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1- O ITCMD pertence à(ao/aos): A- DF B- ESTADO C- UNIÃO D- País E- Município F- Justificativa: O imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos – ITCMD é assim disciplinado pela Constituição: Artigo 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre: I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; § 1° O imposto previsto no inciso I: I – relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal; II – relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III – terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) Se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; b) Se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV – terá suas alíquotas máxima fixadas pelo Senado Federal; O tributo possui natureza eminentemente arrecadatória (fiscal) e não incide sobre as transmissões originárias, como por usucapião (artigo 1238 do Código Civil) ou por acessão (artigo 1248 do Código Civil). Reitera-se que a transmissão de bens e direitos não é tributável apenas pelo imposto em foco. Os municípios detêm competência para tanto, traduzida no Imposto sobre Transmissão Inter Vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição (artigo 156, II). A adequada compreensão da abrangência da regra-matriz de incidência do imposto estadual depende de conceitos de direito civil. As modalidades de transmissão desses bens desses bens e direitos, por sua vez, apresentam feição não onerosa: ou ocorrem em virtude do falecimento da pessoa física, ou em decorrência de doação, assim entendido o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra (artigo 538, CC). Os incisos I e II, do parágrafo primeiro do artigo 155 da CF, abrigam normas definidoras da competência tributária para exigir o imposto em tela, visando evitar conflitos entre os Estados-Membros e o Distrito Federal. Assim, compete: a) Ao Estado da situação do bem, ou o Distrito Federal, o imposto relativamente a bens imóveis e respectivos direitos; b) Ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal, o imposto relativamente a bens móveis, títulos e créditos. Segundo o artigo 155, parágrafo primeiro, III, da CF, o imposto terá competência para sua instituição regulada por lei complementar se o doador tiver domicílio ou residência no exterior ou se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve seu inventário processado no exterior. 2- Um dos fatos geradores do ITCMD é: A- mercadoria importada B- mercadoria exportada C- Industrialização D- Importação E- doação Justificativa: Quando a transmissão se dá no âmbito da sucessão causa mortis, deve-se observar o artigo 1784 do Código Civil que afirma que aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”. A abertura da sucessão ocorre no exato momento da morte e é este o momento que define a legislação aplicável no tocante ao lançamento do ITCMD. Súmula do STF 112 – O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão Súmula 114 do STF – O imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da homologação do cálculo. Quando a transmissão ocorre por meio de doação é necessário uma diferenciação no que concerne aos bens móveis e aos imóveis, em virtude de serem diversas as regras relativas ao aperfeiçoamento da transmissão em cada caso. No direito brasileiro, a transmissão da propriedade imobiliária dá-se mediante o registro do título translativo no Registro de imóveis, de forma que, antes do registro, o alienante continua na condição de dono do imóvel, Entretanto, a maioria das legislações estaduais tem obrigado ao recolhimento do imposto antes do registro no cartório, incumbindo aos tabeliães e serventuários a exigirem no momento do registro a comprovação do pagamento do referido imposto. No caso dos móveis, a propriedade não se considera transferida pelos negócios jurídicos antes da tradição. Tradição significa entregar, ceder, fazer passar a alguém, transmitir. Assim, entregue o bem, transferida estará a propriedade e – caso a transferência tenha ocorrido por doação – reputa-se aperfeiçoado o fato gerador do ITCMD. 3- Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir: A- IPTU B- ICMS C- ISS D- II E- IR Justifica: O ICMS vem genericamente previsto no art.155, II, da Constituição Federal, que estatui: “Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: operações relativas à circulação de mercadorias sobre prestações de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior”. É importante salientar que o ICMS é um imposto de competência estadual e distrital, no entanto, a União também está credenciada a criar o imposto, por força do que estabelecem os arts.147 e 154,II ambos da Constituição Federal. De fato, é esta pessoa política que poderá fazer nascer, “in abstracto” (no plano legislativo), o ICMS, seja nos Territórios (se voltarem a ser criados, já que, no momento, inexistem), seja em todo o território nacional, “na iminência ou no caso de guerra externa”. São duas hipóteses excepcionalíssimas. Considera-se mercadoria (Art.1º do RICMS): Qualquer bem móvel, novo ou usado, inclusive semovente; A energia elétrica; O bem importado, destinado a consumo ou ativo fixo; a) Fato Gerador do ICMS: A saída de mercadoria de estabelecimento do contribuinte; O desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas; O início da execução do serviço de transporte intermunicipal e interestadual; A entrada no estabelecimento de mercadorias ou serviços, oriundos de outras UF que não estejam vinculadas à operação subseqüente.(Para cálculo do diferencial de alíquota). b) Sujeito Ativo: Estados e Distrito Federal c) Sujeito Passivo: Qualquer pessoa, física ou jurídica que realize operações de circulação de mercadorias ou prestação de serviços. 4- Segundo a Constituição Federal, o ICMS atenderá ao seguinte: A- será não cumulativo e será necessariamente seletivo. B- serã não cumulativo e poderá ser seletivo C- será progressivo e universal D- será seletivo e progressivo E- poderá ser não cumulativo e necessariamente seletivo Justifica: poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e serviços. Trata-se de um princípio apenas orientador (não é obrigatório). A seletividade decorre da conceituação do que é mais essencial ou do que é menos essencial ou supérfluo, visando a diminuição da carga tributária sobre o que é mais essencial e onerando o que é dispensável. Exemplo: a alíquota do ICMS no Estado de São Paulo fixa o alíquota de 25% nas operações com bebidas alcoólicas, fumo, perfumes e outros; e estabelece 12% nas operações com arroz, feijão e outros. 5- O fato gerador do IPTU é: A- a posse, somente B- a transmissão da propriedade C- a posse e a propriedade D- o aluguel E- o empréstimo do imóvel Justificativa: A propriedade em seu sentido técnico-jurídico exige uma relação jurídica que se aperfeiçoa de conformidade com as regras previstas no CódigoCivil. Não basta, pois, a mera existência de determinada coisa. Em sentido estritamente jurídico a propriedade pressupõe uma relação jurídica pela qual uma pessoa, física ou jurídica, tem a faculdade de usar, gozar e dispor de bem corpóreo ou incorpóreo, nos limites da ordem jurídica, reivindicando-o de quem injustamente o detenha. Corresponde ao jus utendi, ao jus fruendi e ao jus abutendi do Direito Romano. 6- O IPTU possui característica predominantemente: A- Nacional B- Legal C- Abrangente D- Retroativa E- fiscal Justificativa: O IPTU, por sua vez, possui característica predominantemente fiscal; sendo importante fonte de arrecadação municipal, sem prejuízo de sua excepcional utilização extrafiscal; prevista no artigo 182, parágrafo quarto, II, da CF/88 7- A progressividade do IPTU é: A- impessoal B- moral C- pública D- sancionatória ou em razão do valor do imóvel E- depositária Justificativa: progressividade é o aumento das alíquotas de um determinado imposto em função de um parâmetro definido. Para o clássico De Plácido e Silva, a progressividade “caracteriza-se pelo aumento crescente da tarifa ou dos elementos, que servem de base à verificação do imposto, em razão do aumento da quota ou da riqueza, em que vai incidir.”[3] Rubens Gomes de Sousa assevera: “Progressivos são os impostos cuja alíquota é fixada na lei em porcentagem variável conforme o valor da matéria tributável. O imposto progressivo é, na realidade, um imposto proporcional, cuja proporção aumenta à medida que aumenta o valor da matéria tributada.” 8- A progressividade do IPTU em razão do valor venal do imóvel é: A- extrafiscal B- fiscal C- alternativa D- suprafiscal E- parafiscal Justificativa: art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel A progressividade fiscal em razão do valor do imóvel deverá atentar aos seguintes requisitos: a) Somente é possível após Emenda Constitucional n. 29 de 13/09/2000; b) Tem objetivo fiscal, ou seja, aumentar arrecadação; c) Deve-se observar o princípio do artigo 150, IV da C.F. ( não poderá ter efeito confiscatório) 9- Não incide o ITBI sobre: A- direitos reais B- compra e venda de imóvel C- direitos reais em garantia D- bens imóveis por acessão física E- cessão de direitos à aquisição de bens imóveis Justificativa: Eventos societários: Artigo 156, CF § 2° (...) I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; Transferência decorrente de reforma agrária: conforme artigo 184, § 5° da C.F. Assim, a competência tributária dos municípios deve ser compreendida à luz de suas limitações constitucionais. Entre elas, a de não tributar a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital. O que resta, ao final, é comprovar a não ocorrência da situação que afastaria a norma imunizante, e que é utilizada pelos municípios para lançar o imposto, qual seja, de os adquirentes não comprovarem a não preponderância da “atividade imobiliária”. Isso porque, o referido art. 156, § 2º, I, da CF, ao prescrever a situação de imunidade, expressamente distingue as empresas que praticam atividade predominantemente imobiliária. Qual seria, para fins de configuração da imunidade específica ora analisada, o critério de definição de atividade preponderantemente imobiliária? Nos termos do art. 146, II, da Constituição Federal, cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. 10- O ISS difere dos serviços previstos para o ICMS: A- por dedução B- por exclusão prevista em lei complementar C- por força de lei ordinária D- porque ambos são do Município, excluindo-se mutuamente E- quanto ao preço dos serviços JUSTIFICATIVA: incidência dos impostos nas situações em que há fornecimento de mercadorias com prestação de serviços (operações “mistas”): Imposto sobre Serviços (ISS), cobrado pelos municípios, ou o Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), cobrado pelos estados. O artigo 155, inciso II, da Constituição Federal de 1988, consigna que aos estados e ao Distrito Federal compete instituir impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. O parágrafo 2º, inciso IX, alínea “b”, do mesmo artigo, define que o ICMS incidirá também sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios. Por sua vez, o artigo 156, inciso III, da Constituição, determina que aos municípios compete instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, inciso II, definidos em lei complementar (atualmente, Lei Complementar 116/2003). Com base em tais dispositivos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisou a tributação de serviços de composição gráfica sob encomenda e concluiu que, ainda que envolvam o fornecimento de mercadorias (ex.: venda de embalagens), estariam sujeitos apenas ao ISS. Esse entendimento encontra-se incorporado na Súmula 156 do STJ e também pode ser extraído do acórdão formalizado após o julgamento do Recurso Especial 1.092.206-SP (julgado pela sistemática de “recursos repetitivos”). Decidiu o STJ que caso o serviço agregado seja tributável pelos municípios, consoante indicado na lista anexa à lei complementar, deve incidir apenas o ISS.O ICMS incidiria apenas sobre operações de circulação de mercadorias acompanhadas da prestação de serviços se os referidos serviços não estiverem enquadrados na lista anexa à lei complementar que trata do ISS. Concluiu o referido tribunal, portanto, que sobre operações “puras” de circulação de mercadoria e serviços de transporte interestadual e internacional e de comunicações incide apenas o ICMS; sobre as operações “puras” de prestação de serviços previstos em lei complementar incide o ISS; e sobre operações denominadas “mistas”, incidirá o ISS se o serviço estiver compreendido na lista anexa à lei complementar, enquanto que incidirá o ICMS sempre que o serviço não constar na referida lista. Esse critério, inclusive, já foi adotado pelo Supremo Tribunal Federal em outras ocasiões, tal como na decisão pela incidência do ICMS (e não ISS) sobre o fornecimento de alimentos e bebidas consumidos nos estabelecimentos dos próprios contribuintes (ex.: em bares, restaurantes e similares). Ainda com relação à tributação de vendas de embalagens, o STF iniciou o julgamento das Medidas Cautelares em Ações Diretas de Inconstitucionalidade nos 4389 e 4413, ambas sob a relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, ajuizadas, respectivamente, pela Associação Brasileira de Embalagem - ABRE e pela Confederação Nacionalda Indústria. Nessa ação ajuizada pela CNI pretende-se seja reconhecida a não-incidência do ISS sobre impressos gráficos que representem insumos de mercadorias, ou seja, quando produzidos bens que serão utilizados em operações de comercialização ou industrialização, o que inclui bulas, manuais de instrução etc. Já a ação ajuizada pela ABRE objetiva o reconhecimento da não-incidência do ISS apenas sobre a fabricação de embalagens. Afora essas distinções, em síntese, pode-se dizer que se sustenta nas ações que a elaboração de impressos gráficos nessas situações não configura prestação de serviços de composição gráfica. Em outras palavras, está em discussão no STF a aplicação dos dispositivos da Lei Complementar 116/2003 e sua lista anexa e a incidência do ISS versus ICMS na atividade de fabricação de insumos que possam, em determinada etapa, envolver composição gráfica. Os estados exigem o ICMS por entenderem se tratar de venda de mercadorias, enquanto os municípios alegam ser devida a tributação pelo ISS sob o fundamento de que se trata de prestação de serviço de composição gráfica. Recentemente, o Plenário do STF deferiu o pedido de liminar pleiteado pela ABRE para determinar que o ISS não deve incidir sobre operações de industrialização por encomenda de embalagens que serão utilizadas como parte de processo de industrialização ou de circulação de mercadoria. Nesse entendimento, a embalagem produzida seria utilizada como insumo e a incidência de ICMS garantiria inclusive a aplicação do princípio constitucional da não-cumulatividade. Recomenda-se, portanto, que os contribuintes fiquem atentos ao desfecho da discussão no STF e, ainda mais importante, tenham cautela ao considerar os temas pacificados e sua aplicação clara e inquestionável. O enquadramento da atividade exercida pelas empresas deve ser muito bem analisado, pois as especificidades de cada serviço prestado podem demandar conclusões diferentes (incidência de ICMS ou ISS), como no caso ora indicado, em que se busca um tratamento mais adequado às operações aparentemente “mistas”.
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