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Cheques e Duplicatas

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NOÇÃO E NATURAZA DE CHEQUE
O cheque é uma promessa indireta de pagamento feita pelo emitente cujo conteúdo, tal como na letra de câmbio, corresponde a uma ordem de pagamento a um Banco ou Instituição Financeira assemelhada para pagar uma quantia determinada ao emitente ou a terceiro, havendo fundos disponíveis em poder do sacado.
Alguns autores atribuem ao cheque caráter de ordem de pagamento à vista, negando-lhe por isto a natureza de título de crédito. Ordem de pagamento é o teor da declaração cambial inicial, que equivale à emissão do cheque e não ao título em si. Se fosse assim, a letra de câmbio não passaria também de uma ordem de pagamento, pois o teor de sua declaração inicial implica também numa ordem de pagamento.
 A Lei n° 7.357, de 02 de setembro de 1985, que regula o cheque, não conceitua o que seja esse instrumento, cabendo à doutrina e jurisprudência tal tarefa.
Pode-se definir cheque como uma ordem de pagamento à vista, já que deve ser pago no momento de sua apresentação ao banco sacado, envolvendo nessa operação três sujeitos, quais sejam, o emitente, o sacado e portador.
Aquele é a pessoa que emite a ordem, esse é a instituição financeira onde o passador possui conta e que recebe a ordem, enquanto este é o beneficiário que receberá a quantia.
Para ser válido, o cheque deve conter alguns elementos estabelecidos pela lei acima referida, quais sejam: a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; a ordem incondicional de pagar quantia determinada; o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); a indicação do lugar de pagamento; a indicação da data e do lugar de emissão; e a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
A obrigatoriedade de indicar o local de pagamento, a data e o lugar de emissão é relativizada pela própria lei em seu art. 2º, que considera o local de pagamento o endereço junto ao nome do banco quando ausente indicação especial; não havendo qualquer tipo de determinação, o cheque deve ser pago onde foi emitido. Em caso de ausência de designação do lugar de emissão, é reputado como emitido no local determinado junto ao nome do emitente.
A ordem de pagamento não pode estabelecer condições e deve ser explicitada de forma exata, não cabendo a fixação de juros. Havendo divergência entre o valor constante em algarismos e o valor escrito por extenso, este prepondera. Entretanto, caso apareçam ambos os valores mais de uma vez de maneira divergente, prevalece a informação de menor monta.
A assinatura pode ser por chancela mecânica ou processo equivalente, consoante previsão do parágrafo único do art. 1°.
Além dos requisitos da Lei n° 7.357/85, outras normas também se aplicam a esse título, tais como resoluções do Banco Central do Brasil e a Lei n° 6.268, de 24 de novembro 1975[1], a qual obriga os títulos cambiais a possuírem a identificação do devedor pelo número de sua cédula de identidade, de inscrição no cadastro de pessoa física, do título eleitoral ou da carteira profissional.
É válido salientar ainda que o cheque é um documento padronizado, cujo modelo é estabelecido pelo Banco Central do Brasil, especialmente pela resolução 885, de 22 de dezembro de 1983, que fixa, por exemplo, as dimensões de 175 mm de comprimento e 80 mm de largura, com algumas tolerâncias.
Origem e Legislação Aplicável
Não há uniformidade entre aqueles que procuram apontar o lugar e o tempo em que o cheque foi criado. Alguns dizem que seu nascimento foi concomitante à letra de câmbio e a razão para sua criação repousa na falta de segurança relacionado com o transporte de moeda. [ii]Outros afirmam que o cheque é uma evolução da lettere di pagamento italiana e das “Kassierbriefje (letras de caixa e tesoureiro) de Amsterdam” [iii] . Apesar das incertezas dos historiadores, o fato é que a primeira legislação sobre o cheque surgiu na França em 1865. Em seguida, vários países europeus produziram suas leis sobre o cheque. No Brasil, o cheque surgiu oficialmente com a lei 2.591 de 07/12/1912. Antes disso, embora ignorado pelo nosso Código Comercial de 1850, foi objeto de menção na lei 1.083, de 22.08.1860. o Decreto 917, de 24.10.1890, mencionou pela primeira vez a palavra cheque, ao se referir as dividas consideradas líquidas e certas.
Atualmente o cheque é regulamentado pela Lei 7.357, de 02.09.1985, que teve por base, gabarito ou espelho a Lei Uniforme de Genebra relativa ao cheque, aprovada pela Convenção de Genebra de 1931.
Declarações Cambiais no Cheque
A emissão do cheque, também chamada saque, é a declaração necessária pela qual o signatário da origem ao titulo. Sem ela não existira cheque, mas apenas uma folha de cheque, sem valor. Para sua validade, a emissão deve estar com todos os requisitos de validade impostos em lei.
O Endosso é a declaração cambial eventual e sucessiva, pela qual o signatário transfere o título a terceiro e, por conseqüência, transfere também o direito cambial emergente do título. Seu signatário chama-se endossante e o beneficiário do endosso chama-se endossatário. O endosso produz para o endossante uma obrigação subsidiária e de regresso, porque, em última análise, é uma promessa indireta de pagamento, já que o endossante pode responder pelo pagamento do título, se este não for pago pelo obrigado principal e havendo protesto cambial em tempo hábil (primeiro dia útil seguinte ao dia do vencimento).
O endosso se expressa por uma ordem dada pelo endossante, para que o sacado pague a um terceiro o valor do título, podendo ser o endosso ao portador ou nominativo, neste figurando o nome do beneficiário do endosso (endossatário).
No cheque não existe a figura do aceite. Mesmo que ocorra a oposição de visto, certificação o declaração equivalente no cheque, tal procedimento não implica em aceitação por parte do Banco sacado. O Banco não responde , perante o terceiro portador do cheque, como obrigado principal ou de regresso.
Emissão e Requisito de Validade
A Emissão é a manifestação de vontade do signatário, pela qual ele cria o cheque, lançando no papel os requisitos necessários à validade do título, entregando-o o beneficiário, se este não for o próprio emitente. Se completa pela entrega voluntária do cheque ao beneficiário. É uma declaração cambial, considerada principal e necessária para a existência do cheque. Logo, o emitente sempre responde pelo pagamento do cheque.
Assim como os demais títulos de crédito, o cheque, pela formalidade que o reveste, está sujeito aos requisitos que a lei prevê como indispensáveis à sua validade. Os requisitos cambiários é a exigência feita por lei para que do documento conste determinado elemento.
Os requisitos podem ser essenciais ou supríveis, sendo essenciais aqueles necessários à validade da cambial onde, na sua falta, o documento não valerá como título de crédito ou, no presente caso, não tem valor como cheque já os requisitos supríveis são aqueles que a lei supre a sua ausência, isto é, caso ocorra a sua falta o documento não se desnatura como cheque.
Segundo dispõe o art. 1º da Lei nº 7.357/85, o cheque contém:
I – a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido;
II – a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III – o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV – a indicação do lugar de pagamento;
V – a indicação da data e do lugar de emissão;
VI – a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
A não validade do cheque como tal, pela ausência de requisitos essenciais, decorre do art. 2º da Lei nº 7.357/85, que assim dispõe: “O título a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente não vale como cheque, salvo nos casos determinados a seguir:”
O artigo acima transcrito relaciona os requisitos que devem constar no cheque, porém sem fazer a distinção entre os requisitos essenciais e aqueles que na sua ausência não prejudicam a validade da cambial. Por sua
vez, o art. 2º da referida lei, trata da invalidade do cheque como tal, pela ausência dos requisitos necessários bem como das exceções expressamente previstas, ou seja, dos requisitos que, uma vez faltantes, não invalidam o título em questão. A seguir, faz-se uma breve análise dos requisitos essenciais e não-essenciais do cheque.
Tal como na letra de câmbio, na nota promissória e demais títulos de crédito, que devem conter a designação que lhe permita ser reconhecido ao primeiro contato, com o cheque não é diferente, determinando o inc. I do art. 1º da Lei nº 7.357/85, que o referido título contenha a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e no mesmo idioma em que a cambial é redigida.
A inteligência deste inciso é que no caso da palavra “cheque” não se encontrar no contexto do título, o mesmo não produzirá efeitos como cheque, não se devendo confundir este requisito com a simples grafia das expressões “cheque especial”, “cheque-ouro”, etc. que apenas diferenciam uma conta corrente bancária comum de outra que possui algum limite de crédito à disposição do emitente, proporcionando maior credibilidade ao título no que tange ao seu pagamento.
Há muito tempo os cheques são impressos pelos bancos e fornecidos aos clientes/correntistas, contendo a ordem de pagar quantia determinada por meio do cheque, geralmente através da expressão “pague-se por este cheque a quantia de…”, cumprindo assim com o requisito em questão.
Tratando-se o cheque de ordem de pagamento, mister figurar no documento a ordem incondicional de pagar quantia determinada. Tal ordem é pura e simples, não se aceitando qualquer condição para o pagamento do título, sob pena de descaracterização do cheque.
Por outro lado, a Lei do Cheque dispõe sobre ordem de pagar quantia determinada, ou seja, deve conter a ordem de pagar um valor expresso em dinheiro e na moeda corrente, atualmente no Brasil o real, não se permitindo o seu preenchimento com qualquer outra coisa ou espécie de valor como mercadorias, indicadores econômicos ou moeda que não esteja mais em circulação. Também não poderá o cheque ser preenchido em moeda estrangeira, caso seja emitido para ser pago no Brasil e aqui produzir seu efeitos. O inc. III do art. 1º da Lei do Cheque dispõe que o cheque contém o nome do banco ou instituição financeira que deve pagar o título, correspondendo à figura do sacado.
Outrora, a legislação permitiu que o sacado fosse também um comerciante, desde que o emitente tivesse fundos disponíveis em mãos daquele, prática abandonada com o advento da Lei Uniforme, que caracterizou o cheque como um documento bancário, restringindo a figura do sacado aos bancos comerciais ou instituições financeiras, devendo-se ressaltar que as instituições financeiras devem ser aquelas assemelhadas aos bancos e autorizadas a operar com contas correntes e desconto de cheques, tais como as caixas econômicas e atualmente também as cooperativas de crédito, que são instituições voltadas para determinados setores da economia.
Trata-se de requisito essencial a indicação da data de emissão do cheque, o que se justifica pela sua importância para a contagem dos prazos relacionados ao cheque, ou seja, para que o portador saiba o início da contagem do prazo de apresentação do título a pagamento, e ainda com relação ao prazo prescricional para a ação cambial previsto no art. 59 da Lei do Cheque, bem como para a ação de locupletamento injusto pelo não pagamento do cheque, disposto no art. 61 do mesmo diploma legal, cabendo ressaltar ainda, a importância da data de emissão face a possibilidade do cheque pós-datado, onde se tem designada data de emissão futura em relação a efetiva criação da cártula.
Não obstante o parágrafo único do art. Obviamente que a assinatura do emitente do cheque é requisito essencial, pois emitida a ordem de pagamento, o sacado irá cumpri-la mediante a firma do sacador aposta no título, ou seja, daquele que mantém fundos em poder do banco sacado e que declarou sua vontade através do cheque, podendo sua emissão ser feita tanto por pessoa
física como por pessoa jurídica.
Além da assinatura de própria lavra do emitente, a Lei do Cheque permite que o cheque seja assinado por mandatário constituído com poderes especiais, onde o sacador constitui procurador com poderes expressos para criar os cheques pelo caminho da representação.
Vale ressaltar que a mesma Lei do Cheque que permite a assinatura no cheque por meio de mandatário especialmente constituído, impõe, em seu art. 14, a obrigação pessoal de quem assinar tais títulos como mandatário ou representante sem, contudo, ter poderes para tal, ou excedendo os que foram conferidos.
A assinatura do cheque também pode ser feita mediante chancela mecânica, conforme disposto na Circular nº 103, de 29/11/1967 (revogada pela Resolução CMN/BACEN nº 885, de 22/12/1983)17, que regulamentou a utilização de assinatura impressa por processo mecânico, dispunha que a chancela mecânica é a reprodução exata da assinatura do próprio punho, resguardada por características técnicas, obtida por máquinas especialmente destinadas a esse fim mediante processo de compressão.
Por outro lado, uma vez que o cheque foi apresentado à pagamento em data anterior àquela designada como de emissão e o seu pagamento resultar infrutífero, como por exemplo pela insuficiência de fundos, será da data da apresentação que se contará o prazo prescricional para a proposição de ação cambial e não da data futura aposta no título.
Capacidade do Emitente
As obrigações contraídas por meio do cheque são autônomas e independentes, quem assina e é capaz de se obrigar no cheque é responsável perante o portador do cheque, em razão da assinatura dada.
Mas para assumir obrigações no cheque como emitente, endossante ou avalista, é preciso que o signatário seja juridicamente capaz. Essa capacidade foi regulada pelo Código Civil, a movimentação da conta de incapaz far-se-a, mediante autorização judicial, em outros casos, o menor relativamente incapaz poderá assinar cheques, se autorizado por seu representante legal perante o banco sacado. Se a incapacidade surgir após a abertura da conta bancaria, o Banco deve encerrá-la assim que tomar conhecimento da incapacidade legalmente declarada, como no caso da interdição judicial.
O falido diante de seu estado, desde a declaração de sua falência não pode praticar qualquer ato que se refira direta ou indiretamente aos bens, sob pena de nulidade, que o juiz pronunciara de oficio, independentemente de prova ou prejuízo. O dispositivo legal aplica-se somente aos empresários individuais e a pessoa jurídica empresaria que tiverem sua falência declarada.
O analfabeto não é incapaz, mas não sabendo ler e nem escrever, não tem condições de verificar o teor do titulo. Então ele pode movimentar conta bancaria desde que esteja representado por seu mandatário, constituído por instrumento publico e com poderes especiais.
Provisão ou Fundos Disponíveis
Dispõe a Lei do Cheque (Art. 4º) que o “emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado e estar autorizado à sobre eles emitir cheque, em virtude de contrato expresso ou tácito. A infração desses preceitos não prejudica a validade do titulo como cheque”.
	Embora sendo a existência da provisão pressuposto do cheque, já que, sendo uma ordem de pagamento à vista, o cheque deve ser sacado existindo fundos disponíveis em poder do sacado, isto não quer dizer que tais fundos só devem decorrer de depósitos à vista feitos pelo correntista. Por isso, entende-se como fundos disponíveis qualquer valor posto à disposição do correntista, do qual ele pode utilizar-se.
	Fundos disponíveis: 1 – créditos em conta-corrente bancária não subordinada a termo; 2 – saldo exigível de conta-corrente contratual; 3 – soma proveniente de abertura de crédito.
Endosso e Circulação do cheque
O cheque é título que se destina a circular, seja pela simples tradição, seja por endosso. Por simples tradição o cheque circula quando for ao portador. Basta sua entrega à terceiro, sem qualquer
outra formalidade. Constando o nome de um beneficiário no cheque, a sua transmissão já não pode ser feita por simples tradição. A circulação será feita por meio de endosso, tendo ou não a expressão indicativa “cláusula à ordem”.
	De qualquer forma, deve-se lembrar que o cheque não pode ser ao portador, a não ser que se valor não seja igual ou superior a R$ 100,00. esta é uma exigência fiscal, que procura evitar a evasão do tributo CPMF em razão de cheques ao portador, com valor indiscriminado.
	A inserção da cláusula “não à ordem” impede que o cheque seja transferido por meio do endosso.
	São nulos o endosso parcial e o endosso do sacado, porque este, ao pagar o cheque deve arquivá-lo e não transmiti-lo a terceiro.
Aval no Cheque
O cheque, como qualquer outro título de crédito, comporta a garantia de avalistas. O aval é a simples aposição da assinatura de terceiro no cheque constando a expressão "por aval"  no verso, anverso ou folha de alongamento do cheque.
 
Lei 7.357/85 - art. 30 -  O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras ‘’por aval’’, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente.
 
É oportuno observar que o endosso  é  muito semelhante ao aval, contudo, o endosso é próprio para quem é o favorecido e o assina com o objetivo de formalizar a transferência do título. 
O aval de um cheque é uma garantia dada por terceiro, executado o sacado, ou mesmo por um signatário do cheque, ao pagamento total ou parcial do valor constante no cheque. Quem dá o aval ao cheque (avalista) passa a ter as mesmas obrigações que a pessoa que ele garante.
O aval do cheque pode ser dado no mesmo, através da inclusão das palavras "bom para aval", ou expressão equivalente, e assinatura do avalista na face do cheque, ou sobre uma folha anexa. O aval deve indicar a quem é concedido. Na falta desta indicação considera-se concedido ao sacador.
Após o pagamento do cheque, o avalista adquire os direitos decorrentes dele contra o garantido e contra os obrigados para com este em virtude do cheque.
Limitação do Aval
O aval em qualquer titulo, mesmo no cheque, sofrera limitação da outorga uxória ou marital, sendo o avalista casado. a necessidade de consentimento do outro cônjuge, sob pena de poder ser invalidado o aval dado por pessoa casada, a não ser quando o regime do casamento for o de separação absoluta de bens.
Agora, com o Código Civil, o aval pode ser invalidado pelo cônjuge e ate pelos herdeiros, se não houver consentimento prévio do cônjuge, como ocorre na fiança. 
Se o juiz não autorizar quando necessário o consentimento, tornara anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitar-lhe a anulação, ate dois anos depois de terminada a sociedade conjugal. A aprovação torna valido o ato, desde que feita por instrumento público ou particular autenticado.
Apesar disso, o terceiro, prejudicado pela sentença favorável ao autor, terá direito regressivo contra o cônjuge que realizou o negocio jurídico ou seu herdeiros.
Apresentação e Pagamento do Cheque
O cheque é pagável à vista, isto é contra sua apresentação ao Banco sacado, sendo que seu pagamento depende da existência de fundos disponíveis. Como o cheque é documento necessário para o exercício do direito nele mencionado, sua apresentação ao Banco sacado é imprescindível, de vez que, sem ela, o cheque não poderá ser pago.
O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago.
O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior.
Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários diferentes, considera-se como de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de pagamento.
A apresentação do cheque à câmara de compensação equivale à apresentação a pagamento.
O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato.
A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de expirado o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos termos do artigo 59 da Lei n° 7.357, de 1985 (Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador.).
Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em relevante razão de direito.
A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem se excluem reciprocamente. Não cabe ao sacado julgar da relevância da razão invocada pelo oponente

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