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Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS: MATÉRIA PRIMA DO CORPO HUMANO Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA As proteínas são indispensáveis ao corpo humano, pois além de contribuírem como fonte de energia, também são responsáveis pelo crescimento e manutenção do organismo. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA 3. Proteínas As proteínas são macromoléculas biológicas constituídas por uma ou mais cadeias de aminoácidos. São formadas essencialmente por carbono, oxigênio, nitrogênio e hidrogênio, mas podem apresentar enxofre. As proteínas desempenham muitas e importantes funções nas células, tais como: Enzimas – substâncias que aumentam a velocidade das reações químicas; Anticorpos – substâncias fundamentais nos mecanismos de defesa do corpo dos seres vivos; Alguns hormônios como a insulina e o glucagon, que atuam no metabolismo de açúcares. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS Proteínas Fibrosas: são moléculas alongadas, torcidas e que apresentam comprimento cerca de 10 vezes maior que a largura. A queratina, encontrada nas unhas, pele e pêlos é um exemplo de proteína fibrosa. Proteínas Globulares: são moléculas enoveladas, arredondadas e sua relação comprimento-largura é menor que as fibrosas. A maioria das proteínas celulares é do tipo globulas: as enzimas, os anticorpos, as proteínas que participam das membranas celulares, a hemoglobina, etc. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS Proteínas simples ou holoproteínas: são aquelas formadas unicamente por aminoácidos. Exemplos: insulina, albumina, queratina, fibrinogênio (proteína encontrada no plasma sanguíneo e que participa do processo de coagulação). Proteínas conjugadas ou heteroproteínas: são aquelas formadas aminoácidos e outros compostos não proteícos de natureza distinta que se denomina grupos protéticos. Exemplos: hemoglobina, cujo grupo protético é o ferro; caseína (encontrada no leite), cujo grupo protético é o fosfato. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS Apesar da grande diversidade de proteínas, existem apenas 20 tipos diferentes de aminoácidos que participam da formação de suas moléculas. Cada tipo de proteína é formada sempre pelo mesmo número de aminoácidos, ordenados sempre na mesma sequência. Esta sequência é determinada geneticamente e constitui-se na estrutura primária da proteína. No entanto, a molécula da proteína pode apresentar dobramentos e enrolamentos determinados por atrações químicas entre os aminoácidos. Esses dobramentos conferem às proteínas forma tridimensionais que corresponderão às estruturas secundárias, terciárias ou mesmo quaternárias. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA ESTRUTURA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS Atividade catalítica – Modificação de moléculas – Síntese de proteínas e de outras moléculas Armazenamento – Íons e pequenas moléculas complexadas à proteína(hemoglobina/oxigênio) Transporte – Desde elétrons a macromoléculas Transmissão de mensagem – Transmissão de impulsos nervosos – Coordenação de processos biológicos realizados através de moléculas sinalizadoras - hormônios Sistema imunológico – anticorpos Regulação – Mecanismos de “feedback Papel estrutural – suporte mecânico Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS DE DEFESA: ANTICORPOS Diariamente, nosso organismo é invadido por infinidade de partículas estranhas chamadas de antígenos. Também somos invadidos, sem perceber, por bactérias, vírus, fungos e protozoários, muitos deles causadores de doenças e produtores de toxinas que podem prejudicar seriamente o nosso organismo, e até causar a morte. Para enfretar essa ameaças, utilizamos o sistema imunológico humano que consiste numa rede de células, tecidos e órgãos, como os nódulos linfáticos, o baço e o timo, leucócitos (glóbulos brancos do sangue) que atuam na defesa do organismo, além de uma infinade de substâncias químicas, destacando-se as proteínas de defesa denominadas de anticorpos. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS DE DEFESA: ANTICORPOS Anticorpos são moléculas de proteínas produzidas por organismos e que se destinam a combater os antígenos que o invadiram. Pertencem à categoria de proteínas conhecidas como imunoglobulinas, representadas pela sigla Ig. Para cada antígeno deve ser produzido um anticorpo específico. No homem existem cinco tipos de imunoglobulinas. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS DE DEFESA: ANTICORPOS A molécula protéica de um anticorpo é complexa e possui o aspecto da letra Y. É formada por quatro cadeias de polipeptídeos, duas de pequeno peso molecular e as outras duas de alto peso molecular. Os dois braços do Y são os locais que se ligam ao antígeno. A cauda do Y é o local de ligação do anticorpo ao receptor da membrana existente na célula de defesa. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA A Tabela 3-1 relaciona os cinco tipos de imunoglobulinas e algumas de suas características. IMUNOGLOBULINA CARACTERÍSTICAS IgG Destinadas ao combate de vírus, bactérias e fungos. São de pequeno tamanho, atravessam as paredes dos capilares sanguíneos e agem nos tecidos. Estimulam células fagocitárias a combater microrganismos. Constituem cerca de 75% das imunoglobulinas produzidas. IgM É o primeiro anticorpo a sugir em resposta à exposição inicial ao antígeno. Destinadas ao combate de vírus. A exemplo das IgG, estimulam as células fagocitárias a combater os vírus. IgA Anticorpos das secreções respiratórias, da parede do tubo digestivo e das secreções vaginais. São encontradas na lágrima, na saliva e no leite materno. Previnem a entrada de agentes patogênicos no organismo. IgD Antircorpos existentes nas membranas celulares dos linfócitos B. Atuam como receptores de antígenos. IgE Existem no sangue em pequenas quantidades. São anticorpos que atuam nas respostas alérgicas. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS DE DEFESA: ANTICORPOS Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS DE DEFESA: ANTICORPOS Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA AS PROTEÍNAS QUE “MATAM” MICRORGANISMOS INVASORES Proteínas do Sistema Complementar: são proteínas que aderem às membranas plasmáticas das células bacterianas, promovem a formação de poros e o ingresso de água, que provoca a ruptura e a morte de bactérias. Interferons: são proteínas “sinalizadoras”, produzidas apenas em células invadidas por vírus. Ao serem liberados por essas células infectadas, os interferons atuam como mensageiros que “alertam” as células ainda não infectadas, induzindo-as a produzir substâncias que impedem a mutiplicação viral. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA AS PROTEÍNAS QUE “MATAM” MICRORGANISMOS INVASORES Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA AS PROTEÍNAS QUE “MATAM” MICRORGANISMOS INVASORESProf.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS DA MEMBRANA PLASMÁTICA As proteínas da membrana plasmática exercem grande variedades de funções: Atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte; Funcionam como receptores da membrana; Favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido; Servem como suporte para o citoesqueleto. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Há dois tipos básicos de proteínas na membrana plasmática: Proteínas integrais: são as que geralmente cruzam a membrana de lado a lado e ficam firmimente acopladas na dupla camada lipídica. Proteínas periféricas: não estão mergulhadas nas camadas lipídicas. Elas se dispõem frouxamente na periferia da membrana, ligam-se frequentemente às porções expostas das proteínas integrais e podem se deslocar com muita facilidade. PROTEÍNAS DA MEMBRANA PLASMÁTICA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNAS DA MEMBRANA PLASMÁTICA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA A: proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir uma às outras. B: proteínas de transporte: facilitam o transporte de substâncias entre células. C: proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas por outras células. D: proteína receptoras da membrana: são encarregadas de receber sinais de algumas substâncias que levam alguma mensagem para a célula. E: proteína de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando um cana por onde passam algumas substâncias., ou no transporte ativo, em que ATP é a fonte de energia. F: proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuam em conjunto ou isoladamente de uma determinada via metabólica. G: proteínas com função de suporte para o citoesqueleto. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA As Proteínas Contráteis ou de movimento são responsáveis pela função de contração de algumas células. São também as responsáveis pela mudança de forma e movimento de algumas células. Exemplos deste tipo de proteína são a actina e a miosina, que estão presentes no sistema contrátil de músculos esqueléticos. PROTEÍNAS CONTRÁTEIS OU DE MOVIMENTO Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Os 600 músculos esqueléticos do corpo humano são compostos de centenas à centenas de milhares de células alongadas, multinucleadas chamadas fibras musculares. Cada fibra contem as proteínas contrateis Miosina e Actina, que compõe os filamentos grossos e finos respectivamente, que estão dispostos paralelamente nas miofibrilas que compõe as fibras. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Proteína globular; Principal proteína do citoesqueleto 20% das proteínas totais de uma célula Quando polimerizada forma filamentos do citoesqueleto Participa da contração muscular, mobilidade celular, divisão celular, citocinese, movimentação de vesículas e organelas, sinalização celular, estabilização e manutenção das junções celulares, formato celular Interage com as membranas celulares ACTINA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Reconhecidas originalmente como ATPases presentes em músculos lisos e estriados Conservadas na cabeça (liga actina e hidrolisa ATP), mas variáveis na cauda (interação com moléculas) Genoma humano possui aproximadamente 40 genes diferentes para miosinas Forma define a velocidade com a qual se desloca nos feixes de actina. MIOSINA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA DESNATURAÇÃO PROTÉICA Para desempenhar a sua função biológica, as proteínas devem estar em seus estados inativos (conformação na qual as proteínas existem no meio natural, com suas estruturas primárias, secundárias, terciárias e quaternárias). Devido à alguns fatores as proteínas podem ter as suas estruturas secundárias, terciárias e quaternárias destruídas. À essa perda da forma estrutural dar-se o nome de DESNATURAÇÃO PROTÉICA. A desnaturação protéica é acompanhada de mudanças nas propriedades: Físicas, químicas e biológicas. (A proteína perde sua atividade biológica) Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA DESNATURAÇÃO PROTÉICA Na desnaturação protéica não há perda da estrutura primária, ou seja os aminoácidos continuam unidos na mesma sequência. Os principais agentes físicos desnaturantes são: calor, frio, agitação, pressão, alteração de acidez, luz, etc. Para muitas proteínas a desnaturação é reversível; A proteína ao hidrolisar-se regenera os aminoácidos que lhe deram origem. A desnaturação nem sempre é um processo indesejado. A desnaturação protéica pode contribuir para a digestibilidade de algumas proteínas. Quanto mais próximo da estrutura primária, mais fácil será a digestão. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA DESNATURAÇÃO PROTÉICA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA A proteína ao hidrolisar-se regenera os aminoácidos que lhe deram origem REGENERAÇÃO PROTÉICA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROTEÍNA DO SANGUE: HEMOGLOBINA A hemoglobina (Hb) é uma metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos, cuja função é absorver e transportar oxigênio pelo sistema circulatório e liberá-lo no tecido. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Consiste em uma proteína globular, de estrutura quaternária, que contém 4 cadeias polipeptídicas (cadeias de globina) e um grupo heme ligado a cada uma das cadeias de globina. É formada duas cadeias de globina do tipo alfa e duas cadeias de globina do tipo beta, sendo assim um tetrâmero de cadeias. Isso faz que haja diferentes combinações entre essas cadeias, determinando os 6 tipos de hemoglobinas produzidas na fase pré-embrionária e pós nascimento. A cada fase de desenvolvimento a síntese de hemoglobina vai se adaptando às mudanças sofridas pelo corpo. PROTEÍNA DO SANGUE: HEMOGLOBINA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA A produção do grupo Heme começa após a entrada de ferro na hemácia. Quando há excesso de ferro na célula, os eritroblastos são chamados de sideroblastos, e quando nos eritrócitos, siderócitos. Essa síntese do grupo heme conta ainda com a participação de muitas enzimas. Quando há defeitos na produção dessas enzimas, podem surgir várias patologias, chamadas porfírias. A formação da hemoglobina acontece no citoplasma dos eritroblastos. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA ANEMIA FALCIFORME Muitas vezes, a substituição de um simples aminoácido pode provocar alteração na forma estrutural da proteína. Um exemplo importante é a substituição, na molécula de hemoglobina, do aminoácido chamado glutâmico pelo aminoácido valina. Essa “simples” troca acarreta uma profunda alteração na forma da molécula inteira da hemoglobina, interferindo na sua função biológica que é a transportar oxigênio. As hemácias que contém a hemoglobina alterada adquirem o formato de “foice”. A essa anomalia acarreta na doença chamada Anemia Falciforme. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA ANEMIA FALCIFORMEProf.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal. A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA EFEITO BOHR Vários mecanismos regulam a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. O efeito Bohr é um dos mais importantes em termos fisiológicos. O efeito Bohr é a modulação da afinidade da Hb por O2 pelo pH do meio, facilitando a desoxige-nação da Hb a nível tecidual. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA O sangue venoso é mais ácido do que o arterial, pela presença de CO2 vindo dos tecidos. Esse forma ácido carbônico H2CO3, que se dissocia liberando H+ para o meio. A curva ao lado mostra como a % de saturação da Hb, em uma pO2 próxima aos valores nos tecidos (20 torr), diminue em função do pH do meio. Para a mesma pO2, a saturação da Hb diminue de 45% em pH 7,6 para 22% em pH 7,2. Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA HEMÁCIAS PLASMA TECIDOS 1. Nos tecidos, a pO2 é de 25 a 40 torr e o pH ligeiramente mais ácido (7,2-7,3). O CO2 produzido difunde-se para o plasma e para as hemácias. 2. Nas hemácias, o CO2 é convertido a H2CO3 pela enzima anidrase carbônica. 3. O H2CO3 se dissocia no íon bicarbonato HCO3 - e um próton H+. Parte do HCO3- (~60%) difunde para o plasma, onde constitue o principal sistema tampão. 4. Uma parte pequena (~8%) do CO2 liga-se diretamente ao resíduo N-terminal de cada globina, formando a carbamino-Hb. CO2 DIFUSÃO CO2 (1) H 2 CO 3 +H2O Anidrase carbônica (2) + Cl O HCO3 - transportado no plasma representa 60% do CO2 formado nos tecidos HCO 3 - HCO 3 - H + Cl (3) Hb NH3 + Hb NHCOO- (4) pO2 – 25 a 40 torr Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA HEMÁCIAS PLASMA TECIDOS 5. O próton H+ gerado da dissociação do H2CO3 é tamponado por histidinas que ligam o heme. 6. Ao receber o próton, a HbO2 sofre o efeito Bohr, que resulta em uma diminuição da afinidade pelo o O2, facilitando a desoxigenação. 7. Concordando com o efeito Bohr, a Hb oxigenada é mais ácida (pH ~7.4) do que a Hb desoxigenada (pH ~7.6 ). H 2 CO 3 +H2O Anidrase carbônica CO2 DIFUSÃO CO2 + Cl O HCO3 - transportado no plasma representa 60% do CO2 formado nos tecidos HCO 3 - HCO 3 - Cl H + Hb NH3 + Fe O2 H H C C N N NH NH HC HC C C (5) Fe2+ H H C C N N NH2 N HC HC C C Hb NHCOO- (5) (6) O2 DIFUSÃO (6) pO2 – 25 a 40 torr Prof.ª Danielle Freire de Araújo DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA HEMÁCIAS PLASMA ALVÉOLOS 8. No pulmão, a pO2 é de 100 torr e o pH é mais alcalino (pH ~7.6). 9. A Hb desoxigenada recebe O2 e libera os prótons H+ recebidos no tecido. O efeito Bohr agora resulta em um aumento da afinidade pelo o O2, facilitando a oxigenação. 10. Esses fatores fazem a anidrase carbônica catalizar a reação reversa, formando CO2 e H2O a partir de H2CO3, resultante da associação bicarbonato e H+. Hb NHCOO- Fe2+ H H C C N N NH NH2 HC HC C C FeO2 H H C C N N N NH HC HC C C Hb NH3 + O2 DIFUSÃO (9) pO2 – 100 torr (11) 11. O CO2 ligado à Hb é liberado. 12. O CO2 difunde para o plasma e daí para os alvéolos. H + + H2O Anidrase carbônica CO2 (10) O HCO3 - transportado no plasma representa 60% do CO2 formado nos tecidos + Cl HCO 3 - HCO 3 - H 2 CO 3 Cl (10) DIFUSÃO CO2 (12)
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