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Regimes Democráticos e Sistemas Eleitorais

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OS REGIMES DEMOCRÁTICOS (CAP. 10) - PASQUINO
Distância entre a teoria democrática e prática: constantes tentativas de rearranjo e reformas institucionais, políticas e socioeconômicas. 
Tensão entre a “democracia formal” (respeito às normas e aos procedimentos) e a “democracia material” (interessada no bem-estar e na igualdade).
Definição de Schumpeter: “o método democrático consiste no arranjo institucional necessário para chegar a decisões políticas no qual algumas pessoas alcançam o poder de decidir através de uma competição destinada a obter o voto popular”. É uma definição, segundo parte da literatura, essencialmente processual e reduz a democracia a uma concorrência eleitoral. 
Princípio das “reações previstas” (Friedrich): os governantes farão o mais esforço para interpretar o mais fielmente possível as vontades dos eleitores, pois têm o desejo de ser reeleito, gosto pelo poder, amor ao prestígio, ao privilégio e à popularidade ou mesmo ambição de um lugar na história. Num regime democrático, portanto, os cidadãos eleitores tem a possibilidade de recompensar os líderes que os agradem e substituir os que não foram satisfatórios. 
“O desejo legítimo de ser reeleito e o princípio de reações previstas– quer dizer, o receio compreensível das sanções do eleitorado e da opinião em geral no caso de comportamentos mal aceitos– introduzem fatores que apontam para uma responsabilização considerável dos governantes. Além de que é provável que a equipe dos derrotados nas eleições anteriores se organize de forma a liderar uma oposição atenta, crítica, sempre pronta a apresentar propostas e alternativas ao Governo(...)” pp. 322
Requisitos: participação eleitoral seja extensiva a todos os cidadãos e, que estes possam exercer livremente atividades consideradas fundamentais para estruturação do voto e liberdades civis. (*ver Dahl)
 Processo para a democracia: participantes coesos no que diz respeito a organização da comunidade política; compromisso entre as elites de conviver e competir entre si pelo poder político; reconhecimento da diversidade num plano de igualdade; criação de estruturas e procedimentos que preserve, valorizem e orientem esta diversidade no sentido de concorrência democrática. 
Argumento tautológico: a democracia afirma-se quando as desigualdades são relativamente contidas e os desequilíbrios contidos. A democracia pretende conter as desigualdades. 
Não é o nível de desenvolvimento socioeconômico que dá origem à democracia, um bom nível de desenvolvimento garante-lhe, pelo menos, maiores oportunidades de sobrevivência
Estabilidade e cultura política: estabilidade ou instabilidade (variável dependente) e cultura política (variável independente). Um regime com cultura política mais homogênea e secularizada (próxima ao estilo anglo-saxão) terá mais estabilidade. Os que tiverem uma cultura política heterogênea e fragmentada darão origens a sistemas democráticos instáveis (próximo ao estilo continental-ocidental europeu). Demasiadas exceções tornaram essa caracterização pouco satisfatória. 
A DEMOCRACIA E SEUS CRÍTICOS (CAP. 15 E 17) - DAHL
Geralmente, partia-se do princípio de que o governo democrático ou republicano era adequado apenas para Estados pequenos. Com o surgimento dos Estados nacionais a partir de meados do séc. XVII, a ideia da democracia foi transferida da cidade-Estado para o Estado nacional. 
Dahl pondera 8 consequências do aumento de escala da Democracia:
Representação: os representantes substituíram quase por completo a assembleia dos cidadãos da democracia antiga. A representação pode ser entendida como um fenômeno histórico e como a aplicação da lógica de igualdade a um sistema político de grande escala. 
Expansão ilimitada: uma vez estabelecida a representatividade, o tamanho da população de um Estado não importa mais. 
Limites para a democracia participativa: perde-se em participação efetiva se comparada as polis gregas, mesmo num Estado pequeno para os padrões de hoje. 
Diversidade: quanto maior e mais inclusiva uma unidade política, mais seus habitantes tendem a exibir uma grande diversidade. 
Conflito: com o aumento da diversidade, as divisões políticas se multiplicam e os conflitos tornam-se um aspecto inevitável da vida política. Madison contrapõe a visão clássica de que os conflitos políticos e a diversidade gerassem um conflito civil grave. O autor argumenta que o conflito e a diversidade fazem parte da natureza do homem e da sociedade e que a supressão destas é a supressão da própria liberdade e, por isso, mais problemática para o equilíbrio. 
Poliarquia: o aumento na escala da democracia provocou o desenvolvimento de um conjunto de instituições políticas (à moda de Schumpeter) único– a Poliarquia.
Pluralismo social e organizacional: ocorre quando grupos e organizações sociais são diversas, relativamente autônomas umas com relação às outras e ao próprio governo. 
A expansão dos direitos individuais: o aumento da escala está entre umas das causas da expansão de tais direitos, talvez não seja a mais importante. No entanto, seria uma alternativa a menor participação efetiva nas decisões. A medida que aumenta a diversidade e os conflitos é necessário garantir direitos pessoais vinculados à cidadania, para garantir a todos um certo espaço livre que não pode ser facilmente violado pelas decisões comuns.
A Poliarquia é uma ordem política na qual a cidadania é extensiva a um número relativamente alto de cidadãos e os direitos desta são os de opor-se aos funcionários mais altos do governo e de removê-los do cargo por meio do voto. As instituições da Poliarquia são: funcionários eleitos; eleições livres e justas; sufrágio inclusivo; direito de concorrer a cargos eletivos; liberdade de expressão; informação alternativa; autonomia associativa. Essas instituições são necessárias para satisfazer os seguintes critérios que são necessários, mas não suficiente para as democracias modernas: igualdade de voto; participação efetiva; compreensão esclarecida; controle de agenda; inclusão. As instituições da Poliarquia tornam raras as possibilidades de que um governo imponha medidas que despertem a oposição de um número substancial de cidadãos, os quais tentariam derrubar essas políticas por meio dos direitos e oportunidades a sua disposição.
A democracia é um governo de constante reponsividade do governo perante as preferências de seus cidadãos, considerados como politicamente iguais. É necessário também que os cidadãos tenham oportunidades plenas de formular suas preferencias e de expô-las a seus concidadãos e ao governo através da ação individual ou coletiva, além de ter suas preferencias consideradas na tomada de decisões. 
Um regime pode passar de uma hegemonia fechada para uma hegemonia competitiva, quando se promove a liberalização (aumento da contestação pública). Pode também, tornar-se um sistema mais inclusivo, permitindo a participação da população sem necessariamente permitir a concorrência e a contestação. 
PATTERNS OF DMOCRACY (CAP 1, 2, 3 e 8)- LIJPHART
Fonte: slides do Prof. Leandro Piquet Carneiro. Instituto de Relações Internacionais.
O modelo majoritário de democracia é exclusivo e competitivo, enquanto que o modelo consensual é caracterizado pela inclusividade, barganha e compromisso, por vezes chamada de “democracia negociativa”.
SISTEMAS ELEITORAIS (CAP. 1, 2, 3 e 4) - NICOLAU
CONCEITOS:
Sistema eleitoral: são mecanismos responsáveis pela transformação dos votos dados pelos eleitores em mandatos (cadeiras no Legislativo-chefia no Executivo).
Distrito Eleitoral: é a unidade territorial básica na qual os votos são transformados em cadeiras em cada pleito (constituency- RU, circonscription- FRA, district-EUA, wahlkreis-ALE).
Magnitude do Sistema Eleitoral: corresponde ao número de representantes eleitos em cada distrito eleitoral. Os sistemas majoritários são em geral utilizados em distritos de um representante (M=1), embora existam variantes. Os sistemas proporcionais necessitam de distritos com mais de um representante(M >1). {Quanto maior a magnitude do distrito eleitoral, maiores as chances de representação dos partidos minoritários e maior a proporcionalidade na relação votos/cadeiras}.
Gerrymander: manipulação no desenho das fronteiras de um distrito, com o intuito de favorecer ou prejudicar certos candidatos (viola o princípio de todos eleitores devem ter votos de mesmo valor). 
Alocação Desproporcional: quando há diferença entre o percentual de eleitores de cada distrito e o percentual de representantes (cadeiras) desse distrito (sub-representação dos partidos que tem votos concentrados nos distritos que perdem cadeiras). 
Maiorias naturais: quando o partido é maioria e recebeu mais de 50% dos votos.
Maiorias manufaturadas: quando o partido tem mais de 50% das cadeiras, sem ter recebido mais de 50% dos votos. 
MAJORITÁRIOS: (maiorias parlamentares) garantir a eleição dos candidatos que receberam maior contingente de votos; produção de governos unipartidários; capacidade maior de controle dos representantes pelos representados; distorções entre a representação e os votos; menor proporcionalidade. 
Maioria Simples: o candidato desse sistema é eleito se, dentre todos os concorrentes, for o que obtiver mais votos (não necessariamente mais da metade dos votos). Em geral, a regra da maioria simples é aplicada em distritos eleitorais de um representante (M=1). Sendo assim, a representação parlamentar de pequenos partidos e grupos sociais minoritários depende da concentração espacial dos votos. Essa é a principal crítica feita a esse modelo, há forte distorção entre a votação e a representação parlamentar dos partidos, os grupos minoritários dependem da concentração espacial dos votos. Vale ressaltar alguns pontos positivos: a utilização de distritos eleitorais com M=1 estimula uma conexão específica entre deputados e eleitores (além de representante do partido, o deputado é visto mais proximamente como representante do distrito pelo qual foi eleito); é um sistema capaz de criar governos com base parlamentar unipartidária. Nesse sentido, nos países parlamentaristas com representação majoritária o controle dos eleitores sobre a natureza do governo a ser formado é maior, pois é mais fácil acompanhar as políticas do governo ao longo do mandato (nos países onde o sistema é proporcional, o gabinete típico é de coalizão e, neste caso, os eleitores tem menos controle acerca das barganhas no período pós-eleitoral).
Dois Turnos: os defensores desse sistema argumentam que há, por um lado, o benefício do sistema majoritário simples (um distrito que conecta os representantes e os eleitores). Por outro lado, apresenta duas outras características distintivas: o segundo turno garante a eleição de um representante com pelo menos 50% dos votos válidos (maior representatividade dos eleitos) e desestimula a representação de partidos extremistas, pois estimula a realização de alianças partidária entre o primeiro e o segundo turno. Nesse sistema, as alianças entre os partidos tendem a acontecer entre o primeiro e o segundo turnos, por isso o número de candidatos tende a ser maior que no sistema majoritário simples (no qual os candidatos tendem a se coligar antes das eleições).
Voto Alternativo: os partidos apresentam um candidato por distrito e os eleitores devem numerar os candidatos na ordem de preferência. Quem obtiver a maioria dos votos é eleito. Caso não aconteça de um representante obter mais de 50% dos votos, o que tiver menos preferência é eliminado e seus votos são computados para os outros candidatos na ordem de preferência, esse raciocino persiste até um candidato obter a maioria absoluta e ser eleito. 
Voto em bloco: (M >1) o eleitor pode votar em tantos candidatos quanto forem as cadeiras disputadas, podendo votar em partidos diferentes. São eleitos os candidatos individuais mais votados. 
Voto em bloco partidário: (M >1) os partidos apresentam uma lista de candidatos, o eleitor vota numa das listas fechadas e o partido mais votado elege todos os representantes do distrito. (DISTRITÃO PMDB)
Voto Único não-transferível: (M >1) cada partido pode apresentar tantos candidatos quantas são as cadeiras disputadas, mas o eleitor vota em apenas um candidato. Os individualmente mais votados são eleitos. 
MISTOS: utilizam aspectos dos dois sistemas (majoritário e proporcional) em eleições para o mesmo cargo; complexidade do processo eleitoral; perigo de representantes com status diferenciados. 
Combinação: as cadeiras eleitas pelo sistema proporcional são independentes das eleitas pelo sistema majoritário. Parte dos representantes é eleita por uma variante do sistema majoritário, enquanto a outra é eleita pelo sistema proporcional.
Correção: as cadeiras proporcionais são distribuídas com o objetivo de corrigir as distorções geradas pela parte majoritária. O eleitor tem dois votos: um é dado a um candidato que concorre no distrito de um representante (eleição majoritária), e outro é dado em uma lista de candidatos. O componente proporcional procura assegurar a representação dos partidos pequenos, enquanto que a parte majoritária aumenta a capacidade de os eleitores monitorarem os seus representantes. 
PROPORCIONAIS: (representação proporcional) assegurar que a diversidade de opiniões de uma sociedade esteja refletida no parlamento e garantir equidade matemática entre os votos; a inexistência de um partido com a maioria absoluta das cadeiras do Legislativo exige acordos pós-eleitorais para a formação de uma base de sustentação parlamentar. Esses acordos tendem a distanciar o governo formado das preferências dos eleitores; distritos eleitorais com muitos representantes reduziria a capacidade de conexão dos eleitores com seus deputados. 
Proporcional de lista: de acordo com esse sistema a função primordial do sistema eleitoral é permitir a representação das opiniões da sociedade por intermédio dos partidos políticos. A magnitude de um distrito é fundamental para garantir resultados proporcionais em uma eleição, portanto, quanto maior o número de cadeiras eleitorais, mais proporcional será o resultado. As câmaras baixas de países que adotam esse sistema em geral são compostas de diversos distritos, com número variável de representantes em cada um deles e, para garantir a proporcionalidade, procura-se distribuir as cadeiras da Câmara Baixa proporcionalmente ao peso de cada subunidade. 
Lista fechada: os partidos definem previamente o ordenamento dos candidatos, cabendo aos eleitores votarem exclusivamente na legenda. As cadeiras que o partido receber serão ocupadas pelo primeiro da lista. Assim, o partido pode controlar o perfil dos parlamentares eleitos. Isso possibilita que certos setores sejam privilegiados dentro de cada partido, tendo o benefício de ficar entre os primeiros da lista. 
Lista aberta: o ordenamento é definido exclusivamente pelos eleitores. Nesse sistema, o poder do partido resume-se à seleção dos candidatos que serão apresentados aos eleitores. Cada partido seleciona uma lista de candidatos, mas sem ordená-los; soma-se o total de votos dos candidatos na lista, para saber quantas cadeiras cada partido receberá; os mais votados individualmente são eleitos. Os partidos competem entre si pelas cadeiras e, dentro de cada partido, compete-se individualmente. Os partidos têm incentivos para incluir na lista nomes de personalidade e lideranças populares. 
Lista aberta no Brasil: há a possibilidade de votar na legenda, esse voto é contabilizado para efeito de distribuição de cadeiras, mas não é computado para nenhum candidato da lista. 
Voto Único Transferível: o STV (single transferable vote) permite que o eleitor tenha controle sobre a natureza da transferência de votos. Os eleitores podem votar em candidatos de diferentes partidos e ainda ordená-los de acordo com sua preferência. É um sistema que fortalece mais a representação de opiniões do que de partidos. 
A fórmula eleitoral: a fórmula de D’Hondt (divisores do total de eleitos para ocupar uma cadeira: 1; 2; 3; 4; etc....) favoreceos partidos com maiores votações. A fórmula Sainte-League (1; 3; 5; 7; etc..) é mais equânime na relação votos e cadeiras de cada partido. A fórmula Sainte-League (1,4; 3; 5; etc....) modificada gera um resultado menos proporcional que o modelo original, com a finalidade de dificultar o acesso de pequenos partidos à distribuição de cadeiras.
As fórmulas de maiores sobras: primeiramente deve-se estabelecer uma quota (votos do partido serão divididos por essa quota) para o cálculo inicial das cadeiras. Em seguida, as cadeiras não ocupadas são alocadas de acordo com a sobra de cada partido. A Quota Hare (nº de votos/nº de cadeiras) é a mais proporcional do que a Quota Droop (nº de votos/ nº de cadeiras +1), que favorece os maiores partidos. 
Cláusula de Exclusão: estabelece um patamar mínimo de votos para obter representação parlamentar, dificultando o acesso de pequenos partidos ao Legislativo.
As coligações eleitorais: os partidos mantêm sua autonomia organizacional e apresentam uma lista própria de candidatos nas eleições, mas têm os votos agregados para efeito do cálculo das cadeiras do Legislativo. As coligações permitem que partidos pequenos tenham mais chances de obter representação. Os partidos elegerão a quantidade de candidatos proporcional a sua participação na coligação (no Brasil, não há cálculo para definir a distribuição de cadeiras intracoligação, os candidatos mais votados independentemente do partido ocuparão as cadeiras eleitas pela coligação, o eleitor não vota diretamente em seu partido).
PRESIDENCIALISMO OU PARLAMENTARISMO- LINZ
No parlamentarismo o poder do primeiro ministro não é derivado diretamente do povo. Nesse sentido, ele não pode apelar para os eleitores contra os representantes no parlamento ou contra seu partido, pois são eles que o sustentam no poder. 
No presidencialismo o Executivo tem grandes poderes designados pela constituição, geralmente com possibilidade de compor o gabinete independentemente da situação no Legislativo. O presidente é eleito diretamente pelo povo, não está sujeito a priore do voto de confiança do Legislativo. Ademais, o presidente é Chefe de Governo (controle máximo do executivo) e Chefe de Estado (representante simbólico do Estado). A balança de poder nesse sistema varia consideravelmente entre Executivo e Legislativo. 
O presidencialismo poderia ser uma tentativa de frear os localismos e o jogo de interesses individuais no Legislativo, por meio de um presidente forte e endossado pelo voto popular. Outra parte da literatura aponta que o medo de um poder centralizado autoritário, na America do Sul remonta a imagem dos caudilhos, fez com que se criassem freios ao poder do presidente, delegando importante funções ao Congresso e limitando juridicamente os poderes do presidente. Esta tensão é forte na literatura hispano-americana que destaca o jogo institucional do presidencialismo na região. 
Tendo o poder do presidente derivado diretamente do povo, há um status de legitimidade diferente da experimentada pelo primeiro ministro. Sendo assim, o primeiro ministro comporta-se de forma mais tolerante com que a sua base de poder direta, que são os outros parlamentares. O presidente, por sua vez, ganha um sentimento de poder extraordinário e de missão representativa, talvez exagerada. Esse aspecto pode ser negativo, pois o presidente pode negligenciar as aspirações de parte significativa da população, levantando forte oposição.

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