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DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Os Conselhos profissionais são entidades autônomas criadas à época da regulamentação das profissões. São autarquias públicas federais, vinculadas entre si a um órgão central de abrangência nacional. Dessa forma, temos os Conselhos Regionais vinculados a um Conselho Federal, no caso da profissão farmacêutica, temos os CRFs (Conselhos Regionais de Farmácia) com atuação regional, vinculados e subordinados ao CFF (Conselho Federal de Farmácia). Conselhos profissionais são constituídos pela sociedade para protegê-la! Profissões regulamentadas necessitam que alguém, ou algum órgão registre os profissionais aptos para exercer aquela atividade, arquive os diplomas, que devem ser válidos, crie um prontuário com as informações cadastrais desse profissional, estabeleça normas e limites éticos e fiscalize a sua atuação, assim como as condições de exercício das suas atividades e o cumprimento da legislação. Fonte: CRF-SP Zelar pelo exercício profissional com profissionais e empresas legalmente habilitadas. Defender o âmbito profissional. Habilitar farmacêuticos e Registrar empresas onde existe atuação do Farmacêutico. Cuidar para a observância da ética Fiscalizar o exercício da profissão. Os CRFs TEM A OBRIGAÇÃO LEGAL DE FISCALIZAR O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO FARMACÊUTICO. Se for uma atividade que SÓ o farmacêutico pode realizar, então ela é de âmbito EXCLUSIVO do farmacêutico e nenhum outro profissional poderá executá-la. Este mercado fica restrito ao farmacêutico. Ao fiscalizar o exercício profissional, orientando como o farmacêutico deve executar corretamente sua atividade ou, ainda, inibindo condutas antiéticas, os CRFs favorecem o bom profissional farmacêutico, pois nivela a atividade profissional a um patamar técnico elevado. ➢ Uma farmacêutica responsável técnica estava ausente em três visitas fiscais do CRF, ocorridas em: ➢18/05/13 – 15h40; ➢14/03/14 – 14h30; ➢28/06/14 – 08h15. ➢ Seu horário de assistência farmacêutica na drogaria, declarado em Termo de Compromisso, é de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h, com intervalo para almoço das 12h às 13h. ➢ Não havia outro farmacêutico em seu lugar. ➢ Em audiência de esclarecimento no CRF, a profissional informou que: ➢ Não se recorda das visitas; ➢ Comparecia apenas uma vez por semana à drogaria. ➢ Analise criticamente o relato acima e, em seguida: ➢Aponte as infrações éticas. Tipifique de acordo com o código de ética da profissão farmacêutica (indique os artigos e incisos que comprovam as infrações indicadas). ➢Indique as possíveis implicações destas infrações para a sociedade. Apresente legislações pertinentes. ➢Indique a implicação destas infrações sob o aspecto do reconhecimento/valorização do farmacêutico pela sociedade. ➢Resolução CFF nº 596/14 (Código de Ética da Profissão Farmacêutica); ➢Resolução CNS nº 338/04; ➢ Lei nº 8.080/90; ➢ Lei nº 5.991/73; ➢Constituição brasileira. ➢ Lei 13.021/2014 ➢ Há indícios de falta ética por infração aos artigos 6º, 10, 12 inciso III, 13 e 14 inciso V da Resolução nº 596/14 do CFF. ➢Art. 6º - O farmacêutico deve zelar pelo desempenho ético, mantendo o prestígio e o elevado conceito de sua profissão. ➢Art. 10 - O farmacêutico deve cumprir as disposições legais e regulamentares que regem a prática profissional no país, sob pena de aplicação de sanções disciplinares e éticas regidas por este regulamento. ➢Art. 12 - O farmacêutico, durante o tempo em que permanecer inscrito em um Conselho Regional de Farmácia, independentemente de estar ou não no exercício efetivo da profissão, deve: ➢III - exercer a profissão farmacêutica respeitando os atos, as diretrizes, as normas técnicas e a legislação vigentes; ➢Art. 13 - O farmacêutico deve comunicar previamente ao Conselho Regional de Farmácia, por escrito, o afastamento temporário das atividades profissionais pelas quais detém responsabilidade técnica, quando não houver outro farmacêutico que, legalmente, o substitua. ➢ Art. 14 - É proibido ao farmacêutico: ➢V - deixar de prestar assistência técnica efetiva ao estabelecimento com o qual mantém vínculo profissional, ou permitir a utilização do seu nome por qualquer estabelecimento ou instituição onde não exerça pessoal e efetivamente sua função; ➢ A Resolução nº 338/04 do Conselho Nacional de Saúde, diz que a assistência farmacêutica é conjunto de ações voltadas à promoção, à proteção, e à recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, que visa promover o acesso e o seu uso racional; Cabe aos farmacêuticos irem além da simples logística de adquirir, armazenar e distribuir. É necessário programar aquisições, selecionar medicamentos em relação ao seu custo-benefício, dispensar com orientação e humanização (ATENÇÃO FARMACÊUTICA), distribuir e armazenar segundo as diretrizes, verificar surgimento de reações adversas (FARMACOVIGILÂNCIA), entre outras tantas ações. Art. 15 A farmácia e a drogaria terão, obrigatoriamente, a assistência de técnico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da lei. § 1º A presença do técnico responsável será obrigatória durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. § 2º Os estabelecimentos de que trata este artigo poderão manter técnico responsável substituto, para os casos de impedimento ou ausência do titular. § 3º Em razão do interesse público, caracterizada a necessidade da existência de farmácia ou drogaria, e na falta do farmacêutico, o órgão sanitário de fiscalização local licenciará os estabelecimentos sob a responsabilidade técnica de prático de farmácia, oficial de farmácia ou outro, igualmente inscrito no CRF, na forma da lei. Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. Garante à população o direito ao medicamento e a um serviço que busque o seu uso racional. Art. 3º Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos. Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como: ◦ I - farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; ◦ II - farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Art. 5º No âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquer natureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, a responsabilidade e a assistência técnica de farmacêutico habilitado na forma da lei. Art. 6º Para o funcionamento das farmácias de qualquer natureza, exigem-se a autorização e o licenciamento da autoridade competente, além das seguintes condições: ◦ I - ter a presença de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento; ◦ II - ter localização conveniente, sob o aspecto sanitário; ◦ III - dispor de equipamentosnecessários à conservação adequada de imunobiológicos; ◦ IV - contar com equipamentos e acessórios que satisfaçam aos requisitos técnicos estabelecidos pela vigilância sanitária. A presença efetiva e participativa do farmacêutico faz com que a sociedade passe a ver as farmácias/drogarias como um espaço de atendimento à saúde, tendo como referência o farmacêutico. QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO!!!
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