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Omissão de socorro leva para a cadeia mãe de menina estuprada e morta pelo padrasto em Cariacica
Maria Izabel foi presa nesta sexta-feira na casa de parentes. Segundo a polícia, ela sabia que a filha era agredida constantemente pelo acusado, mas não fez nada para impedir a violência 
A mãe de Fabiane Isadora Claudino, de 2 anos, que morreu após ser estuprada e torturada, sabia que a filha era constantemente agredida pelo padrasto e teria omitido socorro à filha. A informação é do titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Lorenzo Pazolini, responsável pela investigação do crime.
Maria Izabel, de 22 anos, foi presa no início da tarde desta sexta-feira (02), 15 dias após o crime, na casa de parentes. O delegado havia pedido a prisão da mãe da menina na última segunda-feira (29) e o mandado foi expedido pela Justiça no início da noite de quinta-feira (01).
De acordo com o delegado, Fabiane era agredida há muito tempo pelo padrasto, Michael Lelis, de 28 anos, que foi preso na noite do último dia 20, dentro de uma caçamba de lixo, em Marcílio de Noronha, Viana. 
Segundo Pazolini, Maria Izabel tinha conhecimento dessas agressões e, mesmo assim, não fez nada para impedir a violência. O delegado ressalta que parentes já haviam se oferecido para cuidar da menina, mas a mãe teria negado a ajuda.
Com isso, Maria Izabel vai responder pelos mesmos crimes que o padrasto da criança, ou seja, tortura com resultado de morte e estupro.
Separação
Na semana em que o crime aconteceu, em entrevista para a TV Vitória/Record TV, a mãe de Isadora disse que estava planejando se separar do suspeito. A jovem contou que as agressões começaram depois que ela começou a trabalhar. Mas em outras ocasiões ela e a filha já foram agredidas. 
“Dois meses atrás eu tive uma briga com ele que eu saí de casa. Ele jogou a Isadora e me jogou, como se através dela ele me afetasse. Eu me abri com a minha irmã e falei que quando eu recebesse eu ia saí dali, mas ele não podia ficar sabendo, porque eu precisava dele até o mês seguinte”, relatou.
	Polícia do ES divulga foto de padrasto suspeito de estuprar menina de dois anos
Criança morreu nesta sexta-feira (19), após dar entrada no hospital com hematomas e marcas de mordida. Padrasto é o suspeito e é considerado foragido pela polícia.
O delegado Lorenzo Pazolini, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Vitória, divulgou na manhã deste sábado (20) a foto do padrasto suspeito detorturar e violentar sexualmente uma menina de dois anos em Cariacica, no Espírito Santo. Michael Lelis, de 28 anos, teve a prisão temporária decretada pela justiça, mas está foragido.
Pazolini apresentou o laudo do Departamento Médico Legal (DML) que comprova que a menina teve órgãos internos dilacerados por pancadas. A vítima teve um dos braços quebrado e apresentava ferimentos nos joelhos. O laudo comprova a violência sexual e, para a polícia, a menina passou por tortura.
Criança de dois anos morre após ser torturada e violentada, no ES
Em depoimento à polícia, a mãe da criança disse que quando chegou do trabalho e foi dar um beijo na filha, viu que a criança estava mole na cama. O padrasto disse a ela que a menina tinha caído no banheiro.
O casal, então, levou a menina para o Pronto Atendimento de Alto Laje, em Cariacica. A criança teve três paradas cardíacas no pronto socorro. Ao serem informados do risco de morte, o padrasto sumiu. A criança foi transferida para o Hospital Infantil, mas não resistiu a uma quarta parada cardíaca.
Ainda de acordo com a mãe, eles convivem há dois anos. Ela também disse que Michael era violento com ela, mas que nunca procurou a polícia para denunciar.
Morte
A criança deu entrada no pronto atendimento de Alto Lage, em Cariacica, por volta das 21 horas de quinta-feira (18), com lesões na cabeça. Devido à gravidade, ela foi transferida para o Hospital Infantil por volta das 22 horas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta sexta-feira (19).
Segundo informações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o hospital atestou a morte da menina por trauma cranioencefálico. Fabiane possuía cicatrizes de mordidas pelo corpo. Exames apontaram que a criança também foi vítima de violência sexual.
Medo de figuras masculinas
De acordo com a tia da criança, a cuidadora de idosos Tais da Costa, a menina, apesar de alegre e ativa, não falava muito, e recentemente começou a dar sinais de que tinha medo de figuras masculinas.
“Ela sempre falou pouco, se comunicava pouco, e de uns tempos para cá começou a ficar arregia com figura masculina”, contou.
Tais contou que, no dia do crime, a criança passou o dia com o padrasto. “Na parte da manhã, quando a irmã mais velha dela estava na escola, ela ficava com o padrasto. Nesta quinta-feira, a irmã mais velha não teve aula e passou o dia na casa da mãe do padrasto. O padrasto ficou sozinho até de noite com a Fabiane, até a hora que a mãe da menina chegou do trabalho", disse.
Segundo Tais, quando a mãe da menina chegou em casa, encontrou Fabiane no chão, e vomitando. Tanto a mãe quanto o padrasto seguiram para o PA de Alto Lage com a menina, que foi transferida para o Hospital Infantil. Depois que Fabiane deu entrada no hospital, o padrasto desapareceu, segundo Tais.

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