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DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Defesa do Réu Aula 1 – Contestação I Professor: Renato Montans DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I OBJETIVOS Este material servirá de complemento para sua videoaula. Bom estudo! DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Na presente aula você pode aprender um pouco mais sobre as defesas do réu. Com intuito de complementar os ensinamentos, abordaremos sobre algumas regras muito importantes sobre este tema. � Contestação I DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I A contestação possui dois princípios de suma importância para sua compreensão: • Princípio da Eventualidade • Princípio do Ônus da Impugnação Específica. � Princípios da Contestação DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I O Princípio da Eventualidade, também chamado de regra da concentração, previsto no artigo 300 do Código de Processo Civil, diz que o réu deve trazer na contestação toda a matéria de defesa, em caráter alternativo ou subsidiário, especificando ainda as provas que pretende produzir, sob pena de preclusão. Ou seja, cabe ao réu, nesse momento processual, apresentar todas as defesas que tiver contra o autor, sob pena de preclusão consumativa. Vale dizer que, não alegando tudo que poderia ou deveria, na contestação, ocorrerá a preclusão consumativa, estando assim, o réu, impedido de deduzir qualquer outra matéria de defesa após este momento. � Princípios da Contestação DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Essa regra possui, entretanto, três exceções, conforme dispõe artigo 303 do CPC: 1ª) fato superveniente (fato posterior ou que o réu desconheça); 2ª) matéria que pode ser reconhecida de ofício (matérias de ordem pública); 3ª) quando a lei expressamente autorizar (existe apenas uma única hipótese, que são os casos de prescrição). Em qualquer uma dessas hipóteses poderá o réu alegá-las a qualquer momento. � Princípios da Contestação DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I O Princípio do Ônus da Impugnação Específica, previsto no artigo 302 do Código de Processo Civil, diz que cabe ao réu o ônus de impugnar os fatos especificadamente, sob pena de incidir nos efeitos da revelia. Dessa forma, o réu deve impugnar, um a um, todos os pontos contidos na petição inicial, não se admitindo assim, a defesa por negativa geral. Os fatos que não forem impugnados presumir-se-ão verdadeiros, ou seja, a matéria que não for contra atacada pelo réu em sua contestação será tida como incontroversa e incidirá sobre ela uma presunção legal de veracidade, tornando-as indiscutíveis no processo, e, portanto, não sujeitas à prova. � Princípios da Contestação DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Entretanto, este princípio não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público, conforme o disposto no Parágrafo Único do artigo, 302 do Código de Processo Civil. � Princípios da Contestação DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Revelia ocorre quando o réu não apresenta contestação. Ao ocorrer à citação válida do réu, abre-se para ele o prazo para apresentação de defesa, podendo ser uma contestação, reconvenção ou ainda as exceções. A revelia só ocorrerá, entretanto, se o réu não apresentar contestação, no prazo legal, ainda que apresente as outras modalidades de defesa. É importante frisarmos que a revelia ocorre também quando o réu apresenta contestação fora do prazo legal, ou ainda quando não cumpre o princípio do ônus da impugnação especifica ou quando não sana as irregularidades da representação das partes quando intimada a fazê-las (artigo 13, inciso II do CPC). � Revelia DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I A revelia possui dois efeitos, sendo eles o efeito material e efeito processual. O efeito material consiste na presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor, conforme prevê o artigo 319 do Código de Processo Civil. Entretanto, não se pode olvidar que tal presunção se limita à matéria de fato, não podendo englobar, de maneira alguma, o enquadramento jurídico e suas eventuais consequências. É importante lembrarmos que essa presunção é relativa, uma vez que se existirem elementos nos autos que levem à conclusão contrária, ou se os fatos alegados pelo autor não guardarem o mínimo de verossimilhança, não estará obrigado o juiz a decidir em favor do pedido do autor. � Revelia DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Conforme o disposto no artigo 320 do CPC, há três exceções a essa aplicação da presunção da verdade: 1ª) nos casos de pluralidade de réus em que pelo menos um deles contesta. Aqui se faz necessário que o litisconsórcio seja unitário, porque se for simples a defesa não poderá ser aproveitados pelos demais; 2ª) se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 3ª) se a inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere indispensável à prova do ato. � Revelia DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Não ocorrendo nenhuma das hipóteses prevista no artigo 320 do CPC, a presunção de veracidade decorrente da revelia tornará os fatos incontroversos, e, portanto, não será admitida a produção de provas, ensejando assim, o julgamento antecipado da lide (art. 330, II, do CPC), extinguindo-se o processo com julgamento de mérito. O efeito processual consiste na dispensa da intimação dos atos do processo ao revel. Vale dizer que, os prazos correrão independentemente de intimação, conforme aduz o artigo 322 do CPC que diz que: “contra o revel que não tenha patrono nos autos, correrão os prazos independentemente de intimação, a partir da publicação de cada ato decisório”. � Revelia DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Entretanto se o réu revel comparecer com advogado nos autos a qualquer tempo, voltará a ser intimado, conforme vemos no Parágrafo Único do mesmo artigo: “o revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar”. � Revelia DEFESA DO RÉU Aula 1 – Contestação I Parabéns! Você finalizou a aula 1 – Contestação I. Lembre-se de realizar os exercícios de fixação e praticar os conceitos observados no FORBIT, Simulador de Prática Forense exclusivo do LFG. Sucesso!
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