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CURSO TÉCNICO EM 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 
(LRF) E PRESTAÇÃO DE CONTAS 
 
Encontro n° 01 
 
CRISTHIAN CARLA B. DE 
ALBUQUERQUE 
Professora Conferencista 
 
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 CONTEÚDO DO COMPONENTE 
• Introdução à Lei de Responsabilidade Fiscal 
• Noções gerais de planejamento e transparência 
administrativa 
• Receita, renúncia de receita, despesas e 
transferências voluntárias 
• Despesas com pessoal 
• Tribunais de contas 
• Prestação de contas 
• Julgamento de Contas do Chefe do Poder Executivo 
• Tomada de Contas Especial e Tomada de Contas 
Extraordinária 
 
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ENCONTRO n° 01 
 
 
TEMA: INTRODUÇÃO À LEI DE 
RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF) 
OBJETIVO DESTA AULA 
Que ao final da aula, o estudante possa 
compreender a finalidade e a importância 
da Lei de Responsabilidade Fiscal na 
gestão pública. 
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ANTECEDENTES 
• Do início dos anos 1980 até meados dos anos 
1990, a excessiva instabilidade da atividade 
econômica, principalmente devido o 
descontrole inflacionário e às oscilações da 
taxa de juros, marcou a história econômica 
brasileira, na qual os planos econômicos não 
surtiam mais os efeitos pretendidos 
 
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ANTECEDENTES 
• A transição dos governos militares para os 
civis e a promulgação da CF/88 trouxeram 
mecanismos e incentivos para que a 
população passasse a reivindicar seus 
direitos 
• O Estado começou a adotar mecanismos que 
comprometiam receitas futuras, realizando 
despesas superiores à sua arrecadação 
imediata 
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ANTECEDENTES 
Nesse cenário, a fim de evitar tais mecanismos, 
impondo controles e limites, editou-se a LRF, 
como uma forma de estabelecer regras claras e 
estruturadas capazes de evitar novos 
desiquilíbrios e introduzir melhores práticas de 
gestão pública (Programa de Estabilidade Fiscal 
– PEF). 
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INFLUENCIAS EXTERNAS 
• O Fundo Monetário Internacional, organismo do 
qual o Brasil é membro 
• A Nova Zelândia, por meio do Fiscal 
Responsibility Act, de 1994 
• A Comunidade Econômica Europeia, a partir do 
Tratado de Maastricht 
• Os Estados Unidos, que possuíam normas de 
disciplina e controle de gastos do governo 
central, aliado ao princípio de “accountability” 
 
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INFLUÊNCIAS INTERNAS 
• Reforma da previdência (EC n. 20/98) 
• Reforma administrativa (EC n. 19/98) 
 
Emendas que preconizavam a 
modernização gerencial do Estado 
(burocrático – gerencial), mas que não 
causavam impacto expressivo nas contas 
públicas. 
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AMPARO CONSTITUCIONAL 
A LRF decorre de vários dispositivos 
Constitucionais, senão vejamos: 
• Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I – Finanças Públicas (...) – atividade financeira 
do Estado, abrangendo normas atinentes a 
orçamento, receitas e despesas e crédito 
público 
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AMPARO CONSTITUCIONAL 
• Art. 169. A despesa com pessoal ativo e 
inativo da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos municípios não poderá exceder 
os limites estabelecidos em lei complementar 
• Art. 250. (...) mediante lei que disporá sobre 
a natureza e a administração desse fundo 
(para pagamentos de benefícios do RGPS) 
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 LEI 101/2000 (LRF) E A LEI 4320/64 
• LRF – Estabelece normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão 
fiscal; representou uma mudança estrutural 
do regime fiscal ao fixar normas voltadas à 
organização e ao equilíbrio das contas 
públicas 
• Lei 4320/64 – Continua regendo o ciclo 
orçamentário; contudo, não trata de 
responsabilidade na gestão fiscal 
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PRINCÍPIOS DA LRF 
1. Planejamento – objetivos a alcançar e ações 
a serem realizadas, compatibilizando-as com 
os meios disponíveis para a sua execução 
2. Transparência – exige que os atos sejam 
praticados com publicidade e ampla 
prestação de contas em diversos meios 
(audiências públicas a cada quadrimestre 
para demonstrar o cumprimento de metas) 
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PRINCÍPIOS DA LRF 
3. Controle – permite gerenciar o risco por 
meio de ações fiscalizadoras e de imposição 
de prazos na gestão de políticas e 
procedimentos 
4. Responsabilização – trata da obrigação de 
prestar contas e responder por suas ações. 
Punição do ente federado, com suspensão 
de recebimento de transferências 
voluntárias e realização de operação de 
crédito 
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ABRANGÊNCIA DA LRF 
TODAS AS ENTIDADES que direta ou 
indiretamente utilizam dinheiro público. 
A ela estão sujeitos os três poderes (Executivo, 
Judiciário e Legislativo, incluídos os Tribunais 
de Contas) nas três esferas de governo (federal, 
estadual e municipal), além do Ministério 
Público, compreendendo as autarquias, os 
fundos, as fundações e as empresas estatais 
dependentes. 
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DISPOSIÇÕES ESPECIAIS PARA PEQUENOS 
MUNICÍPIOS (art. 63 LRF) 
• A LC 101/2000 é aplicável a todos os 
municípios brasileiros, não importando a sua 
extensão territorial ou o seu volume 
populacional 
• Em relação ao municípios com menos de 
50.000 habitantes, a periodicidade com que 
são apresentados alguns relatórios é maior, 
assim como o prazo em que são exigíveis 
 
 
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DISPOSIÇÕES ESPECIAIS PARA PEQUENOS 
MUNICÍPIOS - EXEMPLOS 
• Exigência do Anexo de Metas e Riscos Fiscais 
da LDO a partir do 5º. exercício seguinte da 
publicação da LRF (2005) 
• Limites previstos nos arts. 19 e 20 da LRF e 
para apurar o montante da dívida 
consolidada para fins de verificação do 
atendimento do limite ao final do semestre 
• Relatório de Gestão Fiscal – semestralmente 
 
 
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RESUMO – OBJETIVO PRINCIPAL 
O objetivo principal da LRF é estabelecer 
normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilização na gestão fiscal, 
pressupondo uma ação planejada e 
transparente, em que se previnem riscos e se 
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio 
das contas públicas, mediante o cumprimento 
de metas. 
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PEC 241 – PEC DO TETO 
• O plenário da Câmara dos Deputados 
aprovou a Proposta de Emenda à 
Constituição (PEC), que limita os gastos 
públicos pelos próximos vinte anos. Essa 
proposta é tida como um dos principais 
mecanismos para o reequilíbrio das contas 
públicas 
• A PEC estabelece que as despesas da União 
só poderão crescer, pelas próximas duas 
décadas, até o limite da inflação do ano 
anterior 
 
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REFERÊNCIAS 
• BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 
25 out. 2016. 
• _____. Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças 
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Diário 
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 de maio de 2000. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ lcp/lcp101.htm>. Acesso em: 25 out. 2016. 
• PASCOAL, Valdecir Fernandes; MOTTA, Sylvio (coord.). Direito Financeiro e controle externo. 
9. ed. São Paulo: Método, 2015. 
• RAMOS FILHO, Carlos Alberto de Moraes; LENZA, Pedro (coord.). Direito Financeiro. São 
Paulo: Saraiva, 2015. 
 
 
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