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CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS PÚBLICOS LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF) E PRESTAÇÃO DE CONTAS Encontro 09 CRISTHIAN CARLA B. DE ALBUQUERQUE Professora Conferencista 2 ENCONTRO 09 Tema: Revisão Final 3 ENCONTRO 1 – INTRODUÇÃO À LRF Do início dos anos 1980 até meados dos anos 1990 havia excessiva instabilidade da atividade econômica, principalmente devido ao descontrole inflacionário e às oscilações da taxa de juros, que marcou a história econômica brasileira, na qual os planos econômicos não surtiam mais os efeitos pretendidos. 4 DIFERENÇA ENTRE LC 101/2000 E LEI 4.320/64 • LRF: estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal; representou uma mudança estrutural do regime fiscal ao fixar normas voltadas à organização e ao equilíbrio das contas públicas • Lei n. 4.320/64: continua regendo o ciclo orçamentário; contudo, não trata de responsabilidade na gestão fiscal 5 PRINCÍPIOS DA LRF 1. Planejamento: objetivos a alcançar e ações a serem realizadas, compatibilizando-as com os meios disponíveis para a sua execução. 2. Transparência: exige que os atos sejam praticados com publicidade e ampla prestação de contas em diversos meios (audiências públicas a cada quadrimestre para demonstrar o cumprimento de metas). 6 PRINCÍPIOS DA LRF 3. Controle: permite gerenciar o risco por meio de ações fiscalizadoras e de imposição de prazos na gestão de políticas e procedimentos. 4. Responsabilização: trata da obrigação de prestar contas e responder por suas ações. Punição do ente federado, com suspensão de recebimento de transferências voluntárias e realização de operação de crédito. 7 ABRANGEÊNCIA DA LRF Todas as entidades que direta ou indiretamente utilizam dinheiro público, os três poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo, incluídos os Tribunais de Contas) nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), além do Ministério Público, compreendendo as autarquias, os fundos, as fundações e as empresas estatais dependentes. 8 ENCONTRO 2 – PLANEJAMENTO Planejamento: meio/caminho para atingir as metas LEIS ORÇAMENTÁRIAS (Leis ordinárias de iniciativa do Poder Executivo - art. 165 CF/88). PPA LDO LOA OI OSS OF Obs.: empresas dependentes. 9 ENCONTRO 3 – TRANSPARÊNCIA • Transparência é decorrente do princípio republicano e do Estado Democrático de Direito. Assegura o controle dos atos administrativos, principalmente o social. • Publicidade é um princípio Constitucional da Administração Pública (art. 37 da CF). É a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos. 10 TRANSPARÊNCIA “Transparência é fundamentar as decisões e atos que as seguem, é motivar os comportamentos, é não agir de forma tresloucada, é utilizar-se de raciocínio persuasivo , é demonstrar as razões de sua conduta, é subordinar suas decisões aos controles instituídos na Constituição e nas leis, é respeitar o diálogo [...]” (OLIVEIRA, p.596). 11 ENCONTRO 4 – RECEITAS PÚBLICAS • Receitas, entradas e ingressos. • Para o estado, ela é um meio de realizar as finalidades que lhe são próprias e que se resumem na satisfação do interesse público. 12 RENÚNCIA DE RECEITA Renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 13 TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA É a entrega de verbas a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional (como o FPE e o FPM), legal, ou destinadas ao Sistema Único de Saúde. Não podem ser utilizados para pagamento de despesas com pessoal e para fim diverso do pactuado. 14 ENCONTRO 5 – DESPESAS PÚBLICAS • Artigos 16 e 17 da LRF • I - estimativa do impacto orçamentário- financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; • II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias 15 DESPESAS PÚBLICAS a) Despesas obrigatórias de caráter continuado (obrigação por período superior a dois exercícios). b) Despesas com pessoal (Pensionistas?, limites e alertas). c) Despesas com seguridade social (custeio). 16 ENCONTRO 6 – DÍVIDA PÚBLICA • Interna – Externa. • Flutuante (art. 92 LCP – consolidada; art. 29 LRF). • Limites de endividamento (quadrimestral). Empréstimos Dívida pública 17 PEDALADAS FISCAIS • Operação de crédito entre a Caixa Econômica Federal e a União, na qualidade de beneficiário do empréstimo • A Caixa Econômica Federal foi utilizada pela União para financiar despesas correntes de programas sociais instituídos pelo Governo Federal 18 VEDAÇÕES NO ULTIMO ANO DE MANDATO • Art. 42 da LRF. É vedado nos últimos dois quadrimestres de mandato contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. • Pena: reclusão de 1 a 4 anos, multa, irregularidade das contas e inelegibilidade. 19 ENCONTRO 7 – CONTROLE INTERNO E EXTERNO • Verificar a correta, eficiente e moral aplicação dos recursos públicos recebidos, assegurando que a Administração atue em conformidade com os princípios que lhe são impostos (assegurar a lisura da Administração Pública). 20 TRIBUNAIS DE CONTAS • Órgão administrativo, autônomo, independente e de estatura constitucional • Regimento Interno e Lei Orgânica • Funções: i) fiscalizadora; ii) judicante; iii) sancionadora; iv) consultiva; v) informativa; vi) corretiva; vii) normativa; viii) de ouvidoria; e, ix) pedagógica 21 ENCONTRO 8 – PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS • Dever dos gestores públicos prestarem suas contas de forma responsável, com o maior número de informações e a maior clareza possível, pois essa atividade é inerente a quem possui o exercício do poder, uma vez que quem o exerce o faz em nome de outrem, ou seja, da coletividade. 22 JULGAMENTO DE CONTAS Fonte: PASCOAL, 2015. 23 TOMADA DE CONTAS ESPECIAL • Apurar fatos, identificar responsáveis e quantificar o dano • Encaminhar ao Tribunal de Contas para julgamento • Nos casos de omissão, TC instaura a Tomada de Contas Extraordinária 24 RESULTADO DO JULGAMENTO DE CONTAS • Regulares: exatidão dos demonstrativos contábeis, legalidade, legitimidade e economicidade dos atos de gestão dos responsáveis • Regulares, com ressalva: impropriedades formais que não resultem em dano ao erário • Irregulares: impropriedades materiais decorrente de atos ilegais, ilegítimos e antieconômicos Meus sinceros agradecimento pela atenção de todos! UM FORTE ABRAÇO! 25 26 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 25 out. 2016. BRASIL. Lei Complementar n. 101 de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finançaspúblicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 05 de maio de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ lcp/lcp101.htm>. Acesso em: 25 out. 2016. BRASIL. Tribunal de Contas do Estado. Resolução 01 de 24 de janeiro de 2006. Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Disponível em: <http://www1.tce.pr.gov.br/multimidia/2013/8/pdf/00248460.pdf>. Acesso em: 25 out. 2016. OLIVEIRA, Regis F. de. Curso de Direito Financeiro. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013. 27 REFERÊNCIAS PASCOAL, Valdecir F.; MOTTA, Sylvio (Coord.). Direito Financeiro e controle externo. 9 ed. São Paulo: Método, 2015. PARANÁ. Tribunal de Contas do Estado. Lei Complementar n. 113, de 15 de dezembro de 2005. Curitiba. Disponível em: <http://www1.tce.pr.gov.br>. Acesso em: 25 out. 2016. RAMOS FILHO, Carlos A. de M; LENZA, Pedro (Coord.). Direito Financeiro. São Paulo: Saraiva, 2015. ROCHA, Arlindo C. A realização da accountability em pareceres prévios do Tribunal de Contas de Santa Catarina. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, v.47, n.4, p.901-926, jul./ago. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 76122013000400005. Acesso em: 25 out. 2016. TONET, Helena. A Lei de Responsabilidade Fiscal: uma abordagem gerencial. Brasília: Conselho Federal de Administração: 2001. V. 1: a prática da gestão e o dirigente.
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