Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Halliday http://gen-io.grupogen.com.br www.grupogen.com.br Fundamentos de Física Volume 3 O GEN | Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica, LTC, Forense, Método, E.P.U. e Forense Universitária O GEN-IO | GEN – Informação Online é o repositório de material suplementar dos livros dessas editoras http://gen-io.grupogen.com.br www.grupogen.com.br Capítulo 23 Lei de Gauss 23.1 O Que é Física? A lei de Gauss considera uma superfície fechada (imaginária) que envolve a distribuição de cargas. Essa superfície gaussiana, como é chamada, pode ter qualquer forma, mas a forma que facilita o cálculo do campo elétrico é a que reflete a simetria da distribuição de cargas. 23.2 Fluxo (a) Um vento uniforme incide perpendicularmente ao plano de uma espira quadrada de área A. (b) A componente da velocidade do vento perpendicular ao plano da espira é v cos θ, onde θ é o ângulo entre a velocidade do vento e a normal ao plano da espira. (c) O vetor área é perpendicular ao plano da espira e faz um ângulo θ com o vetor velocidade. (d) O campo de velocidades interceptado pela espira. A vazão de ar através da espira é Φ = (v cos θ)A. Essa vazão através de uma área é um exemplo de fluxo; na presente situação, trata-se de um fluxo volumétrico. 23.3 Fluxo Elétrico A figura mostra uma superfície gaussiana de forma arbitrária imersa em um campo elétrico. A superfície está dividida em pequenos quadrados de área ∆A. Os vetores campo elétrico e os vetores área são mostrados para três quadrados representativos, rotulados como 1, 2 e 3. A definição exata do fluxo do campo elétrico através de uma superfície fechada é obtida fazendo a área dos quadrados da figura tender a zero, tornando-se uma área diferencial dA. Nesse caso, o somatório acima se torna uma integral: Exemplo: Fluxo de um Campo Uniforme Através de uma Superfície Cilíndrica Exemplo: Fluxo de um Campo Elétrico Não Uniforme Através de um Cubo Face direita O vetor área é sempre perpendicular à superfície e aponta para fora do cubo. Assim, no caso da face direita, o vetor aponta no sentido positivo do eixo x. Em termos dos vetores unitários, Como a face direita é perpendicular ao eixo x, todos os pontos da face têm o mesmo valor de x, 3,0 m, e, portanto, já que as coordenadas y e z não estão envolvidas na integração, temos: A dA Exemplo: Fluxo de um Campo Elétrico Não Uniforme Através de um Cubo (continuação) 23.4 Lei de Gauss A lei de Gauss relaciona o fluxo total de um campo elétrico através de uma superfície fechada (superfície gaussiana) à carga total envolvida pela superfície. A carga total qenv é a soma algébrica das cargas envolvidas pela superfície gaussiana e pode ser positiva, negativa ou nula. Se qenv é positiva, o fluxo total é para for a da superfície gaussiana; se qenv é negativa, o fluxo total é para dentro. Exemplo: Relação entre a Carga Total e o Fluxo Total Exemplo: Aplicação da Lei de Gauss a um Campo Não Uniforme 23.5 Lei de Gauss e Lei de Coulomb A Fig. 23-8 mostra uma carga pontual positiva q, em torno da qual foi desenhada uma superfície gaussiana esférica concêntrica de raio r. Vamos dividir a superfície em áreas elementares . Por definição, o vetor área em qualquer ponto é perpendicular à superfície e orientado para fora. Pela simetria da situação, sabemos que o campo elétrico também é perpendicular à superfície e orientado para fora. Assim, como o ângulo θ entre e é zero, podemos escrever a lei de Gauss na forma que é exatamente a lei de Coulomb. dA dA E dA 23.6 Um Condutor Carregado Se uma carga em excesso é introduzida em um condutor, a carga se concentra na superfície do condutor; o interior do condutor continua a ser neutro. A Fig. 23-9a mostra uma vista de perfil de um pedaço de cobre, pendurado por um fio isolante, com uma carga em excesso q. Colocamos uma superfície gaussiana logo abaixo da superfície do condutor. O campo elétrico no interior do condutor deve ser nulo. Como a carga em excesso não está no interior da superfície gaussiana, deve estar do lado de fora, o que significa que só pode estar na superfície do condutor. A Fig. 23-9b mostra o mesmo condutor, agora com uma cavidade interna. Colocamos uma superfície gaussiana em torno da cavidade. Como o campo elétrico é nulo no interior do condutor, o fluxo através dessa superfície gaussiana é zero e, portanto, não existe carga em excesso na superfície da cavidade; toda a carga em excesso permanece na superfície externa do condutor. 23.6 Um Condutor Carregado: O Campo Elétrico Externo O campo elétrico externo nas proximidades da superfície de um condutor pode ser determinado com facilidade usando a lei de Gauss. Para isso, consideramos uma região da superfície suficientemente pequena para que possamos desprezar a curvatura e usamos um plano para representar a região. Em seguida, imaginamos um pequeno cilindro gaussiano engastado na superfície, como na Fig. 23-10: uma das bases está do lado de dentro do condutor, a outra base está do lado de fora, e o eixo do cilindro é perpendicular à superfície do condutor. O campo elétrico na superfície e logo acima da superfície também é perpendicular à superfície. Vamos supor que a área A da base do cilindro é suficientemente pequena para que o módulo E do campo elétrico seja constante em toda a base. Nesse caso, o fluxo através da base é EA, e esse é o fluxo total Φ através da superfície gaussiana. A carga qenv envolvida pela superfície gaussiana está na superfície do condutor e ocupa uma área A. Se σ é a carga por unidade de área, qenv é igual a σA. Exemplo: Casca de Metal Esférica, Campo Elétrico e Carga 23.7 Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Cilíndrica A Fig. 23-12 mostra uma parte de uma barra de plástico cilíndrica de comprimento infinito com uma densidade linear uniforme de carga positiva λ. Vamos obter uma expressão para o módulo do campo elétrico a uma distância r do eixo da barra. Em todos os pontos da parte curva da superfície gaussiana, o campo elétrico tem o mesmo módulo E e está orientado radialmente para fora da superfície. O fluxo do campo elétrico através da superfície curva é Exemplo: A Lei de Gauss e uma Tempestade Elétrica 23.8 Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Planar, Placa Não Condutora A Fig. 23-15 mostra uma parte de uma placa fina, infinita, não condutora, com uma densidade superficial de carga positiva σ. Uma folha de plástico, com uma das superfícies uniformemente carregada, pode ser um bom modelo. Vamos calcular o campo elétrico a uma distância r da placa. Uma superfície gaussiana adequada para esse tipo de problema é um cilindro com o eixo perpendicular à placa e com uma base de cada lado da placa, como mostra a figura. Por simetria, o campo elétrico é perpendicular à placa e, portanto, às bases do cilindro. Como a carga é positiva, o campo elétrico aponta para longe da placa. O produto é nulo na superfície lateral do cilindro e igual a E.dA nas bases. Assim, onde σA é a carga envolvida pela superfície gaussiana. Assim, E dA⋅ 23.8 Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Planar, Duas Placas Condutoras A Fig. 23-16a mostra uma vista de perfil de uma placa condutora fina, infinita, com um excesso de carga positiva. Como a placa é fina e muito extensa, podemos supor que praticamente toda a carga em excesso se encontra nas duas faces maiores da placa. Se não existe um campo elétrico para forçar as cargas positivas a assumirem uma certa distribuição,as cargas se distribuem uniformemente nas duas placas com uma densidade superficial de carga σ1. Nas proximidades da superfície, essas cargas criam um campo elétrico de módulo E =σ1/ε0. A Fig. 23-16b mostra uma placa do mesmo tipo com um excesso de cargas negativas e uma densidade superficial de carga com o mesmo valor absoluto σ1. A diferença é que, nesse caso, o campo aponta na direção da placa. Suponha que as placas das Figs. 23-16a e b sejam colocadas lado a lado (Fig. 23-16c). As cargas em excesso de uma placa atraem as cargas em excesso da outra e todas as cargas em excesso se concentram nas superfícies internas das placas, como mostra a Fig. 23-16c. Como agora existe uma quantidade de carga duas vezes maior nas superfícies internas das placas, a nova densidade superficial de carga nas superfícies internas é 2σ1. Assim, o módulo do campo elétrico em qualquer ponto entre as placas é Exemplo: Campo Elétrico 23.9 Aplicando a Lei de Gauss: Simetria Esférica Número do slide 1 Número do slide 2 Capítulo 23 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22
Compartilhar