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DESENHO ARQUITETÔNICO 
INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE – CAMPUS ARACAJU – BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL 
PROFESSOR PABLO GLEYDSON DE SOUSA 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
2 
SUMÁRIO 
1 - NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO 
2 - CONVENÇÕES DO DESENHO TÉCNICO 
3 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
4 - SISTEMAS ESTRUTURAIS 
5 - LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS 
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
3 
01 - NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO 
ALGUMAS DEFINIÇÕES: 
Arquitetura: produto ou resultado do trabalho arquitetônico, 
edifícios. Um estilo ou m´todo de construção de um povo ou 
período. A profissão de projetar edifícios e ou ambientes 
habitáveis. A ação consciente de formar elementos que resultam 
em uma estrutura unificadora e coerente. (CHING, 2000, p.09) 
 
Desenho: Criação ou organização dos elementos de uma obra de 
arte. Representação de formas sobre uma superfície por mios de 
linhas, pontos e manchas. A arte e a técnica de representar com 
lápis e pincel etc. um tema real ou imaginário expressando a 
forma. Forma, feitio, configuração. Traçado, projeto. 
 
Projetar: conceber ou idealizar a forma e a estrutura de um 
edifício ou outra construção. 
 
Croquis: esquema original de um projeto, aposentado via esboço 
que indica seu caráter específico a ser desenvolvido detalhamento 
em estudos posteriores. 
 
Desenho de arquitetura ou arquitetônico: conjunto de 
representações pictóricas que visam a informar, em observação 
de um conjunto de critérios ou normas técnicas, as características 
formais de uma edificação, real ou imaginária. 
 
Projeto arquitetônico: é a solução de um problema de 
edificação, equacionando com arte e técnica, os elementos fixos 
e variáveis existentes, visando a obtenção do objetivo desejado, 
determinado por um programa estabelecido. Segundo elementos: 
 
fixos: terrenos / programa / verba / exigências institucionais. 
variáveis: programa / partido arquitetônico / funcionalidade / 
estética / volumetria. 
 
“O desenho arquitetônico não é a representação ideal de um 
projeto. Seu maior defeito é mostrar pedaços de um projeto 
que deverá ser visualizado completo, numa só operação da 
memória. perspectivas e maquetes dão boa idéia do conjunto 
(MONTENEGRO, 1985, p.01).” 
 
Figuras 01, 02, 03 e 04: 
Partes de um projeto 
arquitetônico. Perspectiva 
corte, fachada e planta 
baixa. 
 
 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
4 
1.2 Desenho de arquitetura 
O desenho é a linguagem própria para explicar o projeto 
arquitetônico, seja por meio de representações puramente 
geométricas destinadas a especialistas, seja por meio de 
perspectivas ou ilustrações artísticas apresentadas ao público 
leigo. Em todos os casos, seu entendimento deve ser universal. 
Dominar a linguagem do desenho facilita a concepção do 
edifício e é muito importante para impressionar favoravelmente o 
cliente. Porém, o desenho de arquitetura é apenas um processo 
auxiliar de representação da edificação, não um fim em si mesmo, 
como na pintura. 
O desenho de arquitetura não é a representação ideal de 
um projeto. Seu maior defeito é mostrar pedaços de um projeto 
que só será visualizado completo numa imagem mental. O desenho 
de arquitetura é bidimensional, simbólico, não reflete a escala 
humana, é estático (não muda seus pontos de vista), não denota o 
espaço (sobretudo o interior), não mostra as cores, a luz, os 
cheiros nem os sons. Para conhecer sua linguagem simbólica, o 
aluno deve pesquisar e pensar criticamente as normas e 
convenções existentes (MONTENEGRO, 2001). 
 
1.3 Métodos e instrumentos de desenho de arquitetura: 
 Nos últimos anos, com o advento da informática, o 
aperfeiçoamento e a popularização dos programas gráficos, os 
instrumentos tradicionais de desenhos (prancheta, régua paralela, 
escalímetro, esquadros, lápis, compassos, borracha, curva-
francesa, curva universal, transferidor, tinta nanquim) foram 
paulatinamente substituídos pelo computador. 
 Na década de 1960, os computadores começaram a ser 
utilizados em projetos arquitetônicos. Desde então, não somente 
as máquinas (hardwares) se desenvolveram como foram criados 
programas (softwares) para áreas como projetos de eletricidade, 
iluminação, planejamento econômico e espacial, acústica, 
comportamento térmico, etc. Logo a gráfica computacional entrou 
nos currículos universitários e nos escritórios de arquitetura e 
engenharia. 
Existem pelo menos quatro categorias de uso do 
computador em arquitetura: 
1. Organização e administração; 
2. Processamento de informações: coleta de dados, análise de 
exigências, resumos, relação de materiais, orçamento, etc; 
3. Análise de soluções: comparação entre vários projetos ou 
avaliação de um item específico; 
4. Geração de soluções: não existe ainda algo que satisfaça o 
usuário menos exigente. 
Entre os programas de desenho assistido por computador o mais 
conhecido é o CAD. Programas desse tipo aumentam a 
produtividade, liberando o tempo do projetista para maior 
exercício de sua criatividade e melhor aplicação nas soluções de 
projeto. 
Entre as vantagens do computador destacam-se: 
 
 Substituição da grande quantidade de instrumentos de 
desenho; 
 Maior rapidez e precisão; 
 Visão global do projeto, inexistente nos desenhos manuais 
fragmentados; 
 Possibilidade de circulação virtual dentro e fora do edifício 
(animação gráfica); 
 Simulação de alternativas para acabamentos internos e 
externos; 
 Compatibilidade entre projeto arquitetônico e projetos 
complementares; 
 Facilidade de execução, transmissão e reprodução dos 
desenhos do projeto. 
 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
5 
1.4 Componentes de uma Prancha de Projeto: dimensões, 
tipos e espessuras de linhas, normas técnicas. 
 
A prancha é a folha de desenho que contem a 
representação completa do projeto arquitetônico. Elas reúnem 
tanto um material pictórico (como plantas baixas, cortes e 
fachadas, entre outras representações) quanto uma parte textual 
apresentada em diagramas, quadros de esquadrias e áreas, entre 
outros, além dos carimbos. 
As informações apresentadas nas pranchas são dispostas em 
formatos de papeis apropriados conforme uma hierarquia que 
convenciona tipos e espessuras de linhas, tudo isso conforme 
normas técnicas estabelecidas. 
Conforme o Padrão estabelecido pelo grupo ISO 
(International Oragnization for Stardardization), os formatos 
oficiais de papéis utilizados nas pranchas de apresentação do 
projeto de arquitetura são os submúltiplos do tamanho A0 
conforme as seguintes dimensões: 
 
 
Dimensões de Papeis segundo 
o padrão ISO-A: 
 
a) A0 – 841 x 1.189mm 
b) A1 – 594 x 841mm 
c) A2 - 420 x 594mm 
d) A3 – 297 x 420mm 
e) A4 – 210 x 297mm 
f) A5 – 148 x 210mm 
 
Figura 05: formatos de papel. 
 
Após executados as pranchas são dobradas até o formato A4 
conforme a figura a seguir: 
 
Figura 07: dobradura do papel para o formato A4. 
 
O esquema a seguir ilustra os tipos de linhas utilizadas no projeto: 
 
Esquema 01: tipos de linhas. 
 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
6 
 
 
Figura 07: diferentes tipos de linhas no desenho técnico. 
 
Nos casos de reforma, a área interna das linhas que 
delimitam as paredes é preenchida em cores que indicam 
demolição (amarelo), construção (vermelho), e manutenção (sem 
preenchimento). 
Importante salientar que o desenho arquitetônico, como 
toda atividade técnica, é regido por um conjunto de normas que, 
no Brasil, são definidas pela ABNT. As normas e convenções 
definidas pela ABNT seguem os padrões internacionais, definidos 
por grupos como o já citado ISO, visando a unificação e a ordem da 
linguagem técnica. São exemplosdestas normas: 
 
 NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho 
técnico 
 NBR 10068 – Folha de desenho: leiaute e dimensões 
 NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura 
 
De maneira geral, as normas visam garantir padrões de: 
 
a) Qualidade: fixando padrões que levam em conta as 
necessidades e os desejos dos usuários. 
b) Produtividade: padronizando produtos, processos e 
procedimentos. 
c) Tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo 
parâmetros consensuais entre produtores, consumidores e 
especialistas, colocando os resultados à disposição da 
sociedade. 
d) Marketing: regulando de forma equilibrada as relações de 
compra e venda. 
 
As normas recomendam ainda a utilização do letreiro tipo 
bastão nos projetos de arquitetura, sejam dos tipos verticais, ou 
inclinados: 
 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 
A b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z 
 
1.5 Convenções e símbolos gráficos: 
O desenho arquitetônico por ser feito em escala reduzida e 
por abranger áreas relativamente grandes, é obrigado a recorrer a 
símbolos gráficos, que são uma estilização de objetos reais 
adaptados a uma escala diminuta. É imprescindível que o 
desenhista conheças os símbolos gráficos, bem como suas 
dimensões. (MONTENEGRO, 1985, p.58). 
As próximas ilustrações são exemplos de convenções 
geográficas utilizadas no projeto. Não seria possível reunir todas as 
inúmeras convenções que podem ser apresentadas no projeto, 
desse modo, a prática é indispensável para interpretação do 
projeto. 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
7 
 
 
 
 
Porta de correr e paredes Porta de Giro e paredes. 
 
Janela Janela em projeção 
 
Pia 
 
Vaso sanitário 
Escadaria 
 
Posição geográfica: Norte 
Figuras 8,9,10,11,12,13,14 e 15:convenções gráficas 
02 – CONVENÇÕES DO DESENHO TÉCNICO 
2.1 Convenções gráficas: Cotas e Escalas 
Cotas de níveis: um círculo dividido em quatro setores 
iguais (quadrantes), com cheios e vazios alternados, comumente 
usado em plantas, um triângulo com um vértice apontando a 
indicação do nível de referência escolhido, comumente usado em 
cortes. 
 
Figuras 16 e 17: cotas de nível 
Cotas: são as medidas dos objetos conforme o seu tamanho 
real ou após construído. As cotas devem ser indicadas prevendo a 
sua utilização futura na construção de modo a evitar cálculos pelo 
operário na obra, deve-se evitar a repetição e colocá-las, de 
preferência, fora da figura. As cotas prevalecem sobre as medidas 
calculadas com base no desenho. 
Os desenhos técnicos devem trazer corretamente indicadas 
todas as suas medidas. Qualquer medida errada ou mal indicada 
dará sempre em prejuízos aborrecimentos. 
 
Escala: é a relação entre cada medida do desenho e a 
dimensão real no objeto. A impossibilidade de representar em 
verdadeira grandeza objetos cujas dimensões não permitem o uso 
dos tamanhos de papel recomendados pelas Normas Técnicas 
requerem escalas de redução ou ampliação. 
A escolha de uma escala deve ter em vista: o tamanho do 
objeto a representar, as dimensões do papel, a clareza do 
desenho. 
 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
8 
As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 
(um por dez), 1:25 (um por vinte e cinco), 10:1 (dez por um), etc. 
Em desenhos antigos pode-se encontrar, por exemplo, a escala de 
0,05 (cinco centésimos). Se fizermos as operações, encontraremos: 
 
0,05 = 5 / 100 = 1 / 20, ou seja, 1:20 (um por vinte) 
notação atual 
Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos: 
 1:1000/2000/5000 = estudos urbanos ou plantas de situação 
 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga) 
 1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes 
perspectivas 
 1:100 = desenhos de apresentação – plantas, fachadas, 
cortes, perspectivas, projeto para Prefeitura 
 1:50 = execução (desenhos bem cotados) 
 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes 
 1:50 = projetos especiais – fundações, estrutura, 
instalações, etc. 
 
2.3 Etapas do projeto: 
1 – ESCOLHA DO LOTE 
2 – COMPRA DO LOTE 
3 – CONTRATAÇÃO DO ARQUITETO 
4 – ENCOMENDA DO PROJETO 
5 – ESTUDO PRELIMINAR 
6 – ANTEPROJETO 
7 – PROJETO FINAL 
8 – CREA – ART 
9 – PREFEITURA 
 
2.3 Representação do projeto de Arquitetura: 
2.3.1 SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO 
Conforme o sistema de projeções ortogonais da geometria 
descritiva um objeto tridimensional é representado em planos 
horizontais ou verticais. As informações do objeto são projetadas 
(rebatidas) ortogonalmente (90º) nos planos geométricos e a 
representação nos planos é feita de acordo com a técnica 
convencionada do desenho arquitetônico 
• Plano horizontal: planta baixa, de situação, locação e coberta 
• Plano vertical: cortes e fachadas de um edifício 
• Um objeto pode ser bem representado por uma só vista ou 
projeção 
• Haverá casas ou objetos que somente são corretamente 
definidos mediante uma maior quantidade de vistas 
 
2.3. 2 PLANTA BAIXA: É o corte da edificação por um plano 
horizontal, numa altura aproximada de 1,50m acima do piso. Os 
elementos cortados pelo plano são feitos com traço grosso e no 
restante usa-se o traço fino. 
 
 
 
Figuras 18 e 19: Esquema para 
a elaboração de plantas baixas. 
 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
9 
Figura 20: Planta baixa. 
 
2.3.3: CORTE 
É a secção da edificação por um plano vertical, esse plano 
vertical divide a edificação em duas partes: no sentido transversal 
e no sentido longitudinal e deve mostrar o máximo possível de 
detalhes construtivos. Os elementos cortados pelo plano são feitos 
com traço grosso e no restante usa-se o traço fino. 
 
Figura 22: Corte 
 
2.3.4 FACHADA: É o desenho da parte externa da edificação, as 
partes mais próximas do observador são desenhadas com traço 
grosso. Reduz-se a espessura dos traços a medida em que eles 
estão mais distantes. Costuma-se obter as vistas imaginando-se o 
observador caminhando em volta do edifício. 
 
2.3. 5 PLANTA DE SITUAÇÃO: Indica a Localização do terreno. 
Deve indicar terrenos vizinhos, vias de acesso, orientação, área, 
contorno e dimensões do terreno, construções projetadas, 
existentes e a demolir. É toda desenhada com traço fino, e apenas 
o contorno do terreno recebe destaque. 
 
Figura 21: Esquema para a elaboração de cortes. 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
10 
 
Figura 23: fachada 
 
 
Figura 24: Planta de situação. 
 
2.3. 6 PLANTA DE LOCAÇÃO (OU IMPLANTAÇÃO): Indica a posição 
da construção dentro do terreno. Deve mostrar os muros, portões, 
árvores existentes, um ponto de referência na vizinhança, a 
calçada ou passeio e – se necessário – as construções vizinhas. 
Serve, comumente, como ponto de partida para marcação da 
construção no terreno 
 
2.3.7 PLANTA DE COBERTA: É a vista de cima da edificação. A 
cobertura de uma edificação geralmente avança além das paredes. 
Quando o contorno da parede é oculto pela coberta, ele é 
desenhado com linha tracejada. 
Figura 25: planta de cobertura 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
11 
 
2.3.8 PLANTA DE LOTEAMENTO: Mostra um conjunto de lotes em 
uma quadra, ou até mesmo um conjunto de quadras com seus 
respectivos logradouros. A planta de loteamento permite que se 
conheça as características do terreno sem a necessidade de estar 
da presença in loco. Deve apresentar as vias de acesso, o contorno 
do lote, as características de revelo do terreno, sua posição na 
quadra, os equipamentos importantes existentes na redondeza, a 
indicação do norte (que permite se conhecer a direção dos ventos 
e da insolação). De toda forma, é indispensável o reconhecimento 
do terreno in loco, tanto para o projeto, como paraa construção. 
 
Figura 26: planta de levantamento topográfico 
• Topografia: representação da superfície do terreno 
• Levantamento: medição dos ângulos e das distâncias, de 
modo que o terreno possa ser desenhado 
• Instrumentos: trena, mira, bússola, teodolito, fotografias 
aéreas 
• Levantamento planimétrico: desenho da projeção 
horizontal de um terreno 
• Levantamento altimétrico: desenho da variação de alturas 
do terreno, representado por curvas de nível 
• Curva de nível é a representação dos pontos de mesma 
altura em relação a um plano horizontal tomado como 
referência 
 
2.3.9 ESPECIFICAÇÕES: Indicação, no projeto, dos materiais, 
acabamentos e cores da edificação – “planta falada”. A 
especificação dos materiais em planta é feita utilizando-se letras, 
algarismos e símbolos gráficos. 
 
2.3.10 PERSPECTIVA: 
Enquanto Plantas e 
fachadas são desenhos 
com duas dimensões, a 
perspectiva mostra as 
coisas como nós vemos, 
com três dimensões. Ela 
mostra os objetos como 
eles aparecem à nossa 
vista, como um volume, 
dá a visão de conjunto 
do objeto, mas não 
permite tomar medidas. 
 
Figura 27: perspectiva 
de edifício. 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
12 
03 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
 
3.1 DEFINIÇÕES INTRODUTÓRIAS: 
São todos os corpos, objetos ou substâncias que são usados em 
qualquer obra de construção civil. Entre suas propriedades podem-
se distinguir: 
 
a) COMPACIDADE (%) – Volume compactado X Volume total 
(natural) 
b) POROSIDADE (%) – Volume vazios X Volume total 
c) ABSORÇÃO (%) – Material seco X material saturado 
d) PERMEABILIDADE – Líquidos e gases 
e) RESISTÊNCIA AO CONGELAMENTO – Congelamento X degelo 
f) RESISTÊNCIA AO FOGO – Incombustíveis X combustíveis 
g) RESISTÊNCIA AO CALOR – Refratários X fundidos 
h) RESISTÊNCIA À CORROSÂO – Ácidos, bases, sais ou gases 
i) RESISTÊNCIA AO CHOQUE – Resistência ao rompimento por 
choque 
j) RESISTÊNCIA MECÂNICA – Propriedade de não ser destruído à 
ação de cargas 
k) DUREZA – Penetração 
l) RESISTÊNCIA A ABRASÃO – Desgaste 
m) ELASTICIDADE 
n) PLASTICIDADE 
o) FRAGILIDADE – Romper sem deformações 
p) TRANSLUCIDOS OU TRANSPARENTES – Passagem de luz ou luz e 
imagem 
 
Diferentes materiais desempenham na construção as funções de: 
Vedação: Tijolos, vidros, madeira, etc 
Proteção: Tintas, vernizes, impermeabilizantes, etc 
Estrutural: Madeira, aço, concreto, alvenaria, etc 
 
Os materiais são escolhidos conforme critérios: 
Técnicos: Formas padronizadas; dimensões; propriedades físicas, 
químicas e mecânicas; resistência; durabilidade 
Econômicos: Valor aquisitivo do material, custo/benefício 
Estéticos: Cor, textura e formas. 
 
As Normas técnicas permitem que se estabeleçam códigos para 
entendimento entre produtores, vendedores, compradores e 
especificadores. No Brasil, as normas técnicas que padronizam os 
matérias de construção são estipuladas pela ABNT e versam sobre: 
 
a) Normas para cálculo 
b) Especificação de materiais 
c) Ensaios 
d) Dimensões e formas 
e) Terminologias técnicas 
f) Simbologia técnica 
g) Classificação de materiais e 
produtos 
 
3.2 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: 
 
3.2.1 AGREGADOS: são componentes sólidos que misturados a 
água e aglomerantes formam argamassas ou concretos. Podem ser 
de origem natural (areia, argila, brita, etc) ou artificiais (isopor, 
fibras, etc). os agregados são utilizados na composição de 
chapisco, reboco, contrapiso, estruturas e calçadas. 
3.2.2 AGLOMERANTES: são substâncias em pó que misturadas a 
agregados e água produzem argamassas e concretos. Os mais 
comuns são o Cimento (utilizado em reboco, chapisco, etc), a Cal 
(utilizada em mistura em argamassa) e o Gesso (reboco, forro, 
divisórias) 
3.2.3 ARGAMASSA: é uma mistura feita com agregados, 
aglomerantes e água, sendo utilizada para o revestimento de 
pisos, tetos e paredes, assentamento de tijolos, blocos, azulejos, 
ladrilhos, reparo em obras, etc. 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
13 
Figura 28: Cimento, um tipo de 
aglomente 
Figura 29: homem trabalha na 
aplicação de argamassa. 
3.2.4 CONCRETO: são compostos por cimento, areia, brita e água, 
além de outros materiais, como os aditivos. Sua cura demora em 
média 21 dias, mas a adição de aditivos pode diminuir esse tempo 
até um mínimo de 14 dias. Os concretos são uma mistura de 
Argamassa + Agregado graúdo (geralmente brita). Sua QUALIDADE 
Varia em função das impurezas dos agregados, quantidade de 
água, entre outros aspectos de mais minuciosa determinação. Em 
geral, quanto mais poroso o concreto, menor a sua resistência. A 
aparência do concreto é determinada pela textura da forma 
utilizada não processo de concretagem. 
Os principais cuidados que devem ser tomados na preparação 
do concreto são nos momentos de Mistura, Lançamento, 
Transporte, e rega da massa. Existem dois tipos de concreto, o 
ARMADO que é resultante da combinação de Concreto simples + 
Aço, e o concreto PROTENDIDO que resulta da combinação de 
 
Figura 30: ferragens para a 
aplicação do concreto armado. 
 
Figura 31: obra em Concreto 
protendido. 
 
Concreto simples + Armadura tensionada de Aço. O concreto 
protendido é geralmente utilizado na construção de pontes. 
3.2.5 MADEIRAS: podem ser classificadas quanto a sua dureza em 
duras ou de lei (em geral provenientes de árvores de cerne escuro) 
ou em moles ou brancas (em geral provenientes de árvores de 
cerne claro). São utilizadas de diversas formas na construção civil, 
desde usos menos nobres como em formas para concreto, 
escoramento, andaimes (pinho-do-paraná), em madeiramento para 
coberturas (ipê, maçaranduba) até aplicaçoes mais nobres em 
pavimentações (peróba, jatobá, sucupira, ipê) e esquadrias (pau-
cetim, sucupira, ipê, jatobá). 
 
3.2.6 METAIS: são empregados sob diversas formas, desde 
componentes estruturais, seja em estruturas metálicas ou em 
combinação com concretos, ou ainda em acabamentos como os 
metais de banho. 
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA 
14 
Figura 32: armadura de metal 
para construção de vigas. 
Figura 33: metais de banho. 
 
3.2.7 PEDRAS: utilizadas desde as fundações (como a pedra 
marroada), em revestimentos e na confecção de pias, bancadas e 
divisórias. Existem pedras naturais como Granito, Mármore, Pedra 
São Tomé entre outras, ou ainda as pedras artificiais como o 
concreto polido ou granilite. Dada a sua beleza, as pedras 
recebem diversos usos decorativos sendo empregadas na 
composição de bancadas, pisos, ou aplicadas em paredes. 
 
3.2.8 VIDRO: é um produto monolítico, plano, transparente ou 
translúcido, resultante da fusão da sílica, rochas fundentes e por 
fundentes industriais. Existem vidros: 
a) Segurança temperado: Fabricado por choque térmico e não 
aceita corte 
b) Segurança laminado: Lâminas coladas por películas plásticas 
c) Segurança armado: Tela metálica, usado em caixa de escada 
d) Termo-absorvente 
e) Composto: mistura dois tipos 
 
Conforme o acabamento de sua superfície os vidros podem ser 
classificados em: Liso; Polido; Impresso; Fosco; Espelhado; 
Gravado; Esmaltado; Termo-refletor. 
 
3.2.8 TINTAS E VERNIZES: são revestimentos constituídos de 
pigmentos e veículos. Podem ser diluídos em água (Cal, 
cimento, polímeros, látex) ou em solventes (Óleos, resinas, 
betuminosas). Conforme seus veículos os tipos mais comuns de 
tintas são: Cal; Têmpera (Cal + Texturas); Cimento Emulsões 
betuminosas; Emulsões polimeras (látex – PVA - acetato de 
polivinila); Óleo; Epóxi; Laca; Pátinas. 
 
3.3 PARTES DAS CONSTRUÇÕES: 
3.3.1 COBERTURA: é a parte superior da edificação que a 
protege contra intempéries. Quando são do tipo telhado 
recorrem vedação por meio de telhas cerâmicas, de 
fibrocimento; metálicas; ou de Fibras como a piaçava.3.3.2 ALVENARIA: Conjunto de tijolos e outros materiais de 
construção ligados por argamassa. Os tijolos mais comuns são os 
maciços, de 06/08 furos, bloco de cimento e os de solo-
cimento. As alvenarias por definição são utilizadas como 
vedações e exceto nos casos de alvenaria estrutural, podem ser 
removidas ser prejuízos à estrutura dos edifícios. 
 
3.3.3 FORROS E DIVISÓRIAS: os forros são os elementos que 
definem o pé direito de um ambiente (menor altura entre o 
forro e o piso) e podem ser de Madeira, Concreto armado, 
Argamassa (estuque), PVC, Metal, Gesso, Fibras, vidros, 
Policarbonato, entre outros materiais. 
 
 
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15 
Figura 34: Alvenaria de blocos de tijolos de cimento. 
 
3.3.4 ESQUADRIAS: são as vedações de um como as portas ou 
janelas. As portas e janelas são estudadas quanto ao sentido de 
abertura, a quantidade de folhas, presença ou não de vidros 
bandeirolas. Entre os seus diversos componentes da Portas estão: 
a) Batente: marco 
b) Folha: lisa, almofada, calha, veneziana 
c) Alisar: guarnição 
d) Ferragens: dobradiça, fechadura 
 
Entre os componentes das janelas tem-se: 
a) Caixilho (quando houver vidros) 
b) Batente 
c) Guarnição 
d) Folhas 
e) Ferragens 
 Capiaço (elemento de 
alvenaria) 
g) Peitoril 
h) Pingadeira 
 
Figura 35: composição em piso de granitos e mármores. 
 
3.3.5 PISOS: como são a forração do solo, base de todos os 
ambientes. Um ambiente pode até não ter cobertura ou demais 
vedações mas não poderá existir sem um piso. Existem pisos 
internos e externos, e suas propriedades gerais dizem respeito a: 
 
a) Resistência ao desgaste e ao tráfego 
b) Atrito necessário 
c) Higiene/ Facilidade de conservação 
d) Inalterabilidade 
e) Economia 
f) Decoratividade 
 
No que concerne às cerâmicas e porcelanatos especificamente, sua 
resistência é dada por um coeficiente denominado PEI que varia de 
01 para as placas mais frágeis e 05 para as mais duras. A sigla PEI 
origina-se do laboratório que desenvolveu este método de ensaio ( 
Porcelain Enamel Institute), e indica um índice de resistência ao 
desgaste superficial em placas cerâmicas esmaltadas para 
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16 
revestimento (expostas a uma carga abrasiva a um determinado 
número de giros). 
 
A análise da superfície das placas cerâmicas, é efetuada a olho nu, 
sob iluminação adequada, para detectar defeitos que 
comprometam a estética do produto, tais como bolhas, pintas, 
furos, saliências, lascamentos, erros na decoração, etc, sendo os 
produtos classificados como: 
 
a) Extra (A) - Defeitos visíveis até 1m de distância; 
b) Comercial (C) - Defeitos visíveis de 1m a 3m de distância; 
c) Refugo (D) - Defeitos visíveis acima de 3m de distância 
d) Por norma, o consumidor deve receber 95% das placas 
dentro do padrão de qualidade pelo qual pagou. 
 
Para ser assentado, um piso requer uma base firme e quase 
sempre plana (exceto para pisos de resina auto-nivelantes como o 
resinfloor ou os pisos epóxi). Pedras, cerâmicas e ladrilhos são 
geralmente colados com uma argamassa rica em aglomerantes 
sobre uma base de concreto (contra-piso ou piso morto). Dentre 
diferente tipos de pisos são citáveis: 
 
a) Madeiras: Assoalhos/tacos 
b) Cerâmicos: PEI (1 > 5) 
c) Ladrilhos hidráulicos 
d) Pedras: naturais ou artificiais 
e) Sintéticos: Resinas, vinílicos, fenólicos 
f) Vidros 
g) Fibras 
 
3.3.6: REVESTIMENTOS: assim chamados referem-se aos matérias 
de construção aplicados sobre as paredes. Podem ser 
argamassados ou não. Antes da aplicação de um revestimento são 
necessárias algumas precauções: 
a) Colocação e teste das instalações hidrossanitárias 
b) Superfícies limpas e úmidas 
c) Superfícies desempenadas, prumadas, alinhadas e niveladas 
 
São revestimentos argamassados: 
 
a) chapisco (cimento + areia grossa) 
b) emboço (cimento + areia média + barro) 
c) reboco (cimento + areia fina + barro) 
d) barra lisa de cimento (areia + cal e cimento) 
e) estuque 
f) granilite / marmorite (juntas de pvc) 
g) revestimentos texturizados 
h) massa corrida (pva) 
i) gesso 
 
 
Figura 36:exemplos de pisos, forros e revestimentos. 
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17 
Figura 37: exemplos de pisos e revestimentos. 
 
São revestimentos não argamassados: 
 
a) azulejos 
b) pastilhas 
c) pedras naturais 
d) madeira 
 
e) plásticos (vinílicos, laminados 
melamínicos) 
f) papel 
g) tecidos 
h) cortiça 
i) metálicos 
 
 
 
 
04 – SISTEMAS ESTRUTURAIS 
 
 
Figura 38: sistema estrutural de um edifício. 
 
Grosso modo, as edificações são formadas por vedações (paredes, 
esquadrias, forros e coberturas), que separam os ambientes uns 
dos outros assim como do meio externo, e por estruturas, que são 
o conjunto de elementos destinados a receber as cargas em uma 
edificação e transmitir as mesmas ao solo. 
 
A estruturação de um edifício compreende a escolha ideal que 
receberá as ações externas atuantes na edificação. Seus principais 
elementos constituintes são Lajes / Vigas / Pilares / Fundações. 
Na escolha do sistema estrutural ideal devem ser considerados os 
seguintes aspectos: 
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18 
a) Segurança estrutural 
b) Economia na construção 
c) Estética 
 
A concepção estrutural é função direta da arquitetura. Para a 
escolha do sistema estrutural podemos seguir algumas sugestões: 
 
a) Escolher e arranjar de maneira eficiente os elementos; 
b) Adotar, sempre que possível, as mesmas seções para cada 
elemento estrutural; 
c) Compatibilizar o sistema estrutural com outros projetos: 
elétricos, hidrossanitário, incêndio, etc. 
 
Deve-se procurar uniformizar as alturas de vigas e lajes em um 
mesmo pavimento, portanto: 
 
PILARES: Sempre que possível, devem estar nas paredes, suas 
posições devem ser comparadas com as que ocupam em outros 
pavimentos. Recomenda-se que fiquem a uma distância entre 3,5 
e 6m 
 
VIGAS: Quando possível, sua largura segue a largura da alvenaria 
Recomenda-se que o vão economicamente melhor situa-se entre 
3,5 e 6m 
 
LAJES: Após a definição das vigas, os contornos das lajes ficam 
automaticamente definidos 
 
4.1: CONCRETO ARMADO: é um material da construção civil que 
se tornou um dos mais importantes elementos da arquitetura do 
século XX, sendo usado maciçamente nas estruturas dos edifícios. 
Quanto a sua composição, diferencia-se do concreto simples 
devido ao fato de receber uma armadura metálica responsável por 
resistir aos esforços de tração, enquanto que o concreto em si 
resiste à compressão. Esse material é uma mistura homogênea de: 
 
a) agregados graúdos: pedras britadas, seixos rolados, etc. 
b) agregados miúdos: areia, pedregulhos. 
c) aglomerantes: cimento ou cal. 
d) água 
e) aditivos: corantes,aceleradores,fibras, etc. 
 
4.2: LAJES: Elementos planos caracterizados por apresentar duas 
de suas dimensões muito maiores que sua outra dimensão. 
Recebem as cargas verticais provenientes de paredes, pessoas e 
objetos, e transmitir essas cargas aos seus apoios (vigas e 
paredes). Confira os exemplos e imagens abaixo. 
 
4.2.1: LAJE MACIÇA: Fabricadas totalmente em concreto armado. 
Podem conter paredes apoiadas diretamente sobre elas. Por ser 
fabricada totalmente em concreto apresenta um peso bastante 
elevado, sendo também um alto consumidor de fôrmas. Vão 
máximo: 3,5 a 6m. 
 
4.2.2: LAJE PRÉ-MOLDADA (tipo volterrana): Apresentam blocos 
(em geral cerâmicos) entre nervuras pré-moldadas. Em geral, não 
devem conter paredes sobre elas. O bloco cerâmico não tem função 
estrutural e pode ser substituído por blocos de isopor. Vão Max.: 4m. 
 
4.2.3: LAJE TRELIÇADA: composta por nervura contendo uma 
armação em formade treliça. Entre as nervuras treliçadas é 
colocado um material sem função estrutural (EPS). Vão máximo: 
3,5 a 8m. 
 
4.2.4: LAJE COLMÉIA: São lajes nervuradas em que não existe 
material de enchimento entre as nervuras. Podem dispor de 
paredes sobre elas. Utilização de fôrmas plásticas. Vão máximo: 
5,5 a 8m. 
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19 
4.2.5: LAJE COGUMELO: Laje apoiada diretamente sobre os 
pilares. Não existem vigas entre os pilares. Podem ser fabricadas 
com laje maciça, treliçada ou colméia. 
 
Figura 39: 4.2.2: laje prémoldada volterrana 
 
Figura 40: 4.2.3: Laje treliçada 
Figura 41: 4.2.4:Laje do tipo colméia. 
 
Figura 42: 4.2.5: Laje maciça do tipo cogumelo 
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20 
 
4.3: PILARES: Elementos lineares, verticais, caracterizados por 
apresentar uma de suas dimensões, altura, muito maior que suas 
outras duas dimensões. Recebem as cargas provenientes das vigas 
e transmitir as mesmas as fundações. 
 
 
Figura 43: vigas e pilares. 
 
4.4: VIGAS: Elementos lineares caracterizados por apresentar uma 
de suas dimensões (comprimento) muito maior que as outras duas 
dimensões (largura e altura). Recebem as cargas verticais 
provenientes da reação das lajes, alvenarias, outras vigas e pilares 
diretamente apoiados sobre elas, transmitindo essas cargas para os 
pilares. Em geral a viga apresenta em torno de 10% do vão. 
 
4.5: FUNDAÇÕES: Elementos destinados a receber as cargas 
provenientes dos pilares e transmitir as mesmas ao solo. 
 
4.6: ESTRUTURAS DE MADEIRA: madeiras de lei são provenientes 
de árvores frondosas, de crescimento lento. Enquantos as madeiras 
moles provêem de árvores coníferas, de crescimento rápido. 
 
 
Figura 44: construção de fundações. 
 
 
Figura 45: diferentes tipos de fundações. 
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21 
 
 
Figura 46: exemplo de estrutura de madeira, residência Hélio & 
Olga. Arquiteto Carlos Acayaba 
 
4.7: ESTRUTURAS METÁLICAS: se as grandes construções da 
segunda metade do século XIX até os finais do século XX recorrem 
em sua maioria aos sistemas estruturais de concreto armado ou 
protendido, o século XXI provavelmente será marcado pela 
utilização maciça dos sistemas de estruturas metálicas as quais, 
entre suas diversas vantagens citam-se: 
 
a) Liberdade no projeto de 
arquitetura 
b) Maior área útil 
c) Flexibilidade 
d) Compatibilidade com outros 
materiais 
e) Menor prazo de execução 
f) Racionalização de materiais e 
mão-de-obra 
g) Alívio de carga nas fundações 
h) Garantia de qualidade 
i) Antecipação do ganho 
j) Organização do canteiro de obras 
k) Precisão construtiva 
l) Reciclabilidade 
m) Preservação do meio ambiente 
 
 
 
 
 
Figura 47: edifício com 
estrutura metálica 
 
Entre os diversos sistemas estruturais metálicos as treliças se 
destacam como um grupo bastante utilizado. Conforme o tipo de 
carga nodal que recebe, e conforme a direção dos esforços 
atuantes, e sua organização espacial, treliças podem ser agrupadas 
em duas categorias: 
 
4.7.1: TRELIÇA PLANA: Estrutura formada por barras coplanares 
articuladas entre si e submetidas a carregamentos nodais. 
 
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22 
4.7.2: TRELIÇA ESPACIAL: Estrutura formada por barras não 
coplanares articuladas entre si e submetidas a carregamentos 
nodais 
 
 
 
 
Figura 48: treliça plana. 
 
 
 
 
Figura 49: treliça espacial. 
05 – LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS 
Toda edificação está sujeita à leis municipais, estaduais e 
federais. Elas têm por objetivo a regulamentação da ocupação do 
terreno, das condições construtivas e espaciais, áreas mínimas dos 
cômodos, entre outros. Por ser um elemento condicionante e 
restritivo, é necessária a avaliação do grau de influência que a 
legislação pode exercer no projeto arquitetônico. 
É importante conhecer a natureza do projeto para a sua 
devida liberação junto aos órgãos competentes. O projeto pode ser 
enquadrado em duas categorias: residencial e institucional. O 
projeto de natureza residencial pode ser do tipo unifamiliar ou 
multifamiliar. O projeto institucional pode abranger comércio, 
serviços, indústrias e governamental. 
 
5.1: ESTATUTO DAS CIDADES: É um a lei que trata da Política 
Urbana Federal, baseada nos artigos 182 e 183 da Constituição 
Federal, que estabelece normas de ordem pública e interesse 
social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem 
coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do 
equilíbrio ambiental. 
 
5.2: PLANO DIRETOR: objetiva o pleno desenvolvimento das 
funções sociais, e ambientais da cidade e da propriedade, 
garantindo um uso socialmente justo, ecologicamente equilibrado 
do seu território, de forma a assegurar a todos os seus habitantes, 
condições de qualidade de vida, bem-estar e segurança. 
 
i. adensamento - a intensificação do uso do solo. 
ii. arborização urbana - é o conjunto da vegetação de porte 
arbóreo que reveste a cidade, quer em áreas públicas, quer 
em áreas particulares. 
iii. área construída - a soma das áreas de todos os pavimentos de 
uma edificação. 
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23 
iv. área não computável – área construída não considerada para 
efeito de cálculo do coeficiente de aproveitamento, tais 
como, pergolados, beirais, caramanchões, guaritas, garagens, 
depósitos de lixo, depósitos de gás; casas de máquinas e sub-
estações. 
(...) 
viii. área permeável - área do lote onde é possível infiltrar no solo 
as águas pluviais, limitada em, no mínimo, 20% (vinte por 
cento) do terreno. 
ix. área útil - a área interna total dos compartimentos com 
exceção das ocupadas pelas paredes. 
(...) 
xii. coeficiente de aproveitamento - o índice que se obtém 
dividindo-se a área construída pela área do lote. 
xiii. coeficiente de aproveitamento básico - é o coeficiente de 
aproveitamento do solo para todos os terrenos estabelecidos 
no território do Município. 
xiv. coeficiente de aproveitamento máximo - é o coeficiente 
máximo de aproveitamento do solo, permitido nas zonas 
adensáveis. 
(...) 
xxi. xxi. gabarito - distância vertical medida entre o meio-fio e um 
plano horizontal tangente à parte superior do último elemento 
construtivo da edificação. 
(...) 
xxvi. loteamento clandestino - parcelamento do solo não aprovado 
pelo Município e não registrado em cartório. 
xxvii. loteamento irregular - parcelamento do solo aprovado pelo 
Município, não registrado em cartório e/ou não executado 
conforme projeto licenciado. 
xxviii. lote padrão - o menor lote admitido para parcelamento, com 
exceção daqueles passíveis de intervenções em Áreas Especiais 
de Interesse Social. 
xxix. lotes ou glebas sub-utilizados - áreas públicas ou particulares, 
com edificação abandonada, ociosas ou utilizadas por alguma 
forma de ocupação transitória ou móvel ou ainda, cujo 
coeficiente de aproveitamento seja inferior a 0,1 (zero vírgula 
um) e que não atendam às funções sócio-ambientais da 
propriedade expressas nesta Lei. 
(...) 
xxxvi. recuo - a menor distância entre a divisa do terreno e o limite 
externo da projeção horizontal da construção, em cada um 
dos seus pavimentos, não sendo considerada a projeção de 
beirais e marquises, denominando-se recuo frontal quando se 
referir aos limites com logradouros ou vias públicas e recuos 
de fundos e laterais, quando se referir às divisas com outros 
lotes. 
(...) 
xl. taxa de impermeabilização - o índice que se obtém dividindo-
se a área que não permite a infiltração de água pluvial pela 
área total do lote. 
xli. taxa de ocupação - o índice que se obtém dividindo-se a área 
correspondente à projeção horizontal da construção pelaárea 
total do lote ou gleba, não sendo considerada a projeção de 
beirais e marquises. 
 
5.2.2: APLICAÇÃO PRÁTICA DO COEF. DE APROVEITAMENTO: 
A aplicação do coeficiente de aproveitamento máximo é permitida 
através da utilização dos instrumentos de outorga onerosa ou 
transferência de potencial construtivo. Vamos avançar um pouco: 
 
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24 
Como exemplo, vamos trabalhar com cálculo de aproveitamento 
para o terreno abaixo. 
 
1. Dados: 
ÁREA DO TERRENO: 
2.000m² 
COEF. APROV.: 3,5 
ALTURA: 90m ou 
(90/3) 30 pavimentos. 
 
2. Cálculo para 
estimar o potencial 
construtivo do terreno: 
ÁREA COMPUTÁVEL: 2.000m² x 3,5 = 7.000m² 
Desses 7.000m2 temos: 
ÁREA COMUM 20%: 7.000 x 20% = 1.400m² 
ÁREA PRIVATIVA 80%: 7.000 x 80% = 5.600m² 
 
Para o cálculo do número de apartamentos, aproveitamos 28 
pavimentos, porque o primeiro pav. é destinado a recepção salão 
de festas e o ultimo para caixa d’água e de mais estruturas; então 
se colocarmos 2 aptos/pavimentos teremos: 
 28 x 2= 56 aptos. 
 
ÁREA PRIVATIVA DO APTO = 5.600m² / 56 aptos = 100m²/apto 
 
5.3: CÓDIGO DE OBRAS 
 
O Código de Obras fiscaliza a execução do projeto, desde os 
profissionais responsáveis até a vistoria de liberação da edificação, 
denominada “habite-se”. Toda e qualquer obra de construção, 
ampliação, reforma ou demolição depende de prévio 
licenciamento por parte do Município. 
 
5.3.1: Conceitos importantes: 
 
I – Alvará, o documento expedido pelo Município destinado ao 
licenciamento da execução de obras e serviços; edificação já 
existente; 
II – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e Registro de 
Responsabilidade Técnica (RRT), documentos que comprovam o 
registro da obra perante o Conselho Regional de Engenharia e 
perante o Conselho de Arquitetura e Urbanismo; 
III– consulta prévia, a análise técnica preliminar do projeto 
arquitetônico, executada, mediante solicitação do interessado, 
pelo órgão municipal de licenciamento e controle, expedida em 
fase anterior à aprovação do projeto; 
XXIX – Habite-se, o documento expedido pelo Município atestando 
que o imóvel encontrase em condições de habitabilidade. 
 
5.3.2: DA CLASSIFICAÇÃO E E DO DIMENSIONAMENTO DOS 
COMPARTIMENTOS 
 
Todo compartimento da edificação deve ter dimensões e formas 
adequadas, de modo a proporcionar condições de higiene, 
salubridade e conforto ambiental, condizentes com a sua função e 
habitabilidade. 
 
Conforme sua destinação, os compartimentos da edificação, de 
acordo com o tempo de permanência humana em seu interior, 
classificam-se em: 
 
I – de uso prolongado; 
II – de uso transitório; 
III – de uso especial. 
 
Consideram-se compartimentos de uso prolongado aqueles que 
abrigam as funções de dormir ou repousar, trabalhar, 
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25 
comercializar, estar, ensinar, estudar, consumir alimentos, reunir, 
recrear e tratar ou recuperar a saúde. 
 
Consideram-se compartimentos de uso transitório aqueles que 
abrigam as funções de higiene pessoal, de guarda e de troca de 
roupas, de circulação e de acesso de pessoas, de preparação de 
alimentos, de serviços de limpeza e manutenção e de depósito. 
 
Consideram-se compartimentos de uso especial àqueles que, além 
de abrigarem as funções definidas nos artigos 141 e 142, 
apresentam características próprias e peculiares, conforme sua 
destinação. 
 
Conforme o uso a que se destina, todo compartimento da 
edificação deve ter dimensões, pés direitos e áreas mínimas 
estabelecidas de acordo com o quadro abaixo:
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26 
06 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
CAROL, Francisco José. Noções de arquitetura e representação 
gráfica. Disponível em: 
<<http://cursos.unisanta.br/projeto/images/Apostila.zip>> acesso 
em 19, ago., 2006. 
 
CHING, Francis D. K. Dicionário Visual de Arquitetura. São Paulo: 
Martins Fontes 2000. 2a Reimpressão. 
 
MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Edgar 
Blücher, 1995. 2ed. 7a reimpressão. 
 
ESCUELA SUPERIOR DEL COMIC. Disponível em 
<<www.walthertaborda.com.ar/ comic/leccion_19.htm>> acesso 
em 19, ago., 2006. 
 
Prefeitura do Natal: Plano Diretor de Natal. 
 
Prefeitura do Natal: Código de Obras de Natal.

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