AULA 04

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CCE0322 – Redes de Computadores I
Aula 04 – Sustentabilidade Ambiental
Redes de Computadores I
Conteúdo da Aula
Unidade II – Sustentabilidade Ambiental
Objetivos
 Entender os processos por trás da reciclagem de equipamentos eletrônicos.
Redes de Computadores I
Sustentabilidade Ambiental
Introdução
Lixo Eletrônico é todo resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos
eletrônicos (celulares, computadores, eletrodomésticos e afins).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que a geração mundial de lixo
eletrônico, também conhecido como e-lixo, alcance a ordem de dezenas de milhões de
toneladas anuais.
Os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) são compostos
basicamente por materiais poliméricos e metálicos. Apresentam em sua constituição
metais pesados e outros componentes, como os retardadores de chama bromados,
que ao serem descartados no solo, em aterros ou lixões, podem causar danos graves ao
meio ambiente e à saúde das pessoas.
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Sustentabilidade Ambiental
Introdução
Os metais pesados presentes principalmente nas placas de circuito impresso dos
computadores, tais como mercúrio, chumbo, cádmio e arsênico, são altamente tóxicos.
O elevado nível de poluição causado por esses tipos de resíduos em alguns países da
África, Ásia e América do Sul tem despertado uma crescente preocupação de governos
e órgãos ambientais.
A reciclagem é uma opção importante que vem sendo implementada e incentivada por
governos, instituições e ONGs.
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Sustentabilidade Ambiental
Introdução
Reciclar o resíduo eletrônico contribui para a preservação do meio ambiente, além de
reduzir a extração de recursos naturais não renováveis como, por exemplo, o cobre,
que pode ser recuperado no processo.
No entanto, principalmente em países subdesenvolvidos, a possibilidade de ganhar
dinheiro com a comercialização do material desmantelado instiga o interesse de
comunidades pobres de realizar o trabalho de desmanche do lixo eletrônico sem
cuidado e/ou proteção.
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Sustentabilidade Ambiental
Composição do lixo eletrônico
O lixo eletroeletrônico (e-waste, eletronic waste) constitui-se de eletrodomésticos,
computadores, rádios, televisores, celulares e outros bens que estejam estragados,
obsoletos ou quebrados. Esse lixo é composto, principalmente, de plástico, ferro,
metais não ferrosos, vidro e madeira.
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Reciclagem
Usualmente, o processo de reciclagem do lixo de informática inicia com a coleta e/ou
recebimento do material obsoleto.
Equipamentos em condições de uso são encaminhados a projetos de inclusão digital.
Os que não podem ser reutilizados são desmontados, os componentes separados
(plásticos, metais, placas de circuito impresso, etc.) e descaracterizados.
O volume é reduzido por trituração e/ou compactação (para minimizar os custos de
transporte) e, por fim, é encaminhado para a adequada reciclagem.
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Reciclagem
O material plástico que compõe teclados, mouses, monitores e CPUs são o maior
volume, aproximadamente 26%, de PVC que é um bom isolante térmico e elétrico,
resistente a choques e não propaga chamas.
Os termoplásticos podem ser transformados, processados e reprocessados. Produtos
gerados com a matéria-prima reciclada consomem 70% menos energia do que a
produção de plásticos novos. O reaproveitamento pode ser feito através de reciclagem
energética, reciclagem química ou reciclagem mecânica
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Reciclagem
O material plástico é triturada e separado de acordo com a sua densidade e vendido
para empresas que reutilizam os polímeros ou são incinerados para gerar energia (esse
método, no entanto, ainda suscita discussões devido às substâncias, como a dioxina,
que podem ser liberadas a partir dessa queima).
Este material reciclado apresenta, segundo algumas pesquisas, desempenho
satisfatório em testes de resistência mecânica.
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Reciclagem
Os materiais tóxicos são colocados em tanques preparados para armazenar esse tipo
de resíduo e são destinados a empresas especializadas.
O vidro das telas de celulares e monitores possui diferentes componentes, como
chumbo e arsênio. São separados por tipo ou passam por um processo de moagem e
tratamento, podendo ser vendidos para empresas que o utilizam como matéria-prima.
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Tipos de Reciclagem
A reciclagem de uma placa de circuito impresso (PCI) é complexa e várias tecnologias
têm sido desenvolvidas ou aprimoradas para este fim. O processo de reciclagem da PCI
pode ser: mecânico, químico, térmica ou uma combinação destes.
No processo mecânico ocorre a diminuição do tamanho do material (também chamado
de cominuição) e a fragmentação do mesmo, que passa pela fase de britagem e
moagem.
A cominuição é uma técnica mecânica de redução do tamanho das partículas. A
fragmentação ocorre com o objetivo de formar de partículas com tamanho e forma
determinadas e liberar metais para futura concentração.
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Tipos de Reciclagem
A etapa de classificação opera juntamente com o processo de fragmentação. As
partículas de material, obtidas pelo processo de cominuição, devem ser separadas ou
classificadas de acordo com o seu tamanho. Os resíduos passam por peneiras,
classificadores mecânicos e ciclones, que separam os materiais por granulometria.
Os ciclones operam com tamanhos de partículas inferiores a 1 mm e são muito
eficientes para separarem partículas muito finas. Podem operar a seco ou a úmido.
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Tipos de Reciclagem
Quando submetidos a um campo magnético, os metais podem ser divididos em 3
grupos: ferromagnéticos (forte atração), paramagnéticos (média e fraca atração) e
diamagnéticos (nenhuma atração).
A separação magnética baseia-se nos diferentes graus de atração exercidos por um
campo magnético sobre os vários compostos metálicos.
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Tipos de Reciclagem
A separação magnética, que divide os fragmentos magnéticos (Fe, Ni) dos não
magnéticos.
Os não-magnéticos são encaminhados ao separador eletrostática, que separa os
materiais condutores de corrente elétrica (por exemplo: Pb, Cu, Sn) dos não
condutores de corrente elétrica (polímero e cerâmico).
No caso das placas de circuito impresso, a diferença de condutividade elétrica entre os
metais e os não metais é condição fundamental para o bom resultado da técnica.
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Tipos de Reciclagem
A reciclagem química se dá pelo processo de hidrometalurgia, ou seja, é a extração dos
metais com o uso de soluções lixiviantes, ácidas ou alcalinas, seguida de etapas de
separação como filtração, destilação e precipitação dos metais dissolvidos.
Algumas das vantagens deste método, em relação à pirometalurgia, são a economia de
energia e a menor poluição do meio ambiente.
A técnica obtém frações pesadas (metais) e frações leves (plásticos e cerâmicos) de
materiais.
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Tipos de Reciclagem
A reciclagem térmica ocorre pelo processo de pirometalurgia, que utiliza altas
temperaturas, podendo produzir metais puros, ligas ou compostos intermediários.
O processo exige grande energia para incinerar as placas e obter um metal
concentrado, que segue para outro processo de separação: a eletrostática.
Um processo pirometalúrgico é constituído de uma série de etapas que vão desde a
secagem da matéria-prima até o refino do produto final.
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Tipos de Reciclagem
Segundo o relatório From Waste to Resources da UNEP, uma tonelada de celulares
renderia:
• 3,5 kg de prata;
• 130 kg de cobre;
• 340 g de ouro;
• 140 g de paládio.
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Descarte adequado de pilhas e baterias
Se a criação da energia elétrica representou uma revolução e avanços para a vida em
sociedade, pilhas e baterias trouxeram a energia elétrica portátil.
Essa fonte de energia proporciona muita praticidade ao dia a dia.
Entre os diversos modelos de pilhas e bateria, as pilhas são idênticas às baterias, o que
as diferencia é que as baterias são formadas por agrupamentos de pilhas em série ou
em paralelo.
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Descarte adequado de pilhas e baterias
O descarte inadequado de pilhas e baterias pode resultar em contaminação do solo e
da água e doenças graves.
A pilha Leclanché é a mais comum entre as baterias e pilhas descartáveis. Elas vazam e 
possuem mercúrio, chumbo e cádmio, que podem representar sérios riscos ao meio 
ambiente.
A pilha alcalina vaza menos e não possui mercúrio, chumbo e cádmio. Entretanto não 
estão livres de serem poluentes e devem ser destinadas para a reciclagem.
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Descarte adequado de pilhas e baterias
As pilhas de lítio/dióxido de manganês são perigosas, pois podem provocar chamas.
Não devem ser jogadas em lixo comum, principalmente em locais úmidos, pois a
umidade é a principal desencadeadora de chamas.
Baterias hidreto metálico/óxido de níquel surgiram em substituição as de 
níquel/cádmio. Por não possuírem cádmio elas possuem impacto ambiental menor, 
mas ainda assim devem ser destinadas para a reciclagem.
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Descarte adequado de pilhas e baterias
A pilha "falsa“ engloba as 
chamadas pilhas piratas (recarregáveis ou 
não), que não possuem os certificados 
necessários para a produção correta dos 
itens. São mais baratas, mas podem trazer 
sérios transtornos, como menor capacidade 
de armazenar energia; ocorrência de 
vazamentos frequentes; menor vida útil e 
risco à saúde por haver maior possibilidade 
de exposição aos metais pesados.
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Descarte adequado de pilhas e baterias
O jeito mais fácil de descartar pilhas e equipamentos eletrônicos/elétricos é
devolvendo-os a qualquer loja que os venda.
Os consumidores também podem descartar suas pilhas recarregáveis e primárias
usadas, carregadores e PUCS na rede de coleta, que geralmente inclui instalações de
descarte em depósitos municipais, empresas, instituições, etc.
A coleta de pilhas e baterias tem sido vista como uma ótima ação social, levando várias
empresas e estabelecimentos comerciais a se tornarem referências como postos de
descarte, tais como bancos, supermercados e drogarias.
Exercício