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Curso de Auxiliar de Fundição na Metalurgia

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g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o
2
Auxiliar de fundição
2
Auxiliar de 
fundição
m e t a l u r g i a
emprego
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
Paulo Alexandre Barbosa
Secretário 
Luiz Carlos Quadrelli
Secretário Adjunto
Antonio Carlos Santa Izabel 
Chefe de Gabinete
Juan Carlos Dans Sanchez 
Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante
SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHO
Davi Zaia
Secretário
Rogério Barreto Alves
Secretário Adjunto
Ulrich Hoffmann
Chefe de Gabinete
José Roberto Fukumaru
Coordenador de Políticas de Emprego e Renda
Antônio Sebastião Teixeira Mendonça
Coordenador de Políticas de Empreendedorismo
Marcelo de Oliveira Mello
Coordenador de Políticas de Inserção no Mercado de Trabalho
Carlos Roberto Achilles
Coordenador de Operações
Coordenação do Projeto
CETTPro/SDECT 
Juan Carlos Dans Sanchez
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
José Lucas Cordeiro
Apoio Técnico à Coordenação
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
Laís Schalch
Apoio à Produção
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
Ana Paula Alves de Lavos
Emily Hozokawa Dias
Isabel da Costa M. N. de Araújo
José Lucas Cordeiro
Karina Satomi
Laís Schalch
Maria Helena de Castro Lima
Selma Venco
CETTPro/SDECT 
Bianca Briguglio
Cibele Rodrigues Silva
Textos de referência
Edison Marcelo Serbino
Irineu de Souza Barros
Luiz Cláudio Paula
Marcos Antonio Batalha
FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA
Presidente 
João Sayad
Vice-Presidentes 
Ronaldo Bianchi
Fernando Vieira de Mello
Diretoria de Projetos Educacionais
Diretor 
Fernando José de Almeida
Gerentes 
Monica Gardelli Franco
Júlio Moreno
Coordenação técnica 
Maria Helena Soares de Souza
Equipe Editorial
Gerência editorial 
Rogério Eduardo Alves
Produção editorial 
Janaina Chervezan da Costa Cardoso
Edição de texto 
Lígia Marques
Marcelo Alencar
Revisão 
Conexão Editorial
Identidade visual 
João Baptista da Costa Aguiar
Arte e diagramação 
Paola Nogueira
Pesquisa iconográfica 
Elisa Rojas
Eveline Duarte
Ilustrações 
Bira Dantas
Luiz Fernando Martini
Consultoria 
Marcos Antonio Batalha
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Carla Cruz dos Santos, Empresa Servimig, Empresa Signo Arte, Empresa Starrett, Fundição TUPY S.A., Graziele da 
Silva Santos, Grupo Voith, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Neise Nogueira, Valdemar Carmelito dos Santos. 
Secretaria de deSenvolvimento
econômico, ciência e tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via 
Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional para quem 
busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desemprega-
do. Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou 
quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. 
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e 
Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profissional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o 
aprendizado de forma rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, preten-
demos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a 
sociedade.
Temos a certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional 
de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda 
maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!
Paulo Alexandre Barbosa 
Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência e Tecnologia
CABELEIREIRO_1.indd 5 16/12/11 15:40
Caro(a) Trabalhador(a)
Aqui continua o nosso caminho para um novo aprendizado. 
Você já conheceu as origens do seu ofício. Observou a evolução de uma metalurgia 
que acompanha a evolução do mundo. Descobriu quais aspectos envolvem a rotina 
de uma indústria. Entendeu, por fim, como funciona o setor metalúrgico, cujos 
segmentos apresentam oportunidades para os novos profissionais. 
A proposta, agora, é que, com o segundo volume desta coleção, você possa aprender 
os saberes específicos da ocupação que escolheu exercer. O objetivo do curso é formar 
um profissional que possua uma visão organizada daquilo que um bom auxiliar de 
fundição precisa. 
Com esse pensamento, a primeira unidade deste volume lhe oferece a oportunidade 
de aprender uma atividade que estará presente em qualquer trabalho metalúrgico: a 
verificação de medidas. No restante do livro, temas que irão ajudá-lo no momento 
de buscar inserção no mercado também serão comentados, sem se esquecer de tratar 
de alguns fatores, como qualidade e produtividade, que influenciarão (e muito!) seu 
trabalho. 
Por isso, aproveite esta nova etapa do curso para refletir, perguntar, discutir e interagir 
com colegas e professores. Agora é a sua hora de buscar uma nova carreira!
Vamos voltar aos estudos?
Sum á ri o
Unidade 4
9
metrologia
Unidade 5
33
o caminho metalúrgico e a fundição
Unidade 6
77
segurança e prevenção de acidentes
Unidade 7
91
qualidade e produtividade
Unidade 8
97
ingresso no mercado de trabalho
dados internacionais de catalogação na publicação (cip) 
(bibliotecária silvia marques crb 8/7377)
P964
Programa de qualificação profissional: Metalurgia / Auxiliar 
de fundição. -. – São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011. 
v. 2, il (série: arco ocupacional)
Vários autores
Programa de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho – SERT
ISBN 978-85-61143-97-8 
 1. Ensino profissionalizante 2. Metalurgia-técnico 
I. Título II. Série
CDD 371.30281
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 9
unida d e 4
Metrologia
Em metalurgia, uma das atividades sempre presente é a de verifi-
car medidas ou fazer medições de metais, antes ou depois de eles 
passarem por ensaios em laboratórios ou de serem transformados. 
Como auxiliar de fundição, muitas vezes, você terá contato com 
essa atividade e, por isso, precisará ter noções básicas da chamada 
metrologia, a ciência que estuda as medidas e as medições.
Mas qual a diferença entre medida e medição?
Medida é um valor expresso em números (valor numérico) que 
representa as dimensões ou o tamanho de um determinado objeto 
(unidade física). Dizemos, por exemplo, que a medida de uma peça 
metálica é 10,01 mm (dez milímetros e um centésimo de milímetro).
Medição é o ato de medir, ou seja, a operação que realizamos 
para obter a medida. É comparar a grandeza a ser medida com 
outra adotada como padrão.
Os instrumentos
Para realizar cada medição, é preciso utilizar um instrumento. 
A escolha do instrumento depende da situação, pois cada um 
atende a determinada necessidade. Os principais instrumentos 
de medição com os quais o auxiliar de fundição contará são: 
•	 escala (régua); 
Grandeza física é 
um atributo de um 
corpo que pode ser 
percebido e quanti-
ficado. Por exem-
plo: o tamanho de 
uma pessoa, a mas-
sa de um livro, o 
volume de um copo, 
a temperatura de 
um corpo, a veloci-
dade de um carro...
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
10 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
•	 trena; 
•	 paquímetro; 
•	 micrômetro;
A régua graduada e a trenasão os mais simples instru-
mentos de medida linear 
(horizontal, em linha).
Você sabia?
s
T
A
R
R
E
T
s
T
A
R
R
E
T
s
T
A
R
R
E
T
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 11
•	 transferidor; e
Como realizar as medições?
A escolha do instrumento que será utilizado para fazer 
uma medição específica dependerá do que será medido e 
da exatidão (precisão) desejada dessa medida.
Há instrumentos que permitem maior ou menor exatidão.
Imagine, por exemplo, uma balança. Será que um fei-
rante pode pesar uma porção de bananas com o mesmo 
tipo de balança que um farmacêutico usa no preparo da 
mistura de produtos para fazer um medicamento? Qual 
necessita de um instrumento de medição mais preciso? 
•	 goniômetro.
O goniômetro não é utili-
zado apenas na metalur-
gia. Existem outras áreas 
que também precisam 
desse instrumento de 
medições angulares. Uma 
delas é a medicina. Assim 
como os auxiliares de fun-
dição, os médicos também 
usam goniô metro, mas 
para acompanhar a recu-
peração de pacientes que 
sofrem fraturas. Com ele, 
é possível verificar a evolu-
ção do movimento de uma 
articulação, por exemplo. 
Você sabia?
Iv
A
N
 C
A
R
N
EI
R
O
IvAN CARNEIRO
12 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Em vez de falar em exatidão, também podemos dizer que a margem de erro admissível 
em uma determinada medição é diferente do erro aceitável em outra. Chamamos 
de erro admissível o desvio máximo que se pode tolerar para mais ou para menos.
A medida (também chamada de cota) 30 + ou – 0,1, mostrada na imagem acima, 
indica que o desvio máximo que se pode admitir, nesse caso, é de 0,1 (um décimo 
de milímetro) para mais ou para menos. Isso quer dizer que, na prática, essa peça 
será aceita ou poderá ser utilizada se medir:
30,0 – 0,1 = 29,9 mm
até
30,0 + 0,1 = 30,1 mm
Essa indicação (30 + ou – 0,1) também informa que o instrumento que será usado 
para medir a peça real deverá ter uma exatidão (ou uma resolução mínima) de um 
décimo de milímetro.
20
,0
6
Escala 1:1
24,9
9,
98
2
10
f7
30 0,1+_
25 0,1+_
20
0,
1
+ _
Margem de erro: nas medições da peça acima, o desvio máximo é de 
0,1 mm para mais ou para menos.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Régua comum: os números indicam centímetros. A resolução mínima é de 1 milímetro.
Importante: resolução
A resolução de um instrumento é a menor medida que você pode ler 
nele. A régua abaixo, por exemplo, tem resolução de 1 milímetro, porque 
essa é a menor divisão que ela possui.
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 13
Portanto, se você precisa medir uma peça com um lado 
de 30 mm, para a qual se admite uma variação de 0,1 
mm (de 29,9 mm a 30,1 mm), o instrumento utilizado 
deve ter a resolução mínima de 1 décimo de milímetro.
No entanto, se você deve medir uma peça na qual a va-
riação máxima permitida é de 0,05 mm, será necessário 
um instrumento com resolução mínima de 5 centésimos 
de milímetro.
Reflita: qual dos dois instrumentos será mais exato?
Veja a seguir, em detalhes, os instrumentos de medição 
usados pelo auxiliar de fundição.
Escala (régua)
As escalas existem para organizar e hierarquizar valores: 
do menor para o maior, do menos importante para o mais 
importante, da menor dureza para a maior, do menor grau 
Os números deci-
mais servem para 
indicar valores que 
não são inteiros. 
Para representá-
-los, utilizamos a 
vírgula. O algaris-
mo que vem antes dela é chamado de unida-
de. Os que seguem a vírgula são chamados 
de casas decimais. A primeira casa é a dos 
décimos (nela, o algarismo 1 representa um 
décimo de uma unidade, ou um inteiro divi-
dido por dez), e a segunda, dos centésimos 
(nela, o algarismo 5 representa cinco centé-
simos de uma unidade). 
0,15
centésimos 
de milímetro
décimos de milímetro
milímetro
Antes da instituição do sis-
tema métrico decimal, as 
unidades de medida eram 
definidas de maneira arbi-
trária, ou seja, sem regras 
ou normas, variando de um 
país para outro. As unida-
des de comprimento, por 
exemplo, eram, normal-
mente, derivadas das par-
tes do corpo do rei de cada 
país. Foi assim que surgi-
ram medidas padrão como 
a polegada, o palmo, o pé, 
a jarda, a braça e o passo. 
O sistema inglês, inclusive, 
foi baseado nas medidas 
estabelecidas pelos reis 
ingleses. A tarefa de mu-
dar essa situação ficou pa-
ra os professores Méchian 
e Delambre, ambos da 
Academia de Ciências de 
Paris. Eles instituíram o 
sistema métrico decimal 
no dia 7 de abril de 1795. 
Você sabia?
14 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
para o maior etc. São muitos os instrumentos de medição 
que podem conter uma ou mais escalas. 
Por isso, nada melhor do que começar a nossa lista com 
a escala, ou régua graduada, que geralmente é feita de 
aço inoxidável. Normalmente, na parte inferior, ela 
apresenta as medidas em centímetros (cm) e milímetros 
(mm) – conforme o sistema métrico – e, na superior, 
apresenta as medidas em polegadas e frações – conforme 
o sistema inglês.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
21 43
DICA
No Brasil, adota-se o sistema 
métrico decimal. Por isso, neste 
caderno, aprenderemos a usar os 
instrumentos para fazer medições 
utilizando esse sistema.
Sistema Métrico 
1 metro = 10 decímetros = 100 centímetros = 1.000 milímetros
Sistema Inglês
1 polegada = 2,54 centímetros
Trena
A trena é constituída por uma fita de aço cujas graduações são semelhantes às da 
escala, isto é, obedecem ao sistema métrico e ao sistema inglês. A leitura das medições 
segue o mesmo procedimento da régua graduada.
Porém, diferentemente da escala, a trena possui em sua extremidade uma pequena 
chapa metálica, dobrada em ângulo de 90o, chamada encosto de referência ou 
gancho de zero absoluto.
Essa chapinha mede 1 mm de espessura. Isso tem grande utilidade: o encosto de refe-
rência é usado para compensar as medições externas (deslocando o encosto de 1 mm 
para fora da fita) e internas (somando a espessura da medição de 1 mm do encosto). 
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 15
Paquímetro
O paquímetro também é formado por uma régua graduada no sistema métrico 
e no sistema inglês. Sobre essa régua com encosto fixo, desliza uma régua menor 
chamada cursor. O cursor – a parte móvel do paquímetro – fica ajustado à régua e 
se movimenta livremente sobre ela com um mínimo de folga. 
O cursor é dotado de uma escala auxiliar, graduada, chamada nônio ou vernier. 
Este permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa. O nônio possui 
uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa. Então, se 10 mm na escala 
principal estão divididos em 10 partes, 10 divisões de nônio corresponderão a 9 mm 
da escala principal.
Trena: fita de aço com graduações semelhantes às da escala.
encosto de referência
s
T
A
R
R
E
T
s
T
A
R
R
E
T
orelha fixa orelha móvel
nônio ou vernier em polegadas
parafuso de trava
cursor
bico fixo bico móvel
escala fixa de polegadas
escala fixa de milímetros
encosto fixo
encosto móvel
nônio ou vernier em milímetros
impulsor haste de profundidade
O paquímetro e seus componentes.
16 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Para entender melhor esse aspecto, observe abaixo como verificar a resolução do 
paquímetro e, em seguida, como fazer uma medição usando esse instrumento.
Como verificar a resolução do paquímetro em milímetros
•	 Nônio com 10 divisões – as 10 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala 
principal. Portanto, 110 = 0,1 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio cor-
responde a 1 décimo de milímetro).
•	 Nônio com 20 divisões – as 20 divisões donônio equivalem a 1 mm da escala 
principal. Portanto, 120 = 0,05 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio 
corresponde a 5 centésimos de milímetro).
•	 Nônio com 50 divisões – as 50 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala 
principal. Portanto, 150 = 0,02 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio 
corresponde a 2 centésimos de milímetro).
Como fazer uma medição usando o paquímetro
O paquímetro pode ser usado para medir uma peça metálica em suas várias dimensões:
Medição interna.
Medição externa. Medição de profundidade.
Medição de ressalto.
Iv
A
N
 C
A
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N
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IR
O
Iv
A
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 C
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O
Iv
A
N
 C
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N
E
IR
O
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 17
Como “ler” as medidas no paquímetro
A leitura das medidas (ou seja, a medição de uma deter-
minada peça metálica) é feita em duas partes: primeiro, 
pela escala fixa da régua e, em seguida, pela escala 
auxiliar do nônio. 
Os dois valores devem ser considerados ao final do pro-
cedimento de medição. Isso é feito da seguinte maneira:
1º passo: cálculo da resolução
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa): você deve considerar – ou “ler” – o 
número que vem antes do zero do nônio.
2a leitura (escala do nônio): você deve considerar (ler) o 
primeiro traço do nônio, que coincide totalmente com 
algum traço da escala fixa. Depois, deve contar quantos 
traços tem do zero até chegar nele. No caso da foto abai-
xo, são 13 traços. Em seguida, é só multiplicar o número 
de traços medidos (13) pela resolução do paquímetro, 
que foi calculada anteriormente.
menor divisão da escala fixa
no de divisões do nônio
20
Resolução = 1 mm = 0,05 mm
1a leitura 2a leitura
DICA
Nesta unidade, você aprenderá a 
realizar a leitura do paquímetro na 
versão tradicional, ou seja, 
mecânica. Mas, atualmente, já é 
possível contar com esse 
instrumento na versão eletrônica. 
O chamado paquímetro digital 
apresenta algumas vantagens: 
• Simplifica a leitura, diminuindo 
a probabilidade de erro.
• Pode ser usado em polegadas 
ou milímetros, sendo preciso 
apenas mudar o modo de 
apresentação do resultado. 
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
O nônio também pode 
ser chamado de vernier. 
Sabe por quê? Esses dois 
nomes vêm de seus dois 
inventores: o português 
Pedro Nunes e o francês 
Pierre Vernier.
Você sabia?
18 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Ou seja: 13 traços x 0,05 (resolução do paquímetro) = 0,65 mm
Portanto, a medida da peça é:
1ª leitura = 73,00 mm
2ª leitura = 0,65 mm
Leitura final = 73,65 mm
Atividade 1
ExErCiTE a lEiTura Com um paquímETro no 
sisTEma méTriCo Com rEsolução dE 0,05 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
a)
b)
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 19
c)
e)
d)
f)
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
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0 4 8
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0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
20 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
menor divisão da escala fixa
no de divisões do nônio
50
Resolução = 1 mm = 0,02 mm
Paquímetro de resolução 0,02 mm
Há paquímetros com diferentes graus de resolução. Além do anterior (0,05 mm), 
é bastante comum o que tem resolução de 0,02 mm. O nônio, neste caso, tem 
50 divisões.
1º passo: cálculo da resolução 
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa) = 5,00 mm
2a leitura (escala do nônio) = 0,44 mm (22 x 0,02) 
Leitura Final = 5,44 mm
A medição, ou “leitura das medidas”, é feita da mesma maneira, independen-
temente da resolução do paquímetro.
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 21
a)
c)
b)
Atividade 2
ExErCiTE a lEiTura Com um paquímETro no 
sisTEma méTriCo Com rEsolução dE 0,02 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25
.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 4
60 70 80 90 100 110
10 2 34 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25
.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 4
60 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25
.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 4
60 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
22 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Micrômetro
É um instrumento que permite fazer medições em casos que exigem resoluções ainda 
menores do que as do paquímetro. Ou seja, quando o paquímetro não consegue mais 
alcançar exatidão para uma determinada medição, o micrômetro entra em cena. 
Alguns micrômetros usam o mícron, unidade de medida que corresponde a um 
milésimo de milímetro. Por isso, o instrumento tem esse nome.
Micrômetro de resolução 0,01 mm (1 centésimo de milímetro)
O micrômetro tem dois importantes componentes: a bainha, que apresenta duas 
escalas em milímetros; e o tambor, cuja escala está dividida em centésimos de 
milímetros.
Considerando essas escalas, a leitura do micrômetro é feita em três partes. A pri-
meira, na bainha com escala de 1 em 1 mm; a segunda, na escala dos meios; e a 
terceira, no tambor.
O micrômetro e seus componentes.
tambor
arco faces de 
medição
bainhabatente fusos
T
A
R
R
E
T
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 23
Exemplos de leitura
a)
O paquímetro e o micrô-
metro, instrumentos bas-
tante usados na indústria 
metalúrgica, também são 
muito úteis para medir a 
espessura de revestimen-
tos na construção civil.
O micrômetro foi inven-
tado, em 1848, pelo fran-
cês Jean-Louis Palmer. 
Com o decorrer do tem-
po, ele foi aperfeiçoado 
e possibilitou medições 
mais rigorosas e exatas 
do que aquelas obtidas 
pelo paquímetro.
Você sabia?
Você sabia?
15
20
10
5
0 5
35
15
30
25
20
0 5 10 15 20
15
20
10
5
0 5
35
15
30
25
20
0 5 10 15 20
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 8,00 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,50 mm
3a leitura (tambor) = 0,10 mm
Leitura final = 8,60 mm 
b)
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 23,00 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,00 mm
3a leitura (tambor) = 0,28 mm
Leitura final = 23,28 mm
1a leitura 3a leitura
2a leitura
s
T
A
R
R
E
T
24 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Atividade 3
ExErCiTE a lEiTura Com um miCrômETro no 
sisTEma méTriCo dE rEsolução dE 0,01 mm 
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
a)
b)
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
35
30
25
20
0 5
0 5
10 15 20
15
20
10
5
0 40
45
35
30
25
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 25
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
c)
d)
e)
26 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Micrômetro de resolução 0,001 mm (1 milésimo de milímetro)
Este micrômetro possui, além das escalas na bainha e tambor, uma terceira escala – 
chamada de nônio – na parte superior da bainha. Nela vamos ler os milésimos de 
milímetros.
Exemplos de leitura:
a) 
8
0
6
4
2
0
8
0
6
4
2
0
50
45
8
0
6
4
2
40
35
0 5
8
0
6
4
2
0
15
5
0
45
8
0
6
4
2
0
8
0
6
4
2
0
50
45
8
0
6
4
2
40
35
0 5
8
0
6
4
2
0
15
5
0
45
1a leitura (bainha – escala dos 
milímetros) = 9,000 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios 
milímetros) = 0,000 mm
3a leitura (tambor) = 0,410 mm
Leitura no nônio (primeiro traço 
coincidente com a escala no tambor) = 
0,003 mm 
Leitura final = 9,413 mm 
1a leitura (bainha – escala dos 
milímetros) = 2,000 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios 
milímetros) = 0,000 mm
3a leitura (tambor) = 0,010 mm
Leitura no nônio (primeiro traço 
coincidente com a escala no tambor) = 
0,004 mm 
Leitura final = 2,014 mm 
b)
1a leitura
2a leitura
3a leitura4a leitura
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 27
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
Atividade 4
ExErCiTE a lEiTura Com um miCrômETro no 
sisTEma méTriCo dE rEsolução dE 0,001 mm 
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
a)
c)
b)
d)
28 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Transferidor
As medidas angulares são feitas com a ajuda desse instrumento. Por isso, antes de 
tudo, é importante entender como é medido um ângulo. 
Um ângulo é a medida – em graus – formada pelo encontro entre dois 
segmentos de reta. 
Todo ângulo está dividido em minuto ( ’ ) e segundo ( ” ), sendo queum grau tem 60 minutos e um minuto, 60 segundos. Usando os sím-
bolos dessas medidas, temos:
1o = 60’ e 1’ = 60”
Você provavelmente se lembra do transferidor, que fez parte do seu material escolar. 
Ele é composto, basicamente, por uma escala circular dividida e marcada em ângulos 
espaçados regularmente, tal qual uma régua. 
O transferidor pode ser usado nas aulas de Matemática, Engenharia, Topografia ou 
em qualquer outra atividade que exija a medição precisa de ângulos.
escala graduada
articulação
lâmina
corpo
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
O transferidor e seus componentes.
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 29
Goniômetro
Outro instrumento de medição muito utilizado nos setores de fundição é o goniô-
metro. Assim como o transferidor, ele é utilizado para medições angulares, ou seja, 
para medir ângulos. 
Na prática, trata-se de um transferidor com uma resolução melhor. Por isso, pode 
ser usado para qualquer atividade que exija uma medição mais precisa. Ele também 
contém, basicamente, uma escala circular dividida e marcada em ângulos regulares, 
tal qual numa régua. 
Como usar o goniômetro
Para se chegar à medida de um ângulo usando esse instrumento, duas leituras devem 
ser feitas. 
Na primeira, o grau inteiro, que pode ser observado na graduação superior do disco, 
deve coincidir com o traço zero da escala inferior (o nônio). Essa leitura pode ser feita 
tanto no sentido horário quanto no anti-horário, dependendo do posicionamento 
da peça medida. 
A segunda leitura é a dos minutos, que, por sua vez, pode ser realizada a partir do 
zero nônio, seguindo a mesma direção escolhida na leitura dos graus. 
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
1a leitura
2a leitura
disco graduado régua
articulador
esquadro
disco vernier (nônio)
O goniômetro e seus componentes.
30 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Exemplos de leitura
a) 
1a leitura (escala superior) = 24o
2a leitura (escala inferior) = 10’
Resultado final = 24o 10’
b) 
3020
10 40
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
6050
30
40
70
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
3020
10 40
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
6050
30
40
70
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
1a leitura (escala superior) = 50o
2a leitura (escala inferior) = 15’
Resultado final = 50o 15’
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 31
Atividade 5 
praTiquE o uso do goniômETro
Com base no que você aprendeu, faça a leitura nos goniômetros a seguir. O zero 
corresponde à medida em grau e o traço mais escuro corresponde ao complemento 
do ângulo em minutos.
a)
b)
c)
1010
20
0
20
100
10
20
30
010
20
10
20
30 30
60
0
60
30 30
60
0
60
30 300
6060
1010
20
0
20
100
10
20
30
010
20
10
20
30 30
60
0
60
30 30
60
0
60
30 300
6060
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 33
unida d e 5
O caminho metalúrgico 
e a fundição
No caderno 1, você aprendeu que a metalurgia estuda e geren-
cia os metais desde a sua extração até a sua transformação em 
produtos adequados ao uso. Por isso, ela pode ser dividida em:
•	 metalurgia extrativa;
•	 metalurgia de transformação;
•	 beneficiamento;
•	 montagem ou aplicação;
•	 ensino e pesquisa.
Esses segmentos são as etapas que estruturam o trabalho me-
talúrgico. Juntos, eles formam o que poderíamos chamar de 
“caminho metalúrgico”: 
34 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 35
Nesta unidade, vamos aprender em que lugar desse caminho você, futuro auxiliar 
de fundição, se encontra. Antes de mais nada, já é possível afirmar: o auxiliar faz 
parte do caminho metalúrgico antes mesmo de ele começar. Desde o projeto de uma 
peça, ou seja, desde o momento em que decidimos fabricar uma peça ou produto, 
a primeira pergunta a se fazer é: qual processo metalúrgico deve ser utilizado? E a 
resposta, geralmente, é: o processo metalúrgico de fundição. 
Isso acontece pois a fundição é o caminho mais curto para se obter um produto final. 
Ou seja, um produto fundido, geralmente, não precisa passar por outros processos 
de fabricação. Isso porque a obtenção de uma peça fundida ocorre a partir do metal 
em estado líquido, sem necessidade de processos secundários de conformação. 
As vantagens da fundição não param por aí:
•	 Com ela, é possível reproduzir peças com formas internas e externas que, dificil-
mente, poderiam ser fabricadas por outro processo. 
•	 A fundição permite que as paredes das peças sejam fabricadas com espessura 
bem fina. Isso, que seria impossível com outros processos de fabricação, traz uma 
vantagem muito grande para a peça: a diminuição do seu peso. 
Fundição: o caminho mais curto até o produto final.
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36 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Etapas da fabricação
Alguns produtos, até chegarem ao consumidor final, passam por 
vários processos de fabricação. Um exemplo é a panela que utilizamos 
em casa. Antes de ser panela, ela foi uma chapa de aço ou alumínio 
e passou por diversas etapas, tais como: 
• lingotamento: o aço em estado líquido é transformado em placas;
• laminação: a placa é transformada em chapa; e
• estampagem: a chapa é estampada na forma final da panela.
Dependendo da aplicação e do acabamento do produto, pode-se 
afirmar que o processo de fundição representa um processo único 
de fabricação. Isso quer dizer que é possível se produzir, apenas com 
a fundição, uma panela, por exemplo. As três etapas vistas acima, 
portanto, poderiam ser resolvidas com apenas uma. Gerada no pro-
cesso de fundição, a panela estará pronta para outros processos da 
indústria, como a rebitagem (fixação de seu cabo) e a pintura.
Uma panela como esta pode ser produzida de uma só vez com o processo de fundição.
•	 O processo de fabricação por fundição é facilmente automatizável, ou seja, pode 
ser inteiramente feito com o auxílio de máquinas; e, por isso, possibilita uma 
produção de peças em série.
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 37
A fundição e tudo o mais
Você se lembra do diagrama da fundição?
Peça fundidaMetal sendo
vazado em um molde
Metal atingindo
temperatura de fusão
Metal sólido
Peça fundidaMetal sendo
vazado em um molde
Metal atingindo
temperatura de fusão
Metal sólido
Peça fundida
Metal sendo
vazado em um molde
Metal atingindo
temperatura de fusão
Metal sólido
Peça fundidaMetal sendo
vazado em um molde
Metal atingindo
temperatura de fusão
Metal sólidoPeça fundidaMetal sendo
vazado em um molde
Metal atingindo
temperatura de fusão
Metal sólido
Peça fundidaMetal sendo
vazado em um molde
Metal atingindo
temperatura de fusão
Metal sólido
Peça fundidaMetal sendo
vazado em um molde
Metal atingindo
temperatura de fusão
Metal sólido
Diagrama da fundição
1. A fundição é um processo pelo qual um 
metal sólido passa ao estado líquido e, 
depois, transforma-se em peça fundida.
2. No processo metalúrgico de 
fundição, o metal atinge a 
temperatura de fusão.
3. Logo após, já no estado líquido, o 
metal é vazado em um molde que 
tem um formato aproximado ao da peça 
que se quer produzir.
4. Após desenformada, a peça 
fundida está pronta!
No Caderno 1, com esse esquema, você entendeu o que é o processo metalúrgico 
conhecido como fundição. Nesta unidade, vamos ver, em detalhes, o que acontece 
em cada fase dessa transformação do metal sólido em peça fundida. Vamos come-
çar com as diferentes maneiras de se fundir um metal, ou seja, com os diferentes 
processos de fundição. 
Os diferentes processos de fundição
A fundição pode ser executada de várias maneiras, ou seja, possui diferentes processos:
38 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
•	 fundição em areia verde;
•	 fundição shell molding;
•	 fundição cura a frio;
•	 fundição cura a quente;
•	 fundição em molde permanente ou coquilha;
•	 fundição em cera perdida ou de precisão; e
•	 fundição em moldes permanentes sob pressão.
Esses processos podem ser divididos em função de dois critérios:
1. O tipo de vazamento do metal
Há duas maneiras de despejar o metal em um molde: por gravidade ou sob pressão. Na 
maioria dos processos que vimos anteriormente, o vazamento ocorre por gravidade: 
•	 fundição em areia verde;
•	 fundição shell molding;
•	 fundição cura a frio;
•	 fundição cura a quente;
•	 fundição em molde permanente ou coquilha; e
•	 fundição em cera perdida ou de precisão.
Na fundição em moldes permanentes sob pressão, ocorre o vazamento sob pressão. 
2. O molde utilizado
Considerando todos esses processos de fundição, existem duas possibilidades de 
moldes: os permanentes e os descartáveis. Eles se diferenciam de acordo com a 
quantidade de vezes que podem ser utilizados. 
Moldes permanentes – um molde permanente, como o próprio nome indica, pode ser 
utilizado várias vezes. A sua vida útil depende apenas de sua manutenção, que manterá 
as características com as quais foi criado: geometria (forma), dimensão e acabamento.
Moldes não permanentes ou descartáveis – um molde descartável pode ser utilizado 
uma única vez. Após a fabricação da peça desejada, ele é descartado. 
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 39
DICA
Nesta unidade, você terá 
a oportunidade de aprender 
com quatro diferentes processos 
de fundição:
• fundição em areia verde;
• fundição shell molding;
• fundição em cera perdida 
ou de precisão; e
• fundição em moldes 
permanentes sob pressão.
A escolha do processo de fundição
Vários fatores devem ser considerados para que a escolha do 
processo de fundição seja feita. Entre eles, podemos destacar:
•	 a quantidade de peças a serem produzidas;
•	 o prazo de entrega;
•	 o investimento necessário;
•	 a complexidade da peça; e
•	 o acabamento desejado.
A indústria metalúrgica e, particularmente, os setores 
destinados à fundição não deixam de fazer essa análise. 
Atentos a todos os fatores listados, eles têm apresentado 
uma preferência pela fundição em areia verde. Essa esco-
lha tem os seus motivos, pois a fundição em areia verde:
•	 permite a fabricação de peças em tamanhos variados;
•	 é um processo de baixo custo operacional; e
•	 utiliza moldes descartáveis, mas, ao mesmo tempo, o 
faz com areia verde, que pode ser reaproveitada.
Fundição em areia verde
Esse processo de fundição utiliza a areia retirada da natu-
reza com a sua umidade natural, ou seja, sem ter passado 
por processos de secagem. 
DICA
Na prática, não é comum uma 
fábrica ter todos os processos em 
sua linha de produção. 
Normalmente, cada fundição é 
especializada em um determinado 
processo. Quem determina qual o 
processo de fabricação que será 
utilizado é o projetista.
Macho de areia verde.
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40 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
A escolha dessa areia representa algo a mais: uma preocupação com o meio ambiente. 
Isso porque ela pode ser quase totalmente (acima de 90%) reutilizada, exigindo, 
para isso, apenas cuidados básicos. 
Que cuidados são esses? Após a produção de uma peça, é preciso retirar os torrões 
que ficam incrustados na areia. Mesmo com o passar do tempo, após diversas 
utilizações, são necessários apenas alguns aditivos a fim de melhorar e corrigir as 
características do material. 
Aditivo
Aditivo é um elemento que se utiliza para melhorar ou restaurar as 
características de um dado produto. 
Na areia verde, os aditivos mais utilizados são:
• Pó de carvão – evita a aderência da areia na peça fundida, melho-
rando o acabamento superficial da peça e facilitando a sua limpeza.
• Pó de madeira – por consumir oxigênio, proporciona uma atmosfera 
redutora ao molde e contribui para controlar a expansão térmica da sílica.
• Amidos e dextrinas – aumentam a plasticidade da areia. 
Pó de carvão.
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 41
Considerando as vantagens que a fundição em areia verde 
oferece, vamos escolhê-la também para começar o nosso 
estudo. Você já sabe que ela é a mais utilizada pelas indús-
trias metalúrgicas. Então, seguiremos o mesmo caminho. 
Como auxiliar de fundição, você perceberá que as etapas 
de produção são as mesmas em praticamente todos os 
processos. Por isso, a escolha desse processo de fundição 
específico não prejudicará o seu aprendizado.
1ª etapa: o projeto da peça 
A primeira etapa de fabricação de qualquer produto é o 
projeto da peça, executado por um profissional conhe-
cido como projetista. Nessa etapa, todos os fatores que 
podem influenciar na qualidade do produto devem ser 
considerados. Por isso:
•	 A peça deve ser projetada de maneira que não haja uma 
variação brusca entre as secções de forma, o que pode 
dificultar a fluidez do metal. 
DICA
O metal, após ser fundido, deve 
apresentar uma propriedade: a 
fluidez, que é a capacidade de 
escoar pelas cavidades com 
rapidez. Essa propriedade é muito 
importante, principalmente 
quando é preciso produzir uma 
peça com geometria complicada. 
42 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
•	 Devem-se evitar, ao máximo, cantos “vivos”, que provocam concentração de tensões 
e de impurezas do metal, fragilizando a peça.
Incorreto Correto
Canto vivo
Canto vivo
Mau projeto
Ainda não recomendado
Bom projeto
Canto vivo
Canto vivo
Mau projeto
Ainda não recomendado
Bom projeto
Os chamados cantos vivos fragilizam regiões da peça. 
Note que a secção B é bem menor que as secções A e C. Esse é um exemplo de como uma variação brusca entra as secções de forma pode dificultar a 
passagem do metal. 
M
C
B
A
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 43
•	 Devem-se evitar as espessuras muito finas de paredes. Na tabela abaixo, você pode 
ver os valores recomendados de espessura. 
Secções mínimas recomendadas em peças fundidas
Liga
Secção mínima, em mm
Fundição 
em areia
Fundição 
em molde metálico
Fundição sob pressão
Grandes 
áreas
Pequenas 
áreas
De alumínio 3,175 a 4,76 3,175 em áreas pequenas 1,905 1,143
De cobre 2,38 3,175 em áreas pequenas 2,54 1,524
De ferros fundidos cinzentos 3,175 a 6,354,76 em áreas pequenas – –
De chumbo – – 1,905 1,016
De magnésio 4,00 4,00 a 4,176 2,032 1,27
De ferro maleável 3,175 – – –
De aço 4,76 – – –
De estanho – – 1,524 0,762
De ferro fundido branco 3,175 – – –
De zinco – – 1,143 0,38
Na Unidade 7 deste Caderno – Qualidade e Produtividade – você entenderá por que 
a qualidade é tão importante a ponto de ser considerada já na primeira etapa de um 
processo de fundição. 
Fonte: ChIAvErInI, vicente. Tecnologia Mecânica. 2. ed. São Paulo: Ed. Makron Book, 1986. v. I. 
Na tabela, estão relacionados a espessura mínima de secção, o metal a ser fundido e o processo de fundição. Por exemplo, se o auxiliar de fundição 
escolher fundir alumínio no processo de areia verde, a espessura mínima de secção deve variar entre 3,175 mm a 4,76 mm. 
44 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
2ª etapa: Fabricação do modelo
Modelo de metal.
Feito o projeto, mas ainda antes da fabricação de uma peça ou produto, é preciso 
confeccionar um modelo. Esse modelo, por sua vez, será utilizado na fabricação de 
um molde. O modelo é uma réplica, um pouco maior, da peça. É essencial que as 
dimensões da réplica sejam maiores que as da peça pelos seguintes motivos: 
•	 para compensar um fenômeno físico que ocorre quando o metal resfria: a contração 
(o metal se encolhe); 
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Dimensões do modelo acrescido da contração linear.Dimensões da peça.
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Dimensões do modelo acrescido da contração linear.Dimensões da peça.
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 45
•	 para permitir uma usinagem posterior; e
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Peça acabada
Peça com sobrematerial
6 2
5 38
DICA
Você já aprendeu que a fundição 
pode ser um processo único ou 
não, dependendo da aplicação do 
produto e do grau de acabamento 
que se deseja para a peça. É 
chamado de usinagem o 
processo que ocorre quando há 
necessidade de o produto fundido 
passar por mais de uma etapa de 
fabricação, além da fundição. A 
usinagem é, justamente, um 
processo de fabricação que visa a 
dar uma nova forma ao metal, 
utilizando ferramentas cortantes 
e equipamentos específicos.
•	 para criar uma inclinação no modelo, de modo a pos-
sibilitar a retirada do molde. 
Ângulos de saída
CorretoIncorreto
Ângulos de saída
CorretoIncorreto
O modelo pode ser feito com diversos materiais: madeira, 
isopor, metal, resina etc. Mas dois fatores devem ser consi-
derados na hora de escolher o material que será utilizado:
•	 Vida útil – pensar na vida útil do modelo é escolhê-lo 
pelo tanto de vezes que poderá ser utilizado. Assim, se 
quisermos utilizar um modelo diversas vezes, o isopor 
não deverá ser escolhido, pois, após a primeira mol-
dagem, ele já precisa ser descartado em razão de sua 
fragilidade. A madeira, por sua vez, tem uma vida útil 
longa, mas requer cuidados e manutenção para que as 
suas dimensões não sofram alterações.
•	 Custo – é um fator muito importante para as esco-
lhas tomadas não só na indústria metalúrgica, mas em 
qualquer indústria. Afinal, é muito importante saber o 
46 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
quanto se pode e se quer gastar. Porém, não é possível 
pensar no custo isoladamente. É preciso equilibrar o 
custo do material e o benefício que ele irá proporcionar. 
O modelo de metal, por exemplo, tem um custo eleva-
do, pois requer operações de usinagem que garantam a 
precisão de suas dimensões. No entanto, é o modelo que 
possui a maior vida útil.
3ª etapa: Moldagem
Para entender como a moldagem ocorre na fundição em 
areia verde, é preciso conhecer três elementos essenciais 
para o processo:
•	 a areia de fundição; 
Existe um profissional na 
indústria metalúrgica, o 
modelador de metais, 
que é responsável apenas 
pela fabricação de mode-
los. Essa fabricação pode 
ser manual ou automáti-
ca (com a ajuda de má-
quinas operatrizes). 
Você sabia?
•	 o macho; e
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 47
Existem vários tipos de 
aglomerantes argilosos 
que podem ser utilizados 
no processo de fundição 
em areia verde. As argi-
las montmoriloníticas e 
as argilas bentonitas são 
as mais utilizadas.
Você sabia?
•	 o sistema de alimentação. 
A areia de fundição
A areia de fundição é composta por aglomerante e areia-base.
Areia de fundição = aglomerante + areia-base
Aglomerante
A areia possui propriedades, ou seja, ela possui qualidades, 
características próprias. A refratariedade é uma delas: a 
capacidade de resistir a altas temperaturas. 
O aglomerante tem muita relação com essa capacidade es-
pecial. Ele serve, justamente, para aglomerar a areia, ou seja, 
juntar os grãos de areia, e formar uma massa refratária. Para 
que isso ocorra, é adicionado um elemento aglomerante que, 
no caso da areia verde, é um composto de argila e água.
Aglomerante da areia verde = argila + água 
A argila (7%) absorve a água (3%) provocan-
do a aglutinação dos grãos de areia (90%) e 
formando uma massa plástica, isto é, uma 
massa com a capacidade de apresentar uma 
deformação definitiva.
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48 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Areia-base: 
A areia-base pode ter diversos nomes, entre eles, o de areia 
sílica, cromita, zirconita, olivina. E não é nomeada à toa, 
mas em função dos óxidos pelos quais é composta. Uma 
das mais utilizadas, por exemplo, a areia sílica, é composta 
de óxido de silício (SiO2). 
É a combinação do aglomerante com a areia-base que 
resulta na areia que será utilizada na fundição. Como 
vimos, na proporção entre esses elementos, há muito mais 
areia-base do que aglomerante (água + argila).
Além da refratariedade, a areia também apresenta várias 
outras propriedades:
•	 moldabilidade: é a capacidade de reproduzir as diversas 
formas de modelo, ou seja, a capacidade de ser facilmente 
moldada em relação a um modelo;
•	 permeabilidade: é a capacidade de permitir a saída dos 
gases contidos no molde; e
•	 resistência mecânica: é a capacidade de resistir aos 
esforços provocados pela retirada do modelo da cavi-
dade, pelos movimentos provocados na manipulação 
do molde, pela colocação dos machos e pelos impactos 
causados pelo fluxo de metal na cavidade. 
Óxidos são compostos 
formados por dois ele-
mentos (compostos biná-
rios), sendo um deles o 
oxigênio. A sílica (SiO
2
), 
também conhecida como 
óxido de silício, é forma-
da pela combinação de 
oxigênio com silício.
Você sabia?
Porém, a areia de fundição não é analisada 
apenas por suas propriedades. É muito impor-
tante levar em consideração os grãos que a 
compõem. Esses grãos são analisados e dife-
renciados de acordo com:
• a forma; 
• a estrutura; e 
• o tamanho. 
A forma e a estrutura são analisadas com 
ajuda de um microscópio. 
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 49
Quanto à forma, podemos ter grãos arredondados, subangulares ou angulares, 
conforme se pode ver a seguir:
Agitador de peneiras: equipamento utilizado para determinar o módulo de finura.
Grãos arredondados Grãos subangulares Grãos regulares
Grãos compactos Grãos aglomerados Grãos fissurados
Grãos arredondados. Grãos subangulares.
Já quanto à estrutura, os grãos podem ser compactos, aglomerados ou fissurados. 
Veja abaixo:
O tamanho do grão só pode ser determinado por meio de um ensaio, realizado emlaboratório, no qual uma amostra da areia é retirada e peneirada em um equipamento 
chamado de agitador de peneiras. Esse equipamento é composto por um conjunto 
de peneiras de diferentes malhas (aberturas), dispostas (organizadas) da mais grossa 
(maior abertura) para a mais fina (menor abertura). Após o peneiramento, é feito 
um cálculo para determinar o tamanho de grão, ou seja, o módulo de finura, con-
siderando a quantidade de areia retida em cada peneira. 
Grãos arredondados Grãos subangulares Grãos regulares
Grãos compactos Grãos aglomerados Grãos fissuradosGrãos compactos. Grãos aglomerados. Grãos fissurados.
Grãos angulares.
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50 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Saber analisar e diferenciar os grãos de areia é essencial 
para a realização do processo de fundição em areia verde. 
Isso porque a influência que o módulo de finura, a forma 
e a estrutura dos grãos têm na qualidade da peça fundida 
é muito grande. Essas três características irão influenciar:
•	 o acabamento da peça (qualidade da superfície, mais 
lisa ou mais porosa);
•	 a permeabilidade do molde;
•	 a moldabilidade; e
•	 a resistência do molde. 
Você percebeu o quanto os grãos podem influenciar as 
propriedades da areia? Eles podem melhorar a moldabi-
lidade, a permeabilidade e a resistência. 
Por isso, a análise dos grãos de areia se torna tão essencial 
para o processo de fundição e para você! Por quê? Esse tipo 
de análise abre um novo campo de trabalho para o auxiliar 
de fundição. Junto a um outro conhecido profissional da 
metalurgia, o auxiliar de laboratório metalúrgico, você 
poderá exercer suas atividades em um Laboratório de 
Análises de Areias. 
O Macho
A metalurgia parece muito distante da gastronomia. No 
entanto, podemos aproximá-las. Imagine que você, um 
futuro profissional da fundição, decida fazer um delicioso 
pudim de leite, mas encontre um problema: na sua co-
zinha, não consegue encontrar aquela forma clássica de 
pudim, que tem um furo no meio.
Para criar esse furo em uma forma comum, você poderá 
utilizar uma lata de leite condensado, um dos ingredientes 
da receita. Você colocará a lata no centro da forma redonda 
e, dessa forma, o pudim, ainda líquido, não entrará na-
quele espaço. O pudim com o furo no meio estará pronto!
 Você pode procurar sa-
ber um pouco mais sobre 
a ocupação do auxiliar de 
laboratório, nos cadernos 
Auxiliar de Laboratório 
Metalúrgico 1 e 2, desta 
mesma coleção.
Você sabia?
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 51
A maioria das peças fundidas também precisa apresentar “furinhos” e reentrâncias. E, 
para que isso aconteça, o auxiliar de fundição utiliza uma peça que cumpre a mesma 
função da lata na forma redonda. Essa peça é chamada de macho. Ela irá preencher 
as regiões vazias do modelo e impedir a entrada do metal em estado líquido. Ou 
seja, no espaço que o macho ocupa, o metal não consegue penetrar. 
O sistema de alimentação
Há uma etapa do processo de moldagem em que o sistema de alimentação – canais 
de alimentação e massalote – é construído. Esse sistema é muito importante para o 
processo de fundição. Cuidar para que ele seja bem executado é garantir a obtenção 
de peças sem defeitos. 
Macho. Peça final com “furinhos” e reentrâncias.
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52 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
O primeiro cuidado deve ser com os canais de alimentação, pelos quais o metal é colo-
cado no molde. Esses canais devem ser dispostos (organizados) de maneira a evitar que 
o metal caia diretamente sobre a peça. Para isso, devem possuir dimensões exatas. Dessa 
forma, o escoamento do metal em estado líquido ocorrerá na velocidade adequada, não 
permitindo que ele resfrie antes que se complete o enchimento da cavidade do molde.
O massalote é um tipo de reservatório de metal cuja função é evitar um defeito 
conhecido como rechupe ou vazios de retração na peça. Essa reserva de metal 
compensa a contração natural do material em estado líquido que vai se resfriando. 
Enquanto o líquido se contrai, os espaços vazios vão sendo preenchidos pelo metal 
armazenado no massalote, evitando que a peça fique menor do que o planejado. 
Para que isso aconteça sem problemas, o massalote deve ser posicionado na região 
da peça em que houver o maior volume de metal, pois essa região será a última a se 
solidificar. 
massalote
canais de alimentação
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a areia de fundição, o macho 
e o sistema de alimentação, que tal voltarmos às etapas da moldagem?
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 53
Etapas da moldagem
Peça 
• A peça possui um furo em toda a sua extensão. 
Por isso, para ser fabricada, precisará do macho. 
Modelo bipartido
• Após verificar a necessidade do macho, é preciso 
fabricar um modelo bipartido. na figura ao lado, 
podemos observar um modelo feito em duas 
partes para que o macho seja colocado na 
região que será vazia. 
Suporte de macho 
• na figura ao lado, podemos observar, em azul, 
o “suporte de macho” que, como o próprio nome 
indica, tem a função de suportar/sustentar o macho 
de areia colocado sobre ele. 
Caixa de moldagem inferior
• Para os modelos bipartidos, duas caixas são 
utilizadas: uma inferior e outra superior. 
• Uma das duas partes do modelo é colocada na 
caixa de moldagem inferior.
• O modelo deve ser posicionado no centro da caixa.
modelo bipartido
suporte de macho
caixa de 
moldagem 
inferior
54 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Enchimento e compactação 
• A areia é despejada sobre o modelo. É importante 
colocar areia nas extremidades da caixa para evitar 
que o modelo fique descentralizado.
• A areia é comprimida sobre o modelo com a ajuda 
de um objeto socador. 
Caixa de moldagem superior
• São repetidas as mesmas operações da caixa inferior.
• É essencial respeitar as marcações do macho para 
que não haja um desencontro entre a metade 
superior e a metade inferior.
• O canal de alimentação e o massalote são moldados. 
O objetivo é deixar um vazio entre a superfície 
superior e a cavidade que será preenchida. 
Retirada do modelo da caixa superior
• Por fim, a caixa de moldagem superior é retirada 
e virada. O modelo é retirado do molde com auxílio 
de um dispositivo.
Retirada do modelo da caixa inferior
• Assim como na caixa superior, o modelo é retirado 
do molde da caixa inferior com auxílio de um 
dispositivo.
objeto 
socador
massalote
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 55
Posicionamento do macho na caixa inferior
• nesta etapa, é necessário observar a marcação do 
macho (suporte). 
Posicionamento da caixa superior sobre a inferior
• nesta etapa, é preciso prestar muita atenção no 
alinhamento entre as caixas.
Fechamento das caixas
• A moldagem está concluída! Está criado o 
“negativo da peça”, que é o vazio com a forma 
da peça impressa.
caixa de 
moldagem 
superior
caixa de 
moldagem 
inferior
56 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
O modelo, no entanto, nem sempre possui duas partes. A seguir, será possível 
observar um exemplo de moldagem na qual a peça não é criada a partir de um 
modelo bipartido.
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
SoloSoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido
Peça
• Como esta peça não possui furos ou vazios internos, 
ela não necessita de macho.
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
Solo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido
Caixa de moldagem inferior
• O modelo é posicionado no fundo da caixa inferior.
• A areia é compactada sobre o modelo. 
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
Solo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido
Virada da caixa 
• A caixa inferior é virada e preparada para receber 
a caixa superior. 
 
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
Solo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido
Caixa de moldagem superior
• Os canais de alimentação e o massalote são 
moldados na caixa superior.
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
Solo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido
Retirada do sistema de alimentação da caixa 
superior
• Os canais de alimentação e massalote são retirados 
da caixa superior.
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 57
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
Solo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido
Retirada da caixa superior
• A caixa superior é retirada para que, depois, o modelo 
que está na caixa inferior também possa ser removido. 
• A abertura do canal de alimentação é alargada. 
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
Solo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido
Retirada do modelo da caixa de moldagem 
• O modelo é retirado da caixa de moldagem com a 
ajuda de um dispositivo. 
Areia de
moldagem
Areia de
moldagem
Caixa
inferior
Solo
Modelo de
madeira
Modelo de
massalote Modelo do canal
de alimentação
Canal de
alimentação
Dispositivo para
retirada do modelo
Vazio do canal
de alimentação
Caixa
superior
Caixa
superior
Vazio do
massalote
Estrado de madeira
Solo
Solo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
SoloSolo
Massalote
Metal líquido União 
• As duas caixas são, novamente, unidas para que 
o molde preparado possa receber o metal em 
estado líquido. 
• A moldagem está concluída!
4ª etapa: Fusão 
Você sabe quais são os estados físicos da matéria? Provavelmente, deve se lembrar 
de três: do sólido, do líquido e do gasoso. Estados físicos da matéria, ou fases, são as 
diferentes formas como uma substância pode se apresentar no espaço. Essas mudanças 
de forma ocorrem em virtude do estado de agregação das moléculas que compõem 
a matéria. O nome pode parecer difícil, mas a ideia é muito simples. 
A matéria é formada por partículas menores, os átomos, que, por sua vez, não estão 
posicionados de qualquer maneira. Eles estão arranjados em grupos que chamamos 
de moléculas. A maneira como essas moléculas se organizam influencia, e muito, o 
estado físico do material. 
No estado sólido, as moléculas estão fortemente ligadas e, por isso, não conseguem 
se movimentar com muita liberdade. 
No estado líquido, as moléculas já não estão tão ligadas e, portanto, possuem uma 
liberdade de movimentação maior.
No estado gasoso, as moléculas estão separadas (a força de união entre elas pode ser 
considerada desprezível) e, portanto, possuem uma total liberdade de movimentação.
58 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Uma das maneiras mais comuns de modificar o estado físico de uma substância é 
aquecê-la, ou seja, o calor dessa substância ser trocado com alguma fonte térmica. 
A fusão, quarta etapa da fundição, é um exemplo disso. Nela, ocorre a passagem do 
metal no estado sólido para o estado líquido com a ajuda de fornos que fazem uso 
de várias fontes de energia:
•	 fornos a óleo;
•	 fornos a gás;
•	 fornos elétricos; e 
•	 fornos a carvão vegetal ou mineral.
Sólido Líquido GasosoososGasoLíLLSólido qqqqqqqu dquidodododod
Forno a arco voltaico: um tipo de forno elétrico.
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 59
O cadinho é removido do forno elétrico com a ajuda da tenaz.
Cadinho.
Quando uma substância se encontra no estado sólido e 
começa a receber calor, não é só a temperatura que au-
menta, mas também a agitação das moléculas, até que a 
ligação que as une seja rompida. Com isso, a liberdade de 
movimento ficará ainda maior. Assim se caracteriza a fusão, 
ou seja, a passagem do estado sólido para o estado líquido. 
Além do seu sistema de aquecimento, os fornos também 
possuem um recipiente no qual ocorre a fusão do metal: 
o cadinho. 
Os fornos utilizados na 
fundição não servem ape-
nas para aquecer, mas 
também para fazer ajus-
tes na composição quími-
ca dos metais, quando 
necessário.
Você sabia?
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60 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Cabe ao auxiliar de fundição acompanhar a fusão do metal e a utilização do cadinho.
O cadinho, que se parece muito com uma panela, pode ser fixo ou removível. Quando 
é fixo, ele faz parte do forno basculável, que gira em torno do seu eixo para despejar 
o metal no molde. Quando removível, ele pode ser retirado do forno com a ajuda 
de um instrumento chamado tenaz. 
5ª etapa: vazamento
O metal é vazado da panela para o molde.
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 61
Pelo nome, já podemos ter ideia do que acontece nessa etapa. Nela, o metal fundido 
é vazado, ou seja, despejado no molde. Durante o processo, é preciso ficar muito 
atento para que a velocidade de escoamento seja uniforme, impedindo que molde 
sofra um rompimento. 
vazamento do metal
62 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
6ª etapa: Desmoldagem
É a retirada da peça do molde. Primeiro,retira-se a caixa 
superior e, em seguida, a peça de dentro do molde. 
7ª etapa: retirada dos canais de alimentação 
e do massalote
Os canais de alimentação e o massalote são retirados, com 
a ajuda de uma esmerilhadeira.
A esmerilhadeira é sempre utilizada no acabamento das peças fundidas.
DICA
Como você já sabe, a areia verde 
pode ser sempre reaproveitada. 
Por isso, na desmoldagem, além 
do cuidado com a peça, é 
necessário ter muito cuidado com 
a areia utilizada no processo.Se 
não tiver sido contaminada por 
determinados materiais, essa 
areia retirada dos machos e da 
peça poderá ser reaproveitada em 
outros moldes de fundição.
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 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 63
8ª etapa: Limpeza e rebarbação
Na fundição, a rebarba significa um excesso de material 
que fica associado à peça metálica fundida e que deve 
ser retirado. São lascas, pontas etc. Por isso, durante a 
limpeza e rebarbação, as peças de metal são raspadas com 
a ajuda de uma lixadeira, e os excessos resultantes de uma 
máquina ou processo de fabricação são retirados. 
A lixadeira é utilizada para que excessos da peça, como lascas e pontas, sejam retirados.
O jateamento com granalha de aço é um dos mais utilizados nas indústrias de fundição.
Depois da retirada das rebarbas, ainda há necessidade 
de fazer uma limpeza na peça, que pode apresentar im-
perfeições, reentrâncias, saliências. Para essa limpeza, é 
utilizado um jato de ar ou de granalha, dependendo do 
grau de exigência e da condição da peça. 
Utilizadas como insumo indus-
trial, granalhas são partículas 
de ferro cinzento ou aço utili-
zadas como abrasivos, ou seja, 
para o desgaste ou raspagem 
de peças. Dessa maneira, elas 
se destinam à alimentação das 
máquinas de jateamento para 
limpeza de rebarbas.
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64 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Atividade 1
modElo E moldE
Ao fabricar uma peça por meio do processo metalúrgico de fundição, o auxiliar 
deve prestar muita atenção para que o modelo seja maior do que a peça. Explique, 
com suas palavras, porque as dimensões do modelo devem ser superiores às da peça 
que será fabricada. 
Atividade 2
Vamos rEVisar?
Descreva, com suas palavras, quais as etapas de fabricação de uma peça fundida 
pelo processo areia verde. 
Aproveite para verificar os aspectos desse processo que não ficaram claros e tire as 
suas dúvidas com o monitor.
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 65
Outros processos de fundição
Agora que já vimos em detalhe as etapas do processo de fundição em areia verde, 
vamos apresentar outros dois processos de fundição com vazamento por gravidade:
•	 fundição shell molding; e
•	 fundição em cera perdida ou de precisão.
E um processo de vazamento sob pressão:
•	 fundição em moldes permanentes sob pressão. 
Fundição shell molding
Já vimos, anteriormente, que a areia de fundição é composta por um aglomerante 
e por uma areia-base.
Areia de fundição = aglomerante + areia-base
No processo de fundição em areia verde, o aglomerante é um composto de água e 
argila. No entanto, existem outras formas de aglomerar e moldar a areia. Podemos 
utilizar resina, por exemplo. Para que a resina aglomere (una) a areia e forme uma 
massa refratária é necessário que ocorra uma reação química a quente ou a frio.
Quando esse processo de aglomeração acontece por uma reação química a quente, 
ele é conhecido como shell molding ou moldagem em casca. 
Na tabela, a seguir, veja as etapas do processo de fundição shell molding: 
Etapas do processo shell molding
Placa
Placa
Placa
Placa
Placa aquecida
Revestimento
Areia + resina
Modelo
Modelo
Modelo
Sistema de 
aquecimento
Modelo
Areia + resina
Areia + resina
Reservatório
Modelo
• O modelo de metal é fabricado e 
fixado em uma placa. na mesma 
placa, todo sistema de alimentação 
também é fixado. 
66 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Placa
Placa
Placa
Placa
Placa aquecida
Revestimento
Areia + resina
Modelo
Modelo
Modelo
Sistema de 
aquecimento
Modelo
Areia + resina
Areia + resina
Reservatório
Placa fixada 
• A placa, já com o modelo, é fixada 
em uma máquina giratória composta 
por um sistema de aquecimento e por 
um reservatório, no qual são colocadas 
a areia e a resina. 
Placa
Placa
Placa
Placa
Placa aquecida
Revestimento
Areia + resina
Modelo
Modelo
Modelo
Tubo de gás
Bico de gás
Modelo
Areia + resina
Areia + resina
Reservatório
Máquina giratória
• A placa fixada é girada contra o 
reservatório que contém a mistura de 
areia e resina. Com esse movimento 
giratório, a mistura cobre todo o 
modelo metálico.
Placa
Placa
Placa
Placa
Placa aquecida
Revestimento
Areia + resina
Modelo
Modelo
Modelo
Tubo de gás
Bico de gás
Modelo
Areia + resina
Areia + resina
Reservatório
Fusão
• A placa fixada é, então, aquecida até 
atingir a temperatura de trabalho (entre 
150 e 250 oC), na qual é provocada a 
fusão da resina que irá aglomerar os 
grãos de areia e formar, assim, uma 
casca (shell) sobre o modelo metálico. 
Elemento
aquecedor
Excesso de areia
+ resina
Revestimento
Revestimento
Placa
Pontos de injeção
Modelo
Estufa
Isolação
térmica
Revestimento
do molde
Retirada
• A placa fixada pode ser, enfim, retirada 
da máquina giratória. O excesso de 
areia (a areia que não foi utilizada) fica 
depositado no fundo da caixa. 
 Auxiliar de fundição 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 67
Elemento
aquecedor
Excesso de areia
+ resina
Revestimento
Revestimento
Placa
Pontos de injeção
Modelo
Estufa
Isolação
térmica
Revestimento
do molde
Estufa
• A placa fixada, após ser retirada da 
máquina giratória, é enviada para 
uma estufa. O endurecimento da 
resina só será completo quando a 
placa for colocada nessa estufa com 
temperatura entre 350 e 450 oC.
Placa
Placa
Placa
Placa
Placa aquecida
Revestimento
Areia + resina
Modelo
Modelo
Modelo
Tubo de gás
Bico de gás
Modelo
Areia + resina
Areia + resina
Reservatório
Outra metade
• A primeira metade do molde já 
pode ser retirada da placa. Todas 
as operações serão repetidas com 
a outra metade. 
Vantagens:
• permite a fabricação de peças com melhor acabamento superficial;
• permite a fabricação de peças com tolerâncias dimensionais mais es-
treitas, ou seja, peças que requerem uma precisão dimensional maior; 
• permite a confecção de peças com formato complexo; e
• pode ser totalmente automatizado. 
Desvantagens:
• possui um custo mais elevado, se comparado à areia verde; e
• possui restrições quanto ao tamanho das peças fundidas em razão do 
custo da produção.
68 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de fundição 2
Fundição em cera perdida ou de precisão
A fundição em cera perdida ou de precisão não é apenas uma nova opção de processo, 
é também uma outra faceta da fundição. Acostumados com os produtos destinados 
à indústria metalúrgica, com ela temos a oportunidade de conhecer um processo 
muito utilizado na fabricação de joias, de peças pequenas ou, enfim, de produtos 
com detalhes que não poderiam ser produzidos por outro processo metalúrgico.
Na tabela, a seguir, veja as etapas da fundição em cera perdida ou de precisão: 
Etapas da fundição em cera perdida ou de precisão 
Fabricação do modelo
• neste processo, o modelo é de cera e 
é confeccionado numa matriz metálica. 
Para

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