Buscar

O Processo Administrativo Fiscal do Município de Barueri

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O Processo Administrativo Fiscal do Município de Barueri/SP
RECOMENDAR2COMENTAR
Publicado por Guilherme Benincasa
há 2 anos
223 visualizações
No presente artigo, será exposto de maneira descritiva e crítica o Processo Administrativo Fiscal do Município de Barueri, localizado no Estado de São Paulo contando, inclusive, com um organograma ao final para sua melhor compreensão.
O Processo Administrativo Fiscal do Município de Barueri é regido pela Lei Complementar nº 118, de 21 de novembro de 2002, que institui o Código Tributário do Município de Barueri e dá outras providências.
De acordo com a citada norma, o procedimento fiscal será organizado em forma de auto forense, em ordem cronológica e terá suas folhas e documentos rubricados e numerados, tendo início tem início com:
A lavratura de termo de início de fiscalização;
A lavratura de termo de apreensão de bens, livros ou documentos;
A lavratura de auto de infração e imposição de penalidade de multa; ou
qualquer ato da Administração que caracterize o início de apuração do crédito tributário.
Neste tocante, também dispõe a referida Lei Complementar que a exigência do crédito tributário apurado em ação fiscal será formalizada em auto de infração e imposição de penalidade de multa, sendo que, quando mais de uma infração à legislação de um tributo decorrer do mesmo fato e a comprovação do ilícito depender dos mesmos elementos de convicção, a exigência poderá ser formalizada em um só instrumento e alcançará todas as infrações e infratores.
O auto de infração e imposição de penalidade de multa será lavrado em duas ou mais vias, sendo a primeira entregue ao infrator, quando for verificada violação à legislação tributária, por ação ou omissão, ainda que não importe em evasão fiscal,
A Lei complementar ora analisada prevê certos requisitos para a lavratura do auto de infração, sendo que este deverá:
Mencionar o local, o dia e hora da lavratura;
Conter o nome e endereço do autuado e, quando existir, o número de inscrição no cadastro de contribuintes da Prefeitura;
Descrever o fato que constitui a infração e as circunstâncias pertinentes;
Indicar o dispositivo legal ou regulamentar violado e o da penalidade aplicável;
Fazer referência ao Termo de Início de Ação Fiscal - TIAF em que se consignou a infração, quando for o caso;
Conter intimação ao infrator para pagar os tributos, multas, juros de mora, indexação cabível e demais acréscimos ou apresentar defesa e provas, nos prazos previstos;
Conter a assinatura da autoridade fiscal autuante aposta sobre a indicação de seu cargo ou função;
conter a assinatura do próprio autuado ou infrator ou de seu representante, mandatário ou preposto, ou da menção da circunstância de que houve impossibilidade ou recusa de assinatura.
Importante mencionar que a ausência dos requisitos acima não necessariamente acarreta a nulidade do auto de infração, considerando as disposições da Lei Complementar em análise, que assim prevê, nos termos dos parágrafos 1º à 4º do artigo 189. Também é imperioso ressaltar a disposição do artigo 192, que prevê que "nenhum auto de infração e imposição de multa será arquivado sem despacho fundamentado da autoridade administrativa".
Partindo do pressuposto da validade do auto de infração, passemos a analisar o início do procedimento fiscal propriamente dito.
Antes de qualquer impugnação administrativa, a Lei Complementar que institui o Código Tributário do Município de Barueri prevê o instituto da consulta. Vejamos, nesse sentido, o teor do artigo 193 da referida norma:
"Artigo 193. Ao contribuinte ou responsável é assegurado o direito de consulta sobre interpretação e aplicação da legislação tributária municipal, desde que protocolada antes do início da ação fiscal e com obediência às normas adiante estabelecidas."
Tal consulta, realizada pelo contribuinte ou responsável, será formulada por petição dirigida ao Prefeito, com a apresentação clara e precisa de todos os elementos indispensáveis ao entendimento da situação de fato e com a indicação dos dispositivos legais aplicados, instruída, se necessário, com os respectivos documentos, sendo que o prazo para resposta é de até 60 (sessenta) dias.
Ainda no instituto da consulta, é importante ressaltar que nenhum procedimento fiscal será instaurado contra o contribuinte ou o responsável relativamente à espécie consultada, a partir da apresentação da consulta, até o 15º (décimo quinto) dia subsequente à data da ciência da resposta. Tal disposição gera uma segurança ao contribuinte ou responsável.
Ato contínuo, a referida lei complementar afasta os efeitos da consulta, a declarando ineficaz e determinando seu arquivamento, no caso desta ser formulada:
Em desacordo com o artigo 194[1];
Por quem estiver sob procedimento fiscal instaurado para apurar fatos que se relacionem com a matéria consultada;
Por quem tiver sido intimado a cumprir a obrigação relativa ao objeto da consulta;
Quando o fato já tiver sido objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em consulta ou litígio em que tenha sido parte o consulente;
Quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal da lei tributária;
quando não descrever, completa e exatamente, a hipótese a que se referir ou não contiver os elementos necessários à solução, salvo se a inexatidão ou omissão for expressamente declarada escusável pela autoridade julgadora.
Prosseguindo, cabe ressaltar que, quando a resposta à consulta for no sentido da exigibilidade de obrigação, cujo fato gerador já tiver ocorrido, a autoridade julgadora, ao intimar o consulente para ciência da decisão, determinará o cumprimento dessa obrigação, fixando o prazo de 15 (quinze) dias, sendo que não cabe pedido de reconsideração ou recurso de tal decisão.
Por fim, tem-se que a solução dada à consulta somente terá efeito normativo quando adotada em circular expedida pela autoridade administrativa competente, vinculando toda a Administração Municipal, com efeitos, portanto, erga omnes.
Realizada a análise do instituto da consulta previsto na Lei Complementar em análise, passemos ao procedimento do processo administrativo fiscal propriamente dito.
O processo administrativo tributário será organizado em forma de auto forense, em ordem cronológica e terá suas folhas e documentos rubricados e numerados, sendo assegurada, ao contribuinte, responsável, autuado ou representante legal a plena garantia de defesa e prova, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa, previstos constitucionalmente.
Após o recebimento do auto de infração ou documentação equiparada que dê início ao procedimento fiscal, o contribuinte tem a opção de espontaneamente adimplir a obrigação lá contida, caso este que acarreta a extinção do crédito tributário, ou apresentar impugnação.
Tal impugnação terá efeito suspensivo e será dirigida ao responsável pela unidade administrativa de finanças e deverá conter:
A qualificação do interessado, o número do contribuinte no cadastro respectivo, se houver, e o endereço para receber a intimação;
Matéria de fato ou de direito em que se fundamenta;
As provas do alegado e a indicação das diligências que pretenda sejam efetuadas com os motivos que a justifiquem;
o pedido formulado de modo claro e preciso.
Após a apresentação da impugnação nos moldes acima e formado o processo, este será encaminhado ao autor do ato impugnado ou seu superior hierárquico, que apresentará réplica às razões da impugnação, dentro do prazo de 30 (trinta) dias.
Ato contínuo, recebido o processo com a réplica, a autoridade julgadora determinará de ofício a realização das diligências que entender necessárias, fixando o prazo de até 30 (trinta) dias para sua efetivação e indeferirá as prescindíveis, sendo que, se na dita diligência forem apurados fatos de que resulte crédito tributário maior do que o impugnado, será reaberto o prazo para nova impugnação, devendo do fato ser dado ciência ao impugnante, impugnação esta que correrá pelo nos moldes do procedimento aqui exposto.
Completadaa instrução do processo, será ele encaminhado à autoridade julgadora, que decidirá sobre a procedência ou improcedência da impugnação, por escrito, com redação clara e precisa sendo facultada a conversão do julgamento em diligência, determinando novas provas a serem produzidas e o prazo para sua produção.
Após proferida a supracitada decisão de 1ª instância, caberá recurso de ofício[2], ou pelo próprio contribuinte, ao Prefeito Municipal, dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da intimação.
Do mesmo modo, o julgamento poderá ser convertido em diligência em até 15 (quinze) dias e determinada a produção de novas provas ou do que julgar cabível para formar sua convicção.
Neste tocante, a Lei Complementar em testilha determina que as decisões finais de primeira instância não sujeitas ao recurso de ofício ou quando esgotado o prazo para recurso voluntário, bem como as decisões finais de segunda instância são definitivas, não sendo previsto qualquer recurso posterior na seara administrativa.
Também é previsto o trânsito em julgado parcial da parte da decisão que não tenha sido objeto de recurso, nos casos de recurso voluntário parcial, nos termos do artigo 223, parágrafo único.
Por fim, tem-se que, transitada em julgado a decisão desfavorável, o processo será remetido ao setor competente, para a adoção das seguintes providências, quando cabíveis:
Intimação do contribuinte, do responsável, do autuado ou do interessado, para que recolha os tributos e multas devidos, com seus acréscimos, no prazo de 15 (quinze) dias;
Remessa para a inscrição e cobrança da dívida;
liberação dos bens, mercadorias, livros ou documentos apreendidos ou depositados, se for o caso.
Importante consignar, neste tocante, que os processos encerrados serão mantidos pela Administração Municipal, pelo prazo de cinco anos contados da data do despacho de seu arquivamento, após o que serão inutilizados.
Assim, a partir deste cenário, no caso de não pagamento espontâneo, ocorre a inscrição do montante devido em dívida ativa e o consequente início da ação de execução fiscal, findo, então, o procedimento administrativo para a cobrança do tributo devido.
[1] O Artigo 194 dispõe a regra procedimental para a formulação da consulta.
[2]A autoridade julgadora recorrerá de ofício, no próprio despacho, sempre que a decisão exonerar o contribuinte ou o responsável do pagamento de tributo e multa, cujos valores originários somados sejam superiores a 50 (cinqüenta) UFESP’s.

Continue navegando

Outros materiais