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Aula 09
Direito Administrativo p/ TRE-PI (Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Professor: Daniel Mesquita
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 
Twitter: @danielmqt Facebook:Daniel Mesquita 
AULA 09: Licitação - Parte II
 
SUMÁRIO 
3) DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 62 
3.1 ASPECTOS GERAIS 62 
3.2 LICITAÇÃO DISPENSADA 64 
3.3 LICITAÇÃO DISPENSÁVEL 68 
3.4 LICITAÇÃO INEXIGÍVEL 80 
4) RESUMO 88 
5) QUESTÕES 97 
6) REFERÊNCIAS 120 
00891907181
 Direito Administrativo p/ TRE-PI ʹ Técnico 
Judiciário (Área Administrativa). 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Daniel Mesquita 
 
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3) DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
 
3.1 Aspectos gerais 
 
Aqui, meus amigos, você não tem 30% de chances de uma questão 
desse tópico entrar na sua prova não, você tem 100% de chances de 
que você vai ter uma questão de dispensa ou inexigibilidade de licitação 
em sua prova. 
O mesmo dispositivo constitucional que impõe a obrigatoriedade da 
licitação prevê que a lei pode dispensá-la em casos específicos. Assim, 
em razão da incompatibilidade da situação apresentada com a demora 
do procedimento licitatório, em hipóteses em que a realização de uma 
licitação não faria qualquer sentido (fornecedor único, por exemplo) ou 
para a satisfação de interesses estatais específicos, o inciso XXI do art. 
00891907181
37 da CF possibilita à legislação ordinária prever casos em que a 
contratação se dará de forma direta. 
A contratação direta, contudo, é medida excepcional e as 
hipóteses previstas em lei são taxativas, não se admitindo 
interpretação extensiva. Nesse ponto, o administrador deve ser 
cauteloso, pois dispensar ou inexigir a licitação fora dos casos previstos 
em lei é tipo penal descrito no art. 89 da Lei nº 8.666/93. 
A Lei 8.666/93 traz hipóteses de dispensa (dispensável e 
dispensada) e de inexigibilidade de licitação. 
 Direito Administrativo p/ TRE-PI ʹ Técnico 
Judiciário (Área Administrativa). 
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É inexigível a licitação quando a competição for completamente 
inviável. 
A licitação dispensada é aquela em que a lei veda a realização do 
procedimento licitatório, ou seja, não há margem de discricionariedade 
ao administrador, ele não deve fazer a licitação. São as hipóteses do 
art. 17, I e II, da Lei nº 8.666/93, que tratam da alienação de bens 
móveis e imóveis públicos. 
Já na licitação dispensável, a competição é perfeitamente viável, 
mas a lei possibilita ao administrador, valendo-se de seu critério de 
conveniência e oportunidade, dispensar sua realização. Esse ato, 
portanto, é um ato administrativo discricionário. 
Assim, temos: 
 
Licitação inexigível Competição inviável 
Licitação dispensada A lei veda a licitação 
Licitação dispensável O administrador pode não 
fazer 
 
 
 
Vamos às hipóteses legais de cada uma. FORÇA E ATENÇÃO, 
guerreiro! 
 
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3.2 Licitação Dispensada 
 
A regra geral, como visto acima, embasada no art. 37, XXI, da CF, 
é de que as alienações são contratadas mediante processo de licitação 
pública, ressalvados os casos previstos na legislação. 
Com relação aos bens imóveis, a alienação dependerá de (a) 
interesse público devidamente justificado; (b) autorização 
legislativa; (c) avaliação prévia; e (d) licitação na modalidade 
concorrência ou leilão (as hipóteses em que cada modalidade pode ser 
adotada serão estudadas abaixo). 
Não é necessária a autorização legislativa quando o bem imóvel for 
de empresa pública ou sociedade de economia mista. 
Com relação aos bens móveis, a alienação dependerá de (a) 
interesse público devidamente justificado; (b) avaliação prévia; e (c) 
licitação na modalidade concorrência ou por leilão (este último pode ser 
adotado somente se o bem, avaliado isolado ou globalmente, não for de 
valor superior a R$ 650.000,00). 
Essa é a regra. 
Passemos agora ao estudo das exceções, ou seja, das licitações 
dispensadas para a alienação de bens públicos. 
Os casos em que a licitação é expressamente dispensada por lei 
(art. 17, I da Lei 8.666/93) para a disposição de bens imóveis são: 
(a) Dação em pagamento. 
(b) Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, 
ressalvado o disposto nas alíneas (f), (h) e (i). 
Quanto à essa alínea, observa-se que o STF, ao apreciar a medida 
cautelar na ADI 927, determinou a suspensão da eficácia do § 1º do 
art. 17 da Lei Geral que determina a reversão do bem doado ao 
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patrimônio da pessoa jurídica doadora quando cessadas as razões que 
justificaram a doação do bem. 
CUIDADO! Essa situação se difere da doação com encargo. Nos 
termos do § 4º do mesmo art. 17, somente será dispensada a licitação 
QHVVH� FDVR� VH� KRXYHU� ³LQWHUHVVH� S~EOLFR� GHYLGDPHQWH� MXVWLILFDGR´�� 6H�
não houver esse interesse, deverá ser promovida a licitação e no 
instrumento contratual deverá conter cláusula de reversão do bem 
ao doador caso o donatário descumpra o encargo. 
 (c) Permuta por outro imóvel que atenda aos requisitos 
constantes do inciso X do art. 24 da Lei Geral (imóvel destinado ao 
atendimento das finalidades precípuas da Administração e cujas 
necessidades de instalação e localização condicionem a escolha). Essa 
hipótese encontra-se com sua eficácia suspensa por força do mesmo 
julgamento acima mencionado. 
(d) Investidura, que quer dizer a alienação a proprietários de 
imóveis vizinhos da área remanescente de obra pública inaproveitável 
isoladamente ou a alienação aos legítimos possuidores de imóveis para 
fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas 
hidrelétricas. É bom observar que, no primeiro caso, não é dispensada a 
licitação caso o imóvel seja de valor superior a R$ 40.000,00. 
(e) Venda a outro órgão ou entidade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo. Nesse ponto, vale incluir 
também a previsão do § 2º do art. 17 da Lei nº 8.666/93, que 
GHWHUPLQD� D� OLFLWDomR� GLVSHQVDGD� SDUD� D� FRQFHVVmR� GH� ³WLWXOR� GH�
SURSULHGDGH� RX� GH� GLUHLWR� UHDO� GH� XVR� GH� LPyYHLV´� TXDQGR� R� XVR�
destinar-se a outro órgão ou entidade da Administração Pública. 
(f) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bensimóveis 
residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no 
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de 
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interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da 
administração pública. 
Esse dispositivo fundamenta a desnecessidade de licitação para a 
distribuição de casas populares e a destinação das terras 
desapropriadas para a realização da reforma agrária. 
(g) Procedimentos de legitimação de posse daqueles que 
moram nas terras devolutas da União e que as tornaram 
produtivas com o seu trabalho e de sua família. O ocupante recebe 
licença de ocupação se preenchidos os requisitos dos arts. 29 e 
seguintes da Lei nº 6.383/76 e, após o prazo da licença, ele terá o 
direito de preferência na aquisição do lote pelo valor histórico da terra 
nua. 
(h) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão 
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 
m² e inseridos no âmbito de programas de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou 
entidades da administração pública. 
(i) Alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou 
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde 
incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais ou mil e 
quinhentos hectares, para fins de regularização fundiária. Nesse caso, 
além da licitação, é dispensada também a autorização legislativa, desde 
que cumpridos os requisitos legais insertos nos §§ 2º-A e 2º-B do 
dispositivo em comento. 
Já quanto aos bens móveis, as hipóteses de licitação dispensada 
são (art. 17, II da Lei 8.666/93): 
(a) Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse 
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-
econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação. 
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(b) Permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades 
da Administração Pública. No julgamento da medida cautelar na ADI 
���� SHOR� 67)�� IRL� VXVSHQVD� D� HILFiFLD� GD� H[SUHVVmR� ³SHUPLWLGD�
H[FOXVLYDPHQWH� HQWUH� yUJmRV� RX� HQWLGDGHV� GD� $GPLQLVWUDomR� 3~EOLFD´�
para os Estados, Distrito Federal e Municípios. 
(c) Venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, 
observada a legislação específica. Nesse ponto, Gasparini (2008, p. 
519) informa que a operação de venda de ações é feita por meio de 
corretoras. Para a escolha dessa corretora, o autor entende que é 
obrigatória a licitação se a hipótese não se enquadrar nas situações 
previstas no art. 24 da Lei nº 8.666/93. 
(d) Venda de títulos, na forma da legislação pertinente. 
(e) Venda de bens produzidos ou comercializados por 
órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de 
suas finalidades. Em razão desse dispositivo, as empresas estatais 
que exploram atividades econômicas não precisam licitar para vender 
os bens ou serviços que produzem ou prestam. 
f) Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou 
entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por 
quem deles dispõe, ou seja, pode um órgão ou ente vender a outro 
determinado bem que está em seu estoque e não será utilizado. 
 
 
 
 
29. (CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) Para ser 
considerada válida, a alienação de bens da administração pública deve, 
necessariamente, ser precedida de avaliação, autorização legislativa e 
licitação, além de ser subordinada à existência de interesse público 
devidamente justificado. 
Questão de 
concurso 
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Como acabamos de estudar, a regra geral, é de que as alienações 
são contratadas mediante processo de licitação pública, ressalvados 
os casos previstos na legislação, ou seja, não NECESSARIAMENTE 
deverá ocorrer licitação. Vale lembrar que apenas os bens imóveis 
dependem de autorização legislativa para serem alienados, já que a 
questão menciona "bens da administração pública", sem distinguir entre 
móveis e imóveis. 
Gabarito: Errado. 
 
30. (CESPE - 2010 - MS - Técnico) Caso a administração pública 
pretenda vender bens móveis, tal alienação estará subordinada à 
existência de interesse público devidamente justificado, será precedida 
de avaliação e de licitação e dependerá de autorização legislativa para 
órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais. 
Muito cuidado! A questão trata de bens móveis. Nesse caso não 
há necessidade de autorização legislativa. Daí a incorreção da 
questão. 
Gabarito: Errado. 
 
3.3 Licitação Dispensável 
 
As hipóteses taxativas de licitação dispensável estão no art. 24 da 
Lei nº 8.666/93. 
Marçal Justen Filho (2008, p. 288), tendo por parâmetro a relação 
de custo/benefício na realização ou não da licitação, organiza as 
hipóteses previstas no dispositivo supramencionado da seguinte 
maneira: (a) custo econômico da licitação: o custo econômico de licitar 
é superior ao benefício auferível (incisos I e II); (b) custo temporal da 
licitação: a demora na contratação acarretará sua ineficácia (incisos III, 
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IV, XII e XVIII); (c) ausência de potencial benefício em licitar (incisos V, 
VII, VIII, XI, XIV, XVII, XVIII, XXVI, XXVIII e XXIX); (d) destinação da 
contratação: a contratação não é norteada pelo critério da vantagem 
econômica, mas por fins outros que o Estado deseja realizar (incisos VI, 
IX, X, XIII, XV, XVI, XIX, XX, XXI, XXIV, XXV, XXVII e XXX); (e) inciso 
que não se enquadra em qualquer categoria: XXII. 
Agrupadas as hipóteses de licitação dispensável, passa-se à análise 
das mais importantes. 
Aquisições cujo valor não superam o limite legal (incisos I e 
II); 
O art. 24, I, da Lei nº 8.666/93, diz que é dispensável a realização 
GH�OLFLWDomR�³SDUD�REUDV�H�VHUYLoRV�GH�HQJHQKDULD�GH�YDORU�DWp�����GR�
SUHYLVWR�SDUD�D�PRGDOLGDGH�FRQYLWH� �DUW������ ,�� µD¶���GHVGH�TXH�QmR�VH�
refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras 
e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser 
UHDOL]DGDV�FRQMXQWD�H�FRQFRPLWDQWHPHQWH´� 
2�LQFLVR�,,��SRU�VXD�YH]��GLVSHQVD�D�OLFLWDomR�³SDUD�RXWURV�VHUYLoRV�H�
compras de valor até 10% do previsto para a modalidade convite(art. 
����,,��µD¶��H�SDUD�DOLHQDo}HV��QRV�FDVRV�SUHYLVWRV�QHVta Lei, desde que 
não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação 
GH�PDLRU�YXOWR�TXH�SRVVD�VHU�UHDOL]DGD�GH�XPD�Vy�YH]´� 
Desse modo, DECORE AS SEGUINTES INFORMAÇÕES E NÃO SE 
ESQUEÇA DELAS NO MOMENTO DA SUA PROVA! 
É dispensável a licitação quando o valor previsto para a 
contratação for igual ou inferior a R$ 15.000,00 para obras e 
serviços de engenharia ou R$ 8.000,00 para outros bens e serviços. 
Esse valor é dobrado para as licitações realizadas por consórcios 
públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por 
autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências 
Executivas (comando do parágrafo único do art. 24). 
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É importante observar que o administrador não pode fracionar a 
sua demanda de forma a enquadrar o objeto que pretende contratar 
dentro dos valores máximos definidos pela lei para a dispensa. 
Situações excepcionais (incisos III, IV e IX); 
Em casos de guerra (conflito que põe em risco a soberania, 
declarado pelo Presidente da República com autorização ou referendo 
do Congresso Nacional), grave perturbação da ordem (situações que 
podem gerar o estado de defesa e o estado de sítio) e risco à segurança 
nacional (nos casos estabelecidos por decreto presidencial, conforme 
regulamentação do Decreto nº 2.295/97), a licitação pode ser 
dispensada. 
A emergência e a calamidade pública (inciso IV) também são 
KLSyWHVHV� GH� OLFLWDomR� GLVSHQViYHO� ³TXDQGR� FDUDFWHUL]DGD� XUJrQFLD� GH�
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer 
a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, 
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao 
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas 
de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 
180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da 
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos 
respectivos contratos´� 
ATENÇÃO PARA: 
x Objeto: só para os bens suficientes para afastar o risco 
concreto, iminente e grave; 
x O prazo da obra: máximo 180 dias; 
x A vedação à prorrogação dos contratos emergenciais. 
IMPORTANTE: O administrador não pode fundamentar a 
contratação de bem ou serviço nesse dispositivo se a situação 
emergencial decorre de falta de planejamento ou de desídia da 
própria administração (TCU, Acórdão 771/2005 ± 2ª Câmara). Se a 
contratação emergencial foi realizada com esse fundamento, deverá ser 
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apurada a responsabilidade do servidor que deu causa à má gestão ou 
atuou com desídia. 
Licitação frustrada ou deserta (inciso V); 
É dLVSHQViYHO� D� OLFLWDomR� TXDQGR� ³QmR� DFXGLUHP� LQWHUHVVDGRV� j�
licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem 
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as 
FRQGLo}HV�SUHHVWDEHOHFLGDV´� 
ATENÇÃO! Nesse ponto, vale destacar a Orientação 
1RUPDWLYD�$*8� Qž� ���� GH� ������������ QR� VHQWLGR� GH� TXH� ³Não se 
dispensa licitação, com fundamento nos incs. V e VII do art. 24 da Lei 
nº 8.666, de 1993, caso a licitação fracassada ou deserta tenha sido 
realizada na modalidade convite´�� 
Licitação fracassada (inciso VII); 
3RGH�D�DGPLQLVWUDomR�FRQWUDWDU�FRP�GLVSHQVD�GH�OLFLWDomR�³TXDQGR�
as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente 
superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis 
com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, 
observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a 
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por 
YDORU�QmR�VXSHULRU�DR�FRQVWDQWH�GR�UHJLVWUR�GH�SUHoRV��RX�GRV�VHUYLoRV´� 
É fracassada a licitação quando todos os licitantes que 
comparecem ao certame são desclassificados (caso do inciso em 
comento) ou inabilitados. 
O administrador deve observar, ainda, que a aplicabilidade do 
dispositivo em questão está condicionado ao atendimento do 
procedimento descrito no atual § 3º do art. 48 da Lei nº 8.666/93, ou 
seja, a administração deverá fixar o prazo de 8 dias úteis para que os 
licitantes apresentem novos documentos ou propostas, conforme o 
caso. 
Aquisição de bens ou serviços de entidade que integra a 
Administração Pública (inciso VIII); 
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Quanto a essa hipótese, a lei deixa claro que o órgão ou entidade 
prestador do serviço ou produtor do bem deve ser sido criado para esse 
fim específico e em data anterior à vigência da Lei nº 8.666/93. Além 
disso, o preço contratado deve ser compatível com o praticado no 
mercado. 
CUIDADO! Esse órgão ou entidade que venderá sem licitação não 
pode ser empresa pública ou sociedade de economia mista que exerça 
atividade econômica, diante da norma constitucional expressa no art. 
173, § 2º, da CF, segundo a qual não é possível conceder a essas 
empresas estatais benefícios não extensíveis às empresas privadas. 
Compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das 
finalidades precípuas da administração (inciso X); 
Nesse caso, a dispensa é autorizada em razão das características 
do imóvel que a Administração pretende ocupar. Essa dispensa somente 
pode ser aceita se as condições de localização e instalação forem 
essenciais para o interesse público e se o preço for compatível com o 
praticado no mercado, segundo avaliação prévia. 
Contratação de objeto remanescente (inciso XI); 
É também expressa a possibilidade de a Administração dispensar a 
licitação para a contratação de remanescente de obra, serviço ou 
fornecimento. Para isso, devem ser preenchidos os seguintes requisitos: 
(a) o bem anteriormente contratado não foi executado em sua 
integralidade; (b) houve rescisão do primeiro contrato celebrado; (c) o 
segundo licitante mais bem colocado no certame deve aceitar as 
mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto 
ao preço; (d) o preço pode ser corrigido. Destaca-se, por último, que a 
Administração pode chamar o terceiro colocado no certame ± e assim 
sucessivamente ± se o segundo colocado não concordar em aceitar as 
mesmas condições do licitante vencedor. 
Contratação de instituição brasileira de fim específico 
(inciso XIII); 
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Essa contratação somente pode ser realizada sem licitação se essa 
instituição brasileira foi constituída para a pesquisa, ensino, 
desenvolvimento institucional ou para a recuperação social do 
preso. 
Outros dois requisitos impostos pela norma são: essa instituição 
deve ter reputação ético-profissional inquestionável e não pode ter fins 
lucrativos. 
Esse é o fundamento usado pela Administração para a contratação 
direta da maioria das instituições responsáveis pela elaboração de 
concursos públicos no Brasil. 
Outras hipóteses que merecem ser mencionadas; 
Também é dispensável a licitação na aquisição ou restauração de 
obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde 
que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade 
(inciso XV); na contratação de associação de portadores de deficiência 
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a 
prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o 
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado (inciso 
XX); na contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica 
e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, 
segundo as normas da legislação específica (inciso XXII); na 
contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia 
mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou 
alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o 
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado (inciso 
XXIII); na celebração de contratos de prestação de serviços com as 
organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de 
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão (inciso 
XXIV). 
Com relação ao inciso XXIII, o TCU editou a súmula 265, no 
seguinte sentido: 
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As hipóteses mais recentes de licitação dispensável, 
incluídas por outras leis a partir de 2004, merecem ser 
destacadas: na contratação realizada por Instituição Científica e 
Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de 
tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de 
criação protegida (inciso XXV); na celebração de contrato de programa 
com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, 
para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos 
em que autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de 
cooperação (inciso XXVI); na contratação da coleta, processamento e 
comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, 
em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por 
associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas 
físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores 
de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com 
as normas técnicas, ambientais e de saúde pública (inciso XXVII); para 
o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, 
que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e 
defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente 
designada pela autoridade máxima do órgão (inciso XXVIII); na 
aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos 
contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em 
operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao 
preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo 
Comandante da Força (inciso XXIX). 
A contratação de subsidiárias e controladas com fulcro no art. 24, 
inciso XXIII, da Lei nº 8.666/93 somente é admitida nas hipóteses em que 
houver, simultaneamente, compatibilidade com os preços de mercado e 
pertinência entre o serviço a ser prestado ou os bens a serem alienados ou 
adquiridos e o objeto social das mencionadas entidades. 
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Os últimos dispositivos incluídos/alterados no art. 24 da Lei 
nº 8.666/93 são o XXX, segundo o qual, é dispensável a licitação na 
contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou 
sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica 
e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica 
e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, 
instituído por lei federal (redação dada pela Lei nº 12.188/2.010) e o 
XXI, que dispensa a licitação para a aquisição de bens e insumos 
destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com 
recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras 
instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse 
fim específico (redação dada pela Lei nº 12.349/2.010). 
 
 
 
 
31. (CESPE-2015- FUB - Engenheiro Civil) As situações de 
emergência ou de calamidade pública justificam a inexigibilidade da 
licitação. 
Acabamos de estudar!! A emergência e a calamidade pública 
(inciso IV) WDPEpP� VmR� KLSyWHVHV� GH� OLFLWDomR� GLVSHQViYHO� ³TXDQGR�
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar 
prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, 
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para 
os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou 
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser 
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos 
e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, 
YHGDGD�D�SURUURJDomR�GRV�UHVSHFWLYRV�FRQWUDWRV´� 
Gabarito: Errado. 
Questões de 
concurso 
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32. (CESPE- 2015- MPU- Analista do MPU) A contratação de 
serviços técnicos, de natureza singular, com profissionais ou empresas 
de notória especialização, insere-se entre as hipóteses de licitação 
dispensável. 
Vimos todas as hipóteses de licitação dispensável, conforme art. 24 
da Lei 8.666/90 e a situação tratada não está inserida nesse rol. Mas 
como veremos a seguir refere-se a licitação inexigível. 
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, 
em especial: 
a) II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta 
Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória 
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e 
divulgação; 
 
Gabarito: Errada. 
 
33. (CESPE - 2013 - MI - Todos os Cargos) Em caso de grave 
perturbação da ordem interna, é dispensável a realização de processo 
licitatório pela administração pública para a celebração de contratos. 
Questão terrível!Por mais que a lei disponha: 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; 
 
O Cespe considerou a questão errada!! Olha a justificativa dada 
pela banca: "Na situação descrita pelo item, não é dispensável a 
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realização de processo licitatório, e sim da licitação. Diante disso, opta-
se pela alteração do gabarito." 
Gabarito: Errado. 
 
34. (CESPE/2013/MPU/Técnico Administrativo) É dispensável a 
licitação para a aquisição, com recursos concedidos pelo Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, de bens 
destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica. 
 Artigo 24 da lei 8666: 
 
Gabarito: Correto 
 
35. (CESPE ± 2013 ± ANTT- Gabinete) O almoxarifado da ANTT 
comunicou à autoridade superior do órgão a necessidade de aquisição 
de materiais de escritório, tais como canetas, lápis e papel, e, depois de 
autorizada a contratação, o procedimento foi encaminhado ao setor de 
contratações do órgão, para a realização de licitação. A partir dessa 
situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
Se, depois de realizada pesquisa de preços de mercado, verificar-
se que o valor da contratação é inferior a R$ 8.000,00, a administração 
poderá dispensar a licitação e celebrar um contrato diretamente com o 
fornecedor de sua escolha. 
Um dos critérios adotados pelo legislador foi o do custo de uma 
licitação. O caso descrito no comando do item se enquadra em 
XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à 
pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, 
pela Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa 
credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. 
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hipótese de licitação dispensável - até 8 mil reais. O item está 
CORRETO, portanto. 
Gabarito: Certo. 
 
36. (2013/CESPE/MPU/TÉCNICO) É dispensável a licitação para 
a aquisição, com recursos concedidos pelo Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, de bens destinados 
exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica. 
Vejamos o que diz a Lei. Art. 24. É dispensável a licitação: (...) 
 
 
Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: Certo. 
 
37. (CESPE - 2013 - TCE-RO ± Contador) Os casos de dispensa 
de licitação tratados pelo legislador na Lei n. o 8.666/1993 não são 
taxativos, podendo o rol legal desses casos ser ampliado pelo 
administrador. 
Como estudamos, o rol da contratação direta por dispensa de 
licitação é de natureza EXAUSTIVA, TAXATIVA, NUMERUS CLAUSUS, 
isto é, não cabe ao Administrador sequer cogitar de uma dispensa, se 
esta não encontrar expressa previsão legal. Daí a incorreção da 
questão. 
Gabarito: Errado. 
 
XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a 
pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, 
FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas 
pelo CNPq para esse fim específico. 
 
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38. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) 
Configura-se a inexigibilidade de licitação quando a União é obrigada a 
intervir no domínio econômico para regular preço ou normalizar o 
abastecimento. 
Como acabamos de estudar, trata-se de licitação dispensável. 
Gabarito: Errado. 
 
39. (CESPE/2010/TRT21ªRegião(RN)/Analista Judiciário/Área 
Administrativa) A administração pública é dispensada de realizar 
certame licitatório nas compras de hortifrutigranjeiros. 
A hipótese mencionada não trata de licitação dispensada, mas sim 
de licitação dispensável. Além disso, essa hipótese não é irrestrita, 
conforme se observa da leitura do art. 24, XII, da Lei 8.666: 
 
 
 
40. (CESPE/2011/STM/Cargos de Nível Médio/Conhecimentos 
Básicos/Cargos 25 e 26) As diversas situações em que é possível aplicar 
a hipótese de dispensa de licitação prevista na Lei n.º 8.666/1993 
incluem a caracterizada pela urgência concreta e efetiva de 
atendimento a situação decorrente de estado emergencial ou 
calamitoso, visando afastar risco de danos a bens, à saúde ou à vida 
das pessoas. 
 
É dispensável a licitação: 
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros 
perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios 
correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; 
 
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O item aborda dispositivo comentado acima, qual seja, o art. 24, 
IV, da Lei nº 8.666/93, que trata da licitação dispensável para a 
contratação de obras, serviços, equipamentos e bens em caso de 
emergência. Item correto. 
 
 
3.4 Licitação Inexigível 
 
Atenção para essa parte inicial da explicação, meu caro aluno. Se 
você entender a razão de ser da licitação inexigível, você estará com a 
faca e o queijo na mão. 
Para a realização da licitação, alguns pressupostos são exigidos. A 
pluralidade de fornecedores no mercado é o pressuposto essencial 
(pressuposto lógico), se não houver um número mínimo de dois 
fornecedores para um mesmo bem ou serviço, não há razão para se 
instaurar o procedimento licitatório. Por isso, nas hipóteses em que o 
bem tiver natureza singular ou o fornecedor for exclusivo, não se deve 
realizar a licitação. 
Noutro giro, a licitação não é um fim em si mesmo, mas um 
instrumento para se adquirir bens ou serviços atendendo ao interesse 
público (pressuposto jurídico). Assim, não se deve promover a licitação 
quando ela significar afronta ao interesse público. Por essa razão, é 
inexigível a realização da licitação para a aquisição de insumos ou 
alienação dos produtos produzidos pelas empresas estatais no exercício 
da sua atividade-fim, uma vez que a realização desse procedimento 
tiraria essas empresas do mercado competitivo na qual estão inseridas. 
 Por fim, se não há licitantes interessadas em disputar uma 
licitação, não há como realizá-la (inexistência de pressuposto fático). 
A Lei 8.666/93, ao tratar das hipóteses de inexigibilidade de 
licitação, não abordou a questão sob o enfoque dos pressupostos acima 
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indicados, disse, simplesmente, que é inexigível a licitação quando a 
competição for inviável, apresentando um rol exemplificativo para 
ilustrar hipóteses em que há essa inviabilidade. 
Os pressupostos lógico, jurídico e fáticos servem como 
parâmetros para que o intérprete preencha o rol aberto 
apresentado no art. 25 da referida lei. 
Esse rol, em essência, diz que é inexigível a licitação nos seguintes 
casos. 
(a) Quando o objeto é fornecido por produtor, empresa ou 
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de 
marca. 
Nesse caso, a comprovação da exclusividade deve ser feita através 
de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em 
que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, 
Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, por entidades 
equivalentes. 
ATENÇÃO! A contratação direta com esse fundamento somente 
pode ocorrer para a compra de bens. Assim, os serviços não podem ser 
contratados sem licitação com a justificativa de que são prestados por 
fornecedor exclusivo. A contratação de serviço sem licitação em razão 
da inviabilidade de competição somente se sustenta quando esse 
serviço tem natureza singular. É a hipótese do inciso II do art. 25. 
(b) Quando os serviços, de natureza singular, são prestados 
por profissionais ou empresas de notória especialização, vedada 
a inexigibilidade para os serviços de publicidade. 
Os serviços técnicos especializados estão enumerados no art. 13 da 
Lei 8.666/93. À guisa de exemplo, destacam-se os incisos I, II, V e VI: 
estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; 
pareceres, perícias e avaliações em geral; patrocínio ou defesa de 
causas judiciais ou administrativas; treinamento e aperfeiçoamento de 
pessoal. 
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Isso não quer dizer, contudo, que todos os serviços especializados 
arrolados no art. 13 podem ser contratados de forma direta. A regra é a 
licitação e a contratação desses serviços, preferencialmente, na 
modalidade concurso, com estipulação prévia de prêmio ou 
remuneração (art. 13, § 1º). 
Professor, há algum serviço que não está no rol do art. 13, mas 
que pode ser contratado por inexigibilidade? 
Sim, meus caros, os serviços que não estão no rol do art. 13 
também podem ser contratados diretamente, desde que preencham os 
requisitos do caput do art. 25. 
Então qual é o critério para eu saber se posso usar ou não a 
inexigibilidade para contratar, professor? 
A licitação só será inexigível se a competição for inviável no 
caso concreto, ou seja, se o serviço possuir natureza singular ± 
visivelmente diferenciado dos demais profissionais do ramo ± e for 
prestado por profissional ou empresa de notória especialização. 
Essa notória especialização é assim auferida: 
 
 
 
 
 
 
Por fim, ATENÇÃO MÁXIMA para a vedação expressa constante do 
trecho final da redação do inciso II do art. 25: 
 
 
 
 
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou 
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de 
desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, 
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com 
suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e 
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do 
contrato. 
 
Os serviços de publicidade e divulgação não podem ser 
contratados de forma direta. 
 
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(c) Quando a contratação envolve profissional de qualquer 
setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada 
ou opinião pública. 
Nessa hipótese, a licitação torna-se especialmente difícil diante da 
impossibilidade de se fixar critérios objetivos para a escolha da melhor 
proposta. As características dos artistas são personalíssimas e únicas. 
Não podemos encerrar o estudo das inexigibilidades sem 
apresentar o disposto no art. 25, § 2º, da Lei nº 8.666/93: 
 
 
 
 
 
Haverá também crime se o agente dispensar ou inexigir licitação 
fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as 
formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade (art. 89 da 
mesma lei). A infração penal alcança todos que se beneficiaram do ato 
ilegal. 
 
 
 
 
 
 
41. (CESPE ± 2013 ± MME ± Gerente Técnico de Projeto) Acerca 
da inexigibilidade de licitação, assinale a opção correta. 
 
a- É exigível a realização de licitação para a contratação de 
profissional do setor musical consagrado pela opinião pública e pela 
crítica especializada. 
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, 
se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano 
causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o 
agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. 
 
Questão de 
concurso 
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b- O extrato contratual e o ato administrativo que autoriza a 
inexigibilidade de licitação devem ser publicados na imprensa oficial. 
c- As hipóteses de inexigibilidade previstas na Lei n.º 
8.666/1993 são taxativas. 
d- De acordo com o TCU, nas contratações em que o objeto só 
possa ser fornecido por produtor exclusivo, é dever do agente público 
responsável pela contratação a adoção das providências necessárias 
para confirmar a veracidade da documentação comprobatória da 
condição de exclusividade. 
e- Suponha que a administração pública pretenda realizar a 
contratação de serviço de consultoria técnica de publicidade e 
divulgação, de natureza singular, com empresa de notória 
especialização. Nessa situação, em razão da inviabilidade de 
competição, a licitação é inexigível. 
 
Letra (A). É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de 
competição, em especial para contratação de profissional de qualquer 
setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde 
que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública (art. 
25, inciso III, da Lei nº 8.666/93). Logo, está INCORRETA. 
Letra (B). Não há essa exigência na lei. Logo, está INCORRETA. 
Letra (C). As hipóteses de inexigibilidade são exemplificativas. 
Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). Está de acordo com a Súmula nº 255 do TCU. Logo, esta 
CORRETA. 
Letra (E). É inexigívela licitação quando houver inviabilidade de 
competição, em especial para a contratação de serviços técnicos, de 
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória 
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e 
divulgação (art. 25, inciso II, da Lei nº 8.666/93). Logo, está 
INCORRETA. 
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Resposta: letra D 
 
42. (2013/CESPE/MME/Analista-licitação) A situação de 
inexigibilidade de licitação é caracterizada por 
A apresentação de preços manifestamente acima dos praticados no 
mercado nacional. 
B licitação anteriormente frustrada ou deserta. 
C realização de compras e serviços de baixo valor. 
D notória especialização de profissionais ou empresas. 
E contratação de entidades sem fins lucrativos. 
 
Letra A: ERRADA. Constitui hipótese de licitação dispensável 
contida no inc. VII do art. 24 da Lei 8.666/1993. Lembre-se que para 
que seja possível a contratação direta, deve-se abrir prazo para que os 
licitantes possam apresentar novas propostas, corrigindo, assim, 
possíveis irregularidades. Caso todos sejam novamente 
desclassificados, será permitida a contratação direta. 
Letra B: ERRADO. Dispensa (não inexigibilidade) de licitação 
prevista no inc. V do art. 24 da Lei 8.666/1993. 
Letra C: ERRADO. Dispensa (não inexigibilidade) de licitação 
prevista nos inc. I e II e § 1o do art. 24 da Lei 8.666/1993. 
Letra D: O caso acima é chamado comumente na doutrina de 
contratação direta por notória especialização, para a qual há três 
condicionantes: o serviço tem de ter natureza singular; tem de estar 
dentre os enumerados no art. 13 da Lei 8.666/1993; e, tem de ser com 
profissionais ou empresas de notória especialização. 
Letra E: ERRADO. Dispensa (não inexigibilidade) de licitação 
prevista no inc. V do art. 24 da Lei 8.666/1993. 
Gabarito: D 
 
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43. (2013/CESPE/TELEBRAS/Analista Administrativo) Em caso 
de inexigibilidade de licitação, deve-se realizar necessariamente a 
contratação direta. 
Não há liberdade nos casos de inexigibilidade, isto é, toda vez que 
houver inviabilidade de licitação, esta será inexigível. A inexigibilidade, 
portanto, constitui hipótese de vinculação, já que não haverá 
discricionariedade por parte da Administração. Portanto, correta a 
questão. 
Gabarito: CERTO. 
44. (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) A 
contratação de profissional do setor artístico, consagrado pela crítica 
especializada ou pela opinião pública, poderá ser feita com dispensa de 
prévio procedimento licitatório. 
 
Quando a contratação envolve profissional de qualquer setor 
artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou opinião 
pública, a licitação é inexigível, e não dispensada. 
Gabarito: Errado. 
 
45. (CESPE ± 2013 ±TC-DF ± Proc) A administração pública 
poderá, excepcional e motivadamente, mesmo quando contar com 
consultoria jurídica própria, contratar advogados mediante licitação, 
exceto quando for notável o saber jurídico do advogado e 
absolutamente singular o serviço a ser prestado. 
 
Admite-se a contratação de serviços advocatícios, por serem 
técnicos especializados, desde que, os serviços advocatícios sejam 
singulares, além de o profissional ter notoriedade. Portanto, a 
questão está correta. 
Gabarito: Certo 
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46. (2013/CESPE/CNJ/Analista Jud.) O fato de o fornecedor 
deter a patente de um produto torna a licitação inexigível, conforme a 
lei de regência. 
Muito cuidado com essa questão. O fundamento da inexigibilidade 
de licitação é a inviabilidade de competição. No caso em tela, não se 
pode afirmar que não seja possível competição. Imagine que se 
houvesse outros produtos equivalentes àquele cujo qual o fornecedor 
detenha a patente. Nesse caso seria possível a licitação. Portanto, a 
questão está incorreta. 
Gabarito: Errado 
 
47. (CESPE - 2013 - Polícia Federal - Perito Criminal Federal - 
Conhecimentos Básicos) Haverá dispensa de licitação nos casos em que 
houver fornecedor exclusivo de determinado equipamento. 
Em caso de fornecedor exclusivo, a licitação será inexigível. 
Portanto, questão errada. 
Gabarito: Errado 
 
48. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) Caso haja 
inviabilidade de competição, a licitação será dispensável. 
 
Vimos que a razão de ser da inexigibilidade de licitação é a 
inviabilidade de competição. Assim, a questão está errada, pois afirmou 
que essa é uma hipótese de licitação dispensável. 
Gabarito: Errado 
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4) RESUMO 
 
Vamos aos principais pontos abordados nesta nossa aula. 
Primeiramente vamos falar das modalidades de licitação. 
As três primeiras modalidades da Lei nº 8.666/93 podem ser 
resumidas no seguinte quadro: 
Modalidades Critérios Valores Participantes Prazos mínimos 
entre a última 
publicação do 
edital ou convite e 
o recebimento das 
propostas 
Publicação 
Concorrência 
(maior vulto) 
 
Valor e 
outros 
(imóveis, 
concessões, 
empreitada 
integral etc.) 
- engenharia: 
maior que R$ 
1.500.000,00 
- outros bens e 
serviços: maior 
que R$ 
650.000,00 
Quaisquer 
interessados, 
observados os 
requisitos do 
edital. 
- 45 dias: 
empreitada 
ŝŶƚĞŐƌĂů�Ğ� 币甁ḁ漁威?ƌ�
ƚĠĐŶŝĐĂ 开 Ğ� ?ƚĠĐŶŝĐĂ�
Ğ�ƉƌĞĕŽ ? 
- 30 dias: 
demais casos 
Publicação 
do edital na 
imprensa 
oficial e em 
jornal diário 
de grande 
circulação. 
 
Tomada 
de 
Preços 
(médio vulto) 
Valor - engenharia: 
entre 
150.000,00 e R$ 
1.500.000,00 
- outros bens e 
serviços: entre 
R$ 80.000,00 e 
R$ 650.000,00 
Todos 
interessados 
cadastrados e os 
que requereram 
cadastramento 
em até 3 dias 
antes do 
recebimento das 
propostas. 
- 30 dias: 
 币甁?ůŚŽƌ�ƚĠĐŶŝĐĂ 开 Ğ�
 ?ƚĠĐŶŝĐĂ�Ğ�ƉƌĞĕŽ ? 
- 15 dias: 
demais casos 
Publicação 
do edital na 
imprensa 
oficial e em 
jornal diário 
de grande 
circulação. 
 
Convite 
(menor vulto) 
Valor - engenharia: 
até R$ 
150.000,00 
- outros bens e 
Convidados (no 
mínimo 3) e 
cadastrados que 
manifestarem 
5 dias úteis 
 
Fixação emlocal 
próprio e 
admite-se a 
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serviços: até R$ 
80.000,00 
interesse em até 
24 horas antes do 
recebimento das 
propostas. 
publicação 
na imprensa 
oficial 
Concurso ³p�D�PRGDOLGDGH�GH�OLFLWDomR�HQWUH�TXDLVTXHU�LQWHUHVVDGRV�
para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme 
critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com 
DQWHFHGrQFLD�PtQLPD�GH�����TXDUHQWD�H�FLQFR��GLDV´ (art. 22, § 4º, da 
Lei nº 8.666/93). 
Leilão, conforme definição do art. 22, § 5.º, da Lei 8.666/1993, é a 
modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de 
bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados (=empenhados, segundo 
Marinela), ou para a alienação de bens imóveis oriundos de 
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o 
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
 
A doutrina (Bandeira de Mello, 2007, p. 558), usualmente, divide o 
procedimento licitatório em duas etapas, a interna e a externa. A 
primeira é aquela em que os servidores responsáveis pelo certame 
praticam todos os atos necessários à sua abertura, anteriores à 
convocação dos interessados. Já a etapa externa inicia-se com a 
publicação do edital ou o envio dos convites, sendo constituída da 
fase subjetiva e da fase objetiva. 
Na fase subjetiva ocorre a análise da condição dos interessados 
por meio da habilitação ou da qualificação dos proponentes, quando é 
verificado o preenchimento dos requisitos constantes do art. 27 da Lei 
8.666/1993. Na fase objetiva, dois importantes estágios são 
percorridos: a análise e o julgamento das propostas. 
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Os tipos de licitação estão definidos no § 1.º do art. 45 da Lei 
Geral de forma taxativa e constituem-se em critérios de julgamento 
para a escolha do fornecedor que melhor atenda a Administração. São 
eles: 
(a) menor preço ± quando o critério de seleção da proposta mais 
vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o 
licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do 
edital ou convite e ofertar o menor preço; 
(b) melhor técnica ± a Administração fixa o preço máximo que 
pretende pagar, os fornecedores apresentam um envelope com a 
proposta técnica e outro com o preço, as propostas técnicas são 
classificadas conforme os critérios do edital, são abertos os envelopes 
das propostas de preço dos fornecedores que alcançaram a valorização 
mínima, a Administração negocia, primeiramente, com aquele que 
apresentou a melhor proposta técnica tendo como referência o limite 
apresentado pela proposta de melhor preço, se o primeiro colocado não 
concordar em pagar esse preço, a Administração passa a negociar com 
a segunda melhor técnica e assim sucessivamente; 
(c) técnica e preço ± o mesmo procedimento da melhor técnica é 
adotado, acrescentando a previsão no instrumento convocatório de que 
haverá valorização das propostas de preço de acordo com as técnicas 
adotadas, de modo que os proponentes serão classificados segundo a 
média das valorizações entre a técnica e o preço, conforme pesos 
previamente estabelecidos no edital; 
(d) maior lance ou oferta ± nos casos de alienação de bens ou 
concessão de direito real de uso. 
A Lei 8.666/1993, em atenção ao princípio da transparência e, em 
última análise, da soberania popular, que constitui um dos fundamentos 
da democracia, impõe à Administração que inicie o processo licitatório 
com uma audiência pública sempre que o valor estimado para uma 
licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou 
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sucessivas for superior a cem vezes o limite previsto para a 
contratação de obras e serviços de engenharia por meio da 
concorrência (100 x R$ 1.500.000,00 = 150.000.000,00). 
Como regra, a habilitação ocorre previamente à análise das 
propostas. Nesse caso, o licitante inabilitado (desqualificado) é excluído 
do procedimento e a proposta que havia formulado nem chega a ser 
conhecida (devolve-se a ele o envelope ainda lacrado). Há casos, 
contudo, em que o edital de uma concorrência pode prever a 
inversão das fases de habilitação e julgamento. Essa 
possibilidade está presente nas PPPs e nas concessões de 
serviço público em geral. 
 
A Lei 8.666/93 traz hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de 
licitação. A doutrina divide as hipóteses legais de dispensa em licitação 
dispensada e licitação dispensável. 
 
Licitação inexigível Competição inviável 
Licitação dispensada A lei veda a licitação 
Licitação dispensável O administrador pode não 
fazer 
 
Casos em que a licitação é expressamente dispensada por lei (art. 
17, I da Lei 8.666/93) para a disposição de bens imóveis pela 
Administração, são eles: 
(a) Dação em pagamento. 
(b) Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, 
ressalvado o disposto nas alíneas (f), (h) e (i). 
(c) Permuta por outro imóvel que atenda aos requisitos 
constantes do inciso X do art. 24 da Lei Geral (imóvel destinado ao 
atendimento das finalidades precípuas da Administração e cujas 
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necessidades de instalação e localização condicionem a escolha). Essa 
hipótese encontra-se com sua eficácia suspensa por força do mesmo 
julgamento acima mencionado. 
(d) Investidura, que quer dizer a alienação a proprietários de 
imóveis vizinhos da área remanescente de obra pública inaproveitável 
isoladamente ou a alienação aos legítimos possuidores de imóveis para 
fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas 
hidrelétricas. É bom observar que, no primeiro caso, não é dispensada a 
licitação caso o imóvel seja de valor superior a R$ 40.000,00. 
(e) Venda a outro órgão ou entidade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo. Nesse ponto, vale incluir 
também a previsão do § 2º do art. 17 da Lei nº 8.666/93, que 
GHWHUPLQD� D� OLFLWDomR� GLVSHQVDGD� SDUD� D� FRQFHVVmR� GH� ³WLWXOR� GH�
propriedade ou de direito UHDO� GH� XVR� GH� LPyYHLV´� TXDQGR� R� XVR�
destinar-se a outro órgão ouentidade da Administração Pública. 
(f) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis 
residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no 
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da 
administração pública. 
 (g) Procedimentos de legitimação de posse daqueles que 
moram nas terras devolutas da União e que as tornaram 
produtivas com o seu trabalho e de sua família. O ocupante recebe 
licença de ocupação se preenchidos os requisitos dos arts. 29 e 
seguintes da Lei nº 6.383/76 e, após o prazo da licença, ele terá o 
direito de preferência na aquisição do lote pelo valor histórico da terra 
nua. 
(h) Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão 
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 
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m² e inseridos no âmbito de programas de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou 
entidades da administração pública. 
(i) Alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou 
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde 
incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais ou mil e 
quinhentos hectares, para fins de regularização fundiária. Nesse caso, 
além da licitação, é dispensada também a autorização legislativa, desde 
que cumpridos os requisitos legais insertos nos §§ 2º-A e 2º-B do 
dispositivo em comento. 
Já quanto aos bens móveis, as hipóteses de licitação dispensada 
são (art. 17, II da Lei 8.666/93): 
(a) Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse 
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-
econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação. 
(b) Permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades 
da Administração Pública. No julgamento da medida cautelar na ADI 
���� SHOR� 67)�� IRL� VXVSHQVD� D� HILFiFLD� GD� H[SUHVVmR� ³SHUPLWLGD�
H[FOXVLYDPHQWH� HQWUH� yUJmRV� RX� HQWLGDGHV� GD� $GPLQLVWUDomR� 3~EOLFD´�
para os Estados, Distrito Federal e Municípios. 
(c) Venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, 
observada a legislação específica. Nesse ponto, Gasparini (2008, p. 
519) informa que a operação de venda de ações é feita por meio de 
corretoras. Para a escolha dessa corretora, o autor entende que é 
obrigatória a licitação se a hipótese não se enquadrar nas situações 
previstas no art. 24 da Lei nº 8.666/93. 
(d) Venda de títulos, na forma da legislação pertinente. 
(e) Venda de bens produzidos ou comercializados por 
órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de 
suas finalidades. Em razão desse dispositivo, as empresas estatais 
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que exploram atividades econômicas não precisam licitar para vender 
os bens ou serviços que produzem ou prestam. 
f) Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou 
entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por 
quem deles dispõe, ou seja, pode um órgão ou ente vender a outro 
determinado bem que está em seu estoque e não será utilizado. 
As hipóteses taxativas de licitação dispensável estão no art. 24 da 
Lei nº 8.666/93. 
Passa-se agora à revisão das hipóteses de licitação 
dispensável. 
Aquisições cujo valor não superam o limite legal (incisos I e 
II); 
Atualmente, é dispensável a licitação quando o valor previsto para 
a contratação for igual ou inferior a R$ 15.000,00 para obras e serviços 
de engenharia ou R$ 8.000,00 para outros bens e serviços. Esse valor é 
dobrado para as licitações realizadas por consórcios públicos, sociedade 
de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação 
qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas (comando do 
parágrafo único do art. 24). 
Situações excepcionais (incisos III, IV e IX); 
Carvalho Filho (2005, p. 197) ressalta que é dispensável a licitação 
em situações excepcionais. Em casos de guerra (conflito que põe em 
risco a soberania, declarado pelo Presidente da República com 
autorização ou referendo do Congresso Nacional), grave perturbação da 
ordem (situações que podem gerar o estado de defesa e o estado de 
sítio) e risco à segurança nacional (nos casos estabelecidos por decreto 
presidencial, conforme regulamentação do Decreto nº 2.295/97), a 
licitação pode ser dispensada. 
A emergência e a calamidade pública (inciso IV) também são 
KLSyWHVHV� GH� OLFLWDomR� GLVSHQViYHO� ³TXDQGR� FDUDFWHUL]DGD� XUJrQFLD� GH�
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer 
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a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, 
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao 
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas 
de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 
(cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da 
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos 
UHVSHFWLYRV�FRQWUDWRV´� 
Licitação frustrada ou deserta (inciso V); 
É dispHQViYHO� D� OLFLWDomR� TXDQGR� ³QmR� DFXGLUHP� LQWHUHVVDGRV� j�
licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem 
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as 
FRQGLo}HV�SUHHVWDEHOHFLGDV´� 
Licitação fracassada (inciso VII); 
PoGH�D�DGPLQLVWUDomR�FRQWUDWDU�FRP�GLVSHQVD�GH�OLFLWDomR�³TXDQGR�
as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente 
superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis 
com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, 
observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a 
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por 
YDORU�QmR�VXSHULRU�DR�FRQVWDQWH�GR�UHJLVWUR�GH�SUHoRV��RX�GRV�VHUYLoRV´� 
Aquisição de bens ou serviços de entidade que integra a 
Administração Pública (inciso VIII); 
Quanto a essa hipótese, a lei deixa claro que o órgão ou entidade 
prestador do serviço ou produtor do bem deve ser sido criado para esse 
fim específico e em data anterior à vigência da Lei nº 8.666/93. Além 
disso, o preço contratado deve ser compatível com o praticado no 
mercado. 
Contratação de objeto remanescente (inciso XI); 
É também expressa a possibilidade de a Administração dispensar a 
licitação para a contratação de remanescente de obra, serviço ou 
fornecimento. Para isso, devem ser preenchidos os seguintes requisitos: 
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(a) o bem anteriormente contratado não foi executado em sua 
integralidade; (b) houve rescisão do primeiro contrato celebrado; (c) o 
segundo licitante mais bem colocado no certame deve aceitar as 
mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto 
ao preço; (d) o preço pode ser corrigido. Destaca-se, por último, que a 
Administração pode chamar o terceiro colocado no certame ± e assim 
sucessivamente ± se o segundo colocado não concordar em aceitar as 
mesmas condições do licitante vencedor. 
Contratação de instituição brasileira de fim específico 
(inciso XIII); 
Essa contratação somente pode ser realizada sem licitação se essa 
instituição brasileira foi constituída para a pesquisa, ensino, 
desenvolvimento institucional ou para a recuperação social do preso. 
Por fim, revisamos as hipóteses de inexigibilidade de licitação. 
Se não há licitantes interessadas em disputar uma licitação, não há 
como realizá-la (inexistência de pressuposto fático). 
A Lei 8.666/93 prevê um rol exemplificativo para ilustrar 
hipóteses em que há essa inviabilidade. 
Esse rol, em essência, diz que é inexigível a licitação nos seguintes 
casos. 
(a) Quando o objeto é fornecido por produtor, empresa ou 
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de 
marca. 
(b) Quando os serviços, de natureza singular, são prestados 
por profissionais ou empresas de notória especialização, vedada 
a inexigibilidade para os serviços de publicidade. 
 (c) Quando a contratação envolve profissional de qualquer 
setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada 
ou opinião pública. 
 
 
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5) Questões 
 
 
 
 
1. (CESPE ± 2015 ± TER/GO ± Técnico Judiciário) Com exceção das 
sociedades de economia mista, que ² devido à participação da 
iniciativa privada em seu capital ² seguem regras próprias, os 
órgãos da administração indireta estão sujeitos à regra de 
licitar. 
 
Tanto a administração direta (todos os órgãos administrativos da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios no âmbito dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário, todos os Tribunais de Contas e 
órgãos do Ministério Público) como a administração indireta (autarquias, 
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas) 
se submetem à obrigatoriedade da aquisição e alienação de bens, 
produtos ou serviços por meio da licitação. 
 
Gabarito: Errada. 
 
2. (CESPE ± 2013 ± TRT 10ª região- Analista Judiciário) A 
licitação objetiva garantir o princípio constitucional da isonomia, 
selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e promover 
o desenvolvimento nacional sustentável. 
Exatamente pessoal, são esses os objetivos da licitação. 
A licitação é regida pelos princípios gerais da administração pública 
(LIMPE) e outros elegidos pelo art. 3º da Lei 8.666/1993, são eles: 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável, seleção da 
proposta mais vantajosa, isonomia, probidade administrativa, 
vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo. 
Gabarito: Correto. 
 
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3. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Agente Administrativo) É 
inconstitucional considerar como fatores de averiguação da proposta 
mais vantajosa os valores relativos a impostos pagos ao ente federativo 
que realiza a licitação. 
Como acabamos de ver: 
 
É inconstitucional o preceito segundo o qual, na análise de licitações, 
serão considerados, para averiguação da proposta mais vantajosa, entre 
outros itens, os valores relativos aos impostos pagos à Fazenda Pública 
daquele Estado-membro. 
 
Gabarito: Certo. 
 
4. (CESPE-2015-TER-GO ± Analista Judiciário) Determinado 
ente da administração pública deseja realizar procedimento licitatório 
para a contratação de serviços de segurança patrimonial armada para 
seu edifício sede. Considerando essa situação hipotética, julgue o 
próximo item. 
O valor estimado da contratação é determinante na escolha da 
modalidade licitatória a ser adotada: concorrência pública, tomada de 
preços, convite ou pregão. 
 
No que importa ao valor, as modalidades são divididas em 
concorrência, tomada de preços e convite. No que concerne à natureza, 
as modalidades são o leilão, o concurso, a concorrência (em casos 
específicos) e o pregão. 
Gabarito: Errada. 
 
5. (CESPE ± 2015 ± TRE/GO ± Técnico Judiciário) Julgue o item 
a seguir, referente a responsabilidade civil do Estado e licitações. 
 
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As modalidades de licitação incluem a concorrência, a tomada de 
preços, o convite, o concurso, o leilão e a seleção por melhor técnica e 
preço. 
 
O art. 22 da Lei 8.666/1993 define cinco modalidades de licitação: 
concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. 
Gabarito: Errado. 
 
6. (CESPE ± 2015 ± TER/GO ± Técnico Judiciário) A modalidade 
de licitação adequada deve ser definida de acordo com o objeto a ser 
adquirido ou obra a ser contratada, decisão que deve ser seguida pela 
apuração do valor total do objeto a ser licitado. 
 
As modalidades não podem ser aplicadas indistintamente. Para 
determinar qual deve ser aplicada no caso concreto, o operador do 
direito deverá se valer dos critérios do valor e das 
especificações/natureza do objeto. 
Gabarito: Errado 
 
 
7. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) Melhor técnica e 
menor preço são exemplos de modalidades de licitação. 
Pessoal, são cinco as modalidades de licitação: concorrência, 
tomada de preços, convite, concurso e leilão. Melhor técnica e 
menor preço são tipos de licitação 
Gabarito: Errado. 
 
8. (CESPE/2011/PREVIC/Analista Administrativo) O gestor 
público, mesmo visando maior garantia de concorrência e lisura entre 
os possíveis interessados, não pode combinar as modalidades de 
licitação existentes para torná-las mais eficientes e eficazes. 
 
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