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Direito Agrário- REFORMA AGRARIA

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REFORMA AGRÁRIA
1. FUNDAMENTOS
A origem do Direito agrário se baseia pelo regime sesmarial, empregado no processo de colonização do país. Assegura-se que um dos responsáveis pela latifundização das terras brasileiras foi o regime supramencionado. Para controlar a doação de terras pela coroa portuguesa, veio a lei ° 601, de 1850, que ficou conhecido como ‘’lei de terras’’. A extinção do regime das sesmarias em 1822 ate chegarmos na lei de terras durou 28 anos.
 Com a nova lei de terras oportunizou a proliferação de minifúndios, com a grande concentração de grandes e extensas áreas nas mãos de poucos. Mesmo tendo uma lei que regulamentava a má distribuição de terras, era necessário que retribui-se a grande distribuição das terras. Atualmente temática e um grande impasses de movimentos , entre governo e instituições reconhecidas pelo próprio governo, também chamados “ sem terras” ou movimento dos trabalhados sem terra(MST),é a demonstração mais eloquente de que o problema continua existindo e reclamando coragem dos governantes para enfrentá-lo.
2.CONCEITUAÇÃO 
Do ponto de vista etimológico a palavra advêm de reformare (re+formare) que significa dar nova formam refazer, restaurar,melhorar,corrigir,transformar. A afirmação é dada de que o direito Agrário tem um compromisso coma transformação. 
 E uma distribuição de terras aqueles que a não a possuem, dando o Estado garantia de sustentação para promover a justiça social e o aumento da produtividade dos assentados
De acordo com a Lei nº 4.504 (Estatuto da Terra), de 30-11-64, art. 1º, & 1º, “Considera-se Reforma Agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade”. E um processo pelo qual o Estado atendera eliminar as desigualdades sociais no campo.
3. MÉTODOS
A Reforma Agrária, de modo geral,é o conjunto de medidas para promover a redistribuição de propriedades fundiárias. E para que ocorra existem dois métodos de se realizar, podendo ser coletivista ou privatista.
O método coletivista, com fundamentos na doutrina socialista, consiste na nacionalização da terra, onde a propriedade passa para o Estado, cabendo ao campesino apenas o direito de uso.
Já o segundo método o privatista, pregada pela igreja Católica, admite a propriedade privada, entendendo que a terra pertence a quem a trabalha, sendo seja pequeno, médio, grande produtor. Nesse entendimento os bens existem para satisfazer o homem, que se apropria desses para manter a própria sobrevivência, porém, não éum direito absoluto, pois está condicionado ao bem comum. 
Método utilizado pelo Brasil em suas tentativas de Reforma Agrária é o privatista.
4. CARACTERÍSTICAS
A Reforma Agrária possui as seguintes características:
Éconsiderada uma forma de intervenção do Estado na propriedade dos particulares (privada), sendo os principais instrumentos a desapropriação e a tributação;
Éespecífico de cada país, o que se faz em determinado país não se aplica a outro, afinal cada qual tem sua formação territorial peculiar;
É transitória, para cada época é necessário um tipo diferente de Reforma Agrária, que melhor atenda às necessidades atuais da sociedade, para que não fique ultrapassada;
Passa por um redimensionamento de áreas mínimas e máximas (um módulo no mínimo e seiscentos no máximo);
Depende de uma Política Agrícola eficiente e eficaz. Devem ser harmoniosas as ações da Política Agrícola e Reforma Agrária. A Reforma Agrária não é apenas a distribuição de terras aos beneficiários, e necessário dar as condições mínimas para desenvolverem as atividades agrárias com vistas a alcançarem seus objetivos (sobrevivência e progresso); 
Tendo sua natureza constitucional, a Constituição prevê a realização da justiça social com base na função social da propriedade. 
Tendo natureza punitiva da desapropriação, a indenização paga pela terra é por meio de Títulos da Dívida Agrária. 
5. OBJETIVOS
São objetivos básicos da Reforma Agrária, em nosso país, promover a justiça social e o aumento da produtividade. O legislador, todavia, minudenciou os objetivos a serem perseguidos com qualquer programa de reforma agrária que se fizer, com base no Estatuto da Terra. Esses objetivos estão no art. 16, assim expresso:
Art. 16. A Reforma Agrária visa a estabelecer um sistema de relações entre o homem, a propriedade rural e o uso da terá, capaz de promover a justiça social, o progresso e o bem-estar do trabalhador rural e o desenvolvimento econômico do País, com a gradual extinção do minifúndio e do latifúndio. 
Segundo a Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, Estatuto da Terra, em seu artigo 1º, I, terão por objetivos primordiais:
A Reforma Agrária: a melhor distribuição da terra e o estabelecimento de um sistema de relações entre o homem, a propriedade rural e o uso da terra, que atendam aos princípios da justiça e ao aumento da produtividade, garantindo o progresso e o bem-estar do trabalhador rural e o desenvolvimento do País, com a gradual extinção do minifúndio e do latifúndio.
Em verdade, não se pode limitar os objetivos da Reforma Agrária. Nem se pode reduzi-los apenas ao atendimento do princípio da justiça social, à promoção do aumento da produtividade e ao estabelecimento de uma classe rural média estável e próspera. Os objetivos são muitos mais abrangentes, pois não se deve olvidar que ela também se presta para aumentar o número de proprietários rurais, reduzindo o nível de concentração hoje existente; para estancar ou inibir o êxodo rural; para aumentar o nível de emprego; para matar a fome de milhões de brasileiros que vivem na mais completa miséria; e muitos outros.
6. BENEFICIÁRIOS
Segundo o art. 19 da Lei nº 8.629/93m os Beneficiários da Reforma Agrária são, indistintamente, o homem ou a mulher, independentemente de seu estado civil, observando-se a seguinte ordem de preferência:
I – o desapropriado, a quem é assegurada a preferência para a parcela na qual se situe a sede do imóvel;
II – os que trabalham no imóvel desapropriado, tais como posseiros, assalariados, parceiros e arrendatários;
III – os que trabalham como posseiros, assalariados, parceiros ou arrendatários, em outros imóveis;
IV – os agricultores cujas propriedades não alcancem a dimensão da propriedade familiar;
V – os agricultores cujas propriedades sejam, comprovadamente, insuficientes para o sustento próprio e de sua família.
Deve-se consignar que, nessa ordem de preferência, terão prioridade os chefes de família numerosa, cujos membros se disponham a exercer atividades agrárias na área a ser distribuída.
A distribuição dos imóveis rurais desapropriados, aos beneficiários, tanto pode ser feita através de títulos de domínio (venda, doação ou outras formas de transmissão da propriedade imóvel), como por meio de instrumentos de concessão de uso (Decreto-lei nº 271/67, art. 7º). Em qualquer desses instrumentos, é obrigatória a inserção de uma cláusula de inegociabilidade pelo prazo de dez anos. Além disso, os beneficiários assumem a obrigação de cultivar o imóvel recebido, direta e pessoalmente, ou através de seu núcleo familiar, mesmo que através de cooperativas, bem como a obrigação de não ceder o seu uso a terceiros, a qualquer título, pelo prazo de dez anos (arts. 18 e 21 da CF). É importante observar que o instituto da concessão do uso real é perfeitamente utilizável em projetos de Reforma Agrária, haja vista os termos com que foi introduzido no ordenamento jurídico.
CONCLUSÃO
O Regime sesmarial influenciou desde o começo na distribuição de terras no Brasil. A ausência de leis reguladoras no período das posses, oportunizou não apenas a concentração de extensas áreas nas mãos de poucos, como também a proliferação de minifúndios. 
 	A terra e sua posse hoje em dia estão ligadas ao poder econômico e tem grande valorização. A definição de Reforma Agrária encontra-se no art. 1º do Estatuto da Terra, sendo, portanto um conjuntode medidas que tem por fim promove a distribuição da melhor forma possível, mediante  modificações no regime de as posse e uso, atendendo os princípios de justiça social e ao  aumento de produtividade.
  	A doutrina aponta dois métodos para se fazer a reforma agrária, podendo ser coletivista, que se fundamenta na doutrina socialista, ou privatista, utilizado pelo Brasil em suas tentativas de Reforma Agrária, onde se admite a propriedade privada.
 No Brasil a Reforma Agrária tem por objetivo básico promover a justiça social e o aumento da produtividade, previstos no art. 16 do Estatuto da Terra
A Reforma Agrária é uma forma de intervenção do Estado na propriedade privada, bem como é peculiar a cada país, dependendo também de cada época, por isso tem um caráter transitório. Possui um redimensionamento de áreas entre um módulo no mínimo e seiscentos no máximo, as ações da Política Agrícola e Reforma Agrária devem ser compatíveis, dando as condições mínimas para sobrevivência e progresso econômico as pessoas que habitaram aquelas áreas, além do mais têm como finalidade o cumprimento da função social da propriedade imobiliária rural, possuindo natureza punitiva.
Os beneficiários da Reforma Agrária estão elencados no artigo 19 da Lei nº 8.629/93, de forma preferencial sendo assim: o desapropriado; aos que trabalham no imóvel; aos ex-proprietários; os que trabalham como posseiros, assalariados, parceiros ou arrendatários, em outros imóveis; aos agricultores cujas propriedades não alcancem a dimensão da propriedade familiar; e aos agricultores cujas propriedades sejam, comprovadamente, insuficientes para o sustento próprio e o de sua família.
A distribuição dos imóveis rurais desapropriados, aos beneficiários, tanto pode ser feita através de títulos de domínio, como por meio de instrumento de concessão de uso.
E por fim o trabalho abordou a Desapropriação Agrária, sendo um instrumento de Reforma Agrária. O Estado transforma compulsoriamente uma propriedade privada em pública, a desapropriação muda a estrutura fundiária da propriedade. A competência para a Desapropriação é da União. O procedimento para que ocorra a desapropriação se divide em duas fases, sendo uma Administrativa, através do decreto expropriatório, o bem é declarado tendo a oferta da indenização, caso tenha conflito ou recusa a solução será pela fase Judicial.
BIBLIOGRAFIA
Sites: 
https://pt.scribd.com/doc/28831345/APOSTILA-DIREITO-AGRARIO<ACESSO EM: 02/12/2016>
http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=2227<ACESSO EM: 02/12/2016>
Livro: MARQUES, Benedito Ferreira. DIREITO AGRÁRIO BRASILEIRO-10.Ed.rev.e.ampliada-São Paulo:Atlas,2012

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