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Curso de RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Tradução do original russo, de autoria dos profs. Pisarenko, Yákovlev e Matvéev - Moscou CONTEÚDO 1. Introdução 2. Características geométricas das seções planas 3. Forças externas e internas. Método das seções. Diagramas de forças internas. Tensões na seção 4. Características mecânicas do material na tração e compressão. Concentração de tensões. Tensões admissíveis 5. Estado tensional e deformacional 6. Critérios de resistência 7. Tração e compressão 8. Deslizamento 9. Torção 10.Flexão 11.Resistência composta 12.Teoremas gerais sobre sistemas elásticos. Métodos gerais de determinação dos deslocamentos 13.Sistemas hiperestáticos 14.Cálculo de vigas planas curvas 15.Cálculo de cilindros de paredes grossas e discos giratórios 16.Cálculo de abóbadas de paredes delgadas 17.Cálculo das estruturas pelos estados limites 18.Estabilidade de barras comprimidas 19.Oscilações elásticas 20.Resistência dos materiais à ação de tensões cíclicas 21.Cálculo por carga de impacto 22.Tensões de contato I - INTRODUÇÃO §1. Resistência dos materiais como ciência. Objetos estudados. A Resistência dos Materiais é uma ciência sobre os métodos de engenharia de cálculo da resistência, rigidez e estabilidade dos elementos de máquinas e construções. A resistência é a capacidade de uma estrutura, de suas partes e elementos, de suportar uma carga determinada sem decompor-se. A rigidez é a propriedade de uma estrutura ou de seus elementos de opor-se às cargas externas, no que se refere às deformações (mudanças de forma e dimensões). As deformações não devem exceder, quando as cargas são determinadas, de certos valores fixados de acordo com as exigências para a estrutura. A estabilidade e a capacidade de uma estrutura ou de seus elementos, de conservar uma forma inicial determinada de equilíbrio elástico. Com o propósito de que as estruturas correspondam, em geral, às exigências de resistência, rigidez e estabilidade, é necessário dar a seus elementos uma forma mais racional e determinar as dimensões correspondentes. A Resistência dos Materiais resolve seus problemas, baseando-se tanto em dados teóricos como nos experimentais que tem, nesta ciência, igual importância. Na parte teórica, a Resistência dos Materiais se fundamenta na Mecânica Teórica e na Matemática, enquanto que na experimental, na Física e na Ciência dos Materiais. A Resistência dos Materiais é a ciência mais geral sobre a resistência das máquinas e construções. Sem o conhecimento fundamental do curso de Resistência dos Materiais, é inconcebível a criação de diferentes máquinas e mecanismos, construções civis e industriais, pontes, linhas de transmissão de energia e antenas, hangares, barcos, aviões e helicópteros, turbomáquinas e máquinas elétricas, equipamentos da energética nuclear, técnica de foguetes e motores à reação, etc. A Resistência dos Materiais não esgota todos os problemas da mecânica do corpo sólido deformado. Disto se ocupam as disciplinas correlatas, tais como mecânica de construção dos sistemas de barras, as teorias da elasticidade e plasticidade. Sem dúvida, o papel principal na solução dos problemas de resistência pertence à Resistência dos Materiais. Sendo muito variados os tipos de elementos de estruturas que se encontram nas construções e nas máquinas, pode-se reduzí-los a um número relativamente pequeno de formas fundamentais. Os corpos que tem essas formas fundamentais são objeto de cálculo de resistência, rigidez e estabilidade. São barras, placas e abóbadas, corpos maciços. Por barra ou viga entende-se um corpo que tem uma dimensão (comprimento) muito maior que as outras duas dimensões (transversais) (fig. 1). Na Engenharia encontram-se barras com eixo retilíneo (fig. 1, a) e curvilíneo (fig. 1, b). Tanto as barras retas como as curvas podem ser de seção constante (fig. 1, a) ou de seção variável (fig. 1, c). Como exemplo de barras retas podem citar-se vigas, eixos, e eixos-árvore. Os ganchos de suspensão de cargas, correntes, etc., são exemplos de barras curvas. As barras que tem o perfil da seção transversal complexo, onde a espessura das paredes é muito menor que o tamanho da seção, chamam-se barras de paredes delgadas (fig. 1, d). A abóbada é um corpo limitado por duas superfícies curvilíneas situadas a uma distância curta uma da outra, ou seja, um corpo com uma dimensão (espessura) a qual é muito menor do que as outras duas. O lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de ambas as superfícies da abóbada chama-se superfície média. De acordo com a forma da superfície média, distinguem-se abóbadas cilíndricas (fig. 2, a), cônicas (fig. 2, b), esféricas (fig. 2, c), etc. Às abóbadas pertencem os depósitos de paredes delgadas, caldeiras, cúpulas de edifícios, revestimentos de fuselagens, asas e outras partes das aeronaves, corpos dos barcos, etc. Se a superfície média de uma abóbada representa um plano, tal abóbada chama-se placa (fig. 2, d). As placas pode ser redondas, retangulares e ter outras configurações. A espessura das placas, do mesmo modo que a das abóbadas, pode ser constante ou variável. Fundos planos e tampas dos depósitos (fig. 2, e), coberturas das obras de engenharia, discos das turbomáquinas, etc., são placas. Chama-se maciço um corpo que tem todas as três dimensões de mesma ordem. São as cimentações das obras, muros de retenção, etc. Na Resistência dos Materiais, os problemas são resolvidos, por regra geral, com métodos matemáticos simples, valendo-se de uma série de hipóteses simplificadoras e resultados experimentais, levando as soluções até as formas de cálculo aptas para a utilização na prática da engenharia. O objeto principal examinado em Resistência dos Materiais é a barra reta. sexta-feira,1demaiode2015
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