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BIOLOGIA FORENSE V.F

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BIOLOGIA FORENSE 
 
Com o crescente reconhecimento do trabalho pericial, a Biologia ganhou destaque por 
fornecer valiosos conhecimentos que ajudam na investigação e elucidação de crime contra a 
pessoa. A Biologia Forense é uma especialidade que se vale de ferramentas da biologia como 
recursos na investigação criminal. Analisando os vestígios na cena do crime, pode se chegar 
ao entendimento do ocorrido e até a identificação da vítima e do algoz. Segundo Espíndola 
(2012), vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em local de crime 
ou presente em uma situação a ser periciada e que será analisado posteriormente. 
 
 Basicamente a Biologia Forense é uma área que utiliza os conhecimentos da Biologia 
como recursos para a investigação e resolução de crimes. Em muitos casos, a prática de um 
crime deixa vestígios biológicos (sangue, pedaço de pele humana, fios de cabelo, esperma, 
etc.). Com os conhecimentos das diversas áreas das Ciências Biológicas, o biólogo forense 
pode auxiliar a polícia na análise das amostras e resolução do caso. Além dos crimes contra 
seres humanos, a Biologia Forense é de grande importância para desvendar crimes contra o 
meio ambiente. 
 
 Dentre as áreas da biologia, destaca-se, nesse tipo de trabalho, a genética- sobre tudo 
análise de DNA e consequentemente, identificar a quem pertence o material biológico. Outra 
área que destaca além da genética é a entomologia forense- são analisados artrópodes, no 
local de crime e estudo do estágio do desenvolvimento desses animais será possível descobrir 
quanto tempo uma pessoa foi morta. A botânica também é uma área explorada na biologia 
forense, destaca-se, nesse campo, a palinologia forense- observa os grãos de pólen 
encontrados nas fossas nasais, cabelo, roupas, sapatos, carros, objetos roubados, entre outros 
materiais das vítimas e partir daí é possível saber se o corpo foi encontrado no local original 
do crime, o caminho percorrido pelo criminoso e até a época do ano em que o crime foi 
realizado. 
 
Os principais vestígios analisados com o conhecimento biológico são: sangue, esperma, 
pelos humanos e DNA. 
 
Sangue: Os vestígios de sangue são analisados pela Hematologia Forense. Tais vestígios são 
comuns em casos de crimes de homicídio, contra o patrimônio, em casos de lesões corporais e 
crimes de violência sexual. A dinâmica das gotas ou manchas de sangue, o local onde estas 
são encontradas e o estado de coagulação podem dizer os meios e os modos em que o crime 
foi cometido. Na tentativa de descaracterizar o local do crime, as manchas de sangue são 
lavadas. O uso do luminol e de outras luzes forenses podem revelar essas manchas ocultas ou 
lavadas. 
Esperma: A Citologia Forense ocupa-se de investigar e diferenciar células presentes no local 
do crime. Por ser bem peculiar, o espermatozoide é relativamente fácil de ser identificado. 
Nos crimes de violência sexual, a procura por espermatozoides coletados na vítima ajudam na 
caracterização do crime e na identificação do agressor. A confirmação de sêmen se dá por 
testes imunológicos, que atestam a presença de sêmen pela detecção de Antígenos Prostáticos 
Específicos (PSA). Se positivo, procede-se a coleta e localizam-se as células espermáticas. 
 
 Pelos Humanos: Cabe aos conhecimentos oriundos da Tricologia Forense identificar a 
natureza dos pelos e diferencia-los de outras fibras naturais ou sintéticas. Por ser um exame 
simples, é de grande importância a coleta análise de pelo presente no local. Uma simples 
observação microscópica ajuda a diferenciar o pelo humano de animal. Permite também saber 
se o pelo foi arrancado, cortado ou teve queda natural. E ainda, se trata de pelos ou cabelos. 
Se a amostra de pelo possui o bulbo, pode ser valiosa para identificação do indivíduo via 
exame de DNA. 
 
DNA: Em geral, cenas de crimes estão repletas de vestígios genéticos. Qualquer amostra 
biológica, de suor a impressões digitais podem conter células nucleadas valiosas para análise 
genética. O confronto genético entre as amostras permite a exclusão de suspeitos, a 
identificação de vítimas de desastres em massa, a procedência de uma amostra biológica e 
resolução de casos de litígio de paternidade. A genética forense tem sido uma grande aliada 
na busca e identificação de pessoas desaparecidas. Basicamente, analisam-se os marcadores 
específicos do DNA, sob a orientação do Sistema CODIS (Combined Dna Index System) e 
confrontam com as pessoas envolvidas ou com um Banco de DNA. 
 
A biologia forense é mais uma área dentro da biologia que merece destaque, uma vez que a 
cada dia se torna mais presente na resolução de crimes. Essa ciência tem muito a oferecer aos 
peritos criminais e à Polícia Técnico-Científica em geral para elucidação de crimes e legítima 
aplicação da justiça. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIGRAFICAS 
 
http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-biologia-forense.htm. Acesso em: 29 
de julho de 2017. 
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/biologia-forense-principais-
vestigios-biologicos/54402>. Acesso em: 29 de julho de 2017. 
<http://www.todabiologia.com/biologia_forense.htm>. Acesso em: 29 de julho de 2017.

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