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Grandes Biomas Terrestres Alunos: Amanda Dias, Mateus Carvalho Azevedo, Paula Pires, Sabrina Ferreira e Thalles Fagundes. Intr0dução A distribuição dos biomas terrestres e seus tipos de vegetação e fauna estão estreitamente ligados ao clima, ao relevo, às aguas continentais e oceânicas e aos solos. Em razão desses fatores, podemos encontrar num mesmo bioma, variados ecossistemas. A seguir será apresentado e caracterizado cada bioma existente. Desenvolvimento Biomas das regiões temperadas e frias A Tundra, a Taiga, a floresta temperada, as padrarias, as estepes e a paisagem mediterrânea são biomas das regiões temperadas e frias. Tundra Formada há cerca de 10 mil anos, a tundra é o bioma mais jovem e mais frio da Terra. A maior área de ocorrência desse bioma são as regiões próximas do oceano glacial ártico: Alasca, norte do Canadá, Groelândia, norte da Rússia e da Escandinávia. Como a Antártida é quase totalmente recoberta por uma calota de gelo, a tundra aparece somente em pequenas áreas nesse continente. Devido à localização dos lugares onde se forma, também é chamada tundra polar. Nas áreas de tundra polar, os solos permanecem gelados a maior parte do ano, assim como os rios e os lagos. Esse tipo de solo é chamado permafrost. O inverno é muito gelado com temperaturas abaixo de 0ºC. Em algumas regiões, essa estação parece ser uma longa noite. Não há quase precipitações; forma-se apenas gelo. Por isso, esse bioma apresenta-se basicamente com um deserto gelado. A estação mais quente dura mais ou menos sessenta dias e a temperatura mais alta não ultrapassa 10ºC. A tundra, portanto, só cresce nos períodos de degelo. Suas principais espécies são os musgos e os liquens, plantas rasteiras, pois ás arvores não sobrevivem nesse tipo de clima. É um ambiente pouco apropriado para a vida humana e para a existência de fauna e flora. Apenas as áreas de tundra no hemisfério norte são habitadas por humanos. Alguns cientistas consideram existir também tundra alpina, que ocorre em montanhas muito elevadas. A formação de tundra nessas áreas depende, portanto, do fator altitude, que interfere nas temperaturas, deixando-as mais baixas. Na tundra Alpina, como a inclinação do terreno não favorece a acumulação de água, o solo não fica congelado. Clima na Tundra Uma nova pesquisa das universidades de Lapland, na Finlândia, e de Oxford, na Inglaterra, revelou que partes da tundra da região Ártica estão se transformando em floresta boreal. O mecanismo funciona mais ou menos assim: à medida que os arbustos da tundra se transformam em árvores, a região tomada pela vegetação cresce. Essa área, por ser escura, absorve mais calor do que os arbustos da tundra ou a neve que cobre essa vegetação, o que contribui para que haja uma mudança no clima regional, e, em longo prazo, pode também alterar o clima em maiores proporções. Com essa mudança, afetará o desenvolvimento do bioma da tundra, aumentando a área do ecossistema boreal, mas diminuindo a área do ecossistema da tundra. Isso poderá colocar em perigo diversas espécies que vivem no local. Taiga A taiga também é chamada de floresta boreal pelo fato de existir apenas no hemisfério norte. Nesta região a incidência de raios solares são poucas. O clima presente é temperado continental, ou seja, com invernos rigorosos e verões quentes. Os solos são pouco férteis e congelam no inverno, porém no verão há descongelamento. A taiga é uma floresta homogênea, pois é formada apenas por árvores coníferas, como os pinheiros que possuem folhas resistentes ao frio. Está localizadas em regiões do Alasca, Rússia, Noruega, Suécia e Canadá. Em alguns países a taiga alimenta a indústria de madeira e celulose. Floresta Temperada A floresta temperada recobria áreas que hoje são as mais povoadas da superfície terrestre que seria Europa, China, Japão e leste da América do Norte. No hemisfério sul, pode ser encontrada na Austrália, na Nova Zelândia, na Argentina e no Chile. É uma vegetação típica de clima temperado oceânico. Recebe os raios solares com uma inclinação bem menor do que nas regiões frias, portanto nas áreas de ocorrência dessa floresta as temperaturas são mais altas. As estações do ano são bem definidas: o inverno é frio, com queda de neve, e os verões são quentes e chuvosos. É uma floresta decídua; perde suas folhas no inverno. No outono, as folhas mudam de cor, assumindo um tom avermelhado. Esse é o bioma mais devastado do mundo: seus solos férteis foram muito aproveitados pela agricultura e têm na água seu principal agente erosivo. O aproveitamento da madeira como fonte de energia e a urbanização também contribuíram para a quase extinção dessa formação vegetal. O maior número de espécies dessa floresta está na América do Norte. As florestas temperadas não são todas iguais. Podem ser encontradas espécies perenes entre as decíduas, bem como flores e tapetes de musgos e cogumelos. Suas principais espécies são o abeto, a faia e o carvalho. Nas regiões onde o clima é mais chuvoso, encontram-se árvores de grande porte, como eucalipto gigante, na Austrália, e a sequoia, na costa ocidental da América do Norte. Pradarias Uma pradaria é uma planície vasta e aberta onde não há sinal de árvores nem arbustos, com capim baixo em abundância. Estão localizadas em praticamente todos os continentes, com maior ocorrência na América do Norte. Podemos encontrar este bioma nas seguintes regiões também: centro-oeste da América do Norte, sul da América do Sul (no sul do Brasil é chamado de Campos), sul da África, norte da África (faixa ao sul do Sahel), sudeste da Austrália, centro-leste da Europa e centro-oeste da Ásia (região central da Rússia). A pradaria brasileira é o pampa gaúcho. São regiões muito amplas e oferecem pastagens naturais para animais de pastoreio e as principais espécies agrícolas alimentares foram obtidas das gramíneas naturais através de seleção artificial. Ocorre em regiões onde a queda pluviométrica é muito baixa para suportar a forma de vida da floresta ou em regiões de floresta. As pradarias são também encontradas ao lado de desertos. O clima varia bastante: as pradarias tropicais são quentes durante o ano, mas as pradarias temperadas têm estações quentes e frias e seu clima é úmido. Formam extensas áreas de paisagens naturais, muito utilizadas por muitos países para o desenvolvimento da atividade pecuária. Em função da presença de solo fértil, o cultivo de trigo é outra atividade muito explorada em áreas de pradarias. A fauna presente em regiões de pradarias é muito ampla e diversificada. Podemos citar algumas espécies animais típicas de regiões de pradarias: antílopes, búfalos, coiotes, veados, cavalos, cães-da-pradaria, corujas, gaviões e avestruzes. Estepes Estepes é uma formação vegetal de planície com poucas árvores, composta por herbáceas e pequenos bosques, similar à pradaria. Aparece, às vezes, numa zona de transição vegetativa e climática entre a área de savana e o deserto. É encontrada na zona temperada continental da Europa. Ocorre nas áreas de clima semiárido do continente americano, onde as temperaturas são elevadas e as chuvas escassas e mal distribuídas. A fauna é variável, mas, de maneira geral, abriga mamíferos com hábito de agregação em colônias ou manadas. Esse hábito de vida constitui proteção em habitats abertos. No estepe, a plantação é difícil; assim sendo, a maioria de sua população depende da criação das cabras e outros animais. As estepes são encontradas principalmente nos Estados Unidos, na Mongólia, na Sibéria e na República Popularda China e apresentam vegetação rasteira, clima frio e seco, longe da influência marítima e perto de barreiras montanhosas. Com um pouco mais de chuva, as estepes poderiam ser classificadas como pradarias; com um pouco menos, como deserto. Formações mediterrâneas e florestas e bosques Esclerofilos Bioma característico da região que fica as margens do mar Mediterrâneo no sul da Europa, no norte da África e no oeste da Ásia. Também ocorre em outras partes do mundo, como o oeste dos Estados Unidos(Califórnia), o extremo sul da África do Sul, o oeste e o sul da Austrália. O clima da região mediterrânea caracteriza-se pela alternância de duas estações bem definidas: verão quente e seco e inverno suave e chuvoso. A fertilidade dos solos depende, entre outros fatores, principalmente da maior ou menor umidade. Os rios atingem no verão o seu nível mais baixo. A vegetação da paisagem mediterrânea é adaptada a longos períodos de seca, sendo constitui da por arbustos com caules lenhosos, folhas duras ou esclerofilas e raízes profundas, que chegam a atingir os lençóis de agua subterrâneos. As arvores encontram-se em regiões mais úmidas ou perto dos cursos de agua. Na região do Mediterrâneo, a vegetação de arbustos recebe as denominações garrigue, formação bem aberta, encontrada em solos calcários; e maqui, formação bem fechada, que cresce em solos ricos em sílica. Na Austrália, as espécies dominantes nos bosques esclerofilos são arvores do gênero dos eucaliptos. Na Califórnia, onde predominam várias espécies de cactos, a vegetação recebe o nome de chaparral. No Chile, predominam os bosques esclerofilos. Na Austrália, as espécies dominantes nos bosques esclerofilos são arvores do gênero dos eucaliptos. Na Califórnia, onde predominam várias espécies de cactos, a vegetação recebe o nome de chaparral. No Chile, predominam os bosques esclerofilos. Biomas das regiões tropicais de montanhas e de desertos Florestas pluviais tropicais A existência de paisagens com características tão distantes pode ser explicada pela influência de fatores climáticos e pelo clima das regiões em que esses biomas se desenvolvem: regiões de elevadas temperaturas e grandes quantidades de chuva (biomas tropicais); grandes altitudes (vegetação de montanha) e regiões onde as chuvas são escassas e muito irregulares (vegetação de deserto). Biomas das regiões tropicais Uma das maiores ameaças às florestas tropicais – que por sinal é um dos biomas de maior biodiversidade mundial – é o desmatamento provocado por práticas de agricultura e pecuária e pela exploração de madeira. A área de ocorrência dos biomas tropicais é delimitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio e atravessada pelo equador. É uma região dominada por massas de ar quente e em geral úmido, tropicais e equatoriais, com temperatura média do mês mais frio igual ou superior a 18°C. A biodiversidade é característica das regiões tropicais, que é marcada por dois grandes biomas: as florestas tropicais e as savanas. Floresta pluviais tropicais Ocupam uma extensa área na faixa tropical da América do Sul, América Central, África, Ásia e Austrália. Apresentam florestas heterogêneas e árvores latifoliadas; suas espécies vegetais são higrófilas e suas árvores estão sempre verdes, pois não perdem suas folhas em nenhuma época do ano. As florestas tropicais pluviais concentram uma rica biodiversidade, com grande variedade de espécies de plantas, animais e microrganismo encontrados em todos os biomas da Terra. A diferença na quantidade e distribuição de chuvas permite encontrar aspectos diferentes nessas florestas, dependendo de sua localização na faixa intertropical. Nas áreas próximas do equador, as florestas são mais fechadas, apresentam-se estratificadas em camadas, com árvores de diferentes alturas e vários tipos de cipós em seus troncos e galhos. Os principais exemplos são a floresta Amazônica, a floresta do Congo (África) e a da Indonésia (Ásia). Por sua localização e características, são denominadas florestas equatoriais. Mais afastadas do equador, a floresta recebe menor quantidade de calor e chuva, por isso é menos exuberante do que a floresta equatorial. Nessa área ela já foi quase totalmente destruída pelo ser humano. Apenas pequenas manchas de florestas foram reservadas. É o caso da mata Atlântica, que já recobriu uma grande faixa da área litorânea do Brasil, das florestas da Costa Rica, do Sudeste Asiático e do norte da Austrália. Desmatamentos e queimadas As florestas tropicais e equatoriais guardam em seu interior grande parte da biodiversidade da Terra. Regulam o fluxo de água, protegem os mananciais, oferecem madeira de lei e plantas medicinais, sem falar que são o habitat de muitos povos indígenas. A destruição indiscriminada dessas deve-se várias atividades humanas realizadas nessas áreas: a utilização do solo para agricultura, a exploração de recursos minerais, a extração da madeira, a construção de estradas e de hidrelétricas e as queimadas (incêndios propositais ou não). Os países mais atingidos pelos desmatamentos estão localizados na faixa intertropical do globo: Brasil, Equador, Nicarágua, Gana, Colômbia Guatemala, Haiti, Honduras e Nigéria. Além desses, outros países situados na mesma faixa climática, como a República Democrática do Congo, Tailândia, Indonésia, Malásia, também são atingidos, porém em menores proporções. Os desmatamentos provocam graves impactos ambientais: extinção e redução da biodiversidade, erosão e empobrecimento dos solos, assoreamento do leito dos rios e rebaixamento do lençol freático, causa da extinção das nascentes de rios e fontes. Além disso, podem causar a extinção das comunidades indígenas que vivem nas florestas. No Brasil, além das florestas tropicais, as queimadas são uma pratica muito comum em ecossistemas como o cerrado e a caatinga e em plantações como a da cana-de-açúcar. As queimadas muitas vezes causam incêndios de grandes proporções, aumentando o nível de CO2 na atmosfera e influindo no aquecimento global. Savanas São localizadas nos limites das florestas pluviais tropicais, as savanas são formações típicas de regiões de clima tropical continental, com duas estações bem definidas: uma chuvosa, que coincide com duas estações bem definidas: uma chuvosa, que coincide com o verão; e uma seca, nos meses de inverno. Apresentam dois andares de vegetação tropófila: um mais alto, formado por árvores; e o outro mais baixo, composto de gramíneas. As regiões de savanas são atravessadas por rios que têm suas cheias no verão, quando recebem mais chuvas. A água e o vento podem desgastar as rochas que formam o relevo. Com a umidade das margens dos rios, podem crescer pequenas manchas de florestas: as chamadas matas galerias. A fertilidade dos solos das savanas vai depender da quantidade de água que recebem e da matéria orgânica própria da região. Montanhas Quando subimos uma área montanhosa, passamos por vários biomas. Na parte mais baixa predomina o bioma da vegetação da região onde a montanha está situada. Por exemplo, no sopé das montanhas Rochosas existe um deserto. À medida que a altitude aumenta, temos sucessivamente a floresta temperada, a floresta de coníferas, os campos alpinos e a tundra alpina. Conforme a localização da montanha, podemos passar também por campos e estepes. Nas grandes altitudes as montanhas não apresentam vegetação. A cobertura vegetal alcança de 2.500 a 3.000m. É composta de plantas orófilas, que formam uma vegetação rasteira. O fator climático que caracteriza esse bioma é a altitude, por isso encontramos neve em altas montanhas, em plena zona tropical, como na parte central da cordilheirados Andes. O clima é muito frio, com temperaturas que variam de 10°C a 15°C no verão; no inverno, as temperaturas ficam abaixo de 0°C. Desertos e semidesertos Deserto, em geografia, é uma região que recebe pouca precipitação pluviométrica, apresentam baixíssimas taxas de umidade, céu com poucas nuvens e evaporação elevada. Muitos desertos têm uma média anual de precipitação abaixo de 400 milímetros. Além do mais as temperaturas do deserto apresentam grandes precipitações térmicas: podem atingir 50°C durante o dia e cair para -1°C à noite. Há desertos quentes que estão situados próximos dos trópicos de Câncer e Capricórnio, como o Saara na África, e desertos frios que se localizam em latitudes mais altas e em regiões temperadas como o Gobi, na Ásia Central, esses ainda possuem invernos rigorosos, com queda de neve e ventos gelados e secos que provocam tempestades de areia. Aproximadamente 20% da superfície continental da Terra é desértica. As paisagens desérticas têm alguns elementos em comum: o solo do deserto é principalmente composto de areia, pedras com frequente formação de dunas. Encontram-se também plantas xerófitas (plantas adaptadas ao clima seco), e em algumas regiões mais úmidas existem “ilhas de vegetação”, os chamados Oásis. Correntes marítimas frias no litoral, altas pressões subtropicais, grandes altitudes e barreiras montanhosas, que impedem a passagem de massas de ar úmido vindas do oceano, são as principais causas da formação de desertos. A vegetação do deserto é constituída por gramíneos e pequenos arbustos, é rala e espaçada. Sua fauna é composta por animais roedores (ratos-cangurus), por répteis (serpentes e lagartos), e por insetos. Os animais e plantas têm marcantes adaptações à falta de água. Ecótonos Intervalos entre biomas são chamados áreas de transição ou ecótonos. Ecótonos consistem em áreas de transição ambiental, onde comunidades ecológicas diferentes entram em contato. Podem ser mudanças bruscas na vegetação em diferentes gradientes ecológicos, e assim são considerados potenciais indicadores de respostas a mudanças climáticas e reguladores de fluxos nos ambientes e, por isso, possuem uma grande biodiversidade sendo encontrados organismos pertencentes aos ecossistemas em contato ou a espécies endêmicas do próprio ecótono. Conclusão Portanto um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes, sendo influenciado pelo clima, tipo de solo, condição do substrato e outros fatores físicos, não havendo barreiras geográficas, ou seja, independente do continente, há semelhanças das paisagens, apesar de poderem ter diferentes animais e plantas, devido à evolução. Referências Livro 1 – Fronteiras da Globalização Deserto: http://www.colegioweb.com.br/geografia/como-e-vegetacao-deserto.html http://noticias.bol.uol.com.br/bol-listas/10-desertos-mais-gelados-do-mundo.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto Pradarias: http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.suapesquisa.com%2Fgeografia% 2Fpradarias.htm&h=EAQGDLS21 Estepes: http://www.colegioweb.com.br/geografia/estepes-localizacao-clima-e-fauna.html Formações mediterrâneas http://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/vegetacao_mediterranea.htm
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