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Resenha: Crítica da filosofia do direito de Hegel – Introdução de Karl Marx

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Resenha: Crítica da filosofia do direito de Hegel – Introdução de Karl Marx 
Thayná Silveira Soares (18/0010492)
A presente resenha apresenta sucintas observações sobre a obra de Karl Marx intitulada Crítica da filosofia do direito de Hegel – Introdução, que consiste em um agrupado de artigos publicados no ano de 1843 originados de suas argumentações críticas sobre os sistemas filosóficos dos neo-hegelianos de esquerda ou jovens hegelianos. Marx tratava do assunto de forma intensa demonstrando sua paixão e seus pensamentos em relação ao referido assunto. 
Logo no início de sua Introdução resta claro que a crítica a religião não seria o assunto central a ser abordado tendo em vista que o entendimento alemão já haveria de ter estudando de forma abrangente o tema e considera esta crítica como pressuposto de toda crítica.
Contudo, aponta a influência da religião sobre os homens alegando que “a religião é de fato a autoconsciência e o autossentimento do homem” e afirma que esta também influencia o Estado e a sociedade na medida em que produzem religião sendo uma forma distorcida, praticamente uma ilusão, de como os homens – povo – encontram sua felicidade no mundo em que vivem.
Marx considera a religião como um elemento paliativo do povo que a utiliza como forma de espalhar ilusões e esperanças que pouco provavelmente irão se realizar no mundo real. Fato este que leva o homem a prender-se em sua própria miséria e criando o desejo de libertar-se de tal condição enganosa para que saia da felicidade ilusória e alcance a felicidade real. 
Há um visível apelo para que seja esquecida a escola religiosa e se faça uso da escola da razão, o que, segundo Marx em sua obra, seria o único meio naquela época da Alemanha alcançar um progresso real pois considerava que o modelo político adotado pelos alemães não mais correspondia a realidade e isto faria com que o avanço da sociedade alemã fosse barrado. 
É de suma importância notar-se que nessa Introdução Marx faz uso da crítica com o objetivo de queixar-se da política alemã adotada no contexto histórico em que se insere a obra, ou seja, período de 1843-1844 em que a Europa se encontrava em turbulências sociais e econômicas.
Ademais, o autor faz uso da crítica como forma de combater a situação estática da Alemanha na época e propor mudanças por meio da alteração de comportamentos e o agir de forma crítica com fulcro em derrotar esse “inimigo” alemão e obter avanços. 
O autor, dessa forma, evidencia que a crítica não seria o final dessa mudança e sim o meio, uma forma de método, de atingir a transformação não apenas do sistema político e social alemão como também a mentalidade dos homens que ali viviam naquele momento. 
Afirma, também, que a crítica desse conteúdo é uma crítica de combate corpo a corpo que não faz diferenciações de classes ou interesses sendo a crítica uma poderosa arma para atingir tal mudança desejada e era isto que importava: atingi-la independentemente do adversário que se colocasse a frente. 
Seria esta crítica o meio de atingir a transformação do governo que vivia, até então, da indigência. Deveria o povo denunciar a mediocridade em que se encontrava e estava alocada no sistema de governo que o fazia acreditar ser natural o evento de serem governados de forma dominante e possessiva como se fosse uma dádiva celestial. 
Para, de concreto, ocorrer uma mudança seria necessário a ação de presteza da sociedade para enxergarem-se como uma parcela vergonhosa do governo e reconhecer sua submissão a esse sistema falido e ineficiente que levava a sociedade à mediocridade e era autor do retardo dos avanços. Tal necessidade de auto valer-se da crítica interna da sociedade alemã era uma necessidade da sociedade. 
O autor, considera uma verdadeira comédia o regime da Alemanha pela ausência de liberdades individuais. Marx compara a situação da Alemanha, em 1844, com o ocorrido com os Estados Modernos em relação a estagnação aos avanços destacando a situação em que se encontrava a indústria e outros fatores que diferenciavam a Alemanha das demais potências mundiais da época ao considerar que a metodologia adotada na Alemanha não havia tido resultado positivo nos demais países, como França e Inglaterra.
Sendo assim, demonstra ser necessário o desenvolvimento da filosofia para que suas ideias e pensamentos possam influenciar outros campos sociais, que, ao menos nisso, a Alemanha encontrava-se em igual patamar com os outros países pois em relação ao conteúdo filosófico alemão produzido, encontrava-se o que demais moderno e atual existia.
Também, critica de forma contundente àqueles que sugerem a abolição da filosofia na Alemanha com base no argumento de que esta estaria abaixo da realidade prática da sociedade e a mudança somente ocorreria por meio do pensamento filosófico. 
Por fim, Marx conclui seu artigo com a intenção de atentar o povo para a necessidade de emancipação, principalmente o proletariado – condutor da sociedade. Para Marx, a vitória do proletariado seria o caminho para a vitória da sociedade como um todo e o alcance de um futuro ideal. Fato este que justificava a relação da filosofia com o proletariado de forma que seria este a arma material da filosofia para a mudança. 
E, quando esta mudança e emancipação ocorrerem, considerando o homem como ser supremo de si, desfrutar-se-ia da verdadeira liberdade sendo a cabeça dessa emancipação a filosofia, o proletariado é seu coração.

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