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TECNOLOGIA DA BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR Metodologia para estudar as células Como estudar as células MODELOS DE ESTUDO EM BIOLOGIA Figure 1-9 Essential Cell Biology (© Garland Science 2010) Limites de resolução Olho humano 100m Microscópio óptico 0,25 m Microscópio eletrônico 0,0002 m MARCOS HISTÓRICOS DO USO DA MICROSCOPIA EM CÉLULAS 1655 Hooke – Usou um microscópio primitivo para descrever pequenos poros em uma seção de cortiça que chamou de “células” 1664 Leeuwenhoek – reportou a descoberta dos protozoários. Ele observou as bactérias pela primeira vez 9 anos mais tarde. 1833 Brown - publicou suas observações microscópicas em orquídeas, descrevendo claramente o núcleo da célula 1838 Shleiden e Schwann – propuseram a teoria celular afirmando que as células nucleadas são as unidades básicas dos tecidos animais e vegetais 1857 Kölliker – descreveu a mitocôndria em células de músculo 1879 Flemming – descreveu com grande clareza o comportamento dos cromossomos durante a divisão celular 1881 Cajal e outros histologistas – Desenvolveram métodos de coloração que revelaram a estrutura das células nervosas e a organização dos tecidos neurais 1898 Golgi - Viu pela primeira vez e descreveu o aparelho que leva o seu nome corando células com nitrato de prata 1902 Boveri – Relaciona os cromossomos com a hereditariedade pela observação do comportamento destes durante a reprodução sexual 1952 Palade, Porter e Sjöstrand – Desenvolveram métodos de microscopia eletrônica que permitem a visualização de muitas estruturas intracelulares pela primeira vez 1957 Robertson – Descreveu a estrutura bilaminar da membrana celular, ME MICROSCÓPIO ÓPTICO Utilizado por Hooke para descrever a cortiça 1940 – com desenvolvimento de novos microscópios, corantes, e novas metodologias para preservar os materiais permitiram observar diferentes estruturas celulares Busca pelo conhecimento (curiosidade) Aperfeiçoamento dos métodos de investigação Avanço tecnológico I - FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O DESENVOLVIMENTO DA BIOLOGIA Zena Silva Realce Zena Silva Realce Microscópio óptico Importância Aplicações O limite de resolução (limite que dois objetos podem ser distinguidos) depende – 1) da abertura numérica do sistemas de lentes 2) do comprimento de onda da luz utilizada VISUALIZAÇÃO DE CÉLULAS 1. Tamanho das células (10 a 20 m); 2. Limite de resolução do olho 200 m; 3. Limite de resolução do microscópio óptico 0,2 m 4. Propriedade da luz PROPRIEDADES DA LUZ EMPREGADAS NA MICROSCOPIA MICROSCOPIA ÓPTICA “Objetos visualizados através de um comprimento de onda da luz visível” Parte mecânica (suporte) Parte óptica (condensador,objetiva e ocular) Resolução = 0,61 n sin - comprimento de onda = 0,53 m n - abertura numérica da objetiva sin - seno de 180 = 1ou 1,4 MICROSCÓPIO ÓPTICO CAMPO CLARO CAMPO ESCURO CONTRASTE DE FASE MICROSCÓPIO DE CONTRASTE DE FASE Utilizados para visualizar células vivas Este microscópio utiliza as diferenças de fases dos raios luminosos em diferenças de intensidade Tanto o microscópio de contraste de fase como o de fundo escuro permitem observar movimentos como no processo de mitose e migração celular MICROSCÓPIO DE FLUORESCÊNCIA Detecção de proteínas especificas e outras moléculas. 2 filtros – 1 filtra luz antes de atingir o objeto excitando o corante fluorescente. Outro filtra luz obtida do objeto bloqueando-a. Passa apenas ondas emitidas pelo corante fluorescente. Fluoresceína emite no verde quando excitada com a luz azul Rodamina emite no vermelho quando excitada com o verde-amarelo GFP MICROSCÓPIO DE FLUORESCÊNCIA Microscópio de fluorescência MICROSCÓPIO DE FLUORESCÊNCIA MICROSCOPIA ELETRÔNICA VANTAGEM Contorna limitações da visão e microscópio óptico, aumenta o poder de resolução em virtude do comprimento de onda ENERGIA Feixe de elétrons – passa por uma série de bobinas, focalizados em uma tela fluorescente onde se forma a imagem. 07/08 Microscopia Eletrônica de Transmissão MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA Examinar células intactas e tecidos Feixe de elétrons são espalhados pela superfície da amostra Fornece imagens tridimensionais da superfície celular. ESTÔMATOS OSTRACODA FORMIGA MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA Microscópio de varredura Produz imagens tridimensionais da estrutura da superfície Os elétrons são espalhados pela superfície da amostra Criofatura Congelamento da estrutura das moléculas individuais Proteínas são bem preservadas, mas a estrutura da célula não Permite a visualização do interior da membrana celular ETAPAS PARA CONFECÇÃO DE CORTES PERMANENTES 1 - Fixação 1.1 - evita a autólise, 1.2 - impede proliferação de bactérias, 1.3 - endurece as células, 1.4 - aumenta afinidade pelos corantes. Formol / Aldeído glutárico/ Tetróxido de ósmio / Glutaraldeído 2 - Desidratação 2.1 - Retirar água das células, 2.2 - Banhos de álcool. 3 - Inclusão 3.1 - Proteção do material biológico, 3.2 - facilitar o corte no micrótomo. Parafina, Resinas plásticas (araldite, epon) 4- Microtomia 4.1. Micrótomo convencional – microscopia óptica 4.2. Ultra-micrótomo 4.3. Criomicrótomo – cortes a frio e não fixados (permite análises sem fixação dos tecidos) ETAPAS PARA CONFECÇÃO DE CORTES PERMANENTES CONFECÇÃO DE BLOCOS DE PARAFINA MICROTOMIA ESPESSURA DAS SECÇÕES MICROSCOPIA ÓPTICA = 1 a 6 m MET = 20 a 100 nm 5 – Coloração 5.1 - Tornar visível os componentes celulares 5.2 - Tipos de Corantes: Básicos – cromóforos combinam-se a grupamentos ácidos. DNA, RNA basófilos. Ex: Azul de toluidina, azul de metileno, hematoxilina Ácidos – cromóforos combinam-se a grupamentos básicos. Proteínas citoplasmáticas acidófilas. Ex: Eosina, fucsina ácida, Orange G 5.3 – Contraste – metais pesados (sais de chumbo e uranila) 6 – Montagem da lâmina ETAPAS PARA CONFECÇÃO DE CORTES PERMANENTES CITOQUÍMICA Importância Pode ser aplicada tanto no microscopia óptica como eletrônica Citoquímica in situ e extra situ Imunocitoquímica Localização intracelular de proteínas específicas Baseia-se na reação antígeno-anticorpo Imunocitoquímica: direta ou indireta 1 - Conjugação do anticorpo e do antígeno com uma enzima como a peroxidase, fosfatase alcalina,e outras. 2 - Este anticorpo conjugado a enzima pode ser utilizado em ensaios diretos e indiretos 3 – O antígeno associado a placa pode ser detectado (revelado) através de um anticorpo anti-antígeno marcado (ELISA direto) ou se utilizando um anticorpo primário anti-antígeno e um anti-primário marcado (ELISA indireto). Este segundo permite uma amplificação do sinal 4- Revelado a reação enzimática a reação poderá ser vista medindo a intensidade óptica (DO) utilizando um espectrofotômetro. IMUNOCITOQUÍMICA - MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO RADIOAUTOGRAFIA Técnica citoquímica in situ aplicada para detectar presença de isótopos radioativos Os isótopos emitem raios gama, alfa, beta podem ser seguidos porum contador geiger ou cintilador II – MÉTODOS, TÉCNICAS E APLICAÇÕES Microscopia Óptica – descoberta da célula Citoquímicas - localizar, identificar estruturas/moléculas. Microscopia Eletrônica - pormenores da célula Métodos de Separação - células, organelas e moléculas Cultura de Células – compartimentos celulares, constituintes e respectivas funções DNA recombinante – manipulação do genoma FRACIONAMENTO DE CÉLULAS EM ORGÂNELAS Utilidade Análise das moléculas baseado nas propriedades químicas, físicas e biológicas, ETAPAS PARA O ROMPIMENTO DE CÉLULAS ROMPIMENTO DE CÉLULAS - Choque osmótico, vibração ultra-sônica e aparelhos tipo liquidificador. FORMAÇÃO DE HOMOGENATO – partículas ligadas a MP com tamanho, carga e densidade distintas. Fracionamento celular •Claude e Duve em 1940 •Separar componentes da célula com base no tamanho e densidade celular - ruptura da membrana plasmática - série de ultracentrífugação TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO Ultracentrifugação – separa os componentes da célula com base no seu tamanho, forma e densidade. Centrifugação normal – separa os componentes que diferem marcadamente em tamanho. Zena Silva Retângulo Coeficiente de centrifugação Centrifugação fracionada ou diferencial Organelas maiores e mais densas sedimentam primeiro. Centrifugação velocidade de sedimentação Depende do CS (tamanho, forma e densidade) de cada componente. Gradiente de sacarose Centrifugação sedimentação de equilíbrio Sedimentação depende da densidade. Partícula para no local onde há equilíbrio SEPARAÇÃO DE PROTEÍNAS POR CROMATOGRAFIA Utilidade – Identificar o tipo de proteína de uma determinada célula e/ou organela. TÉCNICAS DE ISOLAMENTO PROTEÍNAS POR CROMATOGRAFIA Mistura de proteínas passada em coluna com matriz porosa que interage com as proteínas de forma diferencial. Velocidade de migração varia conforme interação de cada proteína com a matriz. Cromatografia em coluna Cromatografia de troca iônica Proteínas são separadas conforme sua carga elétrica na superfície. Cromatografia de filtração em gel Proteínas migram com velocidade variável conforme seu tamanho e forma. Matriz tem forma de peneira. Cromatografia de afinidade Proteínas se ligam a grupos químicos específicos ou particulares. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO E DA COMPOSIÇÃO DE SUBUNIDADES DE PROTEÍNAS Eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS – PAGE) - Baseada na carga líquida das proteínas (positiva ou negativa) em função dos Aas que as compõem. - Massa molecular da proteína. ETAPAS PARA DA ELETROFORESE 1)DESDOBRAMENTO EM CADEIAS - detergente sódio dodecil sulfonato que se liga às regiões hidrofóbicas, desdobra as proteínas em cadeias polipeptídicas. E neutraliza as cargas + das proteínas. 2) ROMPIMENTO DAS LIGAÇÕES DISSULFETO- -mercaptoetanol. Destroi a forma original da proteína. 3) MIGRAÇÃO DAS MOLÉCULAS PROTÉICAS Mistura sobre o gel e submete-a a um campo elétrico. proteínas migram para o pólo + e a velocidade depende do tamanho da molécula de cada cadeia polipeptídica. ELETROFORESE ELETROFORESE WESTERN BLOTTING 1. Eletroforese 2. Transferência da proteína do gel para uma membrana 3. Incubação com anticorpos 4. Revelação SDS-PAGE Western blot SEPARAÇÃO DE PROTEÍNAS POR ELETROFORESE BIDIMENSIONAL 050813 Propriedades: Carga + massa molecular COMO RESOLVER OU CONHECER A ESTRUTURA PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA, TERCIÁRIA DE UMA PROTEÍNS EXTRAÍDA DAS CÉLULAS? SEPARAÇÃO E ANALISE DE AMINOÁCIDOS Utilidade Determinação da seqüência de proteínas ou de cadeias polipeptídicas ETAPAS PARA A DETERMINAÇÃO LIBERAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO Aa AMINO-TERMINAL DA CADEIA – Composto químico liga-se covalentemente ao grupamento amino-livre do amino-terminal do peptídeo, ativado o mesmo cliva a ligação peptídica e libera o Aa – Figure 4-45 (part 1 of 2) Essential Cell Biology (© Garland Science 2010) Figure 4-46 Essential Cell Biology (© Garland Science 2010) CRISTALOGRAFIA DE RAIO X E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS Cultura de células Técnicas do DNA recombinante Extração de DNA Analisar por clonagem Analisar por shouthern blot Analisar por PCR Extração de RNA Northern blot RT-PCR
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