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INSTITUIÇÕES DE DIREITO 
UNIDADE I 
 
1. CONCEITO DE DIREITO 
A palavra DIREIRO vem do latim, directum, que corresponde á ideia de regra, 
sem desvio. Os romanos denominavam-no de jus, diverso de justiça, que corresponde 
ao nosso sentido de justiça, ou seja, qualidade do Direito. 
Para o professor Miguel Reale (2002, p. 10): “O Direito é Lei e ordem, isto é, 
um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social ao 
estabelecimento de limites á ação de cada um de seus membros. Assim sendo, quem age 
de conformidade com essas regras comporta-se Direito; quem não o faz, age torto.”. 
O Direito é uma ciência cultural normativa de conteúdo ético, ou seja, de 
conteúdo normativo; é também um sistema de controle social de eficácia sancionatória 
plena. 
Distinção terminológica relevante é estabelecida pela dicotomia DIREITO 
POSITIVO e DIREITO NATURAL. 
DIREITO POSITIVO é aquele criado, posto, positivado pelo estado. 
DIREITO NATURAL corresponde aos ideais de justiça presente na sociedade, 
em todas as sociedades desde tempo imemoriais, como o ideal de liberdade, igualdade, 
respeito à vida e a dignidade humana. 
DIREITO POSITIVO é aquele legislado, criado pelo estado, DIREITO 
NATURAL é aquele inerente à própria natureza do homem, reconhecido pelo estado. 
 
1.1. Origem e finalidade do Direito 
 
O Direito nasceu junto com a civilização. Sua história é a história da própria 
vida. Por mais que mergulhemos no passado, sempre vamos encontrar o Direito, ainda 
que em estágio rudimentar, regulando as relações humanas. É que os homens, obrigados 
ao convívio, labutando uns ao lado dos outros, carecem de certas regras de conduta, de 
um mínimo de ordem e direção. Onde está o homem, está o Direito. Essas regras de 
procedimento, disciplinadoras da vida em sociedade, recebem o nome de Direito. 
A finalidade do direito se resume em regular as relações humanas, a fim de que 
haja paz e prosperidade no seio social, impedindo a desordem ou o crime. Sem o Direito 
estaria à sociedade em constante processo de contestação, onde a lei do mais forte 
imperaria sempre, num verdadeiro caos. 
 
1.2. Direito objetivo e Direito subjetivo 
A palavra Direito tem diferentes significados, tornando-se praticamente 
impossível reuni-los numa única fórmula. Os mais importantes são os traduzidos pelas 
expressões DIREITO OBJETIVO e DIREITO SUBJETIVO. 
Para Reale (2002, p. 189-190) o DIREITO OBJETIVO, como conjunto de 
normas e modelos jurídicos – exatamente porque se destina a ter vigência e eficácia na 
universalidade de um território, - constitui, no seu todo, um sistema global que através 
de um termo italiano já integrado em nossa língua, se denomina ordenamento jurídico. 
Assim, o Direito objetivo é o conjunto de regras vigentes num determinado 
momento, para reger as relações humanas, impostas, coativamente, à obediência de 
todos. É O DIREITO EXPOSTO PELO ESTADO. Exemplo disso são os Códigos 
Penal, Civil etc. 
O DIREITO SUBJETIVO é a faculdade ou prerrogativa do indivíduo de invocar 
a lei na defesa de seu interesse (facultas agendi). Assim, ao direito subjetivo de uma 
pessoa corresponde sempre o dever de outra, que, se não o cumprir, poderá ser 
compelida a observá-lo através de medidas judiciais. 
 
1.3. Direito e moral 
A ética é a ciência do comportamento humano, da conduta. Sob seu domínio, 
estão reunidos a moral, religião e o Direito. 
O DIREITO É IGUAL PARA TODOS, pois o mesmo ordenamento jurídico 
vincula todo um Estado, independentemente do padrão moral de cada pessoa. 
A moral, contudo é relativa, variando de pessoa para pessoa, constituindo 
padrões que vão do mais conservador ao mais liberal. A MORAL NÃO É PARA 
TODOS. O próprio indivíduo escolhe o que é certo. 
 
1.4. Ramos do Direito 
Direito privado precede o Direito público. Com o objetivo de facilitar a 
compreensão do mundo jurídico, os ramos do direito podem ser classificados de duas 
formas: DIREITO PÚBLICO e PRIVADO. 
DIREITO PÚBLICO é o ramo do direito que se ocupa das questões relacionadas 
ao interesse da coletividade. As relações jurídicas envolvem a participação do Estado 
que atua por meio de atribuições dadas pela lei. 
São ramos pertencentes ao DIREITO PÚBLICO: Direito Constitucional; Direito 
Administrativo; Direito Tributário; Direito Econômico; Direito Processual; Direito 
Penal; Direito Internacional Público; e Direito Militar. 
DIREITO PRIVADO é o ramo do direito que se ocupa dos assuntos que dizem 
respeito a interesses individuais. 
São os ramos pertencentes ao DIREITO PRIVADO: Direito Civil; Direito 
Comercial (ou Empresarial); Direito do Consumidor; Direito Internacional Privado; 
Direito Difuso ou Misto; Direito do Trabalho; Direito Previdenciário; Direito 
Ambiental. 
 
1.5. Fontes do Direito 
As fontes do direito dividem em duas partes: As Fontes Materiais e as Formais. 
Nas Fontes matérias temos dois tipos: As Relações Sociais e o Valor Moral. 
As Fontes formais, podemos classificar em dois tipos de fontes as Fontes 
imediata ou Primária e que Mediata ou Secundária. 
A Fonte Imediata é a Lei, ou seja, normas jurídicas. 
A Mediata ou Secundária são as normas que regulamento as normas das 
Primarias, ou seja, a Jurisprudência; Doutrina; Analogia, Costumes. 
Jurisprudência – é representada pelo conjunto das decisões de um determinado 
tribunal. 
Doutrina – (aquilo que os estudiosos escrevem sobre o direito) embora não 
constitua fonte direta do Direto, assume papel de inegável relevo para o operador do 
Direito. 
Analogia – é o método integrativo por meio do qual o juiz, na ausência de Lei 
escrita e especifica a ser aplicada ao caso concreto, utiliza norma aplicável a situação 
fática semelhante. 
Costumes – observância reiterada de um hábito social, investido de autoridade. 
 
1.6. A Lei Escrita 
Lei é toda relação necessária, de ordem causal ou funcional, estabelecida entre 
dois ou mais fatos, segundo a natureza que lhes é própria. (REALE, 2002, p. 162). A 
Lei tem origem certa, o costume não, pois em regra não se sabe bem ao certo como, 
quando e por que um costume surgiu. 
A LEI ESCRITA, conceituada como norma geral e permanente, editada por 
autoridade soberana e dirigida coativamente aos cidadãos, pode ser caracterizada por ser 
genérica e abstrata, impessoal e permanente, até que seja por outra revogada. 
 
2. DIREITO CONSTITUCIONAL 
Direito Constitucional “É o conhecimento sistematizado das regras jurídicas 
relativas à forma do Estado, à forma do governo, ao modo de aquisição e exercício do 
poder, ao estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação.” (FERREIRA 
FILHO, 2008, p. 16). 
 
2.1. Constituição 
Para Ferreira Filho (2008, p. 11) é o “conjunto de regras à forma do Estado, do 
governo ao modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos 
aos limites de sua ação.”. 
 
2.2. Poder Constituinte 
Poder Constituinte é o responsável pela criação e elaboração, bem como reforma 
e mutação das constituições. Ou seja, é o poder de criar e alterar uma constituição. 
 
2.3. Da organização nacional 
Do Estado 
Estado é uma associação humana (povo), radicada em base espacial 
(território), que vive sob o comando de uma autoridade (poder) não sujeita a qualquer 
outra (soberania). É uma ordem jurídica relativamente centralizada, limitada no seu 
domínio espacial e temporal de vigência, soberana e globalmente eficaz (FERREIRA 
FILHO, 2008, p. 49). 
Em relação á forma, o Estado pode assumir a forma de República ou Monarquia, 
quanto ao sistema de governo, parlamentarismo ou presidencialismo. 
Em relação á tipologia, o Estado pode ser: unitário, com descentralização seja 
administrativa,politica ou legislativa, depende do poder central, podendo ser suprida; 
unitário descentralizado, com descentralização apenas política (Brasil Império), 
constitucionalmente descentralizado, descentralização inscrita no próprio texto 
constitucional. 
O Brasil adotou a forma de República Federativa, inspiração norte americana. 
São elementos característicos do Estado Federal: nacionalidade única; competências 
diferenciadas entre os entes integrantes (administrativa, tributária e legislativa); 
autonomia constitucional; intervenção federal; possibilidade de criação de novo Estado 
ou modificação territorial; possibilidade de coexistência de duas Câmaras – uma 
representante do povo, cuja representação é vinculada ao critério populacional (Câmara 
dos Deputados); outra representando os Estados, assegurando o equilíbrio dos interesses 
federativos (Senado Federal). 
 
2.4. Competência legislativa 
A competência legislativa, no âmbito do Estado Federal, pode ser exclusiva, 
privada, concorrente, autorizada, comum e suplementar. 
Competência exclusiva é aquela conferida a um dos entes federativos com 
exclusividade (CF, art. 21I). 
Competência privada conferida sem exclusividade (CF, art. 22). 
Competência concorrente é conferida em comum a diversos entes federativos, 
cabendo à União o estabelecimento das normas gerais, e aos estados e Distrito Federal a 
edição de normas especificas. Na falta de normas gerais, a competência dos Estados 
será plena (CF, art. 24). 
Competência autorizada depende do estado de autorização a ser veiculada por 
Lei Complementar (CF, art. 22). 
Competência comum, União, estados, Distrito Federal e municípios poderão 
dispor sobre as matérias do art. 23 da Constituição, sendo dependentes de Lei 
Complementar nacional, que fixará as normas para a cooperação entre aquelas pessoas, 
tendo por fundamento o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito 
nacional. 
Competência suplementar destina-se a conferir aos estados a possibilidade de, ao 
lado da União, legislar também sobre normas gerais atinentes às questões arroladas no 
art. 24 do texto constitucional. 
 
2.5. Entes Federativos 
União (CF, arts. 20/24): interesse Geral; 
Estados federativos (CF, arts. 25/28): interesse Regional; 
Municipais (CF, arts. 29/31): interesse Local. 
 
3. SEPARAÇÃO DE PODERES 
A divisão de poderes é um princípio fundamental da Constituição. Consta no seu 
art. 2º: são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário; exprimem, a um tempo, as funções legislativa, executiva e 
jurisdicional e indicam os respectivos órgãos, estabelecidos na organização dos poderes. 
Poder político: pode ser definido como uma energia capaz de coordenar e impor 
decisões, visando à realização de determinados fins; é superior a todos os outros 
poderes sociais, os quais reconhece, rege e domina, visando a ordenar as relações entre 
esses grupos de indivíduos entre si e reciprocamente, de maneira a manter um mínimo 
de ordem e estimular o máximo de progresso à vista do bem comum; possui três 
características fundamentais; unidade, indivisibilidade e indelegabilidade. 
Governo e distinção de funções do poder: Governo é o conjunto de órgãos 
mediante os quais a vontade do Estado é formulada, expressada e realizada, ou o 
conjunto de órgãos supremos a quem incumbe o exercício das funções do poder 
político. São as seguintes essas funções: 
- a legislativa, que consiste na edição de regras gerais (leis), abstratas, 
impessoais e inovadoras da ordem pública; 
- a executiva, que resolve os problemas concretos e individualizados, de acordo 
com as leis; 
- a jurisdicional, que tem por objeto aplicar o direito aos casos concretos, a fim 
de dirimir conflitos de interesse. 
Divisão dos poderes: consiste em confiar cada uma das funções governamentais 
a órgãos diferentes, que tomam os nomes das respectivas funções; fundamenta-se em 
dois elementos: a especialização funcional e a independência orgânica. 
Independência e harmonia entre os poderes: a independência dos poderes 
significa que a investidura e a permanência das pessoas num dos órgãos não dependem 
da confiança nem da vontade dos outros, de modo que, no exercício das atribuições que 
lhe sejam próprias, não precisam os titulares consultar os outros nem necessitam de sua 
autorização, e que, na organização dos respectivos serviços, cada um é livre, observadas 
apenas as disposições constitucionais e legais. A harmonia entre os poderes verifica-se 
pelas normas de cortesia no trato recíproco e no respeito às prerrogativas e faculdades a 
que mutuamente todos têm direito; a divisão de funções entre os órgãos do poder e a sua 
independência não são absolutas; há interferências, que visam ao estabelecimento de um 
sistema de freios e contrapesos, à busca do equilíbrio necessário à realização do bem da 
coletividade. 
 
UNIDADE II 
 
INSTITUIÇÕES DE DIREITO: DIREITO CIVIL 
O Direito Civil regula relações entre particulares, predominando o interesse da 
ordem privada, portanto, de coordenação, uma vez que não emana do Estado, mas sim 
da autonomia da vontade das partes, embora o Estado eventualmente intervenha nessas 
relações jurídicas privadas a fim de manter o seu equilíbrio. 
O Código Civil de 2002 está fundamentado nos princípios da operabilidade, 
socialidade e ética. 
 
Fato jurídico e fato natural 
Fato jurídico são os acontecimentos em razão dos quais nascem, se modificam, 
subsistem e se extinguem as relações jurídicas. 
Fato natural: quando decorrente fenômeno natural, sem intervenção da vontade 
humana, produzindo efeito jurídico. 
Fato jurídico stricto sensu ordinário: nascimento, morte, decurso do tempo. 
Fato jurídico stricto sensu extraordinário: caso fortuito e de força maior 
(tempestade, raio, terremoto). 
Fato humano, quando depende da vontade humana, abrangendo tanto atos lícitos 
como ilícitos, podendo ser voluntário (perdão, negócio jurídico) ou involuntário (ilícito 
civil). 
Ato jurídico visa adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir Direitos, 
é um ato de vontade, ao contrário do fato jurídico, que é resultante de forças naturais. 
Negócio jurídico decorre da manifestação da vontade, sendo necessário que 
esteja de acordo com o ordenamento jurídico. 
 
Elementos essenciais do negócio jurídico e sua classificação 
Elementos essenciais do negócio jurídico: “agente capaz, objeto lícito e forma 
prescrita ou não defesa em lei” (art. 104 do Código Civil). Classificação: 
Gratuitos: quando as partes obtém enriquecimento patrimonial sem 
contraprestação (ex.: doações) ou 
Onerosos: se ambos os contratantes auferem vantagens às quais corresponde 
uma contraprestação (ex.: compra e venda, locação). 
Classificação do negócio jurídico: 
Solenes: se obedecerem a forma prescrita em Lei para se aperfeiçoar (ex.: 
testamento) ou; 
Não solenes: quando não exigem forma legal para sua efetivação (ex.: compra e 
venda de bem móvel). 
Patrimoniais: quando versam sobre questões suscetíveis de aferição econômica 
ou; 
Extrapatrimoniais: se atinentes aos Direitos personalíssimos e direito de família. 
Unilaterais: se a declaração da vontade emana de uma ou mais pessoas, desde 
que na mesma direção, colimando um mesmo objetivo (ex.: testamento) ou; 
Bilaterais, quando a declaração de vontade se faz mediante concurso de duas ou 
mais pessoas, porém em sentido oposto, como nos contratos em geral. 
Inter vivos, se acarretam consequências jurídicas em vida dos interessados (ex.: 
compra e venda, doação) ou causa mortis, regulam relações de Direito após a morte do 
sujeito (ex.: testamento). 
Principais, quando existem porsi mesmos, independentemente de outro (ex.: 
locação) ou; 
Acessórios, se sua existência subordina-se à dos principais (ex.: fiança). 
 
Modalidades dos atos jurídicos 
As modalidades dos atos jurídicos são elementos acidentais do negócio jurídico, 
uma vez que o ato negocial se perfaz sem eles. Podem ou não ser inseridos no negócio 
jurídico. 
A condição (CC, arts. 121 a 130) subordina o efeito do ato jurídico ao 
implemento de um evento futuro e incerto. Antes de realizada a condição, o ato é 
ineficaz e nenhum efeito produz. 
 
Termo é cláusula contratual que subordina a eficácia do negócio a evento futuro 
e certo. 
 
Encargo 
Condição= se; termo= quando. Encargo é a cláusula pela qual se impõe 
obrigação a quem se faz uma liberalidade, não suspende a aquisição do Direito, é 
coercitivo e geralmente inserido (ex.: doarei um terreno à municipalidade para nele ser 
edificado um hospital). 
 
Dos defeitos do negócio jurídico 
 Erro; 
 Dolo; 
 Coação; 
 Estado de Perigo; 
 Lesão; 
 Fraude contra credores; 
 Nulidade absoluta e relativa; 
 Simulação. 
 
Responsabilidade civil e ato ilícito 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
Direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito (CC, 
art. 186). 
São elementos constitutivos da responsabilidade civil a existência de um fato 
lesivo voluntário ou não, a ocorrência de um dano e o nexo de causalidade entre o dano 
e o comportamento do agente. A consequência do ato ilícito é o dever de indenizar. 
 
Responsabilidade objetiva e subjetiva e outras 
 Responsabilidade objetiva e subjetiva 
 Responsabilidade extracontratual por ato próprio 
 Responsabilidade extracontratual por ato ou fato de terceiro 
 Responsabilidade civil pelo fato da coisa 
 Responsabilidade contratual 
 Responsabilidade penal 
Reparação do dano: 
 Dano material e moral 
 Perdas e dano 
 Juros legais 
 
Excludentes de responsabilidade civil 
 Caso fortuito ou força maior; 
 Legítima defesa; 
 Estado de necessidade; 
 Exercício regular de um direito; 
 Estrito cumprimento de um dever legal; 
 Cláusula de não indenizar; 
 Culpa exclusiva da vítima; 
 Culpa concorrente da vítima; 
 Fato de terceiro. 
 
Contratos e princípios contratuais 
Os requisitos dos contratos são de duas espécies: 
De ordem geral – capacidade do agente, objeto lícito e a forma prescrita ou não 
defesa em Lei. 
De ordem especial – consentimento recíproco ou o acordo de vontades. 
 
Princípios contratuais: 
Autonomia da vontade, consensualismo, obrigatoriedade de convenção, 
relatividade dos efeitos, boa-fé, limitações à liberdade de contratar e revisão dos 
contratos. 
 
Fases da formação dos contratos: 
 Negociações preliminares. 
 Proposta. 
 Aceitação. 
 Conclusão. 
 
Classificação dos contratos: 
 
Quanto à natureza da obrigação: 
 
 Unilaterais; 
 Bilaterias; 
 Sinalagmáticos; 
 Plurilaterias; 
 Onerosos; 
 Gratuitos; 
 Comutativos; 
 Aleatórios; 
 Paritários; 
 Por adesão; 
 Contrato tipo. 
 
Quanto à complexidade: 
 Simples; 
 Complexo. 
 
Quanto à forma: 
 Consensuais; 
 Solenes. 
 
Quanto à denominação 
 Nominados; 
 Inominados. 
 
Quanto ao objeto: 
 podem envolver a alienação de bens; 
 transmissão de uso e gozo; 
 prestação de serviços (ex.: empreitada, transporte, mandato). 
 
Quanto à perfeição: 
 Preliminar ou pré-contrato, também chamado de pactum de contrahendo, 
tendo por objeto a celebração de um contrato definitivo; 
 Definitivo; 
 Execução diferida. 
 
Quanto ao tempo de execução: 
 Imediatos; 
 Continuado ou de trato sucessivo; 
 
No que concerne à pessoa do contratante, podem ser: 
 Pessoais, e; 
 Impessoais. 
 
Em relação ao tempo: 
 Prazo determinado; 
 Prazo indeterminado; 
 
Reciprocamente considerados: 
 Principais; 
 Acessórios. 
 
Pagamento, pagamento indireto e inadimplemento 
Objeto do pagamento e sua prova. 
 
Meios indiretos de pagamento: 
Pagamento em consignação (CC, arts. 334 a 345). 
Do Pagamento com sub-rogação (CC, arts. 346 a 351). 
Da imputação do pagamento (CC, arts. 352 a 355). 
Dação em pagamento (CC, arts. 356 a 359). 
Da novação (CC, arts. 360 a 367). 
Compensação (CC, arts. 368 a 380). 
Confusão (CC, arts. 381 a 384). 
Remissão (CC, arts. 385 a 388). Não confundir com remissão, que significa 
resgate com remição, que é perdão. 
 
Do inadimplemento das obrigações (CC, arts. 389 a 420): 
Da mora (CC, arts. 394 a 401). 
Espécies de mora: existe a mora do devedor (mora solvendi), 
e a mora do credor (mora accipiendi ou creditoris). 
 
Garantias contratuais 
Purgação da mora. 
 
Ações edilícias: 
Vício redibitório (CC, arts. 441 a 446). 
Evicção (CC, arts. 447 a 457). 
Exceção de Contrato não Cumprido (CC, arts. 476 e 477) – exceptio nom 
adimpleti contractus. 
 
Garantias contratuais 
Cláusula penal – (CC, arts. 408 a 416). 
Arras ou sinal (CC, arts. 417 a 420). 
 
Extinção dos contratos 
Extinção dos contratos (CC, arts. 472 a 480): 
Via normal; 
Por causas anteriores ou contemporâneas; 
 
Causas supervenientes, inexecução voluntária ou involuntári (caso fortuito ou 
força maior), onerosidade excessiva no seu cumprimento (arts. 478 a 490 do CC), o 
distrato ou resilição bilateral (arts. 472 e 473 do CC), resilição unilateral, rescisão, 
morte, falência, implemento de cláusula resolutiva. 
 
Confissão de dívida 
Confissão de dívida é o ato pelo qual alguém reconhece que deve a outra pessoa 
certa quantia em dinheiro, por instrumento público ou particular. Constitui título 
executivo extrajudicial, possibilitando a ação de execução. 
 
A Súmula 300 do Superior Tribunal de Justiça entende que a confissão de dívida 
de contrato de abertura de crédito constitui título executivo extrajudicial. 
 
Relação de consumo 
São elementos da relação de consumo o fornecedor, o consumidor, o produto ou 
serviço e sua destinação. Quando tais elementos estiverem presentes, caracterizar-se-á a 
relação de consumo. As normas do CODECON são de ordem pública e interesse social, 
por isso são inderrogáveis. Apenas as relações de consumo estão sujeitas ao CDC, as 
demais relações contratuais privadas permanecem sob a égide do Direito Civil ou 
Empresarial. 
 
A política nacional das relações de consumo 
A política nacional das relações de consumo, que é um conjunto de medidas 
destinadas à proteção do consumidor no mercado de consumo, composta por objetivos, 
princípios e instrumentos. 
São objetivos: o atendimento das necessidades do consumidor, o 
reconhecimento de sua dignidade, a proteção à sua saúde e segurança, a proteção de 
seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida e a transparência das 
relações de consumo. 
São princípios: a presunção absoluta da vulnerabildade do consumidor, a 
proteção ao consumidor, a compatibilização da proteção ao consumidor com o 
desenvolvimento econômico e tecnológico, a educação e informação de fornecedores e 
consumidores, criação de meios de controle de qualidade, a coibição dos abusos 
praticados no mercado de consumo, a melhoria dos serviços públicos e o estudo 
constante das modificações do mercado de consumo. 
São instrumentos da política nacional das relações de consumo: a assistência 
jurídica, a instituição de promotorias especializadas na defesa do consumidor, a criação 
de delegacias de polícia especializadas, a criação de Juizados Especiais Cíveis e o 
estímuloà criação de associações de defesa do consumidor. 
 
A política nacional das relações de consumo visa implantar a sistematização da 
defesa do consumidor, propiciando sua efetiva proteção. 
 
Diretos básicos do consumidor 
Saúde e segurança (CDC, arts. 8o a 11o). 
Informação clara, precisa e ostensiva em língua nacional. 
Responsabilidade objetiva. 
Responsabilidade civil por fato e por vício do produto e do serviço. 
Há duas espécies de vícios do produto (CDC, arts. 18 e 19): vício de qualidade e 
vício de quantidade. 
 
Práticas comerciais 
A oferta (CDC, arts. 30 a 35). 
A publicidade (CDC, arts. 36 a 38). 
Práticas abusivas (CDC, arts. 39 a 41). 
A cobrança de dívidas (CDC, arts. 42 e 42-A) 
Bancos de dados e cadastros de consumidores (CDC, arts. 43/45). 
 
Proteção contratual 
As cláusulas contratuais serão interpretadas da maneira mais favorável ao 
consumidor. O consumidor tem o direito de ter o conhecimento pleno do objeto do 
contrato a ser celebrado. 
Cláusulas abusivas (CDC, arts. 51 a 53). 
Contratos de adesão (CDC, art. 54). 
O Código ainda prevê sanções administrativas (arts. 55 a 60), dispõe sobre as 
infrações penais (arts. 61 a 80) e disposições processuais relativas à defesa do 
consumidor em juízo (arts. 81 a 104). 
 
Direito Administrativo 
É o conjunto de normas e princípios que regem a atuação da administração 
pública (MEDAUAR, 2009, p. 34). É o ramo do Direito Público que estuda as relações 
da administração pública com os particulares e de seus órgãos e entidades entre si. 
Estrutura 
Administração direta – é constituída pelo conjunto de órgãos integrados na 
estrutura dos Poderes (não apenas o Poder Executivo, mas também o Legislativo e o 
Judiciário que compõem o Estado). Ex.: Ministério dos Transportes, Secretaria de 
Estado da Agricultura, Tribunal de Alçada. 
Administração indireta – são as entidades dotadas de personalidade jurídica 
própria, vinculadas a um órgão da administração direta, cuja área de competência lhe 
for afim. Ex.: Autarquia. 
 
Ato administrativo 
É toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, agindo 
nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, 
extinguir e declarar Direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. 
Requisitos: 
Competência é do representante do poder público que tem o poder legal para 
praticá-lo, observados os requisitos materiais, temporais e territoriais; finalidade, o 
interesse público é o fim perseguido pelo ato administrativo, vinculando a atuação do 
agente; 
 
Atributos do ato administrativo 
A decisão da administração, para que seja conhecida pelos cidadãos; motivo e a 
motivação ou exposição de motivos. Atributos do ato administrativo são: 
Presunção de legalidade, decorrendo da necessária submissão da administração à 
Lei; 
Imperatividade, pois implica na coercibilidade para seu cumprimento; 
Autoexecutoriedade, não necessitando do consentimento de outro poder para ser 
posto em prática. 
Atos administrativos vinculados e discricionários 
Vinculado: é aquele que o Direito positivo confere à administração pública para 
a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários 
à sua formalização. Neste caso, de poder ou competência vinculada, a administração é 
obrigada a determinada conduta previamente estabelecida por Lei. 
Discricionário: é aquele que o Direito concede à administração de modo 
explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade de escolha 
de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. 
 
Contratos administrativos 
O contrato administrativo típico é um ajuste estabelecido entre a administração 
pública e um particular, ou mesmo entre outro ente administrativo para a realização de 
objetivos de interesse público dentro de condições estabelecidas pela própria 
administração pública em observância estrita aos princípios de Direito público. 
Espécies: 
Contrato de colaboração; 
Contrato de atribuição. 
 
Licitação 
Tipos de Licitação: 
 Concorrência. 
 Tomada de preço. 
 Convite. 
 Concurso. 
 Leilão. 
 Pregão. 
 
A Legislação sobre contratos administrativos e licitação: Lei Federal 8.666/93, 
8.883/94, 8.987/95, 9.648/98, 9.854/99, 10.520/02 e 12.349/10.

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