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Universidade Federal de São João del-Rei Campus Alto Paraopeba Gerador de Van der Graaff Relatório apresentado como parte das exigências da disciplina de Física Experimental sob responsabilidade da Profa.: Larissa Fernandes Costa Joice Xavier Lima 174550017 Ouro Branco – MG Março de 2018 Introdução As cargas elétricas de um objeto são distribuídas uniformemente por ele se esse não sofrer nenhum tipo de indução por outro objeto que esteja carregado, seja positivamente ou negativamente. E nesse experimento iremos observar o comportamento das cargas em uma esfera metálica oca. Se um corpo carregado entra em contato com um corpo neutro, haverá a transferência de cargas de um para o outro devido à diferença de potencial elétrico entre eles. Essa transferência ocorre até que ambos os corpos possuam mesma quantidade de carga. Supondo que o corpo neutro seja oco e tenha um buraco por onde o outro corpo carregado passará. Ao ocorrer essa aproximação acontecerá uma indução (o corpo neutro passará a ter uma deslocalização de sua carga com valor de igual modulo e sentido oposto ao outro corpo, mas se manterá eletricamente neutro). Se colocarmos esses corpos em contato, haverá uma troca efetiva de cargas e então a superfície externa do corpo que antes era neutro terá agora o mesmo sinal e mesma magnitude do corpo que antes era carregado, enquanto que esse e o interior do outro corpo fiquem com cargas nulas. Ou seja, ocorreu uma transferência completa de cargas entre esses corpos. Se depois recarregarmos o corpo que agora está neutro e repetirmos esse processo, o outro corpo irá acumular cargas. Esse acúmulo acontece até que a rigidez elétrica do ar seja rompida, quando isso ocorre há uma descarga elétrica. O gerador de Van de Graaff foi proposto por volta de 1930. Ele consiste em uma correia que passa por algumas polias e uma delas é movida por um motor. Existem outras polias que estão dentro da esfera oca. O atrito presente na polia e em outras peças do gerador produz uma carga elétrica que é transportada para a esfera metálica pela correia. Essa carga se acumula na superfície da esfera e se o procedimento for contínuo a carga pode se tornar muito grande. Objetivo O objetivo desse experimento é observar os efeitos do campo elétrico produzido pelo acúmulo de cargas em uma espera oca metálica e entender como essa carga se distribui em um objeto metálico. Resultados e discussões Esta prática foi dividida em 4 etapas, da mesma forma os resultados serão apresentados, para uma melhor organização e detalhamento. 1. Distribuição das cargas elétricas Depois de adesivar as tiras de papel alumínio ao gerador de Van der Graaff e liga-lo, observa-se que as tiras levantam. Isso ocorre devido ao acumulo de cargas de mesmo sinal, tanto no gerador, quanto nas tiras, gerando uma repulsão. O campo elétrico criado ao redor da esfera é direcionado para fora da esfera, como pode ser observado na imagem abaixo. Ao colocar um eletroscópio de folhas no gerador e liga-lo, é observado que as folhas se distanciam. Isso é explicado pelas cargas de mesmo sinal que se acumulam nas folhas de papel alumínio, causando a repulsão. Se aproximarmos o dedo da folha percebemos que estas se aproximam, isso ocorre devido a indução de cargas elétricas na superfície do dedo, que estava neutro. Se aproximarmos fiapos de algodão do gerador de Van der Graaff ligado, os fios de algodão são atraídos pelo gerados e ficam grudados nele. Isso acontece devido a diferença de sinal das cargas do gerador e do algodão. 2. Poder das pontas Ao ligar o gerador com a tachinha em sua superfície, se observa um acumulo de cargas na tachinha e não na esfera oca. Que é explicado pelo fenômeno do poder das pontas, isto é, grande concentração de carga elétricas em regiões pontiagudas, assim o campo elétrico ao redor atinge um determinado valor, que ioniza o ar em sua volta, tornando-o um condutor. O experimento explica o principio dos para-raios, quando uma nuvem carregada se aproxima de um prédio estabelece um campo elétrico, que é mais intenso nas proximidades do pára-raio, tornando-o um condutor que facilitara o caminho das cargas até o solo de forma mais segura, sem gerar danos. Ao conectar o torniquete e ligar o gerador, é observado que ele começou a girar. Esse procedimento é explicado pela ionização do ar nas pontas eletrizadas do torniquete, que gera uma repulsão entre os íons e as cargas de mesmo sinal, o que determina a rotação do torniquete em sentido oposto ao das pontas. 3. Linhas de campo elétrico As sementes de grama se distribuíram de acordo com as linhas de força, sob a influência do campo elétrico gerado em cada um dos casos. Figura 1: Linhas de campo elétrico. Fonte:<https://www.passeidireto.com/arquivo/242 9319/relatorio-linhas-de-campo-eletrico-> 4. Rompimento da rigidez dielétrica do ar Quando deixamos a esfera oca carregar e aproximamos o catão dela, observamos pequenos raios entre esses objetos, isto é, a transferência de elétrons visível entre os corpos. O que explica esse acontecimento é o grande acumulo de cargas na esfera do gerador, portanto a densidade superficial de carga torna-se alta o bastante para que o campo elétrico próximo à superfície se torne maior que a rigidez do ar. Fazendo com que a esfera descarregue no bastão, por intermédio do ar, que se tornou um condutor. Tal descarga gera uma faísca luminosa. Conclusão Por meio dessa prática foi possível estudar o gerador de Vander Graaff e diversos experimentos que são possíveis de realizar com ele. Concluindo que é criado um campo elétrico ao redor da esfera eletrostática, que aponta para fora. Assim como também se conclui que o potencial do gerador está relacionado diretamente com a carga que ele armazena, fazendo com que a esfera fique carregada, onde o campo elétrico para a rigidez dielétrica muda com a umidade do ar. Um importante cotidiano foi visto neste experimento, o conceito básico dos para-raios, concluindo que ele faz com que o ar seja mais condutor ao redor do para-raio do que em ambientes sem para-raio. Outra conclusão observada, foi a que os campos elétricos influenciam as sementes de grama de acordo com a direção do campo. E por fim, conclui-se que o rompimento da rigidez dielétrica do ar ocorre devido ao grande acumulo de carga na esfera, que ao aproximar um bastão há a troca de elétrons visível. Tais conceitos são extremamente importantes para o entendimento do eletromagnetismo. Referências HALLIDAY, D., Resnick, R. Walker, J - Fundamentos de Física 3 – Tradução BIASI Ronaldo Sérgio de, - Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos Editora, 8a Edição, 2007. Tipler, P. A.; Mosca, G. Física p ara cientistas e engenheiros. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Ed LTC, 2011. Passei direto: <https://www.passeidireto.com/disciplina/fisica- experimental-iii?type=6&materialid=2429319>, acesso em março de 2018. Passei direto: <https://www.passeidireto.com/arquivo/2429319/relatorio- linhas-de-campo-eletrico->, acesso em março de 2018.
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