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Procedimentos de Aspectos e Impactos Ambientais

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PROCEDIMENTOS DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS, RISCOS E PERIGOS, OPORTUNIDADES E REQUISITOS LEGAIS DA EMPRESA MINAGÁS
Alexia Rodrigues 
Mendel Ricardo
Criciúma, 2017.
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITARIA 
OBJETIVO
Definir a metodologia para levantamento de perigos e riscos relacionados ao sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional e ainda a sistemática a ser utilizada para a identificação dos aspectos e avaliação e controle dos impactos envolvidos nas atividades e serviços desenvolvidos pela empresa MINAGÁS LTDA.
METODOLOGIA
Para cada atividade, produto ou serviço em análise devem ser identificados os aspectos ambientais relacionados. Feita através da análise das fases que são relacionadas ao processo da atividade. Todos os aspectos ambientais identificados devem ser registrados, mesmo que se saiba que já são controlados ou que apresentam baixa magnitude e pequena probabilidade ou frequência de ocorrência. Para a estruturação da matriz de aspectos e impactos foi considerado os tópicos seguintes:
Aspecto Ambiental: Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o ambiente natural.  Atividade: Atividade geradora do aspecto ambiental.
 
 Impacto Ambiental: Qualquer modificação no ambiente natural, adversa ou benéfica, que repercuta em todo ou em parte das atividades, produtos ou serviços de uma organização. 
Número do processo: Número seqüencial do aspecto ambiental.
Fase: etapa em que ocorre o aspecto ambiental.
Legislação associada: Relacionar se existe ou não legislação ambiental associada aos aspectos levantados. Para fins de priorização, atribui-se na matriz 1 quando não existe legislação associada e 5 quando existe. 
Atributos de valores: Para valorar os impactos ambientais são estabelecidos como atributos: severidade, frequência, escala, classe, probabilidade, importância e legislação associada
TÓPICOS A SEREM CONSIDERADOS PARA COMPOR A MATRIZ
SEVERIDADE
A severidade representa dimensão do dano ambiental, sendo influenciada pela natureza do aspecto ambiental que gerou tal dano.
SEVERIDADE
CRITÉRIO
Pontuação
Recursos Naturais
Contaminação do Solo, Água ou ar
Danos à vizinhança
Baixa (B)
Recurso renovável;
Recurso não renovável,
Mas não há possibilidade de esgotamento do mesmo.
Contaminação por substâncias inertes ao solo, água ou ar.
Incômodo;
Perturbação.
1
Média (M)
Recurso não renovável e há perspectiva de esgotamento do mesmo no médio prazo.
Contaminação por material orgânico não perigoso.
Danos materiais
2
Alta (A)
Recurso não renovável e há perspectiva de esgotamento do mesmo no curto prazo.
Contaminação por substâncias inflamáveis, combustíveis. Tóxicas ou patogênicas
Óbito de pessoas;
Ferimentos, doenças graves de pessoas
3
FREQUÊNCIA
A frequência é a estimativa de quantas vezes ocorre um aspecto ambiental sob condições operacionais planejadas. A frequência deve ser estimada conforme tabela a seguir:
FREQUÊNCIA
CRITÉRIO
PONTUAÇÃO
Baixa (B)
O aspecto ocorre pelo menos uma vez por mês ou com maior frequência
1
Média (M)
O aspecto ocorre pelo menos uma vez por semana ou com maior frequência
2
Alta (A)
O aspecto ocorre continua ou diariamente
3
ESCALA
É uma estimativa da área alcançada pelo aspecto ambiental, a escala do aspecto ambiental deve ser estimada de acordo com a tabela abaixo:
ESCALA
CRITÉRIO
PONTUAÇÃO
EXEMPLOS
Baixa (B)
Restrita ao local da ocorrência ao aspecto ambiental
1
Gotejamento de óleo de um compressor.
Média (M)
Alcança grande extensão no interior da empresa, mas não se limita ao local de ocorrência do aspecto ambiental.
2
Queda de um tambor de óleo no interior da empresa.
Alta (A)
O aspecto ambiental extrapola os limites da empresa
3
Efluente lançado no rio.
CLASSE
A classe indica a natureza da consequência do impacto ambiental sobre o ambiente natural.
CLASSE
EXEMPLO
PONTUAÇÃO
Benéfica (B)
Recomposição da fauna,
Recomposição da flora
0
Adversa (A)
Poluição do ar.
1
PROBABILIDADE
A probabilidade é a estimativa da possibilidade de ocorrer um evento não planejado que pode gerar impacto ao ambiente natural. A probabilidade deve ser estimada conforme tabela a seguir.
PROBABILIDADE
CRITÉRIO
PONTUAÇÃO
Baixa (B)
Improvável de ocorrer;
Estima-se que o evento ocorra menos que uma vez a cada 10 (dez) anos.
1
Média (M)
Provável de ocorrer;
Estima-se que o evento ocorra menos que a uma vez ao mês, mas superior a uma vez a cada 10 (dez) anos.
2
Alta (A)
Muito provável de ocorrer ou risco eminente;
Estima-se que o evento ocorra mais que a uma vez ao mês.
3
IMPORTÂNCIA
 É uma estimativa do risco da ocorrência do impacto ambiental, é estimada através do cálculo a seguir levando-se em consideração as situações planejadas e não planejadas:
 
Situação Operacional Planejada
Importância (I) = Escala x Classe x Severidade x Frequência
 Situação Operacional Não Planejada
Importância (I) = Escala x Classe x Severidade x Frequência x Probabilidade
SITUAÇÃO
DESCRIÇÃO
EXEMPLOS
Planejada (P)
Relativa a todas as situações planejadas, incluindo as rotineiras e as não rotineiras.
Geração de resíduos sólidos na manutenção de equipamentos.
 
Emissões atmosféricas de um caminhão em funcionamento.
Não Planejada (NP)
Relativa a todas as situações não planejadas, incluindo aquelas que poderão ser caracterizadas como emergências ambientais ou de colapso de estruturas.
 
Incêndio ou Explosão do tanque de GLP.
MATRIZ DE ASPECTOS E IMPACTOS
METODOLOGIA DE ANÁLISE DE PERIGOS E RISCOS 
Em resposta aos perigos e riscos que a empresa corre e com auxilio bibliográfico propôs-se ações de caráter preventivo e de emergêncial para minimizar ou impedir que tais riscos possam vir acontecer dentro da empresa, com a elaboração de uma matriz de perigos e riscos. Para a estruturação da matriz de perigos e riscos foram definidos alguns aspectos a serem considerados:
PERIGO: Identificaram-se, para cada etapa do processo, os respectivos perigos. De uma forma geral, os perigos são eventos acidentais que têm potencial para causar danos às instalações, aos operadores, ao público ou ao meio ambiente.
Responsabilidade: Define se a responsabilidade é direta (quando a organização tem controle ou influência sobre o perigo) ou indireta (quando não há controle ou influência sobre os perigos); 
Situação da Atividade: define a situação da atividade em: - normal (atividades rotineiras); - anormal (atividade anormal de operação, tal como manutenção, parada e partida de equipamentos e emergências de pequeno porte); -emergencial (emergências de médio ou grande porte).
Risco: Combinação da probabilidade da ocorrência de um acontecimento perigoso ou exposição(ões) e da severidade das lesões, ferimentos ou danos para a saúde, que pode ser causada pelo acontecimento ou pela(s) exposição(ões).
CATEGORIAS DE FREQUÊNCIA: Definiu-se como “cenário de acidente” o conjunto formado pelo perigo identificado, suas causas e cada um dos seus efeitos. Deste modo, classificaram-se cada cenário de acidente em uma categoria de frequência, a qual fornece uma indicação qualitativa da frequência esperada de ocorrência para cada cenário identificado, conforme a Tabela 1 (AMORIM, 2010 apud SOUSA ; Jeronimo, 2014).
CATEGORIAS DE SEVERIDADE: Classificou-se cada cenário de acidente em categoria de severidade ,a qual fornece uma indicação qualitativa do grau de severidade das consequências de cada um dos cenários identificados.
CATEGORIA DE RISCO: Combinando-se as categorias de frequência com as de severidade obtêm-se a Matriz de Riscos. O resultado dessa matriz permite visualizar os cenários de acidente de maior impacto para a segurança do processo. 
MEDIDAS/OBSERVAÇÕES: Esta coluna contém as medidas que devem ser tomadas para diminuir a frequência ou severidade do acidente ou quaisquer observações pertinentes ao cenário de acidente em estudo. 
Através da formulação dos possíveis cenáriosacidentais, foram classificadas as frequências e severidades, através da matriz de riscos do quadro a seguir, para se chegar a uma categoria de risco para cada evento.
Para a coluna de frequência foi utilizada uma metodologia de classificação subdivida em cinco tipos a saber: 
A – Extremamente remota: possível, porém extremamente improvável de ocorrer durante a vida útil da planta; 
B – Remota: Não esperado ocorrer durante a vida útil da instalação, apesar de haver referências históricas de ocorrência; 
C – Pouco provável: possível de ocorrer até uma vez durante a vida útil da instalação; 
D – Provável: Esperado ocorrer mais de uma vez durante a vida útil da instalação; 
E – Frequente: Esperado ocorrer muitas vezes durante a vida útil da instalação. 
Para melhor avaliação, a severidade é dividida também em sub categorias, conforme a seguir: 
I – Desprezível: Nenhum dano ou dano não mensurável; 
II – Marginal: Danos irrelevantes; 
III – Crítica: Possíveis danos, que podem alcançar áreas externas da instalação, impactos moderados e/ou de reduzido tempo de recuperação, que são controláveis e/ou reparáveis; 
IV – Catastrófica: Possíveis danos que podem alcançar áreas externas da instalação, impactos graves e/ou de tempo de recuperação elevado, que podem ser considerados irreparáveis. 
Após o cruzamento de informações de severidade e de frequência, chega-se a classificação do risco, que para este trabalho foi dividido em três sub categorias. 
 
MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE RISCOS E PERIGOS 
16
METODOLOGIA: ANÁLISE SWOT PARA OPORTUNIDADES 
Análise SWOT é uma ferramenta essencial para um planejamento estratégico de uma empresa é uma análise pautada no equilíbrio entre o ambiente interno de uma empresa, forças (strenghts) e fraquezas (weaknesses) e o ambiente externo, oportunidades (opportunities) e ameaças (threats). Abaixo estão às definições dos tópicos considerados para a estruturação da matriz SWOT:
Forças: As forças são elementos internos que trazem benefícios para o seu negócio;
 
Fraquezas: As fraquezas são elementos internos que atrapalham o negócio. De modo complementar às forças, são aquelas características dentro do seu controle, mas que não ajudam na realização da missão.
Oportunidades: As oportunidades são as situações externas à empresa que podem acontecer e afetar positivamente no negócio. 
Ameaças: As ameaças são situações externas à empresa que podem atrapalhar o negócio. Podem ser traduzidas pelos medos que existem por parte da gestão da empresa.
 PROCEDIMENTOS DE REQUISITOS LEGAIS
DEFINIÇÕES A SEREM CONSIDERADAS:
PlanLeg: Planilha eletrônica (software ou em Excel) que contém os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis ao SGI. Esta planilha também é o registro utilizado pela Empresa para demonstrar a conformidade com os requisitos legais e outros requisitos. Visa atender aos itens 4.3.2 e 4.5.2 das Normas descritas no item 1 deste documento.
Requisito Legal: O termo “Requisito Legal” é definido como o conjunto de legislações (Lei, Decreto, Decreto-Lei, Resolução, Norma, Norma Técnica citada em alguma legislação, Portaria, Instrução etc.).
OR - Outros Requisitos: São requisitos aplicáveis ao negócio da empresa, porém que não são leis. Por exemplo: acordos firmados com as partes interessadas, tais como, Órgãos Públicos (CETESB, Ministério Público, DRT), “Sindicato Patronal da Categoria”, e ou ainda por um determinado Cliente, desde que formalmente ou não, a Empresa voluntariamente decida atender tais requisitos.
 PROCEDIMENTOS DE REQUISITOS LEGAIS
DEFINIÇÕES A SEREM CONSIDERADAS:
Legislação aplicável Real: Legislação aplicável ao negócio da empresa, que esteja relacionada com as atividades, produtos e serviços, e que geram obrigações.
Legislação aplicável Potencial: Legislação aplicável ao negócio da empresa, que esteja relacionada com as atividades, produtos e serviços, que poderá gerar obrigações para a empresa, ou ainda pode ser somente para conhecimento, ou seja, não requer uma ação direta.
Normas Técnicas: As normas técnicas aplicáveis são consideradas requisitos legais quando citadas em determinada legislação aplicável. Quando não citadas, é facultativo a empresa adotá-las ou não, e se a empresa entender como uma boa prática e adotá-las passam a ser um requisito aplicável. 
 PROCEDIMENTOS DE REQUISITOS LEGAIS
1 - Código: Sequência numérica da legislação identificada;
2 - Âmbito: O âmbito refere-se à legislação em seu âmbito, Federal, Estadual ou Municipal;
3 - Origem: Refere-se ao Órgão que deu origem a esta legislação. Por exemplo: Conama, Ibama, União, Ministério dos Transportes, Confea, ANP, etc.
4 - Tipo: Esta identificação busca informar de qual norma legal está se referindo. Exemplo: Lei, Decreto, Decreto Lei, Resolução, Portaria, Decreto Legislativo, Instrução Normativa, etc.
5 - Nº da Legislação: É o número especifico da norma legal a que se refere;
6 - Data: Data em que a legislação foi aprovada/ promulgada.
 PROCEDIMENTOS DE REQUISITOS LEGAIS
7 - Sistema: A qual sistema de gestão a legislação pertence: Este campo mostra se está relacionada com Meio Ambiente (MA), Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) ou Meio Ambiente + Saúde e Segurança Ocupacional (MA+SSO).
8 - Tema: Refere-se a qual tema aquela legislação está relacionada. Exemplo: licenciamento ambiental, recursos hídricos, resíduos, poluição das águas, poluição do solo, etc. A aplicação deste tema é livre.
9 - Aspecto Ambiental: Refere-se a qual aspecto ambiental aquela legislação está relacionada. Exemplo: Geração de resíduos, geração de efluentes, emissão atmosférica, consumo de recursos naturais, riscos de incêndio/ explosão, risco de vazamentos, etc.
 PROCEDIMENTOS DE REQUISITOS LEGAIS
10/11 - Aplicação - Real ou Potencial (REAL / POT): Este campo identifica se a legislação aplicável requer uma ação direta da empresa (aplicação Real), ou se é somente para conhecimento (Potencial). 
12 - Sumário: É um comentário resumido do assunto da qual trata a norma legal. Este texto pode descrever sobre a revogação ou alteração de uma legislação. 
14 – Verificação da Conformidade Legal/ Evidência: É um monitoramento do atendimento a aos requisitos legais e outros. Este campo foi reservado para que se façam os comentários periodicamente sobre o atendimento ou não da norma legal a que se refere cada item. 
 PROCEDIMENTOS DE REQUISITOS LEGAIS
15 - Está conforme/ Sim: Caso a avaliação/ verificação de conformidade legal possua evidências que se entendam como suficientes capazes de garantir que o requisito legal e ou outro requisito esteja sendo atendido, este campo deve ser preenchido com um “X”.
 
16 - Está conforme/ Não: Caso a avaliação/ verificação de conformidade legal NÃO possua evidências que se entendam como suficientes capazes de garantir que o requisito legal e ou outro requisito esteja sendo atendido, este campo deve ser preenchido com um “X”. 
 PROCEDIMENTOS DE REQUISITOS LEGAIS
REGISTROS
Documento do SGI
Nome do Registro
Forma
Recuperação
Proteção
 
Ordem
Forma de Arquivo
Acesso
Local de Arquivo
Tempo de retenção/ arquivo
Descarte
F
E
O
Vivo
Morto
 
 
Planilha de Legislação – PlanLeg
X
 
 
Nº seq.
Pasta susp
N/R
G. Qual
1 ano
1 ano
Sim
Legenda:
F= Cópia Física	- E = Meio Eletrônico		- O = Outros
R = Restrito á Função Responsável pelo documento / N/R = Não restrito ás demais funções
Descarte de Registros:
Registros mantidos em local que não seguem para arquivo morto após término de vida útil devem ser destruídos.
Registros que seguem para armazenamento em arquivo morto, após o tempo de guarda também devem ser destruídos
REFERÊNCIAS 
Como Desenvolver uma Matriz ou Análise SWOT (FOFA). Disponível em << https://blog.luz.vc/o-que-e/como-desenvolver-uma-matriz-ou-analise-swot-fofa/>>. Acesso em 27 de Outubro de 2017.
 
Diagnóstico da Cadeia Produtiva de PeG – Usiminas. Disponível em << http://www.saviesa.org.br/mapeamento/biblioteca/Diagnostico%20da%20Cadeia%20Produtiva%20de%20PeG%20-%20USIMINAS.pdf>>.Acesso em 27 de Outubro de 2017.
 
Gestao de Qualidade na Medição de Gás de uma Empresa de Petróleo. Disponível em << http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_3487.pdf>>. Acesso em 27 de Outubro de 2017.
 
Gestao de Qualidade Total Da Petrobras. Disponível em << https://pt.slideshare.net/augsax/gesto-da-qualidade-total-na-petrobrspdf>>. Acesso em 27 de Outubro de 2017.

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