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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Polo Teixeira de Freitas
Maria Fátima Mendes de Jesus 
A Formação da Identidade Nacional Brasileira
Resumo: 
O presente artigo tem como objetivo apresentar o processo de formação e construção da identidade nacional brasileira, trazendo seus conceitos e significados, mostrando um contexto histórico no qual Dom Pedro I decreta a independência ao Brasil, sendo assim, não existindo uma ruptura entre a metrópole e a colônia, o resultado deste é a influência de Portugal na nação brasileira. Desta maneira, o artigo também tratará sobre a cultura e seus dois princípios: exclusão e participação. Tentando sempre mostrar conceitos e exemplos destes princípios. 
Palavras-chave: Identidade nacional; construção; cultura; exclusão; participação; Brasil.
1. Introdução
A construção de uma identidade nacional brasileira está relacionada com vários fatores, sendo um deles a exclusão e outro a participação. Mas é necessário entender o significado desse tema, de acordo com o dicionário identidade é um conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la, já nacional tem como significado pertence a uma nação, por nela ter nascido ou por ter-se naturalizado (diz-se de pessoa) ou por nela ter sido produzida (diz-se de coisa). A exclusão tem como significado ato que priva ou exclui alguém de determinadas funções, enquanto o participativo que se caracteriza por ou propicia a participação, ou seja, veremos antônimo entre esses dois princípios. Assim, compreender o significado desse tema facilitará ainda mais para o entendimento de todo o contexto que será discorrido.
Discutir essa temática é muito importante entender o contexto histórico no qual aconteceu e passou a nação para que hoje tivesse uma identidade. Fazendo com captamos mais sobre a nossa nação e criamos um novo olhar sobre ela.
Todo o artigo será um texto corrido, como o objetivo de mostrar alguns pontos como: o contexto histórico, a cultura e seus princípios como exclusão e participação, a literatura como um instrumento para propagar a cultura brasileira à sociedade na qual faz parte. 
2. O processo da construção nacional brasileira 
O artigo de José Luiz Fiorin diz que a identidade Nacional é uma criação moderna, para ele o sentido de moderna, trata de um contexto atual sendo construída ainda no século XVIII e XIX, século esse que ainda não se falava sobre nação, desde Europa até quaisquer outras partes do mundo. 
A ideia de nação está muito ligada em a ideia de pertencimento ao um país, trazendo consigo um legado de lembranças seja ela simbólica e material, mas que no final estará associado a identidade. Como podemos perceber na citação de THIESSE:
“A nacionalidade é, portanto, uma identidade. O processo de formação identitária constituiu, então, na “determinação do patrimônio de cada nação e na difusão de seu culto. ’’ (THEISSE, 1999, P.12).
	Com essa citação é possível diagnosticar que a nacionalidade está relacionada a uma identidade, mas que esse processo acarreta consigo uma série de fatores como ter o sentimento de pertencimento ao patrimônio da nação (relação entre o seu passado, a ancestrais comuns); a divulgação do seu culto, ou seja, a propagação da sua cultura. 
	“Uma nação deve apresentar um conjunto de elementos simbólicos e materiais: uma história, que estabelece uma continuidade com os ancestrais mais antigos; uma série de heróis, modelos das virtudes nacionais, uma língua, monumento culturais, um folclore, lugares importantes e uma paisagem típica; representações oficiais como hino, bandeira, escudo; identificações pitorescas, como costumes, especialidades culinárias, animais e árvore-símbolo. ” (THIESSE, 1999, P.14)
Com essa citação diagnosticamos que a formação, traz consigo uma série de elementos para expressar a nacionalidade como sua história, desde da formação até se tornar nação e os personagens que participaram desta história, também o povo que a colonizou, deixando assim elementos culturais, monumentos, paisagens na qual influenciou a nação. A nação tem como referência criar um hino e uma bandeira que demostrar o conceito, superioridade e pertencimento desta nação. 
Segundo o artigo de José Luiz Fiorin o Brasil foi uma das primeiras nações que representou as primeiras experiências bem-sucedidas de criar uma nação fora da Europa, para o Brasil foi um passo muito importante, porque a nação passou a ver vista como uma comunidade de destino, um aspecto de grandeza e superioridade em relação a outras nações. 
Contudo, por mais que o Brasil tenha sido uma das nações pioneiras nesse processo, o país sofreu grande influência de Portugal, essa influência vem desde que a independência foi proclamada por um príncipe português, herdeiro do trono de Portugal, ou seja, o Brasil não teve um desligamento completo com a metrópole. Pedro I quando decreta a independência brasileira, ele retrata a ideia de renúncia a Portugal e assume a nacionalidade brasileira.
O dia do Fico foi um episódio muito marcante para a história do Brasil, é uma expressão ligada a uma frase célebre de Dom Pedro na representação da independência, esse episódio é colocado nos livros com uma representação produzida por Pedro Américo onde aparece Dom Pedro I em um cavalo, no ponto mais alto da Colina do Ipiranga, com a espada desembainhada, mirada para o céu e como o grito tão famoso: “Independência ou morte”, demostrando seu poderio e seu identidade nacional brasileira. 
Cada povo só o é por se conceber e viver justamente como destino. Quer dizer, simbolicamente, como se existisse desde sempre e tivesse consigo uma promessa de duração eterna. É essa convicção que confere a cada povo, a cada cultura, pois um e outro são indissociáveis, o que chamamos de “identidade (LOURENÇO, 1999: 89).
Essa citação de Eduardo Lourenço conseguimos perceber a necessidade que o povo tinha para se tornar nação e se sentir parte de uma nação e entender a importância de identidade. Portanto, a construção da identidade brasileira acarreta consigo uma herança portuguesa. Com Dom Pedro I à frente da Casa de Bragança, houve a garantia de certa continuidade na ruptura, surgindo assim, uma cultura brasileira com influências portuguesa. 
De acordo com artigo de Jose Luiz Fiori ele vai dizer que essa cultura pode ser tratada em dois princípios que é da exclusão e da participação. O da exclusão cujo o operador é a triagem faz parte de um processo de relação entre os valores que atinge seu termo levando ao confronto do exclusivo e do excluído, já o da participação cujo o operador é a mistura está relacionado ao cortejo entre o igual ou desigual.
A ideia de participativo e excluído com a citação de FORNILLE e ZILBERBERG é possível compreender essa diferença:
“Cada uma dessas culturas opera com um tipo de valor diferente: as da triagem criam valores de absoluto, que são os da intensidade; as da mistura, valores de universo, que são os extensidade. ” (FONTANILE E ZILBERBERG, 2001, p.53-54).
Constituir uma nacionalidade não é uma tarefa fácil, exige uma série de fatores para acontecer. Um desses fatores é a literatura, foi uma forte influência para destacar e demostrar a construção da identidade nacional. Obras como o guarani de Alencar, apresentar a paisagem típica brasileira, sua linguagem também faz referência ao homem brasileiro e existe outros aspectos sempre relacionando a identidade brasileira.
O artigo de José Luiz Fiorin traz que existe outro ponto de movimento a construção identitária que é a mestiçagem está relacionado com a ideia de mistura, sendo assim, uma cultura participativa, pois o Brasil é um país que teve a contribuição de índios, brancos e negros fazendo parte da formação brasileira. 
Toda essa mistura muitas vezes e retratada na literatura como diz o autor FIORIN: 
“A beleza e sensualidade da mulata,a mistura, poderia ser exemplificada com Rita Baiana (1957, p.87, [...] Dona flor e seus dois maridos de Jorge Amado (1967), a personagem central poderia ser vista como a síntese da cultura brasileira: a mistura do princípio do sonho e da realidade, do prazer e do dever, da irresponsabilidade folgazona e do trabalho duro [...].” (FIORIN, 20009, p.120).
Contudo, mesmo que houve uma mistura no processo de construção da identidade, houve também um processo de exclusão que foi os negros, eles não eram tratados da mesma maneira que os brancos e índios, foram escravizados. Um processo que aconteceu logo na época da colonização e permaneceu no processo da independência. Sempre tratando o negro de maneira preconceituosa. Essa exclusão dos negros é relatada por Aluísio Azevedo no livro O mulato.
Portanto, podemos concluir que a construção de uma identidade nacional deve pontos negativos e positivos que fizeram com que existisse a nação que hoje é o Brasil, por mais que não seja perfeita, mas foi necessária para se tornar nação. Parabenizamos também a literatura, pois foi um instrumento essencial para mostrar a sociedade aspectos importantes da nação que se chama Brasil.
		
3. Considerações finais
O artigo foi de grande importância, porque durante as pesquisas conseguir compreender o contexto histórico que a nação Brasileira passou antes, durante e depois da independência e construir uma identidade nacional. Foi possível também ver alguns elementos essencial para construir essa identidade como por exemplo: o hino, bandeira e história, acima de tudo entender seus significados que é algo grandioso, pois tentar sempre mostrar a superioridade que a nação possui.
A ideia central deste artigo também era mostrar a cultura brasileira e seus princípios: exclusão e participação. Como princípios tão oposto foram essenciais para a construção da cultura e identidade nacional brasileira. No decorrer do artigo apareceram personagens que foram de destaque para a construção dessa cultura como: brancos, índios e negros. Mas ao mesmo tempo personagens como negros foram escravizados e excluídos dessa sociedade na qual, ele ajudou a construir. 
Destacamos também a literatura, foi um meio utilizado por muitos escritores para chegar e mostrar a sociedade elementos do Brasil que muitas vezes não percebemos como a paisagem. As literaturas também eram utilizadas para criticar aspectos como o preconceito, era algo que a sociedade não podia questionar. 
Portanto, essa temática tem uma relevância para o processo de formação acadêmica e profissional, pois quebramos com alguns paradigmas que tínhamos em relação a construção da identidade nacional, quando pensávamos que era uma tarefa fácil, e muitas vezes não tínhamos dimensão dos elementos que fazia parte desta construção. Aprendo como as pesquisas para este artigo e adquiro conhecimento parar carregar por toda vida profissional.
4. Referências Bibliográficas
FIORIN, José Luiz. A construção da identidade nacional brasileira. Revista Baktiniana, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 115-126, 1o sem. 2009
LOURENÇO, Eduardo. Mitologia da saudade: seguido de Portugal como destino. São Paulo: Cia. Das Letras, 1999.
FORTANILLE, Jacques; ZILBERBERG, Claude. Tensão e significação. São Paulo: Discurso Editorial\ Humanitas, 2001.
THIESSE, Anne-Marie. La creation des identités nationales. Europe XVIII-XX siècle. Paris: Editions du Seuil, 1999.

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