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01/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
 
Como já foi apresentado no módulo anterior, o conceito de empresário encontra-
se previsto no artigo 966 do Código Civil, em que traz as características
necessárias de uma atividade, para ser considerada empresarial.
Dessa forma, o empresário é o sujeito que exerce uma atividade empresarial,
podendo exercer essa atividade por intermédio de um empresário individual ou
sociedade empresária.
Após o ano de 2011, foi introduzido em nosso Ordenamento Jurídico uma nova
forma de exploração da atividade empresária, ou seja, uma nova forma de
exercício da atividade empresarial, denominada Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada – EIRELI (Lei n. 12.441/2011), respondendo a um
chamado da sociedade brasileira, em que necessitava da modalidade de
exploração individual da atividade empresarial, mas com personalidade jurídica
distinta da pessoa física.
 
Empresário Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
A introdução de um novo tipo de pessoa jurídica no Ordenamento Jurídico
brasileiro se deve na necessidade de limitar os riscos do exercício individual da
atividade empresarial.
A Lei n. 12.441/2011 trouxe a previsão do Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada (EIRELI), tendo como principal objetivo incentivar o
exercício das atividades empresariais.
As pessoas físicas têm capacidade de exercer a atividade por uma EIRELI,
conforme artigo 980-A, §2º, do Código Civil, mas tal participação deve se limitar
numa única EIRELI.
Em relação aos incapazes existe uma Instrução Normativa n. 117/DNRC que veda
a participação de incapazes como titulares da EIRELI, contrariando algumas
posições doutrinárias. Mas, verificamos que é unânime a impossibilidade de um
incapaz ser o titular de um empresário individual, não podendo, também ser
titular de uma EIRELI. Tendo como único objetivo proteger os bens do próprio
incapaz.
Não há qualquer impedimento legal de uma pessoa jurídica ser titular de uma
EIRELI, conforme se observa na leitura do artigo 980-A, do Código Civil.
Art. 980-A. Código Civil. A empresa individual de responsabilidade
limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do
capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100
(cem) salários mínimos vigentes no País.
Nesse mesmo artigo podemos verificar alguns requisitos essenciais para a
constituição de uma EIRELI: uma única pessoa titular do capital social,
capital social totalmente integralizado e capital social não inferior a 100
(cem) salários mínimos vigentes no país.
Referidos requisitos são essenciais para a configuração da EIRELI e a formação de
seu principal efeito jurídico: o reconhecimento da personalidade jurídica da
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6
EIRELI. Dessa forma, na falta de algum dos requisitos acima, os titular do capital
social responderá diretamente pelas obrigações constituídas durante a exploração
da atividade empresarial.
A constituição de uma EIRELI pode ser: originária ou derivada.
Constituição originária: se dá com o início das atividades empresariais;
Constituição derivada: se dá na continuação de uma atividade que já era
exercida, ou seja, nos casos de transformação societária.
Para a constituição da EIRELI deverá ocorrer uma expedição de uma declaração
de vontade à Junta Comercial, requerendo o registro do ato constitutivo. Nesta
declaração deverá conter os elementos do artigo 977 do Código Civil, ou seja,
suas cláusulas essenciais.
O nome da EIRELI poderá ser uma denominação ou firma individual, devendo
sempre ser acompanhada pela expressão EIRELI ao final do nome.
A administração será exercida pelo próprio titular do capital social, mas nada
impede sua atribuição a outra pessoa.
Podemos resumir os direitos do titular, em:
Percepção dos lucros;
Decisão sobre os rumos da atividade;
Fiscalização de eventual administração; e
Recebimento do patrimônio em caso de extinção da atividade.
 
Nome empresarial
Em meio à pluralidade, a individualidade é um anseio e, para essa, a identidade é
uma necessidade.
Previsão legal: artigos 1.155 a 1.168 do Código Civil.
Finalidade: individualização e identificação do empresário ou sociedade
empresária.
É utilizado para o exercício da empresa. O nome não apenas individualiza, mas dá
uma identidade ainda maior, agregando passado (uma história), valores sociais (a
imagem, a honra), etc.
Conceito legal: Considera-se nome empresarial a firma ou denominação
adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa (artigo
1.155, CC)
É aquele usado pelo empresário, enquanto sujeito exercente de uma atividade
empresaria, identifica o titular da empresa: o empresário ou a sociedade
empresária. Na verdade, ele irá identificar o agente econômico.
Instrução normativa n. 104/07 do DNRC: nome empresarial é aquele sob o
qual o empresário e a sociedade empresária exercem suas atividades e se
obrigam no atos a elas pertinentes.
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6
Espécies de nome empresarial:
Firma Individual: utilizado pelo empresário individual, sendo composta pelo seu
nome completo ou abreviado, acrescidos facultativamente de designação mais
precisa de sua pessoa ou gênero de atividade (art. 1.156, CC). É formado por dois
elementos: elemento nominal e elemento complementar. O elemento nominal é o
próprio nome civil do empresário individual, podendo ser utilizado na forma
completa ou abreviado. A abreviatura do nome nunca poderá ocultar a sua
identidade, como ocorreria, por exemplo, no emprego apenas das iniciais.
O elemento complementar é facultativo, podendo ser elementos que melhor
identifique o empresário (Júnior, apelidos etc.) ou seu ramo de atuação. Nesses
elementos encontra-se a aplicação do princípio da veracidade, isto é, não podem
traduzir nenhuma ideia falsa.
Na empresa individual com responsabilidade limitada deve vir acrescido da
expressão EIRELI.
Razão social: é uma espécie de nome empresarial para as sociedades empresárias
que se caracterizam pela utilização do nome de sócios em sua composição. Seus
elementos são: elemento nominal, pluralizador e podem ser colocados os
elementos complementares. Elemento nominal: é a indicação completa ou
parcial do nome de um, alguns ou todos os sócios (art. 1.157, CC). Pode
mencionar o patronímico ou sobrenome e não pelo prenome. Elemento
pluralizador: é o elemento indicador que a sociedade possui pelo menos dois
sócios. Expressões companhia, Cia e outros que denotem a pluralidade de sócios.
Elementos complementares: elementos facultativos que melhor identifiquem a
sociedade, como apelidos dos sócios ou sobre suas atividades econômicas.
Em alguns casos a lei determina a utilização de elementos que identifique
a própria espécie de societária, como as limitadas.
Denominação: caracteriza-se pela não utilização do nome dos sócios. Utiliza-se
uma expressão fantasia, com indicação do objeto social. O artigo 1.158, parágrafo
2º determina que “a denominação deve designar o objeto da sociedade”.
Não se admitem:
Termos que contrariem a moral pública, como palavrões, palavras que firam
o pudor;
Nomes alheios;
Termos ou expressões que possam enganar ou confundir o público;
Utilização de marcas já registrados ou protegidos por direito autoral.
É constituída pelo elemento objetivo e sacramental. Elemento objetivo: indica a
atividade que está sendo exercida pela sociedade. Elemento sacramental: são
os elementos que identificarão a espécie societária:
Nas sociedades limitadas utiliza-se a expressãolimitada ou Ltda. Nas sociedades
em comandita por ações utiliza-se a expressão comandita por ações. Nas
sociedades anônimas utiliza-se a expressão sociedade anônima ou companhia por
extensos ou abreviados.
Regras para constituição dos nomes empresariais das espécies de sociedades
empresárias:
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Elemento objetivo: indica a atividade que está sendo exercida pela sociedade;
Elemento sacramental: são os elementos que identificarão a espécie societária:
nas sociedades limitadas utiliza-se a expressão limitada ou Ltda; nas sociedades
em comandita por ações utiliza-se a expressão comandita por ações; nas
sociedades anônimas utiliza-se a expressão sociedade anônima ou companhia por
extensos ou abreviados.
Sociedade anônima: será sempre denominação, devendo designar o objeto
social e pelas as expressões sociedades anônimas ou companhia, por extenso
ou abreviatura.
Nas sociedades anônimas é permitido constar o nome do fundador
acionista ou pessoa que contribui para o bom êxito da formação da
empresa.
Sociedades cooperativas: adota a forma de denominação, devendo conter a
palavra cooperativa (artigo 1.159, CC).
Sociedade em comandita por ações: pode adotar uma razão social ou uma
denominação. Caso adote razão social, deverão constar apenas os acionistas que
possuem responsabilidade ilimitada e pessoal. Deverá constar a
expressão “comandita por ações”.
Sociedade em comandita simples: deverá adotar apenas a firma social. Será
formado apenas pelos nomes dos sócios comanditados (artigo 1.157, parágrafo
único);
 
Outras regras:
Princípio da novidade: o nome do empresário deve distinguir de qualquer outro
já inscrito no mesmo registro (art. 1.163, CC). Reflexo da preocupação de
individualização e identificação satisfatórias, evitando-se confusões, concorrência
desleal, etc. A inscrição do empresário assegura o uso exclusivo do nome nos
limites do respectivo Estado (art. 1.166, CC). O nome empresarial não pode ser
objeto de alienação (art. 1.164, CC).
Princípio da veracidade: o nome empresarial não pode trazer uma ideia falsa da
atividade exercida pelo empresário ou os sócios que compõem a sociedade.
Impede que induza ao erro as pessoas que negociarem com este empresário.
Natureza Jurídica: é considerado um direito de personalidade, compondo o
patrimônio do empresário ou da sociedade empresária, não comportando
transmissão, sucessão hereditária, penhor, penhora, etc. Mas são passíveis de
alterações, caso haja alterações na estrutura social, tipo societário, etc.
 
Regras de proteção:
É protegido pelo registro na Junta Comercial, apenas naquela unidade da
federação onde foi registrado. Pode ser requerida às outras Juntas
Comerciais a proteção do nome (art. 1.166, CC). A proteção perdurará enquanto o
nome estiver inscrito na Junta Comercial. O cancelamento do nome pode ocorrer
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quando cessar as atividades ou quando se realizar a liquidação da sociedade (art.
1.168, CC).
Caso a sociedade permaneça 10 anos sem qualquer arquivamento, a Junta
Comercial irá considerar a empresa inativa, promovendo-lhe o cancelamento do
registro (art. 60, Lei n. 8.934/94).
 
Registro público do empresário
É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas mercantis
da respectiva sede, antes do início de sua atividade (artigo 967, CC). Esta
inscrição tem caráter apenas declaratório e não constitutiva, cuja função é dar
publicidade ao ato.
Órgãos de Registro de empresas: o Registro de Empresas está regulado pela Lei
8.934/94 (LRE).
Âmbito federal: Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC). Fixa as
diretrizes gerais para a prática dos atos registrários, pelas Juntas Comerciais,
acompanhando sua aplicação e corrigindo distorções.
Âmbito Estadual: Junta Comercial compete realizar o registro de empresa,
compilar as regras consuetudinárias, habilitação e nomeação de tradutores
públicos e intérpretes comerciais.
 
Atos de registro de empresa:
Matrícula: ato de inscrição dos tradutores públicos intérpretes comerciais,
leiloeiros, etc.
Arquivamento: inscrição do empresário individual, das cooperativas, das
sociedades empresárias, das declarações de microempresa e EPP, etc.
Averbações: são atos de arquivamento que modificam a inscrição do empresário.
Todos os arquivamentos devem ser realizados até 30 dias após a data da
assinatura do ato, para que ocorra a retroatividade dos efeitos à data do ato.
Autenticação: atos relacionados aos instrumentos de escrituração (livros
comerciais). A autenticação é condição de regularidade dos documentos.
As finalidades destes atos é conferir a garantia, publicidade, autenticidade,
segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas individuais e das sociedades
empresárias; cadastrar os empresários e as sociedades empresárias nacionais e
estrangeiras, com atividades no país e; proceder à matrícula e seu cancelamento
dos agentes auxiliares do comércio.
Inatividade da empresa: após 10 anos sem qualquer arquivamento a Junta
Comercial considerará os empresários inativos, podendo cancelar o registro.
Perde-se a proteção do nome e torna-se irregular caso continue funcionando. O
empresário deverá ser intimado sobre a inatividade da empresa.
 
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Livros Comerciais (escrituração)
Uma das obrigações do empresário é escriturar regularmente os livros
obrigatórios. Os microempresários, empresários de pequeno porte e pequeno
empresário estão dispensados de uma escrituração contábil obrigatória. Os
empresários optantes do Simples Nacional estão dispensados de manter uma
escrituração mercantil desde que mantenham arquivados documentos referentes
ao seu giro empresarial que permitam a identificação da movimentação financeira.
Livros contábeis: aqueles que servem à memória dos valores relacionados às
operações de compra e venda, mútuo, liquidação de cobrança, etc.
Livros memoriais: servem à memória de dados fáticos, como o livro de registro de
empregados ou de atas das assembleias gerais.
Livros empresariais obrigatórios: imposta aos empresários. Comuns: imposto a
todos, "Diário". Livros Especiais: impostos apenas a uma determinada categoria
de atividades empresariais. Ex. Registro de Duplicatas.
Funções da escrituração: demonstrar a história da vida mercantil do empresário,
proporcionar a fiscalização das atividades do empresário, permite que os livros
possuam valor probatório nos processos judiciais e proporciona a função
gerencial, fiscal e documental.
 
Princípios informadores:
Fidelidade: consiste em exprimir, com fidelidade e clareza, a real situação da
empresa.
Sigilo: os livros são protegidos pela garantia da inviolabilidade, visa impedir a
concorrência desleal.
Liberdade: liberdade em adotar qualquer livro contábil, apenas o livro "Diário" é
obrigatório.
Os livros podem ser escriturados em "livros digitais", isto é, processados e
armazenados exclusivamente em meio eletrônico.
A irregularidade dos livros podem trazer as seguintes consequências: não terão
eficácia probatória, terão reputação de crime falimentar e presunção de verdade
dos fatos alegados contra o empresário sem livros regulares.

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