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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE PROFESSORAS: AMANDA E VANESSA CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO - 4º ANO DISCIPLINA: ATELIER DE PROJETO 4 JOINVILLE, 02 DE MAIO DE 2017 ALUNOS: CARLA F. ROSA, DAYANE C. MANNRICH, LUCAS G. DE FREYN E TAINAN S, RAHIER DIAGNÓSTICO FÍSICO-ESPACIAL SUMÁRIO 01/24 1 - LOCALIZAÇÃO ESTADUAL, REGIONAL, MUNICIPAL E ESPECÍFICA 1.1 - LOCALIZAÇÃO 1.2 - AMUNESC 2 - ÁREA DE ESTUDO 2.1 - AMPLIAÇÃO DA ÁREA A SER ANALISADA (EM ESCALA GRÁFICA) E SUA METRAGEM 3 - OBJETIVOS, JUSTIFICATIVAS, REFERENCIAIS E METODOLOGIA 3.1 - OBJETIVOS GERAIS DA ANÁLISE 3.2 - GARANTIAS A COMUNIDADE E A CIDADE 3.3 - JUSTIFICATIVA ESPACIAL, TEMÁTICA E TEMPORAL 3.4 - REFERENCIAL TEÓRICO 3.5 - METOGOLOGIA 4 - HISTÓRICO 4.1 - HISTÓRIA DE JOINVILLE 4.2 - HISTÓRIA DO BAIRRO BUCAREIN 4.3 - RECORTES DE JORNAIS - ARQUIVO HISTÓRICO - BAIRRO BUCAREIN 4.4 - FOTOGRAFIAS - ARQUIVO HISTÓRICO - BAIRRO BUCAREIN - DÉCADA DE 70/80 4.4.1 - CALÇAMENTO NA RUA SÃO PAULO 4.4.2 - PANORÂMICA DA EMPRESA CIPLA E SEUS ARREDORES 4.4.3 - EMPRESA CIPLA E FERROVIA 5 - SITUAÇÃO EXISTENTE DO SISTEMA NATURAL 5.1 - PEDOLOGIA 5.2 - RELEVO 5.3 - CLIMA 5.4 - VENTOS 5.5 - HIDROGRAFIA 5.5.1 - BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CACHOEIRA 5.5.2 - ALAGAMENTOS 5.6 - FAUNA E FLORA 5.7 - MANGUEZAL 6 - SITUAÇÃO EXISTENTE DO SISTEMA SOCIAL 6.1 - ASPECTOS HUMANOS 6.2 - ASPECTOS ECONÔMICOS 6.3 - ASPECTOS TERRITORIAIS 7 - ALTURA DAS EDIFICAÇÕES 8 - DENSIDADE 9 - TRANSPORTE PÚBLICO, CICLOVIA, LINHA FÉRREA E PONTOS DE ÔNIBUS 10 - CHEIOS E VAZIOS 11 - ESTRUTURA FUNDIÁRIA 12 - USO DO SOLO 13 - LOCALIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS PATRIMONIAIS 14 - ANÁLISE VISUAL DO MEIO AMBIENTE 15 - ASPECTOS INSTITUCIONAIS 16 - DIAGNÓSTICO CDP 17 - PROPOSTA DAS DIRETRIZES URBANÍSTICAS - PERSPECTIVAS 3D pg. 02 pg. 02 pg. 03 pg. 03 pg. 04 pg. 04 pg. 04 pg. 04 pg. 04 pg. 04 pg. 05 pg. 05 pg. 05 pg. 06 pg. 08 pg. 08 pg. 08 pg. 08 pg. 09 pg. 09 pg. 09 pg. 09 pg. 09 pg. 10 pg. 10 pg. 10 pg. 11 pg. 11 pg. 12 pg. 12 pg. 12 pg. 13 pg. 14 pg. 15 pg. 16 pg. 17 pg. 18 pg. 19 pg. 20 pg. 21 pg. 22 pg. 23 pg. 24 pg. 02 1 - LOCALIZAÇÃO ESTADUAL, REGIONAL, MUNICIPAL E ESPECÍFICA 02/24 A Amunesc surgiu como sucessora da Fundação para o Desenvolvimento de Santa Catarina (Fidesc), em 1973. Entidade sem vinculação político- partidária, foi reconhecida como de utilidade pública estadual pela Lei nº 4.313, de 19 de maio de 1969. Presta serviços nas áreas de planejamento urbano e regional, assessoria jurídica, assessoria financeira, elabora projetos de engenharia e arquitetura, além de atuar em áreas específicas, como educação e saúde. Joinville Área estudada Bairro Bucarein Centro de Joinville Rio Negrinho São Bento do Sul Campo Alegre Garuva Itapoá São Fancisco do Sul Balneário Barra do SulAraquari Joinville Nossa área de estudo localiza-se na região sul do Brasil, no nordeste do estado de Santa Catarina, na cidade de Joinville. Joinville é a maior cidade catarinense, responsável por cerca de 20% das exportações do estado. É também pólo industrial da região Sul, com volume de receitas geradas aos cofres públicos inferior apenas às capitais Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). E está em 21º lugar no ranking do PIB nacional. A cidade concentra grande parte da atividade econômica na indústria com destaque para os setores metalmecânico, têxtil, plástico, metalúrgico, químico e farmacêutico. ÁREA DO MUNICÍPIO: 1.124,46 km2 1.1 LOCALIZAÇÃO 1.2 - AMUNESC 2 - ÁREA DE ESTUDO 03/24 2.1 - AMPLIAÇÃO DA ÁREA A SER ANALISADA (EM ESCALA GRÁFICA) E SUA METRAGEM ÁREA TOTAL: 382.301m² 0 25 50 75 150 225 3 - OBJETIVOS, JUSTIFICATIVAS, REFERENCIAIS E METODOLOGIA 04/24 3.1 - OBJETIVOS GERAIS DA ANÁLISE O grande objetivo de nossa análise é promover um diagnóstico aprofundado e específico sobre o que a área analisada tem de bom para oferecer e no que pode ser melhorada, para assim, realizarmos uma ótima proposta de intervenção que agregue mais valor a região, e que atenda sua população da melhor maneira possível, visando sempre o melhor para a cidade e seus habitantes. 3.2 - GARANTIAS À COMUNIDADE E À CIDADE Com este trabalho, queremos trazer à comunidade e à cidade uma melhor perspectiva de vida. Um modo mehor de se explorar as condicionantes que a região oferece, visando sempre o bem estar da cidade, de sua população e de seus visitantes. 3.3 - JUSTIFICATIVAS (ESPACIAL, TEMÁTICA, TEMPORAL) Com este trabalho, queremos trazer à comunidade e à cidade uma melhor perspectiva de vida. Um modo mehor de se explorar as condicionantes que a região oferece, visando sempre o bem estar da cidade, de sua população e de seus visitantes. 3.5 - METODOLOGIA Para bem fundamentar nosso trabalho de análise e pesquisa, usamos diversos métodos. Pesquisas em base de dados (Simgeo, IPPUJ, LOT), uso de mapas, uso de softwares, visitas ao local estudado, pesquisas no Arquivo Histórico, troca de informações entre os membros da equipe e assessoramentos em sala. 3.4 - REFERENCIAL TEÓRICO Nosso referencial teórico foi extenso, afim de uma melhor filtragem de informações. Listaremos alguns: - A história de Joinville - Carlos Ficker - IPPUJ 2016 - Simgeo - LOT - Google Maps - Base de dados do Arquivo Histórico Entre outros. 4 - HISTÓRICO 05/24 Habitualmente remonta-se o surgimento da Colônia Dona Francisca, atual cidade de Joinville, ao contrato assinado em 1849 entre a Sociedade Colonizadora de Hamburgo e o príncipe e a princesa de Joinville (ele, filho do rei da França, e ela, irmã do imperador D. Pedro II), mediante o qual estes cediam 8 léguas quadradas à dita Sociedade para que fossem colonizadas. Assim, oficialmente, a história de Joinville começa com a chegada da primeira leva de imigrantes europeus e a "fundação" da cidade em 9 de março de 1851. Sabe-se, no entanto, que, há cerca de cinco mil anos, comunidades de caçadores já ocupavam a região, deixando vestígios (sambaquis, artefatos, oficinas líticas e fornos). Índios ainda habitavam as cercanias quando aqui chegaram os primeiros imigrantes. Por fim, no século XVIII, estabeleceram-se na região famílias de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da capitania de São Vicente (hoje Estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Essas famílias adquiriram grandes lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista e Itaum, e aí passaram a cultivar mandioca, cana-de-açúcar, arroz, milho, entre outros. A diversidade étnica foi uma característica do processo colonizador em Joinville. À população luso-brasileira e negra juntaram-se, sobretudo, os germânicos (alemães e suíços que eram maioria no início - noruegueses, austríacos, suecos, dinamarqueses, belgas e holandeses), franceses e italianos. Em 1866, Joinville foi elevada à categoria de vila, desmembrando-se politicamente de São Francisco do Sul. Em 1877, foi elevada à categoria de cidade. O perfil da população modificou-se radicalmente com a chegada de imigrantes vindos de várias partes do país, em busca de melhores condições de vida. Aos descendentes dos imigrantes que colonizaram a região, somam-se hoje pessoas das mais diferentes origens étnicas, formando uma população de cerca de 546.981 mil habitantes. Joinville vive o dilema de uma cidade que pretende preservar sua história e inserir-se na "modernidade". 4.1 - HISTÓRIADE JOINVILLE 4.2 - HISTÓRIA DO BAIRRO BUCAREIN De importância fundamental para o desenvolvimento do muni- cípio, o porto do Rio Bucarein representou, até a inauguração da via férrea, o único meio de embarque e desembarque de merca- dorias. A região do porto, que se localizava na confluência do Rio Bucarein com o Rio Cachoeira, foi o local onde, em 22 de maio de 1850, chegaram os membros da expedição pioneira que tinha como missão estruturar a nova Colônia para a chegada dos imigrantes europeus. O bairro deve seu nome a este rio e , prin- cipalmente, ao seu porto. O significado de Bucarein é, possivel- mente, nascente de água torta, pela hipótese de que seja derivado de “bú”, corruptela de “ibú” (nascente de água) e “caré” (torta), pois aí as águas do rio fazem uma curva brusca. Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. 4 - HISTÓRICO 06/24 4.3 - RECORTES DE JORNAIS - ARQUIVO HISTÓRICO - BAIRRO BUCAREIN AN CIDADE – 1996 “Um bairro a ver navios” Impulsionado pelo porto já fechado e por industrias hoje em dificuldades, o Bucarein passou a ter vocação residencial “(...) Rico, o bairro concentrava as grandes empresas de madeira de Joinville, revendedores de cedro, Jacarandá, Canela amarela, Peroba, Gaúva e Pindaíba em grande parte trazidas de carroça de cidades da região do contestado, como Canoinhas. O historiador Carlos Ficker, em seu livro “A história de Joinville”, resume a importância do porto para a população da cidade na época: “O porto do Bucarein, ponto estratégico na confluência do rio Bucarein com o Cachoreira, servia de embarque para moradores e mercadorias enviadas e trazidas de fora.” O bairro vivia em função do seu porto. Aos domingos, famílias inteiras vestiam sua melhor roupa e saíam pelas ruas em direção ao trapiche. Lá, admiravam de perto os navios. Com um pouco de sorte e amizade com o comandante, percorriam a Baía da Babitonga em um inebriante passeio pelas águas limpas do lugar. (...) (...) Divididos entre católicos e protestantes, os moradores do Bucarein contavam com a vantagem de viver perto do Centro da cidade e ter um porto a sua disposição. A catedral do bispado era próxima – muito visitada antes da construção da paróquia do Sagrado Coração de Jesus – e para os protestantes não havia dificuldades em chegar até a paróquia Cristo Bom Pastor, no Anita Garibaldi. O bairro servia-se de um bom comércio impulsionado pelos serviços marítimos. Famílias inteiras faziam piqueniques dominicais nas praias, indo de barco até a freguesia da Glória, Capri e Paulas. Eram tempos que os poucos sobreviventes de hoje recordam com saudosismo, certos de que foram seus melhores momentos na vida. Tempos afogados em lama barrenta do rio quase morto e em muros brancos descascados em serviço da depreciativa mania de abafar a história de uma época.” Com algumas pesquisas realizadas, encontramos alguns trechos de jornais que nos foram disponibilizados pelo Arquivo Histórico de Joinville, nos quais podemos acompanhar a evolução do bairro e vários relatos dos moradores da época. AN CIDADE - 1997 Bucarein quer recuperar importância histórica Moradores fundam associação para recuperar força de um dos bairros mais desenvolvidos durante o ciclo da madeira na região. “Tornar o Bucarein um um referencial de organização e infraestrutura. Esta é a proposta definida por um grupo de habitantes do bairro ao fundar a Associação dos Moradores do Bairro Bucarein num entro realizado no último dia 04/12/1997.(...) (...) Um dos bairros mais antigos de Joinville, o Bucarein originou-se a partir do porto que existia no final da rua Inacio Bastos. Na época o local, cortado por uma ferrovia, movimentava mercadorias para o Moinho Santista e transporte de madeira da região. O bairro hoje tem uma área de 2,5 quilômetros quadrados e sua população, de acordo com a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está em torno dos 6 mil habitantes.” AN CIDADE - 1997 BAIRRO CONTA COM GRANDE INFRAESTRUTURA “Um dos bairros com melhor infraestrutura em Joinville para receber investimentos comerciais de Joinville. Essa é a melhor denominação da infraestrutura que o Bucarein oferece. Grandes avenidas que ajudam a desafogar o trânsito, muitas linhas de ônibus que facilitam a locomoção dos trabalhadores, boas escolas publicas e um local de fácil acesso para todas as regiões da cidade. A saúde também está contemplada. O bairro conta com o Pam Bucarein, o laboratório municipal de análises clínicas e uma sala exclusiva para fazer o acompanhamento pré- natal. A inauguração desse novo posto de atendimento médico é uma das principais obras da atual administração. A grande maioria das ruas do bairro são pavimentadas e as que ainda não contam com essa vantagem estão recebendo asfalto ou lajota. É o caso das ruas Jorge Hoffmann, Piauí e Urussanga. As ruas São Paulo e Inacio Bastos receberam um recapeamento para garantir a qualidade do transporte. Ao todo foram 2,5 quilômetros de pavimentação. Outra grande obra realizada neste governo e que atendeu a uma velha reivindicação dos moradores, é a construção da ponte Mario Moura, que fez a ligação do eixo leste- oeste, entre os bairros Bucarein e Guanabara. Por anos esses bairros estavam isolados. A ponte encurtou o caminho para o Boa vista, Fátima e o acesso a BR-101, para os moradores da região. Para construir a ponte com duas postas, iluminação específica e ciclovia foram investidos cerca de R$ 736 mil.” 4 - HISTÓRICO 07/24 4.3 - RECORTES DE JORNAIS - ARQUIVO HISTÓRICO - BAIRRO BUCAREIN Com algumas pesquisas realizadas, encontramos alguns trechos de jornais que nos foram disponibilizados pelo Arquivo Histórico de Joinville, nos quais podemos acompanhar a evolução do bairro e vários relatos dos moradores da época. 4 - HISTÓRICO 08/24 4.4 - FOTOGRAFIAS - ARQUIVO HISTÓRICO - BAIRRO BUCAREIN - DÉCADAS DE 70/80 4.4.1 - CALÇAMENTO NA RUA SÃO PAULO 4.4.2 - PANORÂMICA DA EMPRESA CIPLA E SEUS ARREDORES 4.4.3 - EMPRESA CIPLA E FERROVIA O relevo do município se desenvolve sobre terrenos cristalinos da Serra do Mar e numa área de sedimentação costeira. Na região de transição entre o Planalto Ocidental e as Planícies Costeiras encontram-se as escarpas da serra, com vertentes inclinadas (mais de 50º) e vales profundos e encaixados. A parte oeste do território do município estende-se até os contrafortes da Serra do Mar, cujas escarpas se estendem até o Estado do Rio de Janeiro, marginados em sentido leste por planícies deposicionais. Destaca-se a Serra Queimada, atingindo o ponto de 1.317 metros de altitude; na parte leste ocorre uma região de planícies, resultado de processos sedimentares aluvionais nas partes mais interioranas e marinhas na linha da costa, onde ocorrem os mangues. Justamente nesta unidade se desenvolve a ocupação humana (área agricultável e urbana), com altitude que varia de 0 a 100 metros. Inseridos na região da planície ocorrem morros isolados, constituídos de formas de relevo arredondadas, conhecidas como “Mar de Morros” sendo o morro da Boa Vista o mais alto da área urbana, com 220 metros. A associação dos fatores - clima e vegetação - define a predominância dos processos químicos de intemperismo, que resulta em solos de matriz silto- argilosa bastante instáveis e sujeitos à erosão. Em nossa área de estudo, temos um relevo predominantemente plano. O clima da região é do tipo úmido a superúmido, mesotérmico, com curtos períodos de estiagem, apresentando três subclasses de micro clima diferentes, devido às características do relevo. De acordo com a classificação de Köppen, o clima predominantena região é do tipo “mesotérmico, úmido, sem estação seca”. A umidade relativa média anual do ar é de 76,04%. No que se refere aos ventos, existe uma maior frequência de ventos das direções leste (26,5%) e nordeste (16,4%), e em menor frequência das direções sudoeste (16,4%), sudeste (14,7%) e sul (13,4%). Os demais ocorrem em baixa frequência: norte (5,4%), oeste (4,4%) e noroeste (2,3%). A velocidade média dos ventos é de 6,3 km/h. 5 - SITUAÇÃO EXISTENTE DO SISTEMA NATURAL 09/24 A formação e o tipo do solo dependem de alguns fatores, como: material de origem, clima, relevo, presença de organismos vivos e tempo de atuação de todos esses fatores. A análise da cobertura geológica do município de Joinville é de extrema importância para identificação da origem do solo. Com base em nossa análise a área estudada possui dois tipos de solo, sendo eles cambissolo flúvico e solos ind. de mangue. O Solo Indiscriminado de Manguezal também ocorre nas áreas de relevo plano, localizado nas Bacias Hidrográficas do Rio Cachoeira, Palmital, Cubatão e Independentes da Vertente Leste e da Vertente Sul, nas margens dos estuários e ao redor da Baía da Babitonga. Embora o solo indiscriminado de manguezal não tenha suporte para receber edificações podemos analisar que grande parte dele está ocupado irregularmente. O cambissolo, diferente do solo de mangue, não apresenta problemas para suportar edificações por se tratar de um solo constituído por material mineral Solo ind. de mangue Cambissolo Flúvico M A P A I L U S T R A T IV O - S E M E S C A L A N S LO NL SL NO SO 5.2 - RELEVO 5.1 - PEDOLOGIA 5.3 - CLIMA 5.4 - VENTOS 5 - SITUAÇÃO EXISTENTE DO SISTEMA NATURAL 10/24 A região de Joinville apresenta um grande potencial em recursos hídricos, proporcionado pela combinação das chuvas intensas com a densa cobertura florestal remanescente. A hidrografia local é fortemente influenciada por aspectos estruturais e geomorfológicos. A rede de drenagem natural da região apresenta formato dendrítico, com leitos encachoeirados e encaixados em vales profundos, com vertentes curtas nos cursos superior e médio. Nas planícies de inundação apresenta baixa declividade e grande sinuosidade natural. O ordenamento hidrográfico do município é constituído por sete unidades de planejamento e gestão dos recursos hídricos: Bacia Hidrográfica do Canal Palmital, Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, Bacia Hidrográfica do Rio Piraí, Bacia Hidrográfica do Rio Itapocuzinho, Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, Bacias Hidrográficas Independentes da Vertente Leste e Bacias Hidrográficas Independentes da Vertente Sul. A bacia hidrográfica do Rio Cachoeira está totalmente inserida na área urbana de Joinville. Drena uma área de 83,12 km², que representa 7,3% da área do município. Ao longo de seu curso, de 14,9 km de extensão, tem como afluentes principais: Rio Alto Cachoeira, canal do Rio Cachoeira, Rio Morro Alto (ribeirão Ghifforn), riacho da rua Fernando Machado, nascentes de rio no Morro da Antarctica, Rio Princesinha ou riacho do Bela Vista, Rio Bom Retiro, Rio Mirandinha, riacho Saguaçu ou riacho do Moinho, ribeirão Mathias, Rio Jaguarão, Rio Elling, Rio Buca¬rein, riacho Curtume, Rio Itaum-açú, Rio Itaum-mirim e riacho Bupeva ou Rio do Fátima. Suas nascentes estão localizadas no bairro Costa e Silva, nas proximidades da rua Rui Barbosa e Estrada dos Suíços, no entroncamento com a BR-101. A bacia hidrográfica do Rio Cachoeira ocupa uma região relativamente plana. As nascentes encontram-se numa altitude de 40 metros. No entanto, a maior parte de seu curso, o canal principal, situa-se entre 5 e 15 metros de altitude. A foz encontra-se numa região estuarina sob a influência das marés, onde se encontram remanescentes de manguezais. Mancha de inundação atual 5.5.1 BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CACHOEIRA 5.5.2 ALAGAMENTOS Durante os períodos de amplitude da maré, pode-se verificar a inversão do fluxo da água do Rio (remanso) até quase a metade de seu percurso (próximo à travessia da rua General Polidoro, segundo relato de moradores da região) causado pelo ingresso de água salgada através do canal. As baixas altitudes junto à foz, associadas ao efeito das marés astronômicas e meteorológicas, e das precipitações pluviométricas, causam frequentes problemas de inundações na região central, atingindo também alguns afluentes, principalmente os Rios Itaum-açú, Bucarein, Jaguarão e Mathias. O processo de ocupação da cidade se deu ao longo do Rio Cachoeira e seus afluentes, e hoje comporta 49 % da população do município. N S LO NL SL NO SO M A P A I L U S T R A T IV O - S E M E S C A L A 5.5 HIDROGRAFIA 5 - SITUAÇÃO EXISTENTE DO SISTEMA NATURAL 11/24 A região apresenta alguns patrimônios ambientais, cujos ecossistemas expressam uma forte característica tropical, consequência da ação combinada de diversos processos genéticos que atuam sobre elementos estruturais, tais como o embasamento geológióco, o clima, a cobertura vegetal e a hidrografia. Dentre os ecossistemas que ocorrem na região destacam-se, com mais de 60% de cobertura, a Floresta Ombrófila Densa (cerca de 680km²) e seus ecossistemas associados, destacando-se os manguezais, com 36 km². A importância desses biomas revela-se pela grande área de cobertura do território. Nos primórdios da colonização da região, a extração seletiva da madeira de qualidade foi intensa e as florestas foram derrubadas para dar lugar a áreas de cultivo e pastagens, principalmente na planície costeira e, posteriormente, no planalto. Por questões de relevo muito íngreme, a cobertura florestal das encostas da serra ainda está preservada. A biodiversidade da região é representada, por um lado, pelas diferentes tipologias da Floresta Ombrófila Densa, cuja diversidade chega a alcançar mais de 600 espécies, o que favorece a distribuição espacial vertical e horizontal das diversas populações de animais, cada uma delas podendo explorar a floresta de acordo com seus hábitos e adaptações. A fauna em Joinville é muito rica. Segundo estudos realizados, o Estado de Santa Catarina conta com 169 espécies de mamíferos e 337 espécies de aves. Com esses dados genéricos de Santa Catarina podemos verificar que, apesar da degradação geral, ainda existe uma fauna razoável que precisa ser conservada. Em Joinville, os fragmentos de florestas primárias remanescentes estão situados nas encostas íngremes da Serra do Mar, em vales profundos e estreitos, onde há dificuldade de acesso, o que proporcionou uma proteção natural das florestas. Esses rema¬nescentes disponibilizam abrigo e alimentação à fauna, suprindo as necessidades de espécies de grande porte como a Pantera onça (onça-pintada) e o Puma concolor (puma). Em nossa área de estudo, possuímos uma área verde na costa do Rio Bucarein, que exige uma preservação adequada para manter a fauna e flora existentes na área. 5.6 - FAUNA E FLORA 5.7 - MANGUEZAL O manguezal é um sistema ecológico costeiro tropical, de transição entre a terra e o mar, dominado por espécies vegetais típicas, às quais se associam outros componentes da flora e da fauna, microscópicos e macroscópicos, adaptados a um substrato pe- riodicamente inundado pelas marés, com grandes variações de salinidade. É um ecossistema que apresenta uma alta especialização adap- tativa, em razão de um solo periodicamente inundado pela ação das marés e, consequente, variabilidade de salinidade. Esse ecossistema é considerado"berçário da vida marinha", ca- racterizando-se por abrigar diversas espécies em estágio inicial de desenvolvimento. Estima-se que 70% das espécies relacionadas à pesca costeira comercial ou recreativa são dependentes do manguezal em alguma etapa de seu ciclo de vida. Apesar da ocorrência de manguezais até o município catarinense de Laguna, é na Baia da Babitonga que ocorre a maior concentração no litoral sul do Brasil, com uma área de 62 km². Em Joinville, os manguezais ocorrem nas margens da lagoa do Saguaçu e da Baia da Babitonga, com cerca de 36,54 km², mais de 50% da área total da baia. Com histórico de uso pelas comunidades tradicionais ribeirinhas, o manguezal desempenha relevante função econômica face aos recursos pesqueiros que propicia. Sua ocupação em Joinville teve início na década de 1970, associada a uma demanda por terrenos de baixo custo que propiciassem o assentamento de uma população trabalhadora migrante, atraída à cidade pela ampliação do parque industrial metalúrgico e metalmecânico, carente de mão-de-obra barata. Algumas áreas de manguezais próximas à zona urbana de Joinville foram suprimidas pelos processos de urbanização. Atualmente, as áreas remanescentes encontram-se protegidas por canais que as separam das áreas ocupadas e podem ser observadas nos bairros Adhemar Garcia, Bucarein, Comasa, Espinheiros, Fátima, Guanabara, Jardim Iririú, Paranaguamirim, Pirabeiraba, Rio Bonito, Ulysses Guimarães e Vila Cubatão. Densidade demográfica: 2.863 hab./ km2 População 2014: 5.841 habitantes Distância do Centro: 1,61 km Unidade Administrativa: Subprefeitura da Região Centro-Norte SAÚDE: Policlinca Bucarein; CAPS I - Centro de Atenção Psicossocial Infantil- Juvenil Cuca Legal; NAIPE - Núcleo de Assistência Integral ao Paciente Especial; CEO II - Centro de Especialidades Odontológicas Tipo II; OPD/PMCT - Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada/Programa de Controle de Tabagismo. -> Sede - UBS R. Inácio Bastos, 555 - UBS mais próxima, há cerca de 1 a 2km de distância da área de estudo. EDUCAÇÃO: CEI Espaço Encantado; CEJA - Centro de Educaçnao de Jovens e Adultos; Colegio Estadual Governador Celso Ramos; Colégio Nova Era Sul; Educaville- Educacão Profissional; Escola Adventista de Joinville; Faculdade de Tecnologia São Carlos- FATESC; Univille. -> CEI Turminha Feliz - Rua São Paulo; Inserido na área de estudo. -> Colégio Nova Era Sul - Av. Cel. Procópio Gomes; Inserido na área de estudo. -> Escola Básica Integrada Ruy Barbosa - Rua São Paulo, 555; Escola mais próxima, cerca de 1km de distância da área de estudo. CULTURA E LAZER Área de Lazer Bucarein; Parque da Cidade Setor Bucarein; Praça da Liberdade; Monumento ao Voluntariado Os principais setores produtivos da região são duas grandes empresas do ramo de plásticos e borachas, que juntas ocupam grande parte da área de estudo, são estas: -> CIPLA -> ILPEA DO BRASIL A área possui também: Posto de gasolina, Supermercados próximos, restaurantes e outros variados comércios e serviços de pequeno e médio porte. 6 - SITUAÇÃO EXISTENTE DO SISTEMA SOCIAL 12/24 6.1 - ASPECTOS HUMANOS - BAIRRO BUCAREIN 6.2 - ASPECTOS ECONÔMICOS - BAIRRO BUCAREIN CIPLA ILPEA DO BRASIL Em questão de Infraestrutura o local é bem atendido por se tratar de uma região mais central. Em relação a ruas asfaltadas, o percentual do bairro todo é de 90% de pavimentação, sendo que na área de estudo encontram-se apenas 03 ruas sem pavimentação, rua Rio Doce, r. Alfredo de Oliveira e r. Guaraciaba. Em relação a drenagem, possui escoamento das águas da chuva em maioria ao rio Bucarein, rio que corta a região. Energia elétrica e a rede de água tratada foram instalados no bairro a partir da década de 1940. Atualmente, o bairro Bucarein possui 85% de suas ruas com esgoto e 99% da população possui água e luz. Todas as ruas encontram-se equipadas com postes de iluminação, e o transporte público, através de ônibus, possui linhas disponíveis a cada 300m nas ruas Florianópolis e São Paulo, distantes também no máximo 300m para os moradores de todas as ruas adjacentes. 6 - SITUAÇÃO EXISTENTE DO SISTEMA SOCIAL 13/24 6.3 - ASPECTOS TERRITORIAIS - BAIRRO BUCAREIN 7 - ALTURA DAS EDIFICAÇÕES 14/24 N S LO NL SL NO SO 0 25 50 75 150 225 A área de estudo é predominantemente residencial e industrial, sendo tomada em maior parte por duas grandes industrias do ramo do plástico, Cipla e Ilpea. Estas possuem padrão de no máximo dois pavimentos e grandes dimensões horizontais, que ocupam juntas o equivalente a três quadras residenciais. Na região prevalece, ainda assim, as casas de um a dois pavimentos, como pode-se observar por meio do mapa. O número maior de pavimentos da área é de cinco pavimentos, composto por prédios residenciais, sendo o total de apenas 3 prédios de tal porte. De resto, configura-se por algumas edificações de três pavimentos, residências tipo casa e empresas. LEGENDA: 01 a 02 PAVIMENTOS; 03 a 05 PAVIMENTOS; ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO Crescimento populacional entre 1851 e 2010 192 1851 1940 30.040 515.288 2010 Rua Piauí R u a S ã o P a u l o R u a F l o r ia n ó p o l is 8 - DENSIDADE 15/24 N S LO NL SL NO SO ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO 0 25 50 75 150 225 O crescimento da cidade de Joinville, em termos espaciais,está diretamente vinculado à expansão da base econômicoindustrial, que trouxe consigo o crescimento populacional. Baseou-se na imigração oriunda principalmente do interior de Santa Catarina e do Sudoeste do Paraná. Os bairros da região estudada são: bucarein, guanabara e itaum, sendo o último bairro mais populoso, com 15.790 habitantes. A densidade do local está entre 40.01 - 50 hab/ha (mancha clara) e 40.01 - 60 hab/ha (mancha escura). Legenda: 40.01 - 50 hab/ha 50.01 - 60 hab/ha Fonte de dados: Censo 2010 - IBGE 9 - TRANSP. PÚBLICO, CICLOVIA, LINHA FÉRREA E PONTOS DE ÔNIBUS 16/24 N S LO NL SL NO SO 0 25 50 75 150 225 Rua Piauí R u a S ã o P a u l o R u a F l o r ia n ó p o l is O transporte público (ônibus) na região acontece nas vias principais: rua florianópolis, rua piauí e rua são paulo. Atualmente são 17 linhas de ônibus que fazem o transporte no local, incluindo as linhas universitárias. Ainda que seja um bom número de linhas para apenas 3 vias, em horários de fluxo intenso não atende a demanda de usuários do transporte. Até o momento as vias, principais ou residenciais, não dispõem de ciclovias, sendo compartilhado nas calçadas, com os pedestres, ou na própria via. As vias possuem calçadas, no entanto a qualidade do percurso para os pedestres não é apropriada para um bom caminhar. A estação de Joinville foi construída junto à cidade, por exigência da própria cidade. A inauguração da estação ocorreu em 1906, quando o trecho Joinville - São Francisco do Sul foi terminado, tendo sido posto em operação apenas em 1909. Depois de mais de noventa anos de serviços à cidade, até 1996, a estação foi fechada ficando o prédio abandonado. Em 1999, foi comprada pela prefeitura municipal e transformada em "ícone turístico". Atualmente a linha é utilizada apenas para transporte de cargas pela concessionária ALL, passando de/para o porto de São Francisco do Sul. FERROVIÁRIA DE JOINVILLE TRECHO DA RUA FLORIANÓPOLIS Legenda: Linhas de transporte público Pontos de ônibus Linha férrea ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO 10- CHEIOS E VAZIOS N S LO NL SL NO SO ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO 17/24 0 25 50 75 150 225 Rua Piauí R u a S ã o P a u l o R u a F l o r ia n ó p o l is R ua R io D o ce A área de estudo apresenta separação de área industrial/comercial e residencial. As indústrias e comércios localizam se nas vias principais sendo de fácil acesso. Ao longo do rio temos a presença de residências, e a grande mancha central acima do rio encontra se o Hipermercado Condor, ainda na mesma quadra temos indústria Ilpea do Brasil. Ao lado direito da rua florianópolis, temos uma grande área verde com a presença de poucas árvores ao longo do rio. Área do hiper condor e Ilpea do Brasil Área residencial ao longo do rioÁrea verde ao longo do rio 11 -ESTRUTURA FUNDIÁRIA 18/24 N S LO NL SL NO SO ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO 0 25 50 75 150 225 Rua Piauí R u a S ã o P a u l o R u a F l o r ia n ó p o l is R ua R io D o ce A estrutura fundiária das áreas residenciais da região é baseada em pequenas propriedades familiares. Os lotes são de aproximadamente 450m² dispostos em média 15 por quadra. Poucos são os lotes vagos atualmente, sendo grande parte ocupados com residências unifamiliares, comércios de pequeno porte e edifícios residenciais de até 5 andares. A área industrial possui lotes divididos na mesma quadra sendo os lotes com áreas maiores, em torno de 20.000m². Quadras/lotes residenciais Quadras/lotes industriais Legenda: Quadras/lotes industriais Quadras/lotes residenciais e comércio de pequeno porte 0 25 50 75 150 225 R. Piauí R . S ã o P a u lo R . F lo ria n ó p o lis 12 - USO DO SOLO 19/24 N S LO NL SL NO SO Uso Comercial Uso Residencial Uso de Serviço Uso Misto Uso Industrial Área de Eventos Área Esportiva Serviço Público A classificação da capacidade de uso dos solos é um sistema de agrupamento de terras baseado nas suas potencialidades e deficiências, visando sempre o melhor uso para cada parte e quadrante da malha urbana e rural. O sistema classifica as terras em uma sequência de uso, de acordo com a forma que está sendo usado no momento, sobre os tipos de uso que estão sendo feitos em cada lote. Sendo a classificação da capacidade de uso uma classificação interpretativa baseada na combinação dos efeitos do clima e características permanentes do solo sobre os riscos de degradas os solos, limitação ao uso e capacidade de produção e requerimentos de manejo do solo. A declividade, a textura, a profundidade do solo, os efeitos de erosões anteriores, a permeabilidade, a capacidade de reter umidade, o tipo de argila e outras características similares são consideradas qualidades permanentes do solo. Uma boa relação entre os tipos de solo e o uso que está sendo feito nele é essencial para a formação de um centro urbano harmonioso, sendo assim foi feita a análise de uso do solo da zona acima, considerando diversos usos como: Residencial, comercial, industrial, uso misto e entre outros. Constatou-se então que é uma zona majoritariamente residencial, com algumas áreas de uso misto e duas grandes área de uso industrial e comercial, que chegam a ocupar duas quadras inteiras. Através do mapa também foi possível identificar uma grande área vazia logo atrás dos lotes ocupados pela companhia águas de Joinville, área essa que apresenta um potencial construtivo e utilizável muito forte em meio a essa malha urbana. Respeitando a faixa de rio, as legendas deixam claro quais são os modelos de ocupação apresentados no espaço proposto. ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO 0 25 50 75 150 225 13 - LOCALIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS PATRIMONIAIS UNIDADE DE INTERESSE PATRIMONIAL 20/24 N S LO NL SL NO SOPreservar o Patrimônio Cultural é manter o testemunho das manifestações culturais de um povo, de uma região ou mesmo de toda a humanidade, possibilitando à sociedade conhecer e reconhecer sua identidade, valorizando-a e estabelecendo referências para a construção de seu futuro. De acordo com a Declaração de Caracas de 1992, “o Patrimônio Cultural de uma nação, de uma região ou de uma comunidade é composto de todas as expressões materiais e espirituais que lhe constituem, incluindo o meio ambiente natural”. Até o momento, Joinville possui três imóveis tombados por iniciativa da União, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), quatro imóveis tombados por iniciativa da União e do Estado de Santa Catarina, 38 imóveis tombados por iniciativa do Estado de Santa Catarina e 60 imóveis tombados por iniciativa do Município de Joinville, entre outros ainda em processo de tombamento. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ANÁLISE PATRIMONIAL DA REGIÃO Analisando a nossa área de estudo, concluímos que a região não possui nenhum imóvel tombado, apenas uma unidade de interesse patrimonial. Essa unidade localiza-se na rua Cel. Francisco Gomes, é uma unidade residencial, encontra-se sem uso no momento, e em nível de degradação. 14 - ANÁLISE VISUAL DO MEIO AMBIENTE 21/24 N S LO NL SL NO SO ANÁLISE GERAL Com o propósito de trazer à cidade lineamentos gerais que contribuam com o melhoramento e com a sustentabilidade da qualidade do ambiente urbano, se conceitualiza a paisagem como um sistema visual mutante e o esvaziamento urbano como espaço relacional, e dentro dele, a superfície envolvente como a pele das edificações que configuram esses esvaziamentos, a partir da análise visual de impactos e diagnósticos de tendências. A metodologia de análise visual da paisagem propõe uma aproximação ao conhecimento do ambiente urbano desde a percepção e a visualização, sintetiza de forma esquemática uma realidade que no processo de análise visual encontra os elementos fundamentais de sua configuração e vislumbram os problemas que devem ser controlados, como também as possibilidades visuais que devem ser intensificadas. 0 25 50 75 150 225 A área de estudo abrange parte do Rio Bucarein de Joinville. No local já existe ocupações irregulares rentes ao rio, o que é um agravante, sendo prejudicial para o meio ambiente e para os moradores. Vemos a área verde separada da malha urbana, e em pouca quantidade. Ainda assim, uma área com imenso potencial de intervenção para melhoria da região. ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO SA-01 SA-10 SE-05 Lotes públicos 15 - ASPECTOS INSTITUCIONAIS 22/24 N S LO NL SL NO SO ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO 0 25 50 75 150 225 A lei que abrange a área de estudo e análise é a LEI COMPLEMENTAR Nº470, DE 09 DE JANEIRO DE 2017. Lei essa que redefine e institui, respectivamente, os instrumentos de controle Urbanístico-Estruturação e Ordenamento territorial do Município de Joinville, partes integrantes do plano diretor de desenvolvimento sustentável do Município. A área em análise apresenta 3 zonas diferentes, sendo elas: SA-01, SA-10 e SE-05. 16 - DIAGNÓSTICO CDP 23/24 ASPECTOS CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES • REGIONAIS • ÁREA DE INFLUÊNCIA; • RELAÇÃO COM OS MUNICÍPIOS VIZINHOS; • LOCALIZAÇÃO AO NORDESTE DO ESTADO; • TRÂNSITO MAL RESOLVIDO • ATIVIDADES INDUSTRIAIS, COMERCIAIS E DE SERVIÇOS EM DESTAQUE; • EMPRESAS DE PORTE QUE BENEFICIAM PRODUTOS LOCAIS E EMPREGAM MÃO DE OBRA DO MUNICÍPIO; • POLO REGIONAL; • FACILIDADE DE ACESSO ENTRE VÁRIOS MUNICÍPIOS; • AMBIENTAIS• GEOLOGIA; • RELEVO; • CLIMA; • HIDROGRAFIA; • ALAGAMENTOS; • FAUNA E FLORA; • OCUPAÇÃO INADEQUADA EM SOLO IN. DE MANGUE; • OCUPAÇÃO INADEQUADA EM ÁREA COM RISCO DE ALAGAMENTOS; • ÀREAS PRÓPRIAS PARA OCUPAÇÃO URBANA COM DECLIVIDADE ABAIXO DE 30% NO PERÍMETRO URBANO; • EXISTÊNCIA DE REMANESCENTES FLORESTAIS – PRESERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA; • DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS; • SÓCIO-ECONÔMICOS • DENSIDADE DEMOGRÁFICA; - RENDA; • PRESENÇA DE ALCOOLISMO NA POPULAÇÃO MAIS CARENTE; • PRESENÇA DE TOXICÔMANOS NA POPULAÇÃO; • TERRENOS OCIOSOS NA ÁREA INDUSTRIAL; • EMPRESAS DE PORTE; • SÓCIO-ESPACIAIS • USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO; • DEMANDA DO SOLO URBANO; • VAZIOS URBANOS GERADOS FORA DO HORÁRIO DE EXPEDIENTE DAS GRANDES INDÚSTRIAS QUE SE LOCALIZAM NA ÁREA; • VERTICALIZAÇÃO RESIDENCIAL NÃO EXPLORADA; • GRANDE POTENCIAL PARA INSERÇÃO COMERCIAL; • POSSÍVEL ELEVAÇÃO VERTICAL; • INFRA-ESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS • SANEAMENTO; • SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE COLETIVO; • ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA; • EQUIPAMENTOS SOCIAIS; • INEXISTÊNCIA OU MÁ QUALIDADE DA PAVIMENTAÇÃO EM PASSEIOS PÚBLICOS; • DESGASTE DA PAVIMENTAÇÃO EXISTENTE; - FALTA DE CICLOVIAS; • FALTA DE ADEQUAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA; • INSUFICIÊNCIA DE ESPAÇOS FÍSICOS COM INFRAESTRUTURA PARA ESPORTES, LAZER, RECREAÇÃO E EVENTOS PÚBLICOS; • FALTA DE PARQUES E PRAÇAS PARA LAZER DA POPULAÇÃO E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA; • ABASTECIMENTO DE ÁGUA, ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA ATENDEM TODA A ÁREA URBANA.; TABELA CDP - CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES 17 - PROPOSTA DAS DIRETRIZES URBANÍSTICAS - PERSPECTIVAS 3D 24/24 Toda a volumetria está de acordo com a situação atual do local. Áreas não ‘edificadas’ volumetricamente são áreas sem uso atual. Grande parte das edificações atuais não apresentam os recuos adequados a LOT. As setas azuis para cima indicam área/lote passível de expansão e adensamento (Zona SA-01 e SA-02). Setas vermelhas para baixo indicam área/lote que não pode ser expandido ou adensado de qualquer forma segundo a LOT. ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO PERSPECTIVA 1 PERSPECTIVA 2 PERSPECTIVA 3 PERSPECTIVA 4 Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25
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