Buscar

Questões de Teoria Geral do Estado para estudo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

QUESTÕES P/ PROVA – TEORIA GERAL DO ESTADO I
	1) O que significa dizer que o homem é um ser social e político?
R.: O indivíduo não existe, como ser humano, fora do meio social. Além dos impulsos vitais que levam os homens a se juntar ou a se opor uns aos outros, eles são estimulados a compartilhar sua existência com os demais, movidos pela necessidade de buscar o bem comum. A coexistência e a cooperação entre os indivíduos e grupos são necessárias para as constituições sociais e políticas que, por sua vez, garantem o bem-estar individual e coletivo e coletivo. Para possibilitar uma convivência harmoniosa, resultado da associação permanente entre os indivíduos diferentes, o homem estabelece normas e padrões de conduta, promulga leis que regulam a vida em sociedade. Nesse sentido, além de ser social, o homem é um ser político: governa com habilidade o destino de sua pólis (cidade).
	2) Como Aristóteles e São Tomás de Aquino explicam o impulso associativo do ser humano?
R.: Aristóteles (384-322 a.C), entende que a sociabilidade é uma propriedade essencial do homem. Na sua visão, o homem é constituído de corpo e de alma, essencialmente. E, por esta constituição, não pode se auto-realizar, sendo necessário criar vínculos sociais para satisfazer suas próprias necessidades e vontades. É a natureza do homem que o impulsiona a querer associar-se e interagir com os demais. Por este motivo, considerava o homem fora da sociedade um ser superior ou inferior à condição humana: “O homem é, por sua natureza, um animal político. Aquele que, por natureza, não possui estado, é superior ou mesmo inferior ao homem, quer dizer: ou é um deus ou mesmo um animal” (de sua obra: A política).
Santo Tomás de Aquino (1225-1274), como Aristóteles, considerava o homem um ser naturalmente sociável: “O homem é, por natureza, animal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que evidencia pela natural necessidade.” (S.Th, I, 96, 4). Afirma ainda que a vida fora da sociedade é exceção, se enquadrando em três hipóteses: a mala fortuna, quando um indivíduo, acidentalmente, por um infortúnio passa a viver em isolamento, como é o caso de um náufrago, por exemplo; a corruptio naturae, quando por alienação mental ou anomalia, o homem é desprovido de razão e busca viver distanciado dos demais; e a excellentia naturae, que é a hipótese do homem isolar-se buscando a comunhão com Deus e o seu aperfeiçoamento espiritual.
	3) Qual é o ponto comum entre os contratualistas quanto a interpretação da sociabilidade humana?
R.: Todos negam o impulso associativo natural, concluindo que somente a vontade humana justifica a existência em sociedade. A sociedade, portanto, é uma criação humana e se tem sua base firmada em um contrato, que pode ser alterado ou desfeito.
	4) Por que segundo Thomas Hobbes o “homem é o lobo do próprio homem”?
R.: Hobbes (1588-1679) acreditava que o contrato foi feito porque o homem é o lobo do próprio homem. Há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (competição constante, estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas individualmente para que o estado de guerra seja controlado, isto é, para que o instinto destrutivo do homem seja dominado. Neste sentido, o Estado surge como forma de controlar os "instintos de lobo" que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos. Os cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, que irá agir como soberano absoluto a fim de manter a ordem. Hobbes afirma que durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens. Hobbes afirma que durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens.
	5) Qual foi a solução, conforme Hobbes, para dar fim à brutalidade da vida social primitiva?
R.: Só havia uma solução para dar fim à brutalidade social primitiva: a criação artificial da sociedade política, administrada pelo Estado. Para isso os homens tiveram que firmar um contrato entre si, pelo qual cada um transferia seu poder de governar a si próprio a um terceiro - o Estado - para que esse Estado governasse a todos, impondo ordem, segurança e direção à conturbada vida social.
	6) Qual é a função da “vontade geral” e do contrato social segundo Rosseau?
R.: A “vontade geral” de Rousseau não é idêntica à vontade da maioria ou até à da totalidade dos cidadãos. Rousseau entende a “vontade geral” como a vontade do corpo político que se assume arbitrariamente como intérprete da vontade do povo, na medida em que Rousseau considera a sociedade civil como uma pessoa e com atributos de uma personalidade.
O contrato social tem como finalidade encontrar uma forma de associação que defenda e proteja com todas as forças a pessoa e seus bens, preservando a liberdade de cada um.
	7) Por que a sociedade é produto da conjugação de um impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana?
R.: Só na convivência e cooperação dos semelhantes o homem pode beneficiar-se das energias, conhecimentos, produção e experiência dos outros, acumuladas através de gerações, obtendo assim os meios necessários para que possa atingir os fins de sua existência, desenvolvendo todo o seu potencial de aperfeiçoamento, no campo intelectual, moral ou técnico. Ou seja, precisa da cooperação de seus semelhantes para atingir os fins de sua existência. Necessidade não é material, vez que mesmo o homem que tem tudo (bens materiais) para sobreviver sozinho, precisa dos outros. Contudo, a existência desse impulso natural não elimina a participação da vontade humana. Consciente que necessita da vida social, o homem a deseja e procura favorecê-la. 
	8) Qual é o conceito e as características de sociedade?
R.: O conceito de sociedade apresenta inúmeras controvérsias devido ao seu amplo aspecto. O vocábulo pode ser utilizado de diversas formas e com vários sentidos, tais como o de nação e o de grupo social. Em termos gerais podemos definir sociedade como um grupo de pessoas que interagem entre si.
Deste conceito podemos deduzir três características da sociedade: a multiplicidade de pessoas, a interação entre elas e a previsão de comportamento. Para a formação da sociedade não basta que existam várias pessoas reunidas, uma aglomeração de indivíduos, mas que elas interajam, que desenvolvam ações conjuntas, que tenham reações aos comportamentos uns dos outros, que desenvolvam diálogos sociais. Ela se faz por um amplo relacionamento humano. Dessa interação é possível prever comportamentos, situações e condutas que poderão se manifestar no seio do grupo, sejam elas lícitas ou ilícitas.
	9) Dar o significado de cooperação, competição e conflito como formas de interação social.
R.: A interação social, basicamente, vai se realizar de três formas: a cooperação, a competição e o conflito:
a) Na cooperação, as pessoas estão movidas por um mesmo objetivo e valor e por isso conjugam o seu esforço.
b) Na competição há uma disputa, uma concorrência, em que as partes procuram obter o que almejam, uma visando à exclusão da outra. 
c) O conflito se faz presente a partir do impasse, quando os interesses em jogo não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à luta, moral ou física, ou buscam a mediação da justiça.
	10) Quais são os instrumentos de controle social?
R.: Intuito de regrar, limitar as relações interpessoais. São os denominados instrumentos de controle social. O Direito é, sem dúvida, um deles, mas não o único. A Moral, a Religião e a Etiqueta (regras de trato social) são também processos normativos que acabam por atingir esse fim.11) Como opera o Direito na sua função de instrumento de controle social?
R.: De todos, porém, é o Direito o que melhor cumpre este papel, em razão de sua força coercitiva. Devido a isso, a essa força de coerção, deve ser muito bem delineado o campo de atuação do Direito. A faixa de atuação do Direito é regrar a conduta social, visando à ordem e o bem comum. Por este motivo, ele irá disciplinar apenas os fatos sociais mais relevantes para o convívio social. Ele irá disciplinar, principalmente, as relações de conflitos e, quanto às relações de cooperação e competição, somente onde houver situação potencialmente conflituosa.
	12) Demonstre a mútua dependência entre sociedade e direito.
R.: Não pode haver sociedade sem direito e não há direito sem sociedade. Não poderia existir sociedade sem uma ordem mínima, sem guias e direcionamentos. Há a necessidade de se limitar a esfera de conduta de cada indivíduo de modo que sua liberdade de atuação não gere conflitos sociais. Da mesma forma que não se concebe o homem sem o convívio social, também não se concebe uma sociedade sem regras, sem o direito. O direito, por sua vez, não tem existência por si só. Ele existe no meio social e em função da sociedade. O indivíduo isolado não carece de direito. Desta forma, ele modifica a sociedade no sentido de impor condutas e comportamentos, mas também é influenciado por ela, através da cultura, dos usos e costumes e pela evolução temporal.
	13) Como o silogismo da sociabilidade exprime os elos que vinculam homem, sociedade e direito?
R.: Os elos que vinculam homem, sociedade e direito são exprimidos no silogismo da sociabilidade: “ubi homo, ibi societas” (onde o homem, aí a sociedade). “Ubi societas, ibi jus” (onde a sociedade, aí o Direito). Logo, “Ubi homo, ibi jus” (onde o homem, aí o Direito).
	14) Do exame da dimensão sociológica do direito, por que podemos defini-lo como sendo “a ordenação das relações de convivência”?
R.: É possível defini-lo assim em virtude da necessidade de uma convivência ordenada que se impõe como condição para a subsistência da sociedade, que é correspondida pelo Direito, ordenando as relações sociais por meio de regras obrigatórias de comportamento e organização.

Continue navegando