com qualidade. 12 Glossário Incapacidade: falta de capacidade (física ou mental); condição de incapaz. Itinerário: caminho ou trajeto a ser percorrido para ir de um lugar a outro. Limitação: Imperfeição, insuficiência, limite. 13 a 1) A pessoa com deficiência é aquela que possui limitação ou incapacidade permanente para o desempenho de algumas atividades, e se enquadra nas seguintes categorias de deficiência. a. ( ) Física, mental, sensorial, corporal e complexa. b. ( ) Física, intelectual, sensorial, orgânica e múltipla. c. ( ) Física, mental, sensorial, orgânica e múltipla. d. ( ) Física, mental, sentimental, orgânica e complexa. 2) A pessoa com restrição de mobilidade é aquela que apresenta, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar- se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva de mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) Para melhorar a comunicação, recomenda-se ao condutor: a. ( ) Criticar sempre que encontrar motivo. b. ( ) Estar livre de preconceitos. c. ( ) Olhar para as pessoas enquanto fala. d. ( ) Gritar com o passageiro apenas quando for preciso. 4) As mulheres grávidas e os idosos com idade superior a 65 anos ficam livres do pagamento de tarifa. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 14 Referências BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. ______. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. ______. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. ______. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana e dá outras providências. CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 166/2004. Aprova as diretrizes da Política Nacional de Trânsito. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. EBTU – EMPRESA BRASILEIRA DE TRANSPORTES URBANOS. Planejamento da operação, diagnóstico do sistema existente. Módulo de Treinamento, STPP — Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. v. 4. GOMIDE, E. A. Mobilidade urbana, iniquidade e políticas sociais. Brasília: Ipea, 2006. (Políticas Sociais − acompanhamento e análise, n. 12). MINISTÉRIO DAS CIDADES. Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. NTU – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS. Sistemas de Redes: construindo redes de transporte público de qualidade. Brasília, 2004. 15 PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE REGULAÇÃO DA ABAR, 4., Manaus, 2005. Anais... Porto Alegre: ABAR, 2005. SEMOB – SECRETARIA NACIONAL DE TRANSPORTE E DA MOBILIDADE URBANA. Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável. Princípios e diretrizes aprovadas no Conselho das Cidades em setembro de 2004. Brasília: MCidades, 2004. _______. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Acessibilidade no transporte coletivo rodoviário urbano. Brasília: MCidades, 2008. _______. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade Urbana Sustentável. Brasília: Dereg/Semob/Mcidades, 2009. 16 Gabarito Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Unidade1 C V B - C F
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