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Trabalho de Panorama Economico

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OS IMPACTOS DAS POLÍTICAS IMPOSTAS 
PELO GOVERNO NA VIDA DOS TRABALHADORES
		Na semana em que o governo reviu o rombo fiscal de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões (19/08/2017), o presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa, diz que, ao contrário do que muitos esperam, a medida não evitará alta de impostos. “Não vamos escapar disso. Demoramos demais a fazer as reformas e vai faltar dinheiro para políticas essenciais.” A equipe econômica do governo Michel Temer vai refazer as contas para estabelecer nova meta de déficit de 2017 e 2018. Com receitas em permanente queda, o governo deve ampliar a meta do déficit deste ano, passando de R$ 139 bilhões para R$ 158 bilhões. Projeções também indicam que os investimentos do governo federal podem chegar ao final deste ano no menor nível em dez anos. “Isso quer dizer que estamos na maior depressão da história econômica, maior do que a dos anos 30 do século 20. E, num cenário como esse, o investimento público tem que substituir o privado, porque o investimento privado é feito com base em expectativas do mercado. E numa depressão, as expectativas são muito negativas e pessimistas”, diz o professor do Instituto de Economia da Unicamp Fernando Nogueira da Costa.	
		Com esse cenário, Temer já recuou e negou o aumento do Imposto de Renda. Na terça-feira (08/08/2017), disse em nota que não enviará ao Congresso uma proposta de aumento das alíquotas do IR. Quando ele recua, é socialmente pior, porque, se aumenta impostos sobre os mais ricos, é menos mal. Mas onde ele vai cortar? Vai cortar os gastos sociais... A taxa de inflação no país medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 2,71% nos últimos 12 meses (o menor índice desde 1999) e 0,24% em julho, após atingir 0,23% negativo em junho, deve ser capitalizada politicamente pelo governo. 
		Em julho, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo (-0,47%), mas os grupos Habitação (1,64%) e Transportes (0,34%) pressionaram o resultado para cima. A pressão de Transportes foi provocada pelo aumento dos combustíveis, enquanto a energia elétrica puxa o grupo Habitação. Em outras palavras, as contas de luz (+6%), água (1,21%) e combustíveis (0,92%), chamadas de preços monitorados ou administrados, são as que pressionaram o IPCA. Por outro lado, Alimentação e Bebidas com taxa negativa indica o baixo consumo das famílias. O que puxa para baixo são os preços relacionados ao consumo e desemprego da população, enquanto o que puxa para cima são os relativos aos preços administrados. O governo não tem nada a comemorar!
		Apesar da alta de componentes importantes como os administrados (como contas de luz e gasolina), “o país está atolado na recessão e isso impede que esses aumentos de preço se espalhem pelo resto da economia”, afirma Guilherme Mello, do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para ele, a inflação baixa sofre os efeitos de três fatores: o climático, relacionado com os alimentos; a recessão, que tem a ver com salários e emprego; e o fator cambial. “O governo não pode se gabar, porque os grandes responsáveis pela inflação baixa são a recessão, que é péssima, a valorização cambial, que é um problema no longo prazo, e o preço dos alimentos, que não tem nada a ver com isso, mas com o clima e a safra positiva.”
Assim a inflação está sendo pressionada para baixo por um fator positivo e dois negativos. “As boas safras, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, jogam os preços dos alimentos para baixo. Essa é a boa notícia, mas isso não dura para sempre, pois depende do clima.” Mas, na conta, há dois elementos, “um muito negativo e outro relativamente negativo”. O primeiro é a recessão, a crise, o desemprego e a queda da renda das pessoas. “Se o desemprego não está aumentando mais, está pelo menos em patamares muito elevados, e o subemprego tem crescido muito.” Nesse cenário, as pessoas não compram. “Não há pressão de demanda, as pessoas não estão tomando crédito, não têm renda, não compram. E, mesmo as empresas, não estão comprando. A recessão não é só para as famílias”, diz Mello.
 
Universidade Estácio de Sá
Aluna: Roberta Outor Lima Barreto
Matrícula: 201601436084
Disciplina: Panorama Econômico

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