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aula 6 Organiza o dos servi os de Sa de

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SAÚDE COLETIVA - NUTRIÇÃO 
 
 
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
 
Profa Malena Gadelha 
 
 
Sistemas de saúde 
 
• Conjunto de atividades no qual o principal 
propósito é promover, restaurar e manter a 
saúde da população (WHO, 2000). 
 
 
• Surgiram como parte de sistemas de proteção social. 
Assim, como pensões, aposentadorias, sistemas de assistencial 
social 
Proteção social 
• Relacionada às políticas públicas que têm por objetivo 
proteger os indivíduos contra os riscos inerentes à vida 
e/ou assisti-los em necessidades relacionadas à situação 
de dependência. 
 
• Família 
• Comunidade 
• Associações filantrópicas e religiosas 
• Associações de trabalhadores 
• Estado 
 
 
 SISTEMA PÚBLICO DE 
ACESSO UNIVERSAL 
SISTEMA PÚBLICO DE 
SEGURO SOCIAL 
SISTEMA PRIVADO 
FINANCIAMENTO Público (tributos pago pela 
população ao Estado) 
Compulsório (realizado por 
meio de contribuição sobre as 
folhas de pagamento) 
Privado (pagamento direto ao 
provedor ou por meio de seguro 
privado voluntário) 
ORGANIZAÇÃO/ 
ADMINISTRAÇÃO DO 
SISTEMA 
Pública, realizada diretamente 
pelo Estado 
Pública ou semipública Cobertura realizada por 
diferentes tipos/arranjos de 
seguros privados, com setor 
público fragmentado e 
recortado de programas 
ACESSO Possibilita a cobertura universal Benefício como contrapartida 
ao pagamento da contribuição 
Definido pela capacidade de 
pagamento e por programas 
públicos específicos 
PROVISÃO DOS 
SERVIÇOS/ 
PRESTAÇÃO DOS 
SERVIÇOS 
Pública ou público-privado Pública ou público-privado Setor privado; nos programas 
com componente médico-
assistencial 
EXEMPLO DE PAÍSES Inglaterra, Suécia, Noruega, 
Espanha, Itália, Portugal 
Alemanha, Bélgica, França, 
Holanda 
 EUA 
Tipologia dos sistemas de saúde 
SUS 
 
 Embora esteja alicerçado em princípios e diretrizes 
próprios de um sistema integrado, constitui-se, 
atualmente, em um sistema fragmentado de atenção a 
saúde. 
A FRAGMENTAÇÃO NO SUS 
FONTE: MENDES (2002) 
SISTEMAS DE SAÚDE FRAGMENTADOS 
1. Constituídos por unidades funcionais de atenção à saúde 
isoladas, que não se comunicam umas com as outras ou o 
fazem de maneira informal. 
 
2. Serviços com lógicas de atenção diferentes, trabalhando de 
forma independente. 
 
3. A oferta de atenção é realizada de forma episódica. Não são 
adequados para o acompanhamento contínuo dos usuários 
 
4. Baixa valorização da atenção básica 
 
5. Atendimento centrado no médico 
 
6. Pouco envolvimento da família, comunidade e de outros 
setores públicos ou organizações da sociedade civil 
 
7. Paciente entendido como receptor de informações 
 
 
No SUS a fragmentação extrapola o âmbito sistêmico e 
também está presente nos serviços de saúde e nas 
práticas profissionais. 
 
1.Desorganização interna dos serviços com fragilidades na 
estrutura gerencial/ corpo funcional/ processos de trabalho 
favorecendo, inclusive, a falta de integração da equipe 
profissional 
 
2.Baixa utilização de tecnologias de gestão do cuidado 
 
3.Vários tipos de comprometimento na relação 
profissionais - usuários 
No SUS a fragmentação extrapola o âmbito sistêmico e 
também está presente nos serviços de saúde e nas 
práticas profissionais. 
 
A CRISE DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE NO 
SUS 
 
• A SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA 
• A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
• A SITUAÇÃO ECONÔMICA 
• O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE VOLTADO ÀS 
CONDIÇÕES AGUDAS 
AS DIFERENÇAS ENTRE AS 
CONDIÇÕES AGUDAS E AS 
CONDIÇÕES CRÔNICAS DE SAÚDE 
CONDIÇÕES AGUDAS 
 
• DURAÇÃO LIMITADA 
• MANIFESTAÇÃO ABRUPTA 
• AUTOLIMITADAS 
• DIAGNÓSTICO E 
PROGNÓSTICO USUALMENTE 
PRECISOS 
• INTERVENÇÃO USUALMENTE 
EFETIVA 
• RESULTADO: A CURA 
CONDIÇÕES CRÔNICAS 
 
 DURAÇÃO LONGA 
 MANIFESTAÇÃO GRADUAL 
 NÃO AUTOLIMITADAS 
 DIAGNÓSTICO E 
PROGNÓSTICO USUALMENTE 
INCERTOS 
 INTERVENÇÃO USUALMENTE 
COM ALGUMA INCERTEZA 
 RESULTADO: O CUIDADO 
SISTEMAS DE SAÚDE INTEGRADOS 
• Organizam-se através de um conjunto coordenado de 
unidades funcionais de atenção a saúde 
RAS (Redes de Atenção à Saúde) 
 
• Utilizam vários mecanismos de integração assistencial 
 
• Considera o paciente como protagonista de seu plano de 
cuidado 
 
• Valoriza a participação do paciente, da família, da 
comunidade. 
 
• Adequados para a oferta de atenção contínua e integral. 
 
 
Propostas para superação da fragmentação 
sistêmica 
 
 
 
Estruturação de redes de 
atenção a saúde 
DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS DE 
SERVIÇOS DE SAÚDE PARA AS REDES DE 
ATENÇÃO À SAÚDE 
SISTEMA 
FRAGMENTADO 
REDES INTEGRADAS 
DE ATENÇÃO À 
SAÚDE 
FONTE: MENDES (2002) 
APS 
O QUE SÃO REDES? 
REDES 
 
 
• Estruturas policêntricas, envolvendo diferentes atores, 
organizações ou nódulos vinculados entre si a partir do 
estabelecimento e manutenção de objetivos comuns e de 
uma dinâmica gerencial compatível e adequada. 
 
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2010) 
REDES 
DE 
ATENÇÃO À 
SAÚDE 
ORGANIZADAS 
por critérios de 
eficiência 
INTEGRADAS 
a partir da 
complementarida
de 
OBJETIVADAS 
pela provisão de 
atenção contínua 
e integral 
CONSTRUÍDAS 
mediante o 
planejamento, e o 
financiamento 
tripartite 
VOLTADAS 
Para as 
necessidades 
populacionais 
Características RAS 
A CONCEPÇÃO HIERÁRQUICA DA REDE 
DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS 
Alta 
Compl. 
Média 
Complexidade 
Atenção Básica 
FONTE: MENDES (2002) 
SISTEMA EM REDE 
 
Fonte: PESS/NEPP/UNICAMP 2007 
MOMENTO 4 
A INTEGRAÇÃO VERTICAL DOS PONTOS DE 
ATENÇÃO À SAÚDE 
HOSPITAL 
HOSPITAL/DIA 
CENTRO DE 
ENFERMAGEM 
ATENÇÃO 
DOMICILIAR 
AMBULATÓRIO 
ESPECIALIZADO 
UNIDADE 
BÁSICA DE 
SAÚDE 
Hospital 
MACRO 
Município 
APS 
Fisioterapi
a 
Ambul. 
Especiali-
zado 
Hospital 
Micro c/ 
UTI CRA
S 
CEO 
CAP
S 
Município 
APS 
Fisioterapia 
PSE 
Hospital 
Micro s/ UTI 
CRA
S 
CEO 
CAP
S 
Município 
APS 
EMAD 
Academia 
da Saúde 
Oftalmo POLI 
CEO 
Hospital 
MACRO 
S.L
. 
S.A. 
S.G
. 
RAS CONDIÇÕES CRÔNICAS 
Hospital 
Micro c/ UTI 
UPA 
Hospital 
MACRO 
COMPLEXO 
REGULADOR 
Hospital 
Micro s/ 
UTI 
Município 
UBS 
PSF 
SAMU 
Domicílio 
Município 
Domicílio 
UBS 
PSF 
SAMU 
Hospital 
Local 
Municípi
o 
Domicílio 
UBS 
PSF 
SAM
U 
Município 
Domicíli
o 
UBS 
PSF 
SAMU 
Hospital 
Local 
HPS 
MACRO 
S.L
. 
S.A. 
S.G
. 
RAS URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
Questionamentos 
 
• O primeiro nível de saúde cumpre seu papel ou apenas é 
um mecanismo de triagem? 
 
• A atenção básica está bem estruturada em todo o 
território nacional? 
 
• Os serviços de urgência e emergência são adequados? 
 
• Os hospitais estão cumprindo seu papel de forma 
eficiente? 
 
 
Qual seria a solução? 
Planejamento 
• Planejamento: 
• Elaboração de um plano? 
• Definição de normas para serem seguidas? 
• Cálculo de todos os recursos (materiais, humanos ou financeiros)? 
 
 
 
• PLANEJAR: DECIDIR ALGO COM 
ANTECEDÊNCIA, DE MODO A ALCANÇAR OS 
OBJETIVOS PROPOSTOS 
 
Exemplo 
• Preconização do Ministério da Saúde que 100% das 
mulheres entre 25 e 59 anos realizem o exame 
citopatológico 
 
• Objetivo: ↓ a incidência e a mortalidade de câncer de colo de útero 
 
• Estratégia: prevenção e detecção precoce por meio de exames, 
identificação, tratamento e acompanhamento de casos 
Exemplo 
• Plano: realizar coberturade 100% 
• ERRADO!!! 
 
• CERTO: 
• Identificar a cobertura atual 
• Identificar os motivos da não cobertura total 
 
• BOM PLANO: 
• Cobertura: 60% 
• Recursos necessários 
• Metas

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