Atividade III historico

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NÚCLEO VALE DO CAÍ – NVALE
DIREITO
Jéssica Marília Backes Junges
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Deontologia
Questões que devem ser respondidas tendo por base o texto de Sebastião José Roque, intitulado “A história dos cursos de Direito no Brasil”. Vamos fazer uma digressão para compreender algumas coisas que acontecem hoje com base na construção histórica da função do advogado no Brasil:
1 – Fale sobre a criação dos primeiros cursos de Direito, onde, quando e em que contexto histórico aconteceu:
Oficialmente, os cursos jurídicos no Brasil iniciaram-se em 11 de agosto de 1827, onde D. Pedro promulgou um decreto criando e regulamentando os cursos jurídicos, e fundou duas faculdades de direito para ministrar esses cursos, uma em São Paulo e outra em Olinda. Anterior a isso quem quisesse estudar era obrigado a trasladar-se para a Europa, como na Universidade de Coimbra ou na universidade de Paris ou nas universidades italianas, onde eram discriminados e menosprezados, motivos pelos quais vieram a lutar após a Independência de 1822 para criação do curso no Brasil.
2 – Sobre as matérias constantes dos currículos do primeiro curso, fale sobre o que tratavam as seguintes disciplinas: direito das gentes; análise da constituição do império, e direito público eclesiástico: 
DIREITO DAS GENTES: Atualmente chamado de Direito Internacional, o Brasil ambicionava sua admissão no concerto das nações e encontrou, a principio, sérias resistências. Muitos problemas internacionais aguardavam o novo país: o reconhecimento pelos demais países, o estabelecimento de suas fronteiras, a participação nos tratados internacionais, as transações econômicas com outros países.
ANÁLISE DA CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO: A chamada Constituição de 1824 era, na verdade uma carta outorgada. O imperador dissolveu a Assembléia Nacional Constituinte e outorgou ao país a Magna Carta por ele elaborada. Amatéria então nem sequer tomou o nome de direito constitucional.
DIREITO PÚBLICO ECLESIASTICO: O chamado direito canônico, uma série de motivos acabou por impor essa matéria; em primeiro lugar a influência marcante da Igreja em toda a vida nacional, principalmente na educação, que estava totalmente em suas mãos. Em segundo lugar, a participação dos franciscanos na criação dos cursos jurídicos. E outro motivo foi a tradição do Código de Eurico, das ordenações do reino e de outras normas medievais.
3 – O que era o curso anexo?
Era o curso preparatório para o ingresso na faculdade de Direito, era como se fosse um preâmbulo do curso e um sistema de seleção. Quem ingressasse na faculdade de direito tinha que passar pelo curso anexo e já tinha o substrato cultural e a base que o capacitaria a desenvolver mais facilmente o estudo jurídico.
4 – Quem foi Libero Badaró e qual sua relação com o Direito?
Libero Badaró era um médico de elevado conceito e que fora expulso da Itália por professar certas idéias que contrariavam o lugar comum e ideológico de seu país. Veio então para o Brasil e criou o segundo jornal de São Paulo, chamado “Observador Constitucional”. A tarefa principal era a de interpretar a constituição, tendo como principais colaboradores os próprio acadêmicos da faculdade de direito. Interpretando nossa constituição, começou a lançar ideias chocantes para a época, mas que agitaram o movimento estudantil.
5 – Fale sobre a aula inaugural do primeiro curso de Direito:
No dia 01 de março de 1828, foi pronunciada oficialmente a primeira aula de direito no Brasil, o que se deu em São Paulo, no velho convento de padres franciscanos, berço de nossa academia. É o mesmo que todos conhecem como Largo São Francisco. Os sinos da igreja de São Francisco anunciaram o evento marcado para as 16 horas. O jornal informou a população sobre a criação dos cursos jurídicos. Abriu a cerimonia o diretor da faculdade, prof. Arouche. A primeira turma era constituída por 33 jovens, a maioria de fora de São Paulo e todos homens.
6 – O que era a Bucha? 
Burschschaft, conhecida apenas como Bucha, sociedade. A origem etimológica do termo é SCHAFT = CONFRARIA e BURSCH = COLEGAS, seria assim um tipo de confraria de estudantes com finalidade filantrópica, para auxilio a estudantes carentes, observando completo sigilo sobre essa colaboração.