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1 RESUMO PROCESSO CIVIL

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Resumo processual civil 1 
Assuntos da Primeira Avaliação. MARIA GABRIELA OLIVEIRA 2MA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Sociedade e Tutela Jurídica: 
 Pode-se afirmar que não existe sociedade sem Direito. A relação existente entre sociedade e Direito é definida a partir da 
função exercida por este. 
 Nasce um conflito de interesse todas as vezes que, para um mesmo bem, se voltam as atenções de pelo menos dois 
indivíduos, havendo da parte de ambos uma intensidade em relação ao mesmo bem, que a exclusão do interesse contrário 
é a meta de ambos. 
 O conflito surge quando uma pessoa pretendendo para si determinado bem ou coisa, não pode obtê-la, porque encontra 
resistência de uma parte. Aqui temos o binômio de pretensão X resistência. A resistência pode ocorrer não só por parte de 
uma pessoa contra outra, mas também do próprio ordenamento jurídico que pode vedar um comportamento ou 
pretensão. 
 Conflitos de interesses: 
 Pretensão: Caracterizada pelo sentimento de propriedade que alguém tem sobre determinado bem. 
 Resistência: Insatisfação de uma pretensão. 
 LIDE: É o choque de pretensões, caracteriza-se quando houver resistência à pretensão (só vai existir a lide quando tiver 
pretensão e resistência). 
Métodos de solução das Lides: 
Métodos parciais: 
 Autotutela: Ausência do Juiz distinto das partes. Imposição de decisão por uma das partes a outra. 
 Auto Composição: 
Desistência (Renuncia a Pretensão) 
Submissão (Renuncia a Resistência) 
Transação (Concessões Recíprocas) 
Métodos imparciais: 
 
 Arbitragem Facultativa: Direito Antigo; Direito Moderno. 
 Arbitragem Obrigatória: Direito Romano; Arcaico/Clássico. 
 
Casos de Autotutela permitidos em lei: 
 Legitima defesa 
 Estado de necessidade 
 Exercício de um direito 
 Estrito cumprimento de um dever legal 
Princípios informativos do direito processual 
 
1. Principio do Devido Processo Legal (Art 5º, LIV / CF). CF – Art.5º, LIV: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal”. 
 
2. Principio da Dignidade da Pessoa Humana “Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do 
bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a 
legalidade, a publicidade e a eficiência”. 
 
3. Principio da Verdade Real “Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento 
do mérito.” No âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a 
celeridade de sua tramitação. 
 
 
 
 
 
 
4. Principio da Recorribilidade e do Duplo Grau de Jurisdição. 
 
5. Principio da Economia Processual. Deve-se obter o maior resultado com o mínimo de jurisdição. 
 
 6. Principio da Duração Razoável do Processo. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a 
atividade satisfativa. CF – Art.5º, LXXVIII: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. 
 
 7. Principio da Eventualidade ou da Preclusão. 
 
8. Principio do Dispositivo Derivações: Principio da Congruência / Adstrição / Correlação; Princípio da Demanda: “O processo começa por 
iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”. 
 
9. Principio da Boa Fé: “Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé”. 
 
10. Principio da Cooperação “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de 
mérito justa e efetiva”. 
 
 11. Principio do Contraditório Efetivo “É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades 
processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo 
contraditório. “ 
: “Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. “ 
 “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes 
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. “ 
 
12. Principio da Legalidade (Art. 5o, II / CF). CF – Art.5o, II: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude 
de lei;” 
 
13. Principio da Publicidade e da Fundamentação das Decisões Jurídicas. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão 
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o 
interesse público à informação; 
 
14. Principio da Isonomia e Repulsa ao Tratamento Privilegiado: “Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica 
de conclusão para proferir sentença ou acórdão.” 
 
 
 Jurisdição: 
 
 É a função Estatal de solucionar as causas que são submetidas ao Estado, através de processo, aplicando a solução mais correta 
juridicamente. É a jurisdição uma das funções do Estado, mediante a qual esse se substitui aos titulares dos interesses em 
contraposição para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça, sendo que essa, por sua vez, é 
feita em razão da atuação da vontade do direito objetivo que rege o caso apresentado em concreto, tudo isso por intermédio do 
processo. 
 
O processualista GIUSEPPE CHIOVENDA define a jurisdição como sendo a: 
 Função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de órgãos públicos, da atividade 
de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no torná-la, praticamente, efetiva. 
Características: 
1. Inércia: a jurisdição age por provocação, sem a qual não ocorre o seu exercício. Está praticamente restrita à instauração do 
processo, porque, depois de instaurado, o processo deve seguir por impulso oficial. 
2. Substitutividade: Cabe ao juiz, ao decidir, substitui a vontade dos conflitantes pela dele. Não é exclusividade da jurisdição. 
3. Definitividade: Quando não há mais probabilidade de haver reforma na decisão, “coisa julgada”. 
4. Exclusividade da jurisdição: aptidão para a coisa julgada material. Somente a atividade jurisdicional tem a capacidade de tornar-
se indiscutível. Única função do Estado que pode ser definitiva. 
5. Imparcialidade da jurisdição: terceiro que é estranho ao conflito. Não pode ser interessado no resultado do processo. 
 
Princípios fundamentais: 
1- princípio da investidura: a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido regularmente e legitimamente investido na autoridade 
de juiz, em regra por concurso público; 
2- princípio da aderência ao território: os magistrados somente têm autoridade nos limites territoriais do Estado; 
3- princípio da indelegabilidade: é vedado ao juiz, que exerce atividade pública, delegar as suas funções a outra pessoa ou mesmo a 
outro Poder estatal; 
4- princípio da inevitabilidade: significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo emanação do próprio poder estatal soberano, 
impõe-se por si mesma, independentementeda vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo 
(posição de sujeição/submissão); 
5- princípio da inafastabilidade ou indeclinabilidade: segundo o qual a todos é possibilitado o acesso ao Judiciário em busca da solução 
de suas situações litigiosas e conflitos de interesses em geral, bem assim para a administração de interesses privados pela j urisdição 
voluntária (artigo 5º, inciso XXXV da CF/1988); 
6- princípio do juiz natural: assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz independente e imparcial, indicado pelas 
normas constitucionais e legais, proibidos os juízos/tribunais de exceção (ar tigo 5º, inciso XXXVII, da CF/1988). 
 
Espécies de jurisdição 
 
Enquanto manifestação da soberania do Estado, a jurisdição é indivisível, para efeitos didáticos e mesmo de organização forense, admitem-
se algumas classificações. 
 
 Contenciosa e voluntária: 
A jurisdição contenciosa, que seria, no dizer de muitos, a jurisdição propriamente dita, existe um conflito de interesses deduzido 
em juízo e a produção da coisa julgada. Como exemplo, teríamos o divórcio litigioso ou uma ação em que se reivindica a 
propriedade de determinado bem imóvel. 
A jurisdição voluntária (também chamada de jurisdição graciosa ou administrativa), em que há apenas atuação administrativa 
do juiz, isto é, administração pública, a partir da atuação judicial, de interesses privados. Nesta jurisdição compete ao juiz, a 
atividade meramente homologatória/administrativa, ele ainda vai verificar se foi observado todos os passos do processo e se foi de 
acordo com a vigência da lei. 
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
Existência de controvérsia Inexistência de controvérsia 
Ocorrência de coisa julgada Não há coisa julgada 
Existência de processo Existência de mero procedimento 
Existência de partes Existência de interessados 
 
 Penal ou não penal: 
 Jurisdição Penal: atribuída aos juízos responsáveis pela dicção do direito material pena. Ex: Ao determinar a aplicação de uma pena 
para delito de homicídio o juiz atuou com jurisdição penal. 
 Instancia superior ou inferior: 
Jurisdição Superior: órgãos de 2º e 3º Graus (colegiados) → Tribunais Superiores Estaduais e Federais → Tribunais de Justiça e 
Tribunais Regionais Federais. 
Jurisdição Inferior: órgãos de 1º grau (monocráticos) → Juízes Estaduais, Federais e do Trabalho. 
 Jurisdição Comum: chamada também de ordinária → órgãos não especializados → Justiça Comum Estadual e Federal 
 Justiça Especial: justiças especializadas (União) → Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar. 
 
 
Observações: 
1. Em qualquer processo de litígio, a vontade das partes vai ser substituída pelo entendimento do magistrado. Chega um 
momento em que não é mais possível recorrer, e o que for decidido pelo judiciário vai valer como solução, mesmo que não 
esteja de acordo total com as vontades das partes. 
2. Sentença transitada em julgado é aquela decisão da qual não cabe mais recurso. 
3. Coisa julgada é a regra que se perfaça no campo formal e material 
Formal: determinação do judiciário. Ex: 30% de alimentos 
Material: possibilita a alteração dos valores, devido as condições das partes. 
4. Contra qualquer sentença o prazo de apelação é de 15 dias. 
5. Todo Estado possui o COJE (código de organização judidicaria estatal) esse estatuto determina competência das varas naquele 
território. A competência é estabelecida sempre na lei, seja no CPC, na constituição ou no próprio COJE. 
6. O juiz natural não pode ser estabelecido após a ocorrência do fato 
7. O tribunal do júri esta estabelecido que julgará crimes dolosos contra a vida 
8. A lei exige que o juiz seja natural e imparcial na resolução da causa 
9. Deprecar significa pedir, rogar. Quando esse ato precisa acontecer por conta precatória, juízo deprecante ira solicitar ao juízo 
deprecado que ministra os atos. 
10. Doutrina pacifica: não há discussão, todas as doutrinas intermedem da mesma forma. 
11. Doutrina majoritária: entendimento da maioria. 
12. Esparssas/extravagantes: leis que não está codificada. Entorpecentes, Maria da penha, mandato de segurança, divórcio, 
desarmamento. 
13. Leis alienígenas; lei estrangeira. 
14. Em um raio de 200km, onde não houver justiça do trabalho, quem vai julgar é um juiz estadual (COMUM) investido de juiz de 
trabalho. Portanto, se houver recurso, este vai igualmente ao TRT. 
15. Não existe concurso para juiz eleitoral, mas quando necessário o juiz é investido desta competência. 
 
 Espécies de tutelas jurisdicionais: A s tutelas são sobre as divisões relacionadas a jurisdição. 
 
1. Declaratória: Quando se fala em ação meramente declaratória, estaremos tratando por parte do autor, da busca por um 
provimento que venha a eliminar qualquer crise de incerteza que recaia sobre qualquer relação jurídica de direito material na qual 
esteja ele inserido. Por exemplo, podemos citar a ação que visa provimento declarativo sobre a existência ou não de uma divida, de 
um dever. 
 Assim o provimento, ou a tutela jurisdicional meramente declaratória visa extinguir da relação jurídica de direito material a crise de 
incerteza a qual nela se instalou, é amplamente válida a lição de Yarshell (1999, p. 142): 
A tutela jurisdicional declaratória presta-se a sanar “crises de certeza”, prestando-se a eliminar dúvida objetiva acerca da existência, 
inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica. 
 
2. Constitutiva: Por meio de uma ação constitutiva visa o autor modificar ou mesmo extinguir. 
 (no caso de ação desconstitutiva) uma relação jurídica. Desta forma, a tutela jurisdicional prestada acerca da decisão prolatada pelo 
juiz, irá criar uma nova situação jurídica. Por sua vez toda sentença constitutiva não só modifica o status quo, bem como também 
declara o direito, desta forma expõe Yarshell (1999, p. 146): [...] a tutela consubstanciada em uma sentença constitutiva contém 
dois elementos (ou momentos): um de natureza declaratória [...] e outro propriamente constitutivo [...]. 
 
3. Condenatória: A tutela condenatória tem por objetivo principal extinguir a violação a direito, através da condenação o estado-juiz 
visa reconduzir as partes ao status quo anterior a violação, assim explica Andréa Proto Pisani apud Yarshell (1999), a tutela de 
condenação tem uma dúplice função: primeira a de eliminar os efeitos da violação já efetuada segunda, a de impedir que a violação 
se consume ou que se repita. 
4. Tutela executiva: Através desta forma de tutela o vencedor da ação condenatória poderá como foi dito no item anterior, 
efetivamente garantir sua satisfação, para isso terá ele que mais uma vez buscar perante o estado-juiz tal provimento. De posse do 
titulo executivo judicial, ou mesmo sendo ele extrajudicial como exemplos pujantes na doutrina o cheque ou mesmo o contrato, o 
autor ira demonstrar a certeza da obrigação por parte do réu, solicitando ao Estado-juiz que invada a esfera patrimonial do mesmo 
recrutando bens capazes de satisfazer sua pretensão. 
5. Tutelas de urgência: É do conhecimento geral que a ação cautelar, é conhecida como sendo instrumento do instrumento, não visa à 
tutela do direito propriamente dito, mas sim assegurar a proteção da efetividade do próprio processo no qual se pleiteia a proteção 
a tal direito material. Com relação a tal tipo de tutela trataremos de duas formas, a tutela cautelar e a tutela antecipada: 
 
5.1 Tutela cautelar: A tutela cautelar, como já foi exposto ao se falar de tutela de urgência, tem por escopo garantir não a 
satisfação do direito material sobre qual versa o litígio, mas sim a efetividade da tutela jurisdicional pleiteada na ação principal, 
daí falar-se que a cautelar é instrumento do instrumento, como asseveraBedaque (2001): [...] A tutela cautelar, todavia, é 
instrumento da tutela jurisdicional, [...]. 
5.2 Tutela antecipada: Também denominada de tutela antecipatória de cognição sumária, é também forma de tutela de urgência, 
difere da cautelar no tocante a que naquela a tutela visa a efetividade da tutela jurisdicional objeto da ação principal, já nesta a 
tutela pleiteada trata-se da que é objeto da ação principal. 
6. Tutela inibitória: Esta forma de tutela tem por objetivo, proteger o direito, a pretensão antes que efetivamente venha ser lesado 
ou mesmo ameaçado. É, portanto, forma preventiva de tutela. Faz jus a lição de Marinoni (2000): A tutela inibitória, configurando-
se como tutela preventiva, visa a prevenir o ilícito, culminando por apresentar-se, assim, como uma tutela anterior à sua prática, e 
não como uma tutela voltada para o passado, como a tradicional tutela ressarcitória. 
 Esta forma de tutela de urgência é também conhecida como tutela diferenciada, pois visa à satisfação antecipada do direito 
pleiteado. Desta forma o juiz poderá percebendo abuso do direito de defesa ou ainda a importância do direito tutelado para o 
autor determinar a antecipação da tutela requerida na ação principal. 
 
7. Tutela jurisdicional sob a perspectiva do réu: Em uma ação improcedente, exista a possibilidade de rediscussão á respeito do 
direito material invocado pelo autor. O réu também tem pretensões em sua defesa. Essa tutela não se manifesta apenas no âmbito 
da defesa, permite ao réu (desde que haja uma conexão com a ação principal). 
 
 Competência São os limites dentro dos quais cada juízo pode, legitimamente, exercer a função jurisdicional (é a medida da 
jurisdição). 
 Conceito 
O Estado tomou para si a função de dizer o direito em todo o seu território. Para tanto, criou dentro da alçada do Poder 
Judiciário, uma grande organização, composta por diversos órgãos jurisdicionais (STF, STJ, STM, STE, TRF etc.), repartindo a 
jurisdição entre eles, embora se deva ressaltar que a “jurisdição”, enquanto poder-dever do Estado é una, sendo que a 
mencionada repartição é apenas para fins de divisão do trabalho. 
Deste modo, competência nada mais é do que a fixação das atribuições de cada um dos órgãos jurisdicionais, isto é, a 
demarcação dos limites dentro dos quais podem eles exercer a jurisdição. Neste sentido, “juiz competente” é aquele que, 
segundo limites fixados pela Lei, tem o poder para decidir certo e determinado litígio 
 
 Distribuição da Competência: Normas Constitucionais; Leis Processuais; Leis de Organização Jurídica (COJE). 
 
 Competência Internacional A jurisdição é fruto da soberania do Estado e, por consequência natural, deve ser exercida dentro do 
seu território. Entretanto, a necessidade de convivência entre os Estados, independentes e soberanos, fez nascer regras que 
levam um Estado a acatar, dentro de certos limites estabelecidos em tratados internacionais, as decisões proferidas por juízes 
de outros Estados. A competência pode ser proposta no Brasil, no outro pais ou em ambos. 
Logo, elas se dividiram em: 
Absoluta/exclusiva: Algumas matérias para ter validade/eficácia no território tem que serem julgadas no Brasil. Trata de 
imóveis situados no Brasil ou de proceder inventário ou partilha de bens situados no Brasil. 
“ Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido 
fora do território nacional.” 
 
Concorrente/cumulativa: A sentença estrangeira para ter validade ou eficácia tem que ser homologada pelo STJ. Trata de casos 
em que: O réu é domiciliado no Brasil, ou a obrigação deve ser cumprida no Brasil, ou Ação de fato/ato praticado no Brasil. 
“Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no nº I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver 
agência, filial ou sucursal.”. 
 
 
Litispendência 
Duas demandas com os mesmos elementos (partes, pedido e causa de pedir). Extingue o segundo. Mas na competência internacional 
pode haver litispendência, no critério concorrente, vai valer a que transitar primeiro. Ação extrangeira não induz litispendência. Não há 
litispendência internacional. Vale a que for homologada primeiro. 
Critérios para determinar a competência interna: 
 Territorial: Circunscrição geográfica. É o critério de foro. Encontrado no CPC. 
 Material: É o objeto litigioso, o objeto que estar sendo discutido. Exemplo: causa de família, ou de trânsito, etc. Encontrado 
nas LOJ’s dos estados federativos. 
 Valor da causa: Poderá ser um critério de determinação de competência, é um dos motivos da obrigatoriedade do valor da 
causa na inicial. Encontra-se nas LOJ’s. 
 Funcional ou hierárquico: Gerará a competência originária. Em razão da função ou hierarquia move-se a causa no tribunal, por 
exemplo. Encontra-se na Constituição Federal para a competência do STJ e STF e para os Tribunais de Justiça encontra-se nas 
LOJ’s. 
As competências territoriais e em relação ao valor da causa são de competência relativa e as competências material e funcion al são de 
competência absoluta. 
A competência relativa pode ser modificada pela vontade das partes, a competência absoluta não pode. 
Se o juízo incompetente julgar e for competência absoluta é invalido o julgamento, competência absoluta não preclui, pois é matéria de 
ordem pública. 
Alguns conceitos importantes: 
 -Prescrição é a perda do direito de ir ao judiciário, por causa da inércia. 
 Decadência é a perda do direito material. 
 Perempção é quando o autor deu causa à três sentenças por abandono. O autor tinha que praticar um ato por até 30 dias e 
não o fez. 
 Preclusão é a perda do direito de praticar um ato processual. 
Preclusão pode ser: 
 Temporal: tem haver com o prazo. 
Consumativa: Já praticou o ato. As Exceções são: A modificação da petição inicial sem autorização do réu até o saneamento e 
o aditamento após a citação do réu 
A competência absoluta não pode ser modificada 
A competência relativa: Preclui, há a prorrogação se não for arguida no prazo. Deve ser alegada na Exceção de competência e a 
absoluta em preliminar de contestação, essa, porém pode ser dada de ofício. Na relativa há uma possibilidade de declaração de 
incompetência de ofício que é nos casos de foro de eleição nos contratos de adesão. A competência relativa é de ordem privada. Se o 
réu alegar incompetência após a preliminar de contestação, o réu vai pagar às custas do processo em razão da demora, MESMO QUE 
GANHE A CAUSA. 
Critérios objetivos: 
 Competência em razão da pessoa (partes); a fixação da competência tendo em conta as partes envolvidas (ratione personae) 
pode ensejar a determinação da competência originaria dos tribunais, para ações em que a Fazenda Pública for parte etc; 
 Competência em razão da matéria (ratione materiae) - causa de pedir; considera-se, ao fixar a competência, a natureza da 
relação jurídica controvertida, definida pelo fato jurídico que lhe dá ensejo, por exemplo: para conhecer de uma ação de 
separação, será competente um dos juizes das Varas da Família e Sucessões, quando os houver na Comarca; 
 Competência em razão do valor da causa (pedido); muito menos usado, servepara delimitar, entre outras hipóteses, 
competência de varas distritais, ou, quando houver organizado, dos Tribunais de Alçada. 
 
Critério Territorial: Os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos limites das suas circunscrições territoriais, estabelecidas 
na Constituição federal e/ou Estadual e nas Leis. Destarte, os juizes estaduais são competentes para dizer o direito nas suas Comarcas, 
e os juizes federais, por sua vez, nos limites da sua Seção Judiciária. Já os Tribunais Estaduais são competentes para exercer a jurisdição 
dentro do seu estado, os Tribunais Regionais Federais, nos limites da sua região. O STF e o STJ podem dizer o direito em todo o 
território nacional. 
Sob o ângulo da parte, a competência territorial é em princípio determinada pelo domicilio do réu, para as ações fundadas em direito 
pessoal e as ações fundadas em direito real sobre bens móveis.. Se o réu tiver domicílios múltiplos, poderá ser demandado em qualquer 
deles, se incerto ou desconhecido, será demandado no local em que for encontrado, ou no foro de domicílio do autor, facultando-se ao 
autor ajuizar a ação no foro de seu domicílio, se o réu não residir no Brasil e se o próprio autor tamb ém não tiver residência no País. 
Será ainda no foro de domicílio de qualquer dos réus no caso de litisconsórcio passivo 
Além dessas regras, existem outras, seja no CPC, seja em leis extravagantes, que estabelecem regras específicas para certas ações, por 
exemplo: 
 I – ação de inventário, competente o foro do ultimo domicilio do autor da herança 
 II – ação declaratória de ausência, competente o foro do ultimo domicílio do ausente 
 III – ação de separação, divórcio, conversão de separação em divórcio e anulação de casamento, competente o foro do 
domicílio da mulher 
 IV – ação de alimentos, competente o foro do domicílio do alimentado, isto é, aquele que pede os alimentos); 
 V – ação de cobrança, competente o foro do lugar onde a obrigação deveria ter sido satisfeita ( 
 VI – ação de despejo, competente o foro da situação do imóvel 
 VII – ação de responsabilidade do fornecedor de produtos e serviços , competente o foro domicílio do autor 
 VIII – ação de adoção, competente o foro do domicílio dos pais ou responsáveis (art. 146, Lei nº 8.069/90 ECA); 
 IX – ações movidas no Juizado Especial Cível , competente o foro do domicílio do autor (art. 4º, Lei nº 9.099/95 JEC). 
Critério Funcional 
 Enquanto nos outros critérios busca-se estabelecer o juiz competente para conhecer de determinada causa, no critério 
funcional reparte-se a atividade jurisdicional entre órgãos que devam atuar dentro do mesmo processo. Como o procedimento 
se desenvolve em diversas fases, pode haver necessidade de determinados atos se realizarem perante órgãos diversos; é o 
caso da carta precatória para citação ou intimação e oitiva de testemunha que esteja domiciliada em comarca diversa daquela 
em que tramita o processo, para a realização de penhora de bem situado em comarca diversa. 
Essa competência é alterada também de acordo com o grau de jurisdição. Normalmente se desloca a co mpetência para um órgão de 
segundo grau, um tribunal, para reapreciar processo decidido em primeira instancia por meio de recurso. 
Classificação de Competência 
A competência classifica-se em: 
Competência do foro (territorial) e competência do juízo 
Foro é o local onde o juiz exerce as suas funções; é a unidade territorial a qual se exerce o poder jurisdicional. No mesmo local, segundo 
as leis de organização judiciária podem funcionar vários juizes com atribuições iguais ou diversas. De tal modo, para uma mesma causa, 
constata-se primeiro qual o foro competente, para depois averiguar o juízo, que em primeiro grau de jurisdição, corresponde às varas, 
o cartório, a unidade administrativa. 
 Competência de foro, é sinônimo de competência territorial, e Juízo de órgão judiciário. A competência do juízo é matéria 
pertinente às leis de organização judiciária; já a de foro é regulada pelo CPC. 
Competência originária e derivada: 
A competência originária é atribuída ao órgão jurisdicional diretamente, para conhecer da causa em primeiro lugar; pode ser atribuída 
tanto ao juízo monocrático, o que é a regra, como ao tribunal, em algumas situações, como por exemplo, ação rescisória e mandado de 
segurança contra ato judicial. Enquanto que a competência derivada ou recursal é atribuída ao órgão jurisdicional destinado a rever a 
decisão já proferida; normalmente, atribui-se a competência derivada ao tribunal, mas há casos em que o próprio magistrado de 
primeira instancia possui competência recursal, por exemplo, nos casos dos embargos infringentes de alçada, cabíveis na forma do 
art. 34 da lei de Execução Fiscal, que serão julgados pelo mesmo juízo prolator da sentença. 
Incompetência relativa x Incompetência absoluta 
As regras de competência submetem-se a regimes jurídicos diversos, conforme se trate de regra fixada para atender somente ao 
interesse público, denominada de regra de incompetência absoluta, e para atender predominantemente ao interesse particular, a regra 
de incompetência relativa. 
 A incompetência é defeito processual que, em regra, não leva à extinção o processo, mesmo tratando-se de incompetência 
absoluta, salvo nas excepcionais, (juizados Especiais Cíveis), da incompetência internacional e do Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal. 
 A incompetência quando absoluta pode ser alegada a qualquer tempo, por qualquer das partes, em sede de preliminar à 
contestação, e, quando relativa, mediante exceção. Se absoluta, o juiz poderá reconhecê-la de ofício , independentemente da 
alegação da parte, remetem-se os autos ao juiz competente e reputam-se nulos os atos decisórios já praticados, e, se relativa, 
somente se acolher a exceção de incompetência, remeterá o juiz o processo para o juízo competente para apreciar a questão, 
que terá duas opções: reconhecer sua competência ou divergir, declarando-se igualmente incompetente, suscitando o conflito 
de competência e não se anulam os atos decisórios já praticados. 
 Na incompetência absoluta, responderá integralmente pelas custas, a parte que deixar de alegar na primeira oportunidade em 
que lhe couber falar nos autos responderá integralmente pelas custas, na relativa, o juiz não pode reconhecê-la de ofício 
(Sumula 33 do STJ). 
Modificação de Competência 
Por prorrogação: 
 Legal necessária: conexão ou continência 
 Voluntaria: por foro de alegação de incompetência relativa na contestação. A mudança pode ser voluntária quando ocorrer por 
conta da livre e espontânea vontade das partes, ou de uma delas. 
Formas de modificação Voluntária: Divide-se em: 
 Expressa: É o foro de eleição. É a circunscrição geográfica escolhida pelas partes. Escolhe apenas o território, não pode 
escolher a vara e nem o juiz. 
 Tácita: Tinha incompetência relativa e essa não fora alegada pelo réu acarretando assim a prorrogação. 
 Legal: quando ela decorre de expressar previsão legal, ou seja, é expressiva por determinação da lei. 
Prevenção 
 Prevenção é um critério de confirmação e manutenção da competência do juiz que conheceu a causa em primeiro lugar, 
perpetuando a sua jurisdição e excluindo possíveis competências concorrentes de outros juízos. 
 Por se tratar de matéria de ordem pública, não se sujeita à preclusão, podendo ser alegada a qualquer tempo. Sendo juízes de 
mesma competência territorial, considerar-se-á prevento o que despachou em primeiro lugar, e sendo de competência 
territorial diversa (comarcas distintas), considerar-se-á prevento o juiz do processo que realizou a citação em primeiro lugar . 
 Entretanto, essa reunião só será possível se não ocorrer hipótese de competência absolutados órgãos julgadores e se as ações 
ainda estiverem pendentes de julgamento, tramitando no mesmo grau de jurisdição. 
Conflito de competência 
 A questão da competência ou incompetência também pode ser levantada por um outro procedimento própri o, 
denominado conflito de competência. O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz, 
e é decido pelo tribunal que designa qual juiz é o competente para decidir o conflito, pronunciando-se sobre a validade dos atos 
praticados pelo incompetente). Instaura-se mediante petição dirigida ao presidente do tribunal, instruída com os documentos 
que comprovem o conflito, ouvindo o relator, com a distribuição, os juízes em conflito. Sobrestará o processo, caso o conflit o 
seja positivo; se o conflito for negativo, o sobrestamento não será necessário, pois não haverá juízo praticando atos process uais. 
Deverá ainda o relator designar um juiz para solucionar as questões urgentes. 
 Assim, há conflito de competência quando dois ou mais juízes se declaram competentes (conflito positivo) ou incompetentes 
(conflito negativo) e também no caso de controvérsia sobre reunião ou separação de processos 
 O conflito entre autoridade judiciária e autoridade administrativa, ou só entre autoridades administrativas, chama-se conflito de 
atribuições e não conflito de competência. 
As ações da conexão devem ser reunidas nos mesmos juízos. 
 Conflito positivo: Quando dois juízes ou mais se acham competentes para julgar. 
 Conflito negativo: Quando os dois são incompetentes 
 
 Ação 
Como atividade jurisdicional caracteriza-se pela inércia, é indispensável que se a provoque pelo uso da ação. 
Segundo a doutrina, a ação é de direito público subjetivo, ou seja, o direito de ver assegurada a prestação da tutela jurisdicional pelo 
Estado. 
É sujeito de direito de ação, qualquer pessoa ou grupo de pessoas que estejam em território nacional (art. 5º, CAPUT, CF/88), assim o sujeito 
de direito de ação tem: 
 Acesso aos órgãos do Judiciário; 
 Direito ao Devido Processo Legal; 
 Decisão motivada e fundamentada; 
 Medidas Cautelares; 
 Recurso; 
 Execução. 
 
Direito de ação x direito material 
1. Teoria imanentista (clássica ou civilista): Não existe direito de ação sem direito material > a ação era o próprio direito material. 
2. Teoria concreta: faz distinção entre o direito de ação e direito material (autonomia do direito da ação) 
3. Teoria abstrata: O direito de ação independe do direito material, podendo existir o primeiro sem existir o segundo. 
4. Teoria eclética: o direito de ação não se confunde com o direito material, é autônomo e independente, todavia não é genérico nem 
incondicional. 
 Direito de petição: direito de obter uma manifestação de qualquer órgão publico e o direito de ação é uma sentença de mérito. 
 
Condições da ação 
 Possibilidade Jurídica do Pedido: O pedido deve ser baseado em situação prevista em lei ou em situação que o 
ordenamento jurídico não negue proteção. O objeto do pedido não pode ser ilícito, como por exemplo, ação de cobrança 
por dívida contraída de agiotagem. 
 Legitimidade (ATIVA e PASSIVA): Critério que determina os sujeitos do processo (ativo e passivo). 
 Interesse de Agir: O interesse é determinado pela pretensão do autor, assim aquele que afirma ser titular de um bem de 
vida pretendido na ação, possui interesse de agir, desde que este interesse tenha sido violado, ou esteja ameaçado de 
violação. 
Carência da Ação: há carência da ação quando faltar qualquer uma das condições de ação, gerando a extinção do processo sem o 
julgamento do mérito. 
Elementos da ação 
 Partes AUTOR x RÉU: Autor é aquele que inicia a ação, pede o provimento jurisdicional, é o requerente, 
demandante, reclamante, querelante, recorrente (recurso). O Réu esta em desfavor a quem se pede o provimento 
jurisdicional, é o requerido, demandado, reclamado, querelado, recorrido (recurso). 
 Causa de Pedir: Fundamentos do Pedido. Questões fáticas (remotas) e jurídicas (próximas) que fazem o autor crer 
que é titular do direito ou bem pleiteado. 
 Pedido (IMEDIATO e MEDIATO): O Pedido Imediato é o provimento jurisdicional, o conhecimento, execução ou 
medida cautelar. Já o Pedido Mediato é o bem de vida que se pleiteia. Alimentos, reconhecimento de paternidade, 
determinada quantia em dinheiro, obrigação de fazer. 
 
Classificação da ação 
1. Quanto a natureza da relação jurídica: de direito real ou pessoal 
2. Quanto ao objeto do pedido: mobiliaria e imobiliária 
3. Quanto ao tipo de tutela jurisdicional: 
De conhecimento: certificação do direito 
Cautelar: proteção e efetivação de um direito 
Executiva: efetivação do direito 
3.1 ações de conhecimento: condenatórias, constitutivas e declaratórias. 
 Condenatórias: ações de prestações 
 Constitutivas: relação com o direito potestativo 
 Ações meramente declaratórias: regularizar a relação jurídica 
4. Ação mandamental: o juiz emite uma ordem cujo descumprimento por quem a rouba caracteriza desobediência a autonomia 
estatal. Passiveis de sanções (dependendo da colaboração do devedor) 
Ações executivas latu sensu: execução por subrogação. Prescindir da colaboração do executado para a efetiva prestação 
jurisdicional. 
 
Para ser válido e regular o processo deve completar alguns requisitos, são os chamados pressupostos processuais. Esses requis itos se 
subdividem em pressupostos de existência e requisitos de validade. 
Na verdade, são matérias preliminares, essencialmente ligadas a formalidades processuais, que devem ser analisadas antes de o juiz 
enfrentar o pedido do autor. 
Todas as nulidades processuais, em princípio, podem ser sanadas, porque o processo não é um fim em si, mas meio para se alcançar a 
proteção aos direitos materiais. (Gonçalves 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito de Ação + Processo Válido e Regular 
 
Gonçalves elucida que, tal como as condições da ação, os pressupostos processuais constituem matéria de ordem pública, que deve ser 
examinada pelo juiz de ofício. 
 
 
 
 
+ Pressupostos processuais de Existência 
 
– Subjetivos (relativos à pessoa) 
 – A investidura (diz respeito ao juiz): (JURISDIÇÃO) Regularmente investido no cargo – concursado, regra do quinto ou nomeados pelo 
presidente. 
 – Capacidade de ser parte: A capacidade de ser parte não se confunde com a capacidade de estar em juízo. 
Ex: Ainda que João seja relativamente incapaz terá capacidade de ser parte, desde que devidamente assistido. 
Personalidade judiciária (art. 1º CCB): é a capacidade do sujeito de gozo, de exercício do direito. 
Até o nascituro tem, o menor absolutamente incapaz, as sociedades despersonificadas, a massa falidade etc. 
Como bem elucida o Prof. Maurício Cunha, só se averigua a capacidade de ser parte do autor. Do réu não se exige essa capacidade, na 
verdade, enquanto pressuposto de existência, não se exige nem a identificação do réu na petição inicia. Afinal, é possível a existência de 
processo sem réu. 
 
– Objetivos 
 – Existência de demanda: É o ato de pedir, apresentar a sua demanda ao judiciário. 
– Demanda – Para o processo existir basta o exercício do direito de ação – ato de demandar – O estado aguarda essa demanda (inércia – 
princípio dispositivo) para dar o chamado impulso oficial (art. 2° CPC) 
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
Esta demanda se materializa através de uma petição inicial, observados os requisitos do art. 319 CPC. 
 
+ Requisitos processuais de Validade 
 
– Subjetivos (relativos à pessoa) 
 – A competência e imparcialidade (diz respeito ao juiz): 
A competência diz respeitoà investidura na função jurisdicional necessária para ao julgamento de determinada demanda. Quanto à 
imparcialidade, não deve haver contra o juiz causa geradora de impedimento ou suspeição. 
Essa imparcialidade não significa a adoção de uma postura inerte ou omissa por parte do magistrado, pelo contrário, é fundamental que se 
adote uma conduta proativa no processo. 
 – Capacidade Processual (de estar em juízo): 
É a aptidão para praticar atos processuais independentemente de assistência ou representação, pessoalmente, ou por pessoas indicadas 
pela lei, tais como o síndico, administrador judicial, inventariante, etc. (Didier Jr. 2015) 
Obs: É possível afirmar que todo sujeito plenamente capaz, sob a ótica do direito civil é também capaz processualmente? 
Não. 
Didier (2015) exemplifica: O incapaz tem capacidade processual para pedir a designação de um curador especial (art. 72, I CPC). O interdito 
capacidade para levantar a interdição (art. 756, §1º CPC). Um incapaz com 16 anos (já eleitor) pode ajuizar ação popular. 
 – Capacidade postulatória (relacionada à parte) 
Profissional advogado regularmente inscrito (sem qualquer suspensão) nos quadros da OAB. 
Lembrando que há hipóteses legais que dispensam a atuação no processo através de advogado. Ex: Trabalhistas, habeas corpus, juizado 
especial, entre outras. 
Ministério Público e Defensoria também possuem capacidade postulatória 
 
+ Pressupostos processuais objetivos 
 – Intrínsecos 
 Formalismo Processual 
– Petição inicial apta 
– Citação Válida 
– Regularidade Formal 
 – Petição inicial APTA 
Desde que os dados ali presentes possibilitem que o réu seja encontrado, ainda que falte algum dos requisitos, a petição não será indeferida 
(primazia do julgamento de mérito – fazer de tudo para que o mérito seja analisado). 
O indeferimento da inicial é a última hipótese a ser aventada pelo juiz, o art. 321 determina que faltando algum dos requisitos ou 
apresentando defeitos, o autor terá o prazo de 15 dias para emendar a inicial, nesse caso o juiz deverá indicar o erro que deve ser suprido. 
 – Citação Válida 
A relação jurídica processual existe a partir da propositura da demanda. Para Bullow dependeria de citação válida para o processo existir. A 
citação inválida é um vício transrescisório – ou seja, que ultrapassa até mesmo o prazo da ação rescisória. Querela nullitatis 
– Regularidade Formal 
Os atos devem ser realizados na forma prevista em lei. Prestigia principalmente a segurança. É possível se aplicar o princípio da 
instrumentalidade das formas, mas se a lei prevê forma específica, essa é a forma a ser observada e respeitada. 
 – Extrínsecos 
São analisados fora da relação processual. São também chamados de pressupostos negativos. Esses vícios acabam por impedir o andamento 
da demanda. São os seguintes: 
O ideal é que eles não existam. Por isso NEGATIVO. 
– Coisa julgada material – torna imutável a questão. 
– Litispendência – Não há coisa julgada material, mas há uma demanda em andamento com as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma 
causa de pedir. 
– Perempção – Art. 486, §3º CPC – autor que der causa por 03 vezes à extinção do processo, por conduta desidiosa de sua parte. 
– Convenção de arbitragem – A convenção deve ser destacada pelo réu, em preliminar (art. 337, X e o §5º – o juiz não conhece de ofício a 
convenção de arbitragem. §6º – se o réu não falou nada, ele está renunciando à arbitragem. 
– Ausência de pagamento de custas processuais em demanda idêntica extinta anteriormente por sentença terminativa – Significa que se 
uma demanda anterior foi extinta por sentença terminativa nada impede que se ingresse com nova, mas as custas devem ser pagas.

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