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Aula 11 Direito Consitucional Revisão 03

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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
CONCEPÇÕES SOBRE AS CONSTITUIÇÕES
 
São três as concepções ou acepções mais relevantes já formuladas sobre as Constituições: 
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO SOCIOLÓGICO (FERDINAND LASSALE)
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO POLÍTICO
 (CARL SCHMIDT)
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO JURÍDICO 
(HANS KELSEN)
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO SOCIOLÓGICO 
 
Advogado e Alemão Ferdinand Lassalle
É A SOMA DOS FATORES REAIS DE PODER QUE EMANA DA POPULAÇÃO
 
A Constituição é compreendida como o somatório dos fatores reais de poder existentes em certo Estado (fatores econômicos, políticos, culturais, militares, religiosos, entre outros presentes e atuantes no respectivo território)
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO SOCIOLÓGICO 
 
O conjunto dos poderes que emanam da população é que corresponde à verdadeira Constituição e não o texto formalmente tido por constitucional em certo país. 
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO SOCIOLÓGICO 
 
A Constituição escrita somente é detentora de real eficácia social em função de sua conformidade com um ou alguns dos fatores reais de poder (econômicos, políticos, culturais, militares, religiosos) presentes no Estado e não pelo fato de ser escrito e juridicamente corresponder à norma suprema do Estado.
 
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO SOCIOLÓGICO 
 
O grau de eficácia de uma Constituição, se ela realmente é instrumento com força suficiente para dirigir os destinos da sociedade, depende, assim, de sua confluência com os fatores reais de poder. (econômicos, políticos, culturais, militares, religiosos) 
Se houver tal conformidade, a Constituição será efetivamente eficaz; se não houver, não passará de “uma mera folha de papel”, (Lassale) 
 um documento de natureza jurídica sem força política e social. 
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO SOCIOLÓGICO 
 
Lassalle, entende que em cada Estado coexistem duas Constituições: 
 
Constituição real - “a soma dos fatores reais de poder que regem o País”
Constituição escrita - preceitos descritos em um documento a que formalmente é reconhecida natureza constitucional
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO POLÍTICO 
 
ALEMÃO CARL SCHMIDT
Decisão política fundamental da população 
A constituição não é vista como um documento escrito e sim uma decisão tomada pelo povo. 
Chamada de posição decisionista 
Exemplo: presidencialista x parlamentarismo (Decisão política tomada pelo povo)
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO POLÍTICO 
 
Constituição é vista como a decisão política fundamental sobre o modo de ser essencial de um Estado: 
sua estrutura
a separação dos Poderes, 
o estabelecimento das competências dos seus diversos órgãos
a forma de Estado e de governo
o modelo de desenvolvimento econômico
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO POLÍTICO 
 
A Constituição seria uma decisão concreta sobre o perfil fundamental do Estado, se republicano ou monárquico, parlamentarista ou presidencialista, confederado, federado ou unitário, liberal ou social etc.
Todas as demais manifestações e atuações do Estado, todas as demais normas por ele editadas e os atos concretos por ele praticados seriam fruto desta decisão política fundamental, ou seja, da Constituição propriamente dita.
 
 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO JURÍDICO 
 
JUSFILÓSOFO HANS KELSEN
 
CONSTITUIÇÃO É UMA LEI – A MAIS IMPORTANTE DE TODO O ORDENAMENTO JURÍDICO 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO JURÍDICO 
 
O conceito jurídico, elaborado por Hans Kelsen, define a Constituição, num primeiro sentido, como a norma fundamental de um Estado, que instaura o próprio Estado e confere validade a todo seu ordenamento jurídico.
A Constituição é a norma fundamental e superior: 
pressuposto de elaboração de toda a legislação 
requisito para a validade de toda a legislação 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO JURÍDICO 
 
A legislação infraconstitucional e todos os atos jurídicos produzidos no âmbito daquele Estado são válidos porque produzidos a partir dos preceitos constitucionais e na estrita conformidade com eles. 
Perspectiva estritamente formal, que analisa a Constituição e a conceitua independentemente de quaisquer considerações acerca do conteúdo de suas normas ou de sua aproximação com as forças sociais atuantes no Estado. 
  
 
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO JURÍDICO 
 
Kelsen não nega a existência e a importância dos fatores sociais, como o econômico, o político ou o religioso. 
Entende que a análise não compete ao jurista, que deve descortinar os institutos jurídicos a partir de critérios também jurídicos. 
Com essa premissa, o Autor constrói toda sua famosa Teoria Pura do Direito, com a denominação já a indicar o seu posicionamento.
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CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO JURÍDICO
 
Das três concepções aqui apresentadas, a que mais importa para o Direito Constitucional, na atualidade, é a concepção jurídica, que compreende a Constituição como norma fundamental do Estado, hierarquicamente superior a todas as demais.
Sentido Sociológico
Sentido Político
Sentido Jurídico
A Constituição é a soma dos fatores reais de poder que regem uma nação (poder econômico, militar, político, religioso, etc.), de forma que a Constituição escrita só terá eficácia, isto é, só determinará efetivamente as inter-relações sociais dentro de um Estado quando for construído em conformidade com tais fatores; do contrário, terá efeito meramente retórico ( “folha de papel” ). - FerdinandLassalle-
A Constituição é uma decisão política fundamental sobre a definição do perfil primordial do Estado, que teria por objeto, principalmente, a forma e o regime de governo, a forma de Estado e a matriz ideológica da nação; as normas constantes do documento constitucional que não derivem da decisão política fundamental não são “Constituição”, mas, tão-somente, “leis constitucionais”. - Carl Schmitt -
A Constituição é compreendida de uma perspectiva estritamente formal, consistindo na norma fundamental de um Estado, paradigma de validade de todo o ordenamento jurídico e instituidora de estrutura primacial do Estado; a Constituição é considerada como norma pura, como purodever-ser, sem qualquer consideração de cunho sociológico, político ou filosófico. - Hans Kelsen -
HIERARQUIA DAS NORMAS
 
PIRÂMIDE DE KELSEN
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
QUANTO AO CONTÉUDO: 
MATERIAIS: É aquela que possui apenas matéria constitucional. 
FORMAIS: Além de possuir matéria constitucional também possui matéria que tratam de outros Assuntos. Tem que ser escrita
Todas as normas presentes no documento constitucional gozam de mesma dignidade, de mesmo status, encontrando-se em idêntico patamar hierárquico. Todas as demais, independente de seu conteúdo, têm peso infraconstitucional.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA
ESCRITA- É um documento solene
Conjunto de regras codificado e sistematizado em um único documento, para fixar-se a organização fundamental
NÃO ESCRITA OU COSTUMEIRA
 
Fruto de costumes da sociedade- conjunto de regras não aglutinado em um texto solene, mas baseado em leis esparsas , costumes, jurisprudência, convenção
Exemplo: Inglaterra
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO
DOGMÁTICA - È aquela que é fruto de um trabalho legislativo específico. 
O legislador se reúne em momento específico para da história para elaborar a constituição. 
Dogmática – significa que a constituição reflete os dogmas, ou o pensamento ou ideia política de um momento da história. 
Todas as constituições do Brasil são dogmáticas
HISTÓRICA - É fruto de uma lenta evolução histórica.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM
PROMULGADA
OUTORGADA
Promulgada – constituição democrática – feita pelos representantes de um povo 
Outorgada- aquela
que é imposta ao povo pelo governante 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM
PROMULGADAS
1891 – 1934- 1946- 1988
OUTORGADAS
1824 – 1937 (ditadura Vargas) – 1967 (ditadura militar) - 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À EXTENSÃO E FINALIDADE
SINTÉTICA : Constituição Resumida ou concisa . 
Ex: Constituição do EUA 1787- primeira e única 
ANALÍTICA: Extensa ou prolixa 
Ex; Brasileira
CLASSIFICAÇÃO
CONSTITUIÇÃO GARANTIA- Aquela que apenas prevê direitos fundamentais. Declaratória de direitos
DIRIGENTE- Aquela que além dos direitos fundamentais prevê também fixa metas estatais a serem seguidas. Direciona o estado 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RIGIDEZ 
 
IMUTÁVEL – aquela que não pode ser alterada
 
RÍGIDA- aquela que possui um mecanismo ou procedimento mais rigoroso de alteração- 
É possível a mudança, mas é difícil de ser alterada.
 
FLEXÍVEL – fácil de ser alterada. Possui o mesmo procedimento de alteração que as outras Leis. 
SEMI- RÍGIDA OU SEMI-FLEXÍVEL- uma parte requer um procedimento mais rigoroso de alteração e outro não. 
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 QUANTO A RIGIDEZ 
  
RÍGIDA- possui um mecanismo ou procedimento mais rigoroso de alteração 
Possui conjunto de matérias que não podem ser alteradas suprimidas ou retiradas 
 
REFORMA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
DUAS FORMAS DE ALTERAR A CONSTITUIÇÃO
REVISÃO CONSTITUCIONAL
EMENDA CONSTITUCIONAL

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