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Breaking Bad - Ozymandias

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Breaking Bad
Breaking Bad (Ruptura Total (título em Portugal) ou Breaking Bad: A Química do Mal (título no Brasil)) é uma série de televisão dramática norte-americana criada e produzida por Vince Gilligan. A série foi exibida originalmente nos Estados Unidos e no Canadá pelo canal de televisão por assinatura AMC. O programa estreou a 20 de janeiro de 2008 com uma primeira temporada de sete episódios. Terminou a 29 de Setembro de 2013 após cinco temporadas.
Em Portugal a série é transmitida pelos canais de TV por subscrição SIC Radical, TVséries e MOV. No Brasil, o seriado é exibido pelo canal pago AXN e pelo serviço de streaming Netflix. Na TV aberta foi exibido pela Rede Record. 
A história de Breaking Bad se passa em Albuquerque, Novo México (onde também é produzida), e gira em torno de Walter White (Bryan Cranston), um professor de química do ensino secundário/médio pouco apreciado, com um filho adolescente que sofre de paralisia cerebral (RJ Mitte) e uma esposa grávida, Skyler (Anna Gunn). Quando o já tenso White é diagnosticado com câncer do pulmão, sofre um colapso e abraça uma vida de crimes, produzindo e vendendo metanfetaminas com o seu ex-aluno Jesse Pinkman (Aaron Paul), com o objetivo de assegurar o futuro financeiro de sua família no caso da sua morte. 
Breaking Bad é amplamente considerada como uma das maiores séries de televisão americana de todos os tempos. Ao seu final, a série foi um dos shows de tv a cabo mais assistidos da televisão americana. O seriado recebeu inúmeros prêmios, incluindo dez Primetime Emmy Awards, oito Satellite Awards, dois Globos de Ouro e um Prêmio Escolha Popular. Em 2014 entrou para o Livro Guinness dos Recordes como o seriado de maior audiência de todos os tempos, citando a sua quinta temporada Metacritic com uma pontuação de 99/100.
Sobre o episódio:
Eu encontrei um viajante de uma antiga terra
Que disse:—Duas imensas e destroncadas pernas de pedra
Erguem-se no deserto. Perto delas na areia
Meio enterrada, jaz uma viseira despedaçada, cuja fronte
E lábio enrugado e sorriso de frio comando
Dizem que seu escultor bem suas paixões leu
Que ainda sobrevivem, estampadas nessas coisas inertes,
A mão que os escarneceu e o coração que os alimentou.
E no pedestal aparecem estas palavras:
"Meu nome é Ozymandias, rei dos reis:
Contemplem as minhas obras, ó poderosos, e desesperai-vos!"
Nada mais resta: em redor a decadência
Daquele destroço colossal, sem limite e vazio
As areias solitárias e planas espalham-se para longe. 
"Ozymandias" é o décimo quarto episódio da quinta temporada da série dramática de televisão americana Breaking Bad, e o episódio 60 da série. Escrito por Moira Walley-Beckett e dirigido por Rian Johnson, foi ao ar na AMC nos Estados Unidos e no Canadá em 15 de setembro de 2013. Na exibição, o episódio recebeu elogios da crítica universal, e desde então tem sido chamado um dos maiores episódios de televisão transmitidos.
Enredo
O nome do epísódio, Ozymandias, faz referência ao poema do poeta inglês Percy Bysshe Shelley, que trata do inevitável declínio de impérios, e reflete com propriedade o destino de Walter White e de seu alter ego, Heinsenberg. Durante toda a a série Walter passou por perigos e a iminência de ser preso, mas sempre havia a esperança e uma mínima change de que ele se safaria e viveria em paz com sua família. Mas tudo isso foi pelo ralo, não há mais esperança, não há mais segunda chance.
Esse episódio, que foi brilhantemente dirigido por Rian Johnson e escrito magistralmente por Moira Walley-Beckett, inicia nos fazendo lembrar do início de tudo, quando Walter “cozinhou metanfetamina e mentiu para Skyler pela primeira vez. Na verdade, nessa primeira cena temos um flashback com um pouco de tudo o que aconteceria no episódio: a faca, o telefonema, o conflito com Jesse, Holly, a encomenda e outros elementos que apareceriam durante as cenas. Nada, absolutamente nada, é gratuito na série.
Logo depois voltamos ao tiroteio que encerrou o episódio passado. Dramático e forte foi cada segundo do desfecho da história entre Walter e Hank: Walter perdeu quase todo o dinheiro que escondera ao passo que Hank morreu agarrado a seu orgulho e honra. Triste fim para Hank.
Quem sofreu muito também foi Pinkman. Além de ouvir Walt confessar ter deixado Jane morrer, acabou sendo capturado e torturado por Jack e Todd sob a sombra da ameaça de ver Andrea e Brock mortos caso não os ajudasse a “cozinhar”.
Outro momento carregado de emoção foi quando Walter retorna para a sua casa a fim de levar a sua família embora e eles se negam a partir. Skyler chega a agredir Walter com uma faca e ele não tem outra saída, além de fugir. Mas quando está indo, leva a bebê Holly consigo para desespero da mãe.
Tudo na verdade era um plano de Walter para que a polícia gravasse tudo o que ele dissesse em um telefonema e, assim, inocentasse Skyler. A ligação que ele fez para casa, sabendo que haveriam policiais lá, marcou a morte de Walter e o nascimento definitivo de Heinsenberg.
Curiosidades
O significado de “Ozymandias” é referência a um conhecido soneto de Percy Bysshe Shelley, publicado em 1818.
Todos esperavam acompanhar logo no início do episódio uma chuva de tiros. Caso tivéssemos assistido o começo do episódio de olhos fechados, talvez teríamos imaginado isso, graças à brincadeira que a direção impôs, ao nos mostrar "tiros", mas não o que estávamos esperando.
 
— A cena que abre o episódio trata-se de um flashback, óbvio, referente ao primeiro cozimento de Walter e Jesse no deserto. Mas a cena que vimos trata-se da última cena filmada de Breaking Bad, com um momento bem propício e emocionante para atores, produção e todos os envolvidos. Para eles, não poderia ter sido escolhido cena melhor.
 
— No mesmo flashback, acompanhamos um ângulo de visão que teve outra conotação no fim do episódio, mostrando como a vida da família White era feliz, passando à total destruição. Skyler se depara com várias escolhas, mas se pega na situação mais obscura possível, propícia para aquele momento.
 
— Passemos para a primeira cena impactante do episódio, quando nos despedimos de Hank, ou melhor, do Agente Especial Schrader.
A cena da morte de Hank foi filmada em uma tomada só. Os produtores ficaram satisfeitos logo na primeira filmagem, fato raro em situações como essa. Detalhe que naquele momento uma tempestade de areia surgia, obrigando a todos usarem máscaras para poeira, porém os atores envolvidos optaram pela continuidade da cena, passando por dificuldades, mas conseguiram.
 
— Vale lembrar a "ironia do destino": Walter foi quem cavou a própria cova de Hank, mesmo não sendo o autor do disparo que causou sua morte, nem mesmo teve intenção alguma de matá-lo e até mesmo implorou por sua vida. Só que ninguém nunca irá acreditar nele.
 
— Após a morte de Hank, Walter se desesperou, da mesma forma que Gus se desesperou ao ver seu parceiro morto por Don Eladio, no episódio "Hermanos" 4x08. Mas nesse caso a cena não se encaixa na teoria confirmada por Gilligan, que Walter adquiri uma habilidade de assumir os traços das pessoas que ele matou, pois a semelhança refere-se apenas ao ângulo de câmera idêntico, além do trauma que ambos sofreram.
 
— Caminhando pelo deserto, aquele lugar responsável pelo início do império de Heisenberg, Walter passa desapercebido por um objeto bem familiar, mas nós não deixamos passar, muito menos Bryan Cranston.
 
— Plano usado para ilustrar a insignificância de Walter naquele momento, estando praticamente invisível na tela de nossa TV.
 
— Agora mencionemos o sistema de cores que ilustram vários momentos em Breaking Bad. Aqui, um ângulo de visão propositalmente demorado, para deixar claro os lados da trama. Marie versus Skyler; preto versus branco; e um roxo no meio delas, simbolizando a morte. A morte de Hank, que ambas ainda não sabiam naquele momento.
 
— Mas antes disso vimos uma loira conhecida sendo atendida por Flynn no lava-jato. Sabem que é ela? Moira Walley-Beckett, roteirista
desse episódio fazendo papel de figurante. O seu nome nos créditos apareceu no exato momento que estava em cena.
 
— O jogo de xadrez focado no Corpo de Bombeiros é uma referência clara à situação de Walter: um rei encurralado. Quem joga xadrez sabe que aquela situação do jogo não está nada boa para o jogador, da mesma forma passada pelo "rei" de Breaking Bad, Walter White. Contudo, não é um xeque-mate, sequer um xeque. Ainda dá pra vencer.
— A jogada executada também ilustra a saída de Walter de sua residência. O rei sai da casa branca e vai para a preta. Walter White (Branco) sai de sua residência e vai para o desconhecido, a escuridão.
 
— Já que entramos dentro do Corpo de Bombeiros, vamos falar da fofura da atriz Elanor Anne Wenrich, que interpreta (sim!) a personagem Holly. Separei três momentos:
1: Vimos ela dizendo: "Mamama". Isso não estava programado e aconteceu naturalmente. A criança estava chamando por sua mãe que estava ao lado da câmera. Bryan Cranston aproveitou a situação para atuar em cima de sua fala com total improviso e com total genialidade.
 
2: Agora, a cena onde vimos ela dentro do caminhão exigiu mais da atriz. Demorou bastante tempo para ser gravada, para que a câmera pegasse exatamente essa sequência, simbolizando o medo da criança.
 
3: Se você também ficou enfeitiçado pela fofura da criança naquele momento, talvez tenha perdido o guardanapo com o endereço de sua residência, fixado em sua blusa por Walter.
 
— O urso caolho rosa ataca novamente. Dessa vez na pele de Jesse, uma referência direta ao famigerado ursinho, da mesma forma que ocorreu com Gus.
 
— A cena final onde vimos um cão (raivoso?) atravessar o caminho de Walter é uma alusão à Jesse, tido na temporada como o "cão raivoso" que atravessou o caminho de Walter e se deu mal. A cena onde vemos Jesse amarrado é muito semelhante à lugares usados para delimitar espaço para cães.
 
— E o episódio tido como o melhor já exibido na TV, foi perfeito? Hummm, veja isso: um possível erro de continuidade:
 
Em "Más" 3x05, vimos através do contrato de divórcio de Walter e Skyler que o telefone da casa da família White era: 505-555-1258. Agora vimos o policial mencionando o número da residência em "Ozymandias" 5x14: 505-177-8987. 
E então? Eu respondo:
Erro de continuidade que nada, eles trocaram o número da residência, mas não mostraram na séie. O episódio foi perfeito, sim!
Música do episódio:
— "Take My True Love by The Hand", por The Limeliters: música usada de tema para Walter, no meio do deserto, enquanto empurrava seu barril milionário.
Edição:
No começo do episódio nos é mostrado um começo de cena de POV (Ponto de vista) de uma pessoa que estaria observando a ação de Walter e Jesse em sua primeira “cozinhada” de Metanfetamina, a câmera se estende pelos objetos da van, desde um primeiro plano em uma água em ebulição até um segundo plano, com a reação de personagens. Os cortes são secos. Nesta cena inicial só existem três planos: Planos fechado, médio e Contra-plongée. Quando os personagens saem da van, os planos mudam para planos médios e gerais. 
A cena seguinte com Skyler faz um jogo muito interessante, primeiro o plano a partir do ponto de vista da personagem e depois de frente para ela mostrando um conjunto de facas na mesa ao lado do telefone que está tocando. Esta cena com as facas é um simbolismo para o que vai acontecer mais tarde no episódio. Esses planos passam de fechados para Contra-plongée, com ocasionais planos conjunto. No final da cena, o editor deu um fade em Walter, Jesse e van dando uma panorâmica no mesmo cenário vazio de personagens.
A próxima cena, é um primor de edição e direção. Para não mostrar a mesma cena de tiroteio que ocorreu no capítulo anterior, o editor deu um fade-in de 5 segundos e passou para um plano médio do deserto com o som do tiroteio ao fundo. Logo após, na mesma cena, dá-se um fade nos carros que aparecem ao longe quando o tiroteio para. Mais de 5 segundos de cena, mostram todos parados e os carros com a câmera se aproximando. A aproximação de câmera e ponto de vista reina nessa cena. Hank, com perna ferida olha do amigo morto num plano médio para a arma ao lado dele num plano fechado. Como se uma terceira pessoa estivesse se arrastando também pela areia para ir ao encontro da arma e de Hank num ângulo incomum do chão. Logo após vemos um contra-plongée dos bandidos da supremacia branca e a câmera revela Hank girando ao redor dele. Este também é um simbolismo, para mostrar que os bandidos estão em um nível superior a Hank, que está totalmente vunerável. O ponto de vista de Walter vendo Hank a ponto de ser morto também é utilizado, assim como o ponto de vista de uma possível terceira pessoa que aparentemente está na mesma posição de vulnerabilidade de Hank. Em todas as cenas os cortes são secos e a maioria dos planos são fechados nos personagens e plongée e contra-plongée, somente ocasionalmente tem uma cena ou outra com plano médio ou conjunto. O tiro que mata Hank não é mostrado e no lugar aparece a paisagem ao som do tiro de fundo. Depois disso, na cena da reação de Walter temos a câmera se aproximando e acompanhando o personagem para dar profundida no que ele está sentindo. As cenas contra-plongée são extremamente utilizadas como simbolismo para mostrar a superioridade dos bandidos naquele momento, todos esses planos são utilizados neles, nos outros personagens e objetos (como nos barris de dinheiro) os planos de aproximação e fechados são mais utilizados.
As cenas de paisagem do deserto são utilizadas para passagem de tempo e cenas de cima são utilizadas para mostrar os barris sendo trancados no carro e arrastar o corpo de Gomez. Na cena em que arrastam o corpo de Hank, a câmera aparece horizontalmente, quando o arrastam aparece Walter deitado logo atrás, mais um simbolismo para o parentesco que Hank tinha com Walter. Logo após a câmera dá um giro de 180 graus para dar a dica de que algo está escondido embaixo de um carro, mas não mostra o que é. Alguns planos detalhe são como um contraponto para os planos gerais que se apresentam (como o aperto de mão que Walter dá no Jack). É simbólico também quando os bandidos arrastam Jesse debaixo do carro, pois ela é vista de cima, como se algo ou alguém estivesse julgando a todos. A partir daí, ocorre uma inversão de papéis, mostra-se Jesse em planos fechados contra-plongée em posição de vulnerabilidade, Walter em plano plongée em posição de superioridade e os bandidos em plano conjunto. Quando Walter confessa a Jesse que viu Jane morrer, existe um contra-plano em que Jesse fica fora de quadro durante algum tempo, aparecendo somente sua silhueta de nuca, porém, nessa cena, os planos se igualam e os dois ficam num plano fechado, porém, Walter frontal e Jesse de perfil. Depois desse início dá-se um fade e só assim os créditos começam a aparecer, com isto, o diretor não queria desviar a atenção do telespectador para qualquer outra coisa que não fosse a cena que dura mais de 18 minutos. A suposta terceira pessoa (supõe-se que seja o telespectador que é convidado a embarcar na história junto com os personagens) continua na cena seguinte, sentada no banco de trás do carro de Walter. As próximas cenas misturam muitos planos, desde panorâmicas a detalhes, câmera acompanhando e se aproximando do personagem, etc. Enquanto Walter empurra o barril de dinheiro pelo deserto, os planos em sua maioria são fechados e em detalhes, porém, para mostrar que o personagem estava perdido em um deserto enorme (outro simbolismo para o próprio sentimento do Walter) os planos se abrem em uma sequência até mostrar um “geralzão” onde o personagem é um mínimo detalhe na paisagem. Logo após mostra um índio vendo Walter rolar o barril pelo chão pelo reflexo do vidro da janela de sua casa, a partir daí os planos são fechados e em detalhe. Quando Walter compra a caminhonete do índio e fecha a porta da mesma, acontece um corte que é extremamente utilizado em todos os episódios da série em que outra coisa semelhante
acontece com outro personagem, nesse caso de Walter fechando a porta da caminhonete corta para Marie fechando a porta de seu carro também em outro local da cidade. Acredita-se que existe um simbolismo nesse corte, como se o fechamento de portas fosse um fechamento de ciclo na vida dessas pessoas, Walter que acaba de entrar na ilegalidade para sempre utilizando dinheiro que não foi lavado após ver seu cunhado morrer e Marie com o marido morto mesmo sem saber. Na cena do lava-jato os planos são basicamente fechados, americano, contra-plano de nuca e em conjunto. Na cena seguinte vemos o plano de cores trabalhando em torno dos simbolismos também. Enquanto Skyler está lívida, toda de branco, sentada no lado mais iluminado da mesa, vemos Marie, vestida toda de preto e no lado mais obscuro da mesa, com uma flor em frente a ela, provavelmente para simbolizar a morte e também o que ela está prestes a falar. Enquanto Marie fala vemos somente a reação de Skyler em um plano médio, como se algo a estivesse atingido além de palavras. Em segundo plano atrás de Skyler, um homem trabalha, para mostrar que apesar de tudo isso, a vida continua normalmente do lado de fora da vida dessas pessoas. Acredito que as cenas em que a câmera se aproxima do personagem mostrando primeiramente um plano geral até focar num plano fechado ou em um detalhe, seja para mostrar vulnerabilidade do mesmo, pois é o que mostra a cena seguinte com o Jesse Pinkman encarcerado num poço. Todas as cenas com Jesse são ou com a câmera se arrastando no chão o acompanhando ou em contra-plongée. Também são utilizados recursos de planos que mostram somente a metade do corpo do personagem, do peito as coxas, como se fosse um plano americano pela metade para mostrar um grande detalhe, que nesse caso é quando prendem o Jesse em um grande cabo por trás e soltam suas algemas pela frente. Esta cena é extremamente simbólica e inteligente, pois sem absolutamente nenhuma fala, o telespectador entende juntamente com Jesse, o porquê dele estar em um galpão com materiais para produzir metanfetamina com uma foto de sua namorada e o filho dela colada na parede.

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