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BIOQUÍMICA DA NUTRIÇÃO Metabolismo dos carboidratos Profa. Giselle Moura Messias 1 Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição METABOLISMO: DEFINIÇÕES E FUNÇÕES É toda a rede de reações químicas realizadas pelas células vivas. Metabólitos: pequenas moléculas que atuam como intermediários na degradação ou na biossíntese dos biopolímeros. Metabolismo intermediário: termo aplicado às reações evolvendo essas moléculas de baixo peso molecular. Reações que sintetizam moléculas: reações anabólicas. Reações que degradam moléculas: reações catabólicas. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 3 METABOLISMO: DEFINIÇÕES E FUNÇÕES Reações anabólicas: responsáveis pela síntese de todos os compostos necessários para a reprodução, o crescimento e a manutenção da célula. Essas reações de biossíntese: formam metabólitos simples REAÇÕES DE BIOSSÍNTESE AMINOÁCIDOS CARBOIDRATOS NUCLEOTÍDEOS COENZIMAS ÁCIDOS GRAXOS Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 4 REAÇÕES DE BIOSSÍNTESE PROTEÍNAS POLISSACARÍDEOS ÁCIDOS NUCLEICOS LIPÍDEOS COMPLEXOS METABOLISMO: DEFINIÇÕES E FUNÇÕES Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 5 REAÇÕES CATABÓLICAS: Degradam grandes moléculas para liberar energia e moléculas menores. Todas as células executam reações de degradação, como parte do seu metabolismo normal. O estudo dessas reações de produção de energia catabólica em mamíferos: metabolismo do combustível. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição FONTES DE ENERGIA METABÓLICA Os carboidratos, gorduras e proteínas são produtos de alto conteúdo energético ingerido pelos animais, para os quais constituem a única fonte energética e de compostos químicos para a construção de células. Estes compostos seguem rotas metabólicas diferentes, que têm como finalidade produzir compostos finais específicos e essenciais para a vida. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição CARBOIDRATOS 1) DEFINIÇÃO: São componentes orgânicos constituídos por CARBONO, HIDROGÊNIO e OXIGÊNIO. Fornecem 4 Kcal/ g 2) CLASSIFICAÇÃO: Os HC variam muito no grau de doçura, textura, velocidade de digestão e grau no qual são absorvidos Podem ser categorizados como: MONOSSACARÍDEOS DISSACARÍDEOS OLIGOSSACARÍDEOS POLISSACARÍDEOS Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição MONOSSACARÍDEOS: Forma mais simples – (CH2O)n Constituídos por 3 a 6 átomos de carbono Raramente encontrados livres na natureza apenas GLICOSE, GALACTOSE e FRUTOSE podem ser absorvidos por seres humanos. Diferem quanto a doçura e a fonte dietética Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS É o açúcar + amplamente distribuído na natureza, raramente consumido em sua forma monossacarídica É o principal produto da hidrólise dos HC mais complexos (processo digestivo) e é a forma de açúcar mais comumente encontrado na corrente sanguínea Armazenado no fígado e músculos (Glicogênio) Na forma de polímero, a glicose está presente como AMIDO e CELULOSE e é encontrada em todos os dissacarídeos comestíveis: mel, frutas, hortaliças Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição GALACTOSE Raramente livre na natureza Produzida principalmente da lactose pela hidrólise durante o processo digestivo FRUTOSE (levulose, açúcar da fruta) Mais doce de todos os monossacarídeos Doçura variável, de acordo c/ a sua configuração molecular (cristalina = 2x + doce que a sacarose; líquida = ↓ doce) Frutas – 1 a 7 % de frutose Vegetais – 3 % de frutose Mel – 40 % de frutose Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição OBS.: Fruta madura + doce !! SACAROSE é enzimaticamente clivada em GLICOSE e FRUTOSE DISSACARÍDEOS: Sacarose, lactose, maltose. Capacidade de absorção humana é limitada, possibilitando a utilização de apenas algumas configurações de di e oligossacarídeos Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição SACAROSE: Glicose + Frutose ( 1-2) É hidrolisada em ácido diluído ou na presença da enzima INVERTASE Açúcar invertido: usado comercialmente no preparo de confeitos delicados e glacês, por ser + doce que a sacarose Ex.: Mel LACTOSE: Produção: gl. Mamárias da maioria dos animais lactantes Glicose + Galactose Lembrando: Leite Materno → 7.5% e de Leite de Vaca→ 4.5% de lactose Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição MALTOSE Glicose + Glicose (α1-4) Formado pela hidrólise do amido pela maltase Consumido em uma série de produtos alimentares DEXTROSE É a glicose produzida após a hidrólise do amido de milho Usada na preparação de alimentos POLISSACARÍDEOS: AMIDO (Vegetal): Armazenamento de HC nas plantas. Representa ≅ 60% dos carboidratos consumidos Composto por amilopectina (80 a 85%) e amilose (15 a 20%) Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Amido: Pouca digestibilidade, pois seus grãos são envolvidos por paredes rígidas de celulose Cozimento (rompimento da parede) digestibilidade GLICOGÊNIO (Animal) Forma de armazenamento de carboidrato consumido, sendo reserva de energia imediata Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 15 TeordeGlicogênio Chemin,2007 Sobotka,2008 Músculo 400g 200 a 1000g Fígado 75g 70 a 120g Tabela 1: Conteúdo médio de Glicogênio em um homem adulto GLICOGÊNIO (Animal) Forma de armazenamento de HC consumido, sendo reserva de Energia imediata Polímero de glicose ramificado ≅ Amilopectina, c/ ramificações + curtas e frequentes OBS.: Contem H2O em sua molécula (2g de água adsorvida /g glicogênio armazenado), tornando-o maior, inadequado p/ armazenar a longo prazo Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 16 Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Digestão dos Carboidratos Boca Glândula salivar Enzima salivar amilase (ptialina) amilose glicose maltose maltotriose dextrina amilopectina dextrina limite Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 17 Digestão dos Carboidratos Estômago Amilase salivar (ptialina): continua a digestão por até meia hora no interior do bolo alimentar Amilase salivar (ptialina): inativada pelo baixo pH gástrico Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 18 Digestão e absorção dos Carboidratos Intestino amilase pancreática Amilase salivar ou ptialina e -amilase pancreática Diferenças entre elas: - Sequência de aa diferentes Propriedades catalíticas idênticas Atuam em pH neutro ou alcalino Quebra as grandes moléculas de amido nas ligações 1-4 para criar maltose, maltotriose e dextrinas “alfa limite” remanescentes das ramificações amilopectinas. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 19 Digestão e absorção dos Carboidratos Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 21 ABSORÇÃO DE GLICOSE Glicose (digerida): ativamente absorvida pela célula intestinal e conduzida pelo sangue até o fígado. Fígado: remove cerca de 50% de glicose absorvida para a oxidação e o armazenamento na forma de glicogênio. Galactose (ativamente absorvida) e a frutose (absorvida pela difusão facilitada): também são capturadas pelo fígado e incorporadas nas vias metabólicas da glicose. Glicose: sai do fígado, entra na circulação sistêmica: se torna disponível para os tecidos periféricos dependentes de insulina. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 22 ABSORÇÃO DE GLICOSE Principais reguladores da glicemia após uma refeição: - Quantidade e a disponibilidade do carboidrato ingerido - A absorção e o grau de captação hepática - Secreção da insulina e a sensibilidade dos tecidos periféricos à insulina Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição TRANSPORTE DE GLICOSE NASCÉLULAS PORTE DE GLICOSE NAS CÉLULAS Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição TRANSPORTE DOS CARBOIDRATOS A hidrólise dos carboidratos digeríveis presentes nos alimentos apresenta como resultado final moléculas de monossacarídeos, como glicose, frutose e galactose Após processo digestivo: Glicose, Frutose e Galactose são absorvidos de 2 maneiras: 1) Co-transporte de Sódio e Glicose (SGLT-1) * Expressos nas células da membrana luminal (apical) no intestino e tecido renal: Transporte de glicose e galactose junto a quantidades de Na Transporte Ativo (1) então esta é por Difusão * Após a entrada da glicose na célula, transportada pela membrana basolateral facilitada (2) Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 2) Difusão Facilitada Principal sistema de transporte Realizada com auxílio de transportadores GLUT (= transportadores de glicose) GLUT são proteínas de membrana encontrada em todas as células, capazes de transportar glicose a favor de um gradiente de concentração Em humanos foram identificados 7 tipos de GLUT (GLUT 1 a GLUT 7) No enterócito são expressos os GLUT 2 e GLUT 5 GLUT 2 Membrana basolateral, responsável pelo transporte de glicose e galactose GLUT 5 Membrana luminal e basolateral, responsável pelo transporte de frutose Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Transportadores de Glicose LocaldeExpressão EspecificidadeseFunções GLUT 1 Hemácias, Coração, Rins, Adipócitos, Fibroblastos, Placenta, Retina,Cérebro (↓fígadoemúsculoesq) Hemácias:↑afinidade p/ saídadeGlicose(20mmol) do que p/ entrada (1mmol) ÚtilnaHipoglicemia GLUT 2 Fígado, Rins, I. Delgado, céls-pancreática PromoverápidoefluxodaglicoseapósGliconeogênese AbsorçãodeGlicose eGalactosepelamemb.basolateral GLUT 3 Emtodos os tecidos, principalmente: Cérebro adulto, PlacentaeRins (↓expressãonomúsculo esquelético) Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 27 LocaldeExpressão EspecificidadeseFunções GLUT5 Memb. LuminaleBasolateraldo I. Delgado(+jejuno)e ↓rins, músculoesq,tecido adiposo, barreira hematoencefá- lica, espermatozóidesmaduros) ↑afinidade pelaFrutose “transportadorde Frutose” ↓afinidade pelaglicose GLUT6 (+estudos) Jejuno Estruturasemelhante aoGLUT2 GLUT7 (+estudos) Fígado Alta especificidade pela enzima Glicose6-Fosfatase Transportadorde Glicose Hepática Transportadores de Glicose Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição GLUT 4 Transportador de glicose Sensível à Insulina Relacionado ao desenvolvimento de diversas doenças crônico-degenerativas, como DM e obesidade Expresso em tecidos sensíveis à insulina: Músculo esquelético, tecido adiposo e cardíaco 10% memb. celular promove captação basal de glicose 90% em vesículas intracelulares devem sofrer Translocação até a membrana celular Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição * Existem pelo menos 2 fatores capazes de estimular essa Translocação das vesículas de GLUT 4: 1) Ligação da Insulina ao seu receptor de membrana * Síntese de insulina pelas células das ilhotas pancreáticas Grânulos de secreção com Peptídeo C e Insulina ligada ao Zn, formando cristais Secreção * Glicose no Duodeno e jejuno liberação GIP (Polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e GLP-1 (Peptídeo semelhante ao glucagon) GIP e GLP-1 Hormônios GI com atividade de Incretina (fator humoral no TGI) Potencializa a liberação de insulina induzida pela glicose Após absorção: glicemia + potente estimulador da síntese e secreção da insulina Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Nível máximo de liberação de insulina Glicemia de 300mg/dl Secreção nula de insulina Glicemia de 50 mg/dl Ação da Insulina: * Insulina + receptores de membrana (subunidade , externa) Alterações celulares: Migração de receptores de transferrina do meio intracelular p/ membrana Moléculas de Transferrina-Cromo + receptores (Complexo) Captado pela célula Liberação do Cromo no meio intracelular Cromo + Apocromodulina (Ptn) CROMODULINA Cromodulina + Subunidade dos receptores de insulina (interna) Cromodulina + subunidade = Ativação do receptor da insulina Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Após captação de glicose... Glicose Glicose 6P (p/ permanência na célula) Glicose 6P 2 caminhos: II- Armazenamento ou III- Utilização imediata I) Glicogênese (=Formação de Glicogênio) Armazenamento: Glicogênio * Principais tecidos de armazenamento: Fígado e Músculo Funções do glicogênio Hepático: Armazenamento; distribuição e manutenção da glicemia Obs.: Somente o fígado possui a enzima Glicose-6 fosfatase (conversão da glicose-6P em glicose livre) Funções do glicogênio Muscular: Armazenamento e utilização (fonte E) Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição * Estimulante: glicemia secreção de insulina AMPc desfosforilação da Glicogênio sintetase Forma mais ativa que catalisa a síntese de glicogênio II) Glicogenólise Mobilização do glicogênio Objetivo: Evitar hipoglicemia Clivagem sequencial de resíduos de glicose Vias enzimáticas totalmente diferentes da glicogênese * Estimulante: Hormônios contra-reguladores Glucagon > atuação nas células hepáticas Epinefrina > atuação nas células musculares Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Glucagon Sintetizado pelas células das ilhotas de Langerhans pancreáticas Jejum de longa duração e Exercício Físico prolongado glicemia glucagon Glucagon + receptores AMPc Fosforilação da enzima Glicogênio Fosforilase (GF) = Ativação Degradação do Glicogênio Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Epinefrina * Sintetizada na medula das supra-renais a partir do aa Tirosina 1°) Epinefrina + Receptores Adrenérgicos (célls musculares) AMPc Fosforilação Glicogênio Fosforilase (GF) = Ativação Degradação de Glicogênio Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 2) Epinefrina atua de forma Indireta, por meio de sua AÇÃO NO PÂNCREAS: Epinefrina + Receptores -Adrenérgicos Insulina Epinefrina + Receptores -Adrenérgicos Glucagon Degradação de Glicogênio Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição III) Glicólise Mobilização da Glicose até formar o Piruvato Pode ser iniciada logo após a sua captação e conversão à Glicose 6P ou a partir das suas reservas (Glicogênio) após sofrer Glicogenólise Objetivo Geração de Energia (ATP) * Esse processo nas células envolve: Glicólise (Citossol), Ciclo de Krebs e Cadeia respiratória (Mitocôndria) A) Degradação Citossólica É anaeróbica Produto final:Piruvato(Sem O2)Ác. Láctico(=Lactato + H+) - Lactato Gliconeogênese (fígado - C. de Cori) Glicose Oxidação ATP - Saldo Energético final = 2 ATP Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Obs.: A degradação citossólica da glicose é importante em tecidos com ausência de mitocôndria Eritrócitos, Músculo esquelético em atividade física anaeróbica Dependentes dessa via de produção de ATP B) Oxidação do Piruvato Na presença de O2 Local: Matriz Mitocondrial * Transporte de Piruvato às custas de transportador específico expresso na membrana mitocondrial! - - Piruvato (Com O2 ) Acetil CoA Ciclo de Krebs (Ciclo Cítrico) Síntese de agentes redutores NADH e FADH2 Cadeia Respiratória Síntese de ATP Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição IV) Gliconeogênese Inclui todos os mecanismos e as vias responsáveis pela conversão de compostos “não-carboidratos” em glicose Objetivo: Reverter situações de hipoglicemia Substratos: Aminoácidos Glicogênicos; Lactato e Glicerol a) Aas Glicogênicos Músculo esquelético: Glutamina e Alanina Sangue Glicose Piruvato Fígado e Rim Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição b) Lactato - - - Local: Fígado Ciclo de Cori Fonte: Hemácias, Medula óssea e Músculo esquelético Lactato Piruvato Glicose c) Glicerol - - - Obtido a partir da hidrólise de TG Local:Fígado e Rim Etapas: Glicerol Gliceraldeído 3P Frutose 1,6 difosfato Frutose 6P Glicose 6P Glicose Livre Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Regulação da Gliconeogênese: Concentração Plasmática de Glucagon Disponibilidade de substratos neoglicogênicos, principalmente aas gliconeogênicos OBS1.: O organismo é capaz de sintetizar cerca de 130g glicose / dia por gliconeogênese. Sabe-se que o consumo diário de glicose pelo organismo é de aproximadamente 150g (cérebro = 120g; eritrócitos= 30g) Logo, na Inanição, a gliconeogênese não seria capaz de suprir suas necessidades, isoladamente! Em situações de jejum prolongado (2 a 3 dias) ou dieta HC, ocorre adaptação cerebral e este passa a utilizar corpos cetônicos como fonte Energética. Gliconeogênese Poupar massa proteica somática!! Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição OBS2.:- National Academy of Science (DRI) considera: * Ingestão mínima de HC (Chemin, 2007) Indivíduos saudáveis acima de 1 ano 130g/ dia Gestante 175g / dia Lactantes 210g / dia * Quantidade total de HC/ dia: (Vitolo, 2008) Homens 220 a 330g / dia Mulheres 180 a 230g / dia Chemim, 2007; Vitolo, 2008 45 a 65% VET Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Carboidratos e Biossíntese de Ác graxos * Estudos: Humanos alimentados com calorias e carboidratos em excesso Células extra-hepáticas Oxidação de HC consumidos e Oxidação Lipídica Lipogênese Ganho de Peso Corporal Obesidade Chemim, 2007; Vitolo, 2008 Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição REGULAÇÃO POR CARBOIDRATO DOS LIPÍDEOS SANGUÍNEOS Hipertrigliceridemia induzida por carboidratos pode resultado consumo de uma dieta hiperglicídica. Cérebro: utiliza mais de aproximadamente 200g de glicose requerida por dia. Quando a concentração de glicose no sangue cai para menos de 40 mg/dL: os hormônios contrarregulatórios liberam macronutrientes dos locais de armazenamento. Quando a concentração de glicose no sangue sobe para mais de 180 mg/dl: a glicose é liberada na urina. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 44 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado de jejum Após um jejum noturno Baixos níveis basais de insulina resultam em uma diminuição da captação de glicose pelos tecidos periféricos sensíveis à insulina. Estado de jejum: a maior parte da captação de glicose ocorre em tecidos insensíveis à insulina. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 45 Devido à sua incapacidade de usar ácidos graxos livres de cadeia longa, é criticamente dependente de um suprimento constante de glicose para o metabolismo oxidativo. EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado de jejum Cérebro Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 46 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado de jejum Manutenção de níveis sanguíneos estáveis de glicose: Liberação de glicose pelo fígado (e, em menor grau pelo rim); Taxas de produção de sete a 10 g/h corresponde àquela dos tecidos consumidores. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 47 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado de jejum Processos hepáticos envolvidos: glicogenólise e gliconeogênese. Dependentes do equilíbrio entre insulina e glucagon na circulação porta. Níveis portais reduzidos de insulina: diminuem a síntese de glicogênio, permitindo que o efeito estimulador do glucagon sobre a glicogenólise prevaleça. Predominância do glucagon: estimula a gliconeogênese. Níveis baixo de insulina: mobilização periférica de precursores gliconeogênicos (aminoácidos, lactato, piruvato, glicerol). Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 48 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado Ingestão de uma grande carga de glicose Mecanismos homeostáticos visando minimizar as variações de glicose (dependem de insulina): - Supressão da produção endógena de glicose; - Estímulo ao armazenamento hepático de glicose; -Aceleração da captação de glicose pelos tecidos periféricos (músculo). Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 49 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado Fígado: níveis de insulina estimulados pelas refeições suprimem rapidamente a produção de glicose. Pelo menos 30% de glicose ingerida: depositados diretamente no fígado através da síntese e armazenamento de glicogênio. Síntese hepática de triglicerídeos aumenta. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 50 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado Perifericamente: Transporte de glicose através da membrana celular estimulado pela insulina, tanto do tecido adiposo quanto do músculo, é atribuído ao recrutamento de proteínas de transporte de glicose (Exemplo: GLUT 4), do compartimento citosólico para a membrana plasmática. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 51 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado No músculo: a glicose pode ser metabolizada ou convertida em glicogênio para armazenamento. Tecido adiposo: glicose primeiramente utilizada na formação de α – glicerofosfato (necessário para a esterificação dos ácidos graxos livres para formar triglicerídeos no tecido adiposo). Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 52 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado: No caso da quantidade de carboidratos consumida e a resposta insulínica obtida forem pequenas: Homeostasia de glicose será mantida, pela reduzida produção hepática de glicose e não por um aumento da captação de glicose. Produção de glicose: Mais sensível do que sua captação aos efeitos de pequenas alterações na secreção de insulina. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 53 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado: Consumo de refeições mistas Aumento da insulina facilita o armazenamento de proteínas e gorduras. No músculo: a insulina atua promovendo o balanço nitrogenado positivo através da facilitação da captação de aminoácidos , inibindo a degradação proteica , estimulando a síntese de novas proteínas. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 54 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado: Tecido adiposo: A ação da insulina acelera a incorporação dos triglicerídeos através da estimulação da lipase lipoproteica. Inibe a lipase hormônio sensível (catalisa a hidrólise dos triglicerídeos armazenados). Efeito da insulina: inibição da lipólise e promoção da síntese e armazenamento de triglicerídeos. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 55 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA Estado alimentado: Papel das incretinas Quantidade de carboidratos administrados por via oral: Gera resposta insulínica pancreática mais robusta do que quando são administradas por via endovenosa. Efeito incretínico: resultado da secreção de peptídeos insulinotrópicos pelo intestino (em resposta às refeições que aumentam o débito de insulina). Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Integração Metabólica nos Períodos Pós-prandial e de Jejum Após uma refeição: a maior parte dos carboidratos, aminoácidos e uma pequena parte dos triglicerídeos advindos da dieta são diretamente levados ao fígado pela veia porta. Maior parte dos triglicerídeos advindos da dieta: migram pelo sistema linfático, caem na circulação sistêmica podendo ser metabolizados pelo fígado ou captados pelo tecido adiposo. De um modo geral, a concentração dos nutrientes no sangue é extremamente controlada pelo fígado, que os capta e distribui. O fígado será o órgão central da manutenção da homeostasia de carboidratos , lipídeos e proteínas. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição Período de jejum: a degradação de glicogênio, a proteólise muscular e lipólise são responsáveis por manter o aporte energético no organismo. É preciso considerar que em cada célula ou tecido exercendo papéis fisiológicos específicos as vias metabólicas tenham características próprias. Escola de Ciências da SaúdeCurso: Nutrição
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