Buscar

(Alfacon) Crimes ambientais lei 9605 e 8.069 ECA 14 12

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
1 
 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998. 
Mensagem de veto 
Dispõe sobre as 
sanções penais e 
administrativas 
derivadas de condutas 
e atividades lesivas ao 
meio ambiente, e dá 
outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º (VETADO) 
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática 
dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes 
cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o 
diretor, o administrador, o membro de conselho e de 
órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou 
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta 
criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, 
quando podia agir para evitá-la. 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas 
administrativa, civil e penalmente conforme o disposto 
nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por 
decisão de seu representante legal ou contratual, ou de 
seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua 
entidade. 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas 
jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato. 
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica 
sempre que sua personalidade for obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do 
meio ambiente. 
Art. 5º (VETADO) 
CAPÍTULO II 
DA APLICAÇÃO DA PENA 
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a 
autoridade competente observará: 
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da 
infração e suas conseqüências para a saúde pública e 
para o meio ambiente; 
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento 
da legislação de interesse ambiental; 
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. 
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e 
substituem as privativas de liberdade quando: 
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena 
privativa de liberdade inferior a quatro anos; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do condenado, bem como os motivos e as 
circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja 
suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do 
crime. 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se 
refere este artigo terão a mesma duração da pena 
privativa de liberdade substituída. 
Art. 8º As penas restritivas de direito são: 
I - prestação de serviços à comunidade; 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar. 
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste 
na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a 
parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, 
no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, 
na restauração desta, se possível. 
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são 
a proibição de o condenado contratar com o Poder 
Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros 
benefícios, bem como de participar de licitações, pelo 
prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de 
três anos, no de crimes culposos. 
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando 
estas não estiverem obedecendo às prescrições legais. 
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento 
em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada 
com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não 
inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e 
sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido 
do montante de eventual reparação civil a que for 
condenado o infrator. 
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na 
autodisciplina e senso de responsabilidade do 
condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, 
freqüentar curso ou exercer atividade autorizada, 
permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em 
residência ou em qualquer local destinado a sua moradia 
habitual, conforme estabelecido na sentença 
condenatória. 
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; 
II - arrependimento do infrator, manifestado pela 
espontânea reparação do dano, ou limitação significativa 
da degradação ambiental causada; 
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente 
de degradação ambiental; 
IV - colaboração com os agentes encarregados da 
vigilância e do controle ambiental. 
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando 
não constituem ou qualificam o crime: 
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; 
II - ter o agente cometido a infração: 
a) para obter vantagem pecuniária; 
b) coagindo outrem para a execução material da 
infração; 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a 
saúde pública ou o meio ambiente; 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas 
sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de 
uso; 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos 
humanos; 
g) em período de defeso à fauna; 
h) em domingos ou feriados; 
i) à noite; 
j) em épocas de seca ou inundações; 
l) no interior do espaço territorial especialmente 
protegido; 
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou 
captura de animais; 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
2 
 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou 
autorização ambiental; 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou 
parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por 
incentivos fiscais; 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios 
oficiais das autoridades competentes; 
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas 
funções. 
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão 
condicional da pena pode ser aplicada nos casos de 
condenação a pena privativa de liberdade não superior a 
três anos. 
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º 
do art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo de 
reparação do dano ambiental, e as condições a serem 
impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção 
ao meio ambiente. 
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do 
Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada 
no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, 
tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. 
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, 
sempre que possível, fixará o montante do prejuízo 
causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de 
multa. 
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou 
no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal, 
instaurando-se o contraditório. 
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que 
possível, fixará o valor mínimo para reparação dos danos 
causados pela infração, considerando os prejuízos 
sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente. 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença 
condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor 
fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação 
para apuração do dano efetivamente sofrido. 
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou 
alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o 
disposto no art. 3º, são: 
I - multa; 
II - restritivas de direitos; 
III - prestação de serviços à comunidade. 
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica 
são: 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
II - interdição temporária de estabelecimento,obra ou 
atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem 
como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando 
estas não estiverem obedecendo às disposições legais 
ou regulamentares, relativas à proteção do meio 
ambiente. 
§ 2º A interdição será aplicada quando o 
estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando 
sem a devida autorização, ou em desacordo com a 
concedida, ou com violação de disposição legal ou 
regulamentar. 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele 
obter subsídios, subvenções ou doações não poderá 
exceder o prazo de dez anos. 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela 
pessoa jurídica consistirá em: 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
II - execução de obras de recuperação de áreas 
degradadas; 
III - manutenção de espaços públicos; 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais 
públicas. 
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, 
preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou 
ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá 
decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será 
considerado instrumento do crime e como tal perdido em 
favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
CAPÍTULO III 
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO 
DE INFRAÇÃO 
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME 
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus 
produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos 
autos. 
§ 1º Os animais serão libertados em seu habitat ou 
entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades 
assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade 
de técnicos habilitados. 
§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados em 
seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não 
recomendável por questões sanitárias, entregues a 
jardins zoológicos, fundações ou entidades 
assemelhadas, para guarda e cuidados sob a 
responsabilidade de técnicos habilitados. (Redação 
dada pela Lei nº 13.052, de 2014) 
§ 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, 
serão estes avaliados e doados a instituições científicas, 
hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. 
§ 2o Tratando-se de produtos perecíveis, serão estes 
avaliados e doados a instituições científicas, 
hospitalares, penais e outras com fins 
beneficentes. (Redação dada pela Medida 
provisória nº 62, de 2002) Prejudicada 
§ 2o Até que os animais sejam entregues às instituições 
mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante 
zelará para que eles sejam mantidos em condições 
adequadas de acondicionamento e transporte que 
garantam o seu bem-estar físico. (Redação dada 
pela Lei nº 13.052, de 2014) 
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, 
serão estes avaliados e doados a instituições científicas, 
hospitalares, penais e outras com fins 
beneficentes. (Renumerando do §2º para §3º pela 
Lei nº 13.052, de 2014) 
§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis 
serão destruídos ou doados a instituições científicas, 
culturais ou educacionais. (Renumerando do §3º para 
§4º pela Lei nº 13.052, de 2014) 
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração 
serão vendidos, garantida a sua descaracterização por 
meio da reciclagem. (Renumerando do §4º para §5º 
pela Lei nº 13.052, de 2014) 
§ 5o Tratando-se de madeiras, serão levadas a leilão, e 
o valor arrecadado, revertido ao órgão ambiental 
responsável por sua apreensão. (Incluído pela 
Medida provisória nº 62, de 2002) Prejudicada 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
3 
 
CAPÍTULO IV 
DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL 
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação 
penal é pública incondicionada. 
Parágrafo único. (VETADO) 
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial 
ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 
9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser 
formulada desde que tenha havido a prévia composição 
do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, 
salvo em caso de comprovada impossibilidade. 
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 
de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor 
potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes 
modificações: 
I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata 
o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de 
constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada 
a impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo 
artigo; 
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não 
ter sido completa a reparação, o prazo de suspensão do 
processo será prorrogado, até o período máximo previsto 
no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, 
com suspensão do prazo da prescrição; 
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as 
condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo 
mencionado no caput; 
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à 
lavratura de novo laudo de constatação de reparação do 
dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser 
novamente prorrogado o período de suspensão, até o 
máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o 
disposto no inciso III; 
V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a 
declaração de extinção de punibilidade dependerá de 
laudo de constatação que comprove ter o acusado 
tomado as providências necessárias à reparação integral 
do dano. 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
Seção I 
Dos Crimes contra a Fauna 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar 
espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota 
migratória, sem a devida permissão, licença ou 
autorização da autoridade competente, ou em desacordo 
com a obtida: 
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, 
autorização ou em desacordo com a obtida; 
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou 
criadouro natural; 
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, 
guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou 
transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, 
nativa ou em rota migratória, bem como produtos e 
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não 
autorizados ou sem a devida permissão, licença ou 
autorização da autoridade competente. 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre 
não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, 
considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles 
pertencentes às espécies nativas, migratórias e 
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham 
todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos 
limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais 
brasileiras. 
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é 
praticado: 
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de 
extinção, ainda que somente no local da infração; 
II - em período proibido à caça; 
III - durante a noite; 
IV - com abuso de licença; 
V - em unidade de conservação; 
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes 
de provocar destruição em massa. 
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre 
do exercício de caça profissional. 
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos 
de pesca. 
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de 
anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da 
autoridade ambiental competente: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer 
técnico oficial favorável e licença expedida por 
autoridade competente: 
Pena -detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou 
mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, 
nativos ou exóticos: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência 
dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins 
didáticos ou científicos, quando existirem recursos 
alternativos. 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se 
ocorre morte do animal. 
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou 
carreamento de materiais, o perecimento de espécimes 
da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, 
lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas 
cumulativamente. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: 
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou 
estações de aqüicultura de domínio público; 
II - quem explora campos naturais de invertebrados 
aquáticos e algas, sem licença, permissão ou 
autorização da autoridade competente; 
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de 
qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, 
devidamente demarcados em carta náutica. 
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida 
ou em lugares interditados por órgão competente: 
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou 
ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: 
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou 
espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
4 
 
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou 
mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e 
métodos não permitidos; 
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa 
espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca 
proibidas. 
Art. 35. Pescar mediante a utilização de: 
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a 
água, produzam efeito semelhante; 
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela 
autoridade competente: 
Pena - reclusão de um ano a cinco anos. 
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca 
todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, 
apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, 
crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis 
ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as 
espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas 
oficiais da fauna e da flora. 
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando 
realizado: 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do 
agente ou de sua família; 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação 
predatória ou destruidora de animais, desde que legal e 
expressamente autorizado pela autoridade competente; 
III – (VETADO) 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim 
caracterizado pelo órgão competente. 
Seção II 
Dos Crimes contra a Flora 
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de 
preservação permanente, mesmo que em formação, ou 
utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas 
as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será 
reduzida à metade. 
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou 
secundária, em estágio avançado ou médio de 
regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com 
infringência das normas de proteção: (Incluído pela 
Lei nº 11.428, de 2006). 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou 
ambas as penas cumulativamente. (Incluído pela Lei 
nº 11.428, de 2006). 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será 
reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 
2006). 
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de 
preservação permanente, sem permissão da autoridade 
competente: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas 
as penas cumulativamente. 
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de 
Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto 
nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de 
sua localização: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 1º Entende-se por Unidades de Conservação as 
Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas, Estações 
Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, 
Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, Áreas de 
Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse 
Ecológico e Reservas Extrativistas ou outras a serem 
criadas pelo Poder Público. 
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de 
Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas 
Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos 
Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. (Redação 
dada pela Lei nº 9.985, de 2000) 
§ 2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas 
de extinção no interior das Unidades de Conservação 
será considerada circunstância agravante para a fixação 
da pena. 
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas 
de extinção no interior das Unidades de Conservação de 
Proteção Integral será considerada circunstância 
agravante para a fixação da pena. (Redação dada 
pela Lei nº 9.985, de 2000) 
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à 
metade. 
Art. 40-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.985, de 
2000) 
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso 
Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas 
de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas 
Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de 
Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e 
as Reservas Particulares do Patrimônio 
Natural. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) 
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas 
de extinção no interior das Unidades de Conservação de 
Uso Sustentável será considerada circunstância 
agravante para a fixação da pena. (Incluído pela Lei 
nº 9.985, de 2000) 
§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à 
metade. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) 
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de 
detenção de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que 
possam provocar incêndios nas florestas e demais 
formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo 
de assentamento humano: 
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas 
as penas cumulativamente. 
Art. 43. (VETADO) 
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou 
consideradas de preservação permanente, sem prévia 
autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de 
minerais: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, 
assim classificada por ato do Poder Público, para fins 
industriais, energéticos ou para qualquer outra 
exploração, econômica ou não, em desacordo com as 
determinações legais: 
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. 
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou 
industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do 
vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem 
munir-se da via que deverá acompanhar o produto até 
final beneficiamento: 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
5 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem 
vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou 
guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal,sem licença válida para todo o tempo da 
viagem ou do armazenamento, outorgada pela 
autoridade competente. 
Art. 47. (VETADO) 
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de 
florestas e demais formas de vegetação: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por 
qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de 
logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou 
ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a 
seis meses, ou multa. 
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou 
plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de 
mangues, objeto de especial preservação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou 
degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de 
domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão 
competente: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e 
multa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
§ 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária 
à subsistência imediata pessoal do agente ou de sua 
família. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil 
hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano por 
milhar de hectare. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 
2006) 
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em 
florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença 
ou registro da autoridade competente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação 
conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para 
caça ou para exploração de produtos ou subprodutos 
florestais, sem licença da autoridade competente: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é 
aumentada de um sexto a um terço se: 
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a 
erosão do solo ou a modificação do regime climático; 
II - o crime é cometido: 
a) no período de queda das sementes; 
b) no período de formação de vegetações; 
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, 
ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração; 
d) em época de seca ou inundação; 
e) durante a noite, em domingo ou feriado. 
Seção III 
Da Poluição e outros Crimes Ambientais 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis 
tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde 
humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou 
a destruição significativa da flora: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
§ 2º Se o crime: 
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a 
ocupação humana; 
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, 
ainda que momentânea, dos habitantes das áreas 
afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da 
população; 
III - causar poluição hídrica que torne necessária a 
interrupção do abastecimento público de água de uma 
comunidade; 
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos 
ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, 
em desacordo com as exigências estabelecidas em leis 
ou regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo 
anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a 
autoridade competente, medidas de precaução em caso 
de risco de dano ambiental grave ou irreversível. 
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos 
minerais sem a competente autorização, permissão, 
concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa 
de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos 
termos da autorização, permissão, licença, concessão ou 
determinação do órgão competente. 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, 
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, 
ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, 
perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio 
ambiente, em desacordo com as exigências 
estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem abandona os 
produtos ou substâncias referidos no caput, ou os utiliza 
em desacordo com as normas de segurança. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação 
dada pela Lei nº 12.305, de 2010) 
I - abandona os produtos ou substâncias referidos 
no caput ou os utiliza em desacordo com as normas 
ambientais ou de segurança; (Incluído pela Lei nº 
12.305, de 2010) 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, 
reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos 
perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010) 
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou 
radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço. 
§ 3º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 57. (VETADO) 
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as 
penas serão aumentadas: 
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à 
flora ou ao meio ambiente em geral; 
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal 
de natureza grave em outrem; 
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
6 
 
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo 
somente serão aplicadas se do fato não resultar crime 
mais grave. 
Art. 59. (VETADO) 
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer 
funcionar, em qualquer parte do território nacional, 
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente 
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos 
ambientais competentes, ou contrariando as normas 
legais e regulamentares pertinentes: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou 
ambas as penas cumulativamente. 
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que 
possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à 
flora ou aos ecossistemas: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Seção IV 
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o 
Patrimônio Cultural 
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: 
I - bem especialmente protegido por lei, ato 
administrativo ou decisão judicial; 
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, 
instalação científica ou similar protegido por lei, ato 
administrativo ou decisão judicial: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis 
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. 
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou 
local especialmente protegido por lei, ato administrativo 
ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, 
ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, 
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem 
autorização da autoridade competente ou em desacordo 
com a concedida: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou 
no seu entorno, assim considerado em razão de seu 
valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, 
cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou 
monumental, sem autorização da autoridade competente 
ou em desacordo com a concedida: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar 
edificação ou monumentourbano: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento 
ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, 
arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um 
ano de detenção, e multa. 
1. Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar 
edificação ou monumento urbano: (Redação 
dada pela Lei nº 12.408, de 2011) 
2. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e 
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 
2011) 
3. § 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa 
tombada em virtude do seu valor artístico, 
arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses 
a 1 (um) ano de detenção e multa. (Renumerado 
do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011) 
§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada 
com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou 
privado mediante manifestação artística, desde que 
consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo 
locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de 
bem público, com a autorização do órgão competente e a 
observância das posturas municipais e das normas 
editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela 
preservação e conservação do patrimônio histórico e 
artístico nacional. (Incluído pela Lei nº 12.408, de 
2011) 
Seção V 
Dos Crimes contra a Administração Ambiental 
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou 
enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou 
dados técnico-científicos em procedimentos de 
autorização ou de licenciamento ambiental: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, 
autorização ou permissão em desacordo com as normas 
ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja 
realização depende de ato autorizativo do Poder Público: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três 
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. 
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou 
contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante 
interesse ambiental: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três 
meses a um ano, sem prejuízo da multa. 
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder 
Público no trato de questões ambientais: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, 
concessão florestal ou qualquer outro procedimento 
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total 
ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por 
omissão:(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
§ 1o Se o crime é culposo: (Incluído pela Lei nº 
11.284, de 2006) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído 
pela Lei nº 11.284, de 2006) 
§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois 
terços), se há dano significativo ao meio ambiente, em 
decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou 
enganosa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
 
 
EXERCÍCIOS 
Foi constatado que um fazendeiro estava impedindo a 
regeneração natural de florestas em área de preservação 
permanente na sua propriedade rural, por pretender 
manter a área como pasto. 
Nessa situação hipotética, conforme a legislação 
pertinente, julgue os itens de 1 a 5: 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
7 
 
1) a autoridade ambiental que constatou a infração deve 
promover sua apuração imediata, sob pena de 
corresponsabilização. 
 
2) a conduta configura infração administrativa, mas não 
configura crime. 
 
3) a responsabilização será objetiva em todas as esferas 
cabíveis. 
 
4) caberá à autoridade policial que constatou a conduta 
lavrar o auto de infração ambiental e instaurar processo 
administrativo. 
 
5) inexiste hipótese de reparação civil, haja vista que a 
terra da propriedade rural pertence ao próprio infrator. 
 
6) Se uma pessoa física e uma pessoa jurídica 
cometerem, em conjunto, infrações previstas na Lei n.º 
9.605/1998 — que dispõe sobre as sanções penais e 
administrativas derivadas de condutas e atividades 
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências as 
atividades da pessoa jurídica poderão ser totalmente 
suspensas. 
 
7) A respeito de aspectos penais e processuais penais do 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Lei dos 
Crimes Ambientais (Lei n.° 9.605/1998), julgue o 
seguinte item. 
Considere que Jorge tenha sido preso por pescar durante 
a piracema, o que o tornou réu em processo criminal. 
Nessa situação hipotética, se a lesividade ao bem 
ambiental for ínfima, segundo o entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, o juiz poderá aplicar o 
princípio da insignificância. 
 
8) A respeito do Estatuto da Criança e do Adolescente 
(Lei n. o 8.069/1990) e dos crimes contra o meio 
ambiente (Lei n. o 9.605/1998), julgue os itens a seguir. 
 
Quando um cidadão abate um animal que é considerado 
nocivo por órgão competente, ele não comete crime. 
 
9) Responderá por crime contra a flora o indivíduo que 
cortar árvore em floresta considerada de preservação 
permanente, independentemente de ter permissão para 
cortá-la, e, caso a tenha, quem lhe concedeu a 
permissão também estará sujeito às penalidades do 
respectivo crime. 
 
10) Um cidadão que cometer crime contra a flora estará 
isento de pena se for comprovado que ele possui baixa 
escolaridade. 
 
 
GABARITO 
1 – CERTO 
2 –ERRADO 
3 –ERRADO 
4 –ERRADO 
5 – ERRADO 
6 – CERTO 
7 –CERTO 
8 - CERTO 
9 –ERRADO 
10 –ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
8 
 
 
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. 
Texto compilado 
Vigência 
(Vide Lei nº 13.431, de 
2017) (Vigência) 
Dispõe sobre o Estatuto da 
Criança e do Adolescente e 
dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
Título I 
Das Disposições Preliminares 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança 
e ao adolescente. 
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a 
pessoa até doze anos de idade incompletos, e 
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se 
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito 
e vinte e um anos de idade. 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os 
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem 
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, 
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas 
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o 
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, 
em condições de liberdade e de dignidade. 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei 
aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem 
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, 
sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, 
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, 
condição econômica, ambiente social, região e local de 
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as 
famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade 
em geral e do poder público assegurar, com absoluta 
prioridade,a efetivação dos direitos referentes à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer 
circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou 
de relevância pública; 
c) preferência na formulação e na execução das políticas 
sociais públicas; 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas 
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de 
qualquer forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na 
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos 
seus direitos fundamentais. 
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta 
os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem 
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a 
condição peculiar da criança e do adolescente como 
pessoas em desenvolvimento. 
 
Título II 
Dos Direitos Fundamentais 
Capítulo I 
Do Direito à Vida e à Saúde 
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a 
proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de 
políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o 
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições 
dignas de existência. 
Art. 8o É assegurado a todas as mulheres o 
acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher 
e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição 
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e 
ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-
natal integral no âmbito do Sistema Único de 
Saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
§ 1o O atendimento pré-natal será realizado por 
profissionais da atenção primária. (Redação dada 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 2o Os profissionais de saúde de referência da 
gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre 
da gestação, ao estabelecimento em que será realizado 
o parto, garantido o direito de opção da 
mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
§ 3o Os serviços de saúde onde o parto for 
realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos 
recém-nascidos alta hospitalar responsável e 
contrarreferência na atenção primária, bem como o 
acesso a outros serviços e a grupos de apoio à 
amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, 
de 2016) 
 § 4o Incumbe ao poder público proporcionar 
assistência psicológica à gestante e à mãe, no período 
pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou 
minorar as consequências do estado 
puerperal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 
2009) Vigência 
§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo 
deverá ser prestada também a gestantes e mães que 
manifestem interesse em entregar seus filhos para 
adoção, bem como a gestantes e mães que se 
encontrem em situação de privação de 
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 
(um) acompanhante de sua preferência durante o 
período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto 
imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 7o A gestante deverá receber orientação sobre 
aleitamento materno, alimentação complementar 
saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem 
como sobre formas de favorecer a criação de vínculos 
afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da 
criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento 
saudável durante toda a gestação e a parto natural 
cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e 
outras intervenções cirúrgicas por motivos 
médicos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa 
da gestante que não iniciar ou que abandonar as 
consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
9 
 
comparecer às consultas pós-parto. (Incluído pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à 
gestante e à mulher com filho na primeira infância que se 
encontrem sob custódia em unidade de privação de 
liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e 
assistenciais do Sistema Único de Saúde para o 
acolhimento do filho, em articulação com o sistema de 
ensino competente, visando ao desenvolvimento integral 
da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
Art. 9º O poder público, as instituições e os 
empregadores propiciarão condições adequadas ao 
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães 
submetidas a medida privativa de liberdade. 
§ 1o Os profissionais das unidades primárias de 
saúde desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou 
coletivas, visando ao planejamento, à implementação e à 
avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao 
aleitamento materno e à alimentação complementar 
saudável, de forma contínua. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 2o Os serviços de unidades de terapia intensiva 
neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou 
unidade de coleta de leite humano. (Incluído pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de 
atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, 
são obrigados a: 
I - manter registro das atividades desenvolvidas, 
através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito 
anos; 
II - identificar o recém-nascido mediante o registro 
de sua impressão plantar e digital e da impressão digital 
da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas 
pela autoridade administrativa competente; 
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e 
terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-
nascido, bem como prestar orientação aos pais; 
IV - fornecer declaração de nascimento onde 
constem necessariamente as intercorrências do parto e 
do desenvolvimento do neonato; 
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao 
neonato a permanência junto à mãe. 
VI - acompanhar a prática do processo de 
amamentação, prestando orientações quanto à técnica 
adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade 
hospitalar, utilizando o corpo técnico já 
existente. (Incluído pela Lei nº 13.436, de 
2017) (Vigência) 
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de 
cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, 
por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o 
princípio da equidade no acesso a ações e serviços para 
promoção, proteção e recuperação da 
saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 1o A criança e o adolescente com deficiência 
serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em 
suas necessidades gerais de saúde e específicas de 
habilitação e reabilitação. (Redação dada pela Lei 
nº 13.257, de 2016) 
§ 2o Incumbe ao poder público fornecer 
gratuitamente, àqueles que necessitarem, 
medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias 
assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou 
reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com 
as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades 
específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
§ 3o Os profissionais que atuam no cuidado diário 
ou frequente de crianças na primeira infância receberão 
formação específica e permanente para a detecção de 
sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem 
como para o acompanhamento que se fizer 
necessário. (Incluído pela Leinº 13.257, de 2016) 
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à 
saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia 
intensiva e de cuidados intermediários, deverão 
proporcionar condições para a permanência em tempo 
integral de um dos pais ou responsável, nos casos de 
internação de criança ou adolescente. (Redação 
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de 
castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de 
maus-tratos contra criança ou adolescente serão 
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da 
respectiva localidade, sem prejuízo de outras 
providências legais. (Redação dada pela Lei nº 
13.010, de 2014) 
§ 1o As gestantes ou mães que manifestem 
interesse em entregar seus filhos para adoção serão 
obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à 
Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 2o Os serviços de saúde em suas diferentes 
portas de entrada, os serviços de assistência social em 
seu componente especializado, o Centro de Referência 
Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais 
órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e 
do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao 
atendimento das crianças na faixa etária da primeira 
infância com suspeita ou confirmação de violência de 
qualquer natureza, formulando projeto terapêutico 
singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, 
acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá 
programas de assistência médica e odontológica para a 
prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam 
a população infantil, e campanhas de educação sanitária 
para pais, educadores e alunos. 
§ 1o É obrigatória a vacinação das crianças nos 
casos recomendados pelas autoridades 
sanitárias. (Renumerado do parágrafo único pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 2o O Sistema Único de Saúde promoverá a 
atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de 
forma transversal, integral e intersetorial com as demais 
linhas de cuidado direcionadas à mulher e à 
criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 3o A atenção odontológica à criança terá função 
educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes 
de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-
natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo 
anos de vida, com orientações sobre saúde 
bucal. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
10 
 
§ 4o A criança com necessidade de cuidados 
odontológicos especiais será atendida pelo Sistema 
Único de Saúde. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
§ 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, 
nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo 
ou outro instrumento construído com a finalidade de 
facilitar a detecção, em consulta pediátrica de 
acompanhamento da criança, de risco para o seu 
desenvolvimento psíquico. (Incluído pela Lei 
nº 13.438, de 2017) (Vigência) 
Capítulo II 
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade 
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à 
liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas 
humanas em processo de desenvolvimento e como 
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos 
na Constituição e nas leis. 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os 
seguintes aspectos: 
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços 
comunitários, ressalvadas as restrições legais; 
II - opinião e expressão; 
III - crença e culto religioso; 
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; 
V - participar da vida familiar e comunitária, sem 
discriminação; 
VI - participar da vida política, na forma da lei; 
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. 
Art. 17. O direito ao respeito consiste na 
inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da 
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da 
imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias 
e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da 
criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer 
tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório 
ou constrangedor. 
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito 
de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico 
ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de 
correção, disciplina, educação ou qualquer outro 
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família 
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos 
executores de medidas socioeducativas ou por qualquer 
pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los 
ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-
se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou 
punitiva aplicada com o uso da força física sobre a 
criança ou o adolescente que resulte em: (Incluído 
pela Lei nº 13.010, de 2014) 
a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 
13.010, de 2014) 
b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou 
forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao 
adolescente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 
2014) 
a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 
2014) 
b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei 
nº 13.010, de 2014) 
c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 
2014) 
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família 
ampliada, os responsáveis, os agentes públicos 
executores de medidas socioeducativas ou qualquer 
pessoa encarregada de cuidar de crianças e de 
adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que 
utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou 
degradante como formas de correção, disciplina, 
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, 
sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes 
medidas, que serão aplicadas de acordo com a 
gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 
2014) 
I - encaminhamento a programa oficial ou 
comunitário de proteção à família; (Incluído pela Lei 
nº 13.010, de 2014) 
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou 
psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
III - encaminhamento a cursos ou programas de 
orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
IV - obrigação de encaminhar a criança a 
tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 
13.010, de 2014) 
V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, 
de 2014) 
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo 
serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de 
outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 
13.010, de 2014) 
 Título III 
Da Prevenção 
Capítulo II 
Da Prevenção Especial 
Seção III 
Da Autorização para Viajar 
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora 
da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou 
responsável, sem expressa autorização judicial. 
§ 1º A autorização não será exigida quando: 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da 
criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída 
na mesma região metropolitana; 
b) a criança estiver acompanhada: 
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro 
grau, comprovado documentalmente o parentesco; 
2) de pessoa maior, expressamente autorizada 
pelo pai, mãe ou responsável. 
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos 
pais ou responsável, concederautorização válida por 
dois anos. 
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a 
autorização é dispensável, se a criança ou adolescente: 
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou 
responsável; 
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado 
expressamente pelo outro através de documento com 
firma reconhecida. 
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, 
nenhuma criança ou adolescente nascido em território 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
11 
 
nacional poderá sair do País em companhia de 
estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 
Título V 
Do Conselho Tutelar 
Capítulo I 
Disposições Gerais 
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e 
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade 
de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do 
adolescente, definidos nesta Lei. 
Art. 132. Em cada Município e em cada Região 
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 
(um) Conselho Tutelar como órgão integrante da 
administração pública local, composto de 5 (cinco) 
membros, escolhidos pela população local para mandato 
de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, 
mediante novo processo de escolha. (Redação 
dada pela Lei nº 12.696, de 2012) 
Art. 133. Para a candidatura a membro do 
Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: 
I - reconhecida idoneidade moral; 
II - idade superior a vinte e um anos; 
III - residir no município. 
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o 
local, dia e horário de funcionamento do Conselho 
Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos 
membros, aos quais é assegurado o direito 
a: (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) 
I - cobertura previdenciária; (Incluído pela 
Lei nº 12.696, de 2012) 
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas 
de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; 
 (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) 
III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei 
nº 12.696, de 2012) 
IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei 
nº 12.696, de 2012) 
V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei 
nº 12.696, de 2012) 
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária 
municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos 
necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à 
remuneração e formação continuada dos conselheiros 
tutelares. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 
2012) 
Art. 135. O exercício efetivo da função de 
conselheiro constituirá serviço público relevante e 
estabelecerá presunção de idoneidade moral. 
 (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) 
Capítulo II 
Das Atribuições do Conselho 
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: 
I - atender as crianças e adolescentes nas 
hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as 
medidas previstas no art. 101, I a VII; 
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, 
aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; 
III - promover a execução de suas decisões, 
podendo para tanto: 
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, 
educação, serviço social, previdência, trabalho e 
segurança; 
b) representar junto à autoridade judiciária nos 
casos de descumprimento injustificado de suas 
deliberações. 
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de 
fato que constitua infração administrativa ou penal contra 
os direitos da criança ou adolescente; 
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de 
sua competência; 
VI - providenciar a medida estabelecida pela 
autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I 
a VI, para o adolescente autor de ato infracional; 
VII - expedir notificações; 
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito 
de criança ou adolescente quando necessário; 
IX - assessorar o Poder Executivo local na 
elaboração da proposta orçamentária para planos e 
programas de atendimento dos direitos da criança e do 
adolescente; 
X - representar, em nome da pessoa e da família, 
contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, 
inciso II, da Constituição Federal; 
 XI - representar ao Ministério Público para efeito das 
ações de perda ou suspensão do poder familiar, após 
esgotadas as possibilidades de manutenção da criança 
ou do adolescente junto à família natural. 
 (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
 Vigência 
 XII - promover e incentivar, na comunidade e nos 
grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento 
para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em 
crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 
13.046, de 2014) 
 Parágrafo único. Se, no exercício de suas 
atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o 
afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti 
o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações 
sobre os motivos de tal entendimento e as providências 
tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social 
da família. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 
2009) Vigência 
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente 
poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido 
de quem tenha legítimo interesse. 
Capítulo III 
Da Competência 
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de 
competência constante do art. 147. 
Capítulo IV 
Da Escolha dos Conselheiros 
Art. 139. O processo para a escolha dos membros 
do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e 
realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal 
dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a 
fiscalização do Ministério Público. (Redação dada 
pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991) 
§ 1o O processo de escolha dos membros do 
Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o 
território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro 
domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da 
eleição presidencial. (Incluído pela Lei nº 12.696, 
de 2012) 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
12 
 
§ 2o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá 
no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de 
escolha. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) 
§ 3o No processo de escolha dos membros do 
Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, 
prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem 
pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de 
pequeno valor. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 
2012) 
Capítulo V 
Dos Impedimentos 
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo 
Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, 
sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o 
cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e 
enteado. 
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do 
conselheiro, na forma deste artigo, em relação à 
autoridade judiciária e ao representante do Ministério 
Público com atuação na Justiça da Infância e da 
Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou 
distrital. 
Título VII 
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas 
Capítulo I 
Dos Crimes 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes 
praticados contra a criança e o adolescente, por ação ou 
omissão, sem prejuízo do disposto na legislação penal. 
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei 
as normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto 
ao processo, as pertinentes ao Código de Processo 
Penal.Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação 
pública incondicionada 
Seção II 
Dos Crimes em Espécie 
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o 
dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de 
gestante de manter registro das atividades 
desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10 
desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu 
responsável, por ocasião da alta médica, declaração de 
nascimento, onde constem as intercorrências do parto e 
do desenvolvimento do neonato: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo: 
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. 
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente 
de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de 
identificar corretamente o neonato e a parturiente, por 
ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos 
exames referidos no art. 10 desta Lei: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo: 
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. 
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua 
liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em 
flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita 
da autoridade judiciária competente: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que 
procede à apreensão sem observância das formalidades 
legais. 
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável 
pela apreensão de criança ou adolescente de fazer 
imediata comunicação à autoridade judiciária competente 
e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua 
autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a 
constrangimento: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem 
justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança 
ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da 
ilegalidade da apreensão: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo 
fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de 
liberdade: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de 
autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou 
representante do Ministério Público no exercício de 
função prevista nesta Lei: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder 
de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou 
ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto: 
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. 
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou 
pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: 
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. 
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem 
oferece ou efetiva a paga ou recompensa. 
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato 
destinado ao envio de criança ou adolescente para o 
exterior com inobservância das formalidades legais ou 
com o fito de obter lucro: 
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. 
Parágrafo único. Se há emprego de violência, 
grave ameaça ou fraude: (Incluído pela Lei nº 10.764, 
de 12.11.2003) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além 
da pena correspondente à violência. 
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, 
filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo 
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou 
adolescente: (Redação dada pela Lei nº 
11.829, de 2008) 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e 
multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 
2008) 
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, 
facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo 
intermedeia a participação de criança ou adolescente 
nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda 
quem com esses contracena. (Redação dada pela 
Lei nº 11.829, de 2008) 
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o 
agente comete o crime: (Redação dada pela 
Lei nº 11.829, de 2008) 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
13 
 
I – no exercício de cargo ou função pública ou a 
pretexto de exercê-la; (Redação dada pela Lei 
nº 11.829, de 2008) 
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade; ou (Redação 
dada pela Lei nº 11.829, de 2008) 
III – prevalecendo-se de relações de parentesco 
consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por 
adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da 
vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha 
autoridade sobre ela, ou com seu 
consentimento. (Incluído pela Lei nº 11.829, 
de 2008) 
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, 
vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo 
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou 
adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, 
de 2008) 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e 
multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 
2008) 
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, 
transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer 
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou 
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que 
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei 
nº 11.829, de 2008) 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
 (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
I – assegura os meios ou serviços para o 
armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de 
que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei 
nº 11.829, de 2008) 
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede 
de computadores às fotografias, cenas ou imagens de 
que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
11.829, de 2008) 
 § 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 
1o deste artigo são puníveis quando o responsável legal 
pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa 
de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata 
o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 
2008) 
 Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por 
qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de 
registro que contenha cena de sexo explícito ou 
pornográfica envolvendo criança ou 
adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 
2008) 
 Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 § 1o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois 
terços) se de pequena quantidade o material a que se 
refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
11.829, de 2008) 
 § 2o Não há crime se a posse ou o 
armazenamento tem a finalidade de comunicar às 
autoridades competentes a ocorrência das condutas 
descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, 
quando a comunicação for feita por: (Incluído pela 
Lei nº 11.829, de 2008) 
 I – agente público no exercício de suas 
funções; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 II – membro de entidade, legalmente constituída, 
que inclua, entre suas finalidades institucionais, o 
recebimento, o processamento e o encaminhamento de 
notícia dos crimes referidos neste 
parágrafo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 III – representante legal e funcionários 
responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado 
por meio de rede de computadores, até o recebimento do 
material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao 
Ministério Público ou ao PoderJudiciário. (Incluído 
pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 § 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo 
deverão manter sob sigilo o material ilícito 
referido. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 Art. 241-C. Simular a participação de criança ou 
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica 
por meio de adulteração, montagem ou modificação de 
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de 
representação visual: (Incluído pela Lei nº 11.829, 
de 2008) 
 Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem 
vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou 
divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena 
o material produzido na forma do caput deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou 
constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, 
com o fim de com ela praticar ato 
libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre 
quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 I – facilita ou induz o acesso à criança de material 
contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o 
fim de com ela praticar ato libidinoso; (Incluído pela 
Lei nº 11.829, de 2008) 
 II – pratica as condutas descritas no caput deste 
artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma 
pornográfica ou sexualmente explícita. (Incluído 
pela Lei nº 11.829, de 2008) 
 Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta 
Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” 
compreende qualquer situação que envolva criança ou 
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou 
simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma 
criança ou adolescente para fins primordialmente 
sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente 
ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente 
arma, munição ou explosivo: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. 
 (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) 
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou 
entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a 
criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa 
causa, outros produtos cujos componentes possam 
PROFESSOR: RODRIGO GOMES 
TURMA: CARREIRAS POLICIAIS 
DATA: Nov./17 
“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para pensar nele!” 
 
 
 
14 
 
causar dependência física ou psíquica: (Redação 
dada pela Lei nº 13.106, de 2015) 
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e 
multa, se o fato não constitui crime mais grave. 
 (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) 
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente 
ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente 
fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, 
pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de 
provocar qualquer dano físico em caso de utilização 
indevida: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e 
multa. 
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como 
tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição 
ou à exploração sexual: (Incluído pela Lei nº 
9.975, de 23.6.2000) 
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, 
além da perda de bens e valores utilizados na prática 
criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e 
do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou 
Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado 
o direito de terceiro de boa-fé. (Redação dada pela 
Lei nº 13.440, de 2017) 
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o 
gerente ou o responsável pelo local em que se verifique 
a submissão de criança ou adolescente às práticas 
referidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei 
nº 9.975, de 23.6.2000) 
§ 2o Constitui efeito obrigatório da condenação a 
cassação da licença de localização e de funcionamento 
do estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975, de 
23.6.2000) 
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de 
menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração 
penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei 
nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste 
artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-
se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de 
bate-papo da internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são 
aumentadas de um terço no caso de a infração cometida 
ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei 
no 8.072, de 25 de julho de 1990. (Incluído pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
Capítulo II 
Das Infrações Administrativas 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou 
responsável por estabelecimento de atenção à saúde e 
de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de 
comunicar à autoridade competente os casos de que 
tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou 
confirmação de maus-tratos contra criança ou 
adolescente: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, 
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de 
entidade de atendimento o exercício dos direitos 
constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 
desta Lei: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, 
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem 
autorização devida, por qualquer meio de comunicação, 
nome, ato ou documento de procedimento policial, 
administrativo ou judicial relativo a criança ou 
adolescente a que se atribua ato infracional: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, 
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou 
parcialmente, fotografia de criança ou adolescente 
envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que 
lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam 
atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou 
indiretamente. 
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa 
ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista 
neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a 
apreensão da publicação ou a suspensão da 
programação da emissora até por dois dias, bem como 
da publicação do periódico até por dois números. 
 (Expressão declara inconstitucional pela ADIN 869-2). 
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade 
judiciária de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o 
fim de regularizar a guarda, adolescente trazido de outra 
comarca para a prestação de serviço doméstico, mesmo 
que autorizado pelos pais ou responsável: (Vide Lei 
nº 13.431, de 2017) (Vigência) 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, 
aplicando-se o dobro em caso de reincidência, 
independentemente das despesas de retorno do 
adolescente, se for o caso. 
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os 
deveres inerentes ao pátrio poder poder familiar ou 
decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação 
da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar: 
 (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 
2009) Vigência 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, 
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente 
desacompanhado dos pais

Continue navegando